26/03/2012 - A Voz do Brasil
26/03/2012 - A Voz do Brasil
Caiu 3,54% no número de casos de tuberculose no último ano. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde e mostram também que no período de 10 anos, a taxa de incidência da tuberculose no país caiu quase 16% e a de mortalidade, 23,4%. Mas, as ações de combate e prevenção continuam. A Secretaria Nacional de Defesa Civil reconheceu, até o momento, 78 municípios baianos castigados pela estiagem nas últimas semanas. E hoje, o Ministério da Integração Nacional liberou R$ 232 milhões para levar água à população prejudicada e apoiar o desenvolvimento da economia em cidades do interior. O BNDES e Ministério da Justiça vão investir R$ 300 milhões na modernização das defensorias públicas para melhorar o acesso da população à justiça. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Kátia Sartório: Casos de tuberculose no Brasil caem mais de 3,5% em 2011.
Apresentador Luciano Seixas: Anunciada a liberação de mais de R$ 230 milhões para levar água para os municípios baianos atingidos pela seca.
Kátia: Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, sobre os produtos da linha branca, como geladeiras e fogões, vai ser prorrogada até junho.
Luciano: Segunda-feira, 26 de março de 2012.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: O Brasil registrou queda de 3,54% no número de casos de tuberculose, no último ano. Os dados foram divulgados hoje, pelo Ministério da Saúde.
Luciano: No período de dez anos, a taxa de incidência da tuberculose no país caiu quase 16% e a de mortalidade teve redução ainda maior, 23,4%.
Kátia: Mesmo assim, as ações de combate e prevenção continuam, e o governo lançou hoje uma campanha de alerta contra tuberculose. Ricardo Carandina tem os detalhes.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Em 2011, o Brasil registrou exatamente 69.245 casos de tuberculose. Pela primeira vez, um número menor do que 70 mil casos, em um ano, segundo o Ministério da Saúde. A queda em relação a 2010 foi de 3,5%. A taxa de mortes também continua caindo. No ano 2000, foram três mortos para cada 100 mil habitantes. Em 2010, 2,4 óbitos para cada 100 mil habitantes. O secretário de Vigilância à Saúde, Jarbas Barbosa, explica.
Secretário de Vigilância à Saúde - Jarbas Barbosa: Nós acreditamos que isso é resultado, primeiro, de uma maior descentralização de... de um programa, treinamento, apoio, para que as equipes de saúde da família façam o diagnóstico dos casos e acompanhem as pessoas que estão em tratamento. Isso diminui muito o abandono do tratamento. A tuberculose, ela precisa de, pelo menos, seis meses de tratamento. Segundo, o próprio impacto da melhoria das condições sociais no Brasil.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): No Brasil, a tuberculose é a quarta doença infecciosa que mais mata e a primeira entre os pacientes com Aids. Por isso, o Ministério da Saúde vai intensificar as ações de combate à doença. No ano passado, foram investidos US$ 74 milhões, 14 vezes mais do que em 2002. Hoje foi lançada a campanha de conscientização, que vai ser veiculada em rádio, tevê, internet, revistas, além de cartazes, faixas e mensagens gravadas. O governo também quer intensificar a parceria com instituições que trabalham com indígenas, população carcerária, pessoas com HIV e moradores de rua, que são os grupos com mais risco de contrair a tuberculose. Anderson Lopes Miranda, do Movimento Nacional dos Moradores de Rua, explica como a associação vai ajudar a combater a doença.
Anderson Lopes Miranda: O Movimento, ele tem site, tem Portal, e ele também tem sedes no Brasil inteiro. Todo esse material que, hoje, o governo federal está disponibilizando, a gente vai começar a colocar dentro do nosso espaço, onde a gente também tem reuniões com a população em situação de rua.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também disse que os municípios vão receber incentivo para combater a tuberculose.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Um dos indicadores que vão definir se o município vai receber o dobro, ou não, de recursos, 80% a mais de recursos, 60% a mais de recursos, pelo desempenho daquela equipe de atenção básica, é exatamente os indicadores da tuberculose, sobretudo o acompanhamento do tratamento, taxa de cura.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): A tuberculose é transmitida de uma pessoa para outra quando o doente fala, espirra ou tosse. Quem tem tosse seca e contínua, por mais de três semanas, deve procurar o serviço de saúde. A tuberculose tem cura e o tratamento é de graça, mas a doença pode levar à morte, se não for tratada. De Brasília, Ricardo Carandina.
Luciano: Segundo dados divulgados hoje, o Sudeste é a região brasileira que registrou a maior queda da taxa de incidência de tuberculose no ano passado.
Kátia: A Secretaria Nacional de Defesa Civil reconheceu, até o momento, 78 municípios baianos que foram castigados pela estiagem nas últimas semanas.
Luciano: E, hoje, o Ministério da Integração Nacional liberou R$ 232 milhões para levar água à população prejudicada e apoiar o desenvolvimento da economia em cidades do interior.
Kátia: Desse total, R$ 198 milhões são para construir pequenas barragens, cisternas e mais de 1.200 sistemas coletivos de abastecimento de água, até 2013.
Luciano: Vamos saber mais na entrevista que Jaime Vasconcelos fez hoje com o secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração, Miguel Ivan Lacerda.
Repórter Jaime Vasconcelos: O convênio assinado hoje, não é?
Secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração - Miguel Ivan Lacerda: Isso.
Repórter Jaime Vasconcelos: São cerca de 10 milhões para ação de socorro e 198 para o Água para Todos.
Secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração - Miguel Ivan Lacerda: Isso.
Repórter Jaime Vasconcelos: Como é que vai funcionar isso?
Secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração - Miguel Ivan Lacerda: Uma parte desse dinheiro, 6,5 milhões, são para carro-pipa, e o resto são para alimentação da população. E os 198, eles são divididos do uso o seguinte: nós vamos executar os sistemas coletivos, que são aqueles sistemas que servem entre 15 e 40 famílias; uma outra parte são as pequenas barragens, são barraginhas, a recuperação de barragens para retenção de água para a seca, e uma outra parte é a parte de cisternas.
Repórter Jaime Vasconcelos: E os próximos passos? Além da Bahia, o que está no planejamento?
Secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração - Miguel Ivan Lacerda: No planejamento é a gente cobrir todo o semiárido... Isso significa que nós temos uma meta para cada uma dessas tecnologias. Até 2003, nossa meta é de que cisternas... 750 mil cisternas distribuídas entre a população com esse perfil, até R$ 70,00, dentro do Programa Água para Todos, que faz parte do Brasil Sem Miséria. Desse público de até R$ 70,00, toda a pessoa vai ter uma cisterna na casa para a retensão de água de chuva.
Luciano: Ouvimos a entrevista do secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração, Miguel Ivan Lacerda.
Kátia: E o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje, agora, há pouco, na verdade, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, sobre os produtos da linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar. Ela vai ser prorrogada até junho. Quem tem mais informações é o nosso editor, Leandro Alarcon, que fala ao vivo da redação da Voz do Brasil. Boa noite, Leandro.
Editor Leandro Alarcon (ao vivo): Boa noite, Kátia. O governo decidiu prorrogar por mais três meses a redução do IPI para fogão, geladeira, máquina de lavar e secar. Para os fogões, a alíquota, que era de 4% foi zerada. Já para as geladeiras, o percentual foi reduzido de 15 para 5%. E para as máquinas de lavar, de 20 para 10%. A alíquota sobre tanquinhos, que era de 10%, foi zerada. Também haverá a redução de impostos para móveis, laminados e revestimentos e luminárias. No caso dos laminados e revestimentos, a alíquota, que era de 15%, cai para zero. As novas alíquotas passam a valer para o mesmo período da linha branca, que é até junho desse ano. Kátia.
Kátia: Obrigada, Leandro Alarcon, pelas informações na “Voz do Brasil”.
Luciano: Trezentos milhões de reais estão disponíveis para as Defensorias Públicas se equiparem.
Kátia: A linha de crédito exclusiva é fruto de um acordo entre o Ministério da Justiça e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, para ampliar o acesso da população à Justiça. Carolina Monteiro explica.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): As Defensorias Públicas contam agora com uma linha de crédito de R$ 300 milhões para modernizar o funcionamento e assim ampliar o acesso à Justiça. O recurso é resultado de um acordo assinado entre o Ministério da Justiça e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Para o secretário de Reforma do Judiciário, Flávio Caetano, é fundamental investir no setor.
Secretário de Reforma do Judiciário - Flávio Caetano: A partir dessa linha de financiamento, cada estado vai ter uma Defensoria mais dotada de equipamentos. Então, a Defensoria vai ter melhor sistema de computador, vai conseguir acompanhar a execução da pena dia a dia - ou seja, a partir de agora, nós não teremos ninguém que vai ficar preso por mais tempo - e vai conseguir também capacitar melhor os seus defensores e seus servidores.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Criada pela Constituição Federal de 1988, a Defensoria Pública permite que as pessoas que não têm dinheiro para pagar um advogado tenham acesso à Justiça, como explica a defensora pública Emanuela Sabóia.
Defensora pública - Emanuela Sabóia: Antigamente, havia um pedido de especificação de renda. Então, até tantos salários mínimos, nós poderíamos atender, ou não. E, hoje em dia, não, o que existe é a avaliação de caso a caso. Às vezes, a pessoa até recebe, tem rendimentos brutos significativos, mas ela encontra-se em situação tão difícil, ela está com tantas dívidas, ela tem uma situação de sustentar tantos familiares, em que ela precisa da Defensoria Pública porque ela não pode pagar um advogado.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): O vigilante Cícero Lima é uma dessas pessoas. Ele teve o carro apreendido pelo Detran do Distrito Federal. Para tirar o veículo do depósito, precisa pagar uma dívida de quase R$ 1.800,00, que não pode ser parcelada. Cícero Lima conta que não tem como pagar tudo de uma vez e procurou a Defensoria Pública em busca de ajuda.
Vigilante - Cícero Lima: Eu quero que parcela essa dívida, aqui, dos dias que o carro ficou lá parado, que o restante já paguei tudo, né?
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): A necessidade de mais investimentos foi observada depois da divulgação do terceiro diagnóstico da Defensoria Pública no Brasil. O levantamento mostra que, em média, apenas pouco mais de 2,5% do orçamento da Defensoria Pública foi direcionado a investimentos na própria instituição. A Defensoria Pública da União tem unidades em todos os estados. De Brasília, Carolina Monteiro.
Luciano: Estão abertas as pré-inscrições para o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica, Parfor Presencial.
Kátia: Dezessete mil vagas vão ser oferecidas para cursos que terão início no segundo semestre.
Luciano: As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de abril.
Kátia: O Parfor garante aos professores que atuam na rede pública de Educação Básica uma formação acadêmica exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Luciano: Assunto da entrevista que Flávio Figueiredo fez hoje com a diretora de Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Capes, do Ministério da Educação, Carmen Moreira de Castro Neves.
Repórter Flávio Figueiredo: Quem pode participar desses cursos?
Diretora de Educação Básica da Capes - Carmen Moreira de Castro Neves: Todos os professores que estiverem em exercício na rede pública de Educação Básica, em todo o país. Nós estávamos com 25 estados e mais o Distrito Federal que aderiram ao Parfor e, este ano, o Acre aderiu também.
Repórter Flávio Figueiredo: Agora, como é que funcionam esses cursos? Eles são em várias áreas?
Diretora de Educação Básica da Capes - Carmen Moreira de Castro Neves: São em várias áreas e depende muito da região. Existe um fórum que faz uma análise das necessidades de cada estado e negocia com as universidades a oferta de cursos. Para o próximo semestre, nós já temos oferta de Ciências Naturais, História, Geografia, para professores de Educação Física, de Espanhol, de Informática, de Pedagogia, de Artes, de Filosofia e de Ciências Agrícolas, que é uma área muito importante para quem trabalha com educação do campo.
Repórter Flávio Figueiredo: Como é que devem fazer as inscrições aquelas pessoas que estão interessadas?
Diretora de Educação Básica da Capes - Carmen Moreira de Castro Neves: Os professores que estiverem em exercício e quiserem fazer um curso superior de graça, é importante saber que o curso é gratuito, eles devem acessar a plataforma Freire, mas são vários passos. O primeiro passo é a pré-inscrição, o segundo é aguardar a validação da Secretaria de Educação, o terceiro é ser chamado pela universidade para fazer um processo seletivo.
Repórter Flávio Figueiredo: Carmen Moreira de Castro Neves, diretora de Educação Básica da Capes. Muito obrigado pela entrevista, diretora.
Diretora de Educação Básica da Capes - Carmen Moreira de Castro Neves: Muito obrigada, nós que agradecemos e contamos com os professores. É uma oportunidade ímpar de formação para os professores e de melhoria da Educação Básica no Brasil.
Kátia: Sete e treze.
Luciano: Mais de 8 milhões de estabelecimentos apresentaram ao Ministério do Trabalho a Relação Anual de Informações Sociais, Rais, ano-base 2011.
Kátia: As empresas informaram 73 milhões de vínculos de trabalho no país. Houve aumento de, pelo menos, 3,7 milhões trabalhadores em relação aos números de 2010, o que corresponde a um acréscimo de 5,5%.
Luciano: O prazo para envio das informações da Rais terminou na última sexta-feira, mas os dados ainda podem ser informados com atraso.
Kátia: Nesse caso, as empresas podem pagar multa no valor mínimo de R$425,00 e, ainda, mais R$ 106,00 por bimestre de atraso.
Luciano: A declaração da Rais é obrigatória a todos os estabelecimentos inscritos no CNPJ com ou sem empregados.
Kátia: Ela deve ser feita pela internet em www.rais.gov.br.
Luciano: Em caso de dúvidas, os empregadores podem ainda ligar para a Central de Atendimento da Rais, no 0800-7282326.
“Café com a Presidenta”
Kátia: O Programa Nacional de Educação no Campo foi tema de hoje do programa semanal de rádio “Café com a Presidenta”.
Luciano: De acordo com a presidenta Dilma Rousseff, o governo vai investir R$ 1,8 bilhão por ano na educação no campo, onde vivem quase 30 milhões de brasileiros.
Presidenta Dilma Rousseff: Nós vamos investir R$ 1,8 bilhão por ano para melhorar a educação no campo, beneficiando principalmente os pequenos agricultores, os produtores da agricultura familiar, os assentados da reforma agrária e as comunidades quilombolas. As ações do Pronacampo, Luciano, vão desde a melhoria da infraestrutura nas escolas à formação dos professores. Trinta mil escolas vão receber recursos para a manutenção e reformas, e outras 3 mil escolas serão construídas até 2014. Vamos, também, formar professores e oferecer cursos profissionalizantes aos nossos jovens e trabalhadores rurais, aumentando assim as oportunidades para que todos no campo melhorem de vida.
Luciano: Dilma Rousseff informou, também, que o ensino integral e as escolas de alternância vão ser implantados ainda nas escolas do campo.
Presidenta Dilma Rousseff: Cinco mil escolas do campo terão educação em tempo integral já neste ano de 2012. Com o Pronacampo, nós vamos também construir escolas que contarão, inclusive, com alojamentos para estudantes e professores, para que possamos receber aqueles que moram muito longe da escola. Assim, é possível implantar as chamadas escolas de alternância, onde o estudante vai intercalar períodos de aula, que podem ser de uma semana ou um mês, por exemplo, e, depois, outro período em casa, com a família.
Kátia: Dilma lembrou, ainda, que os livros didáticos das escolas rurais vão ter conteúdo diferenciado, com temas relacionados com as pessoas que vivem no campo e nas comunidades quilombolas.
Luciano: E destacou que a meta do governo é formar, no Ensino Superior, 145 mil professores que atuam em escolas rurais.
Kátia: O programa “Café com a Presidenta” é veiculado uma vez por semana, todas as segundas-feiras, às 6h da manhã, com reprises às 7h e 8h30 da manhã, e também à 1h da tarde.
Luciano: O programa é transmitido via satélite, no mesmo canal de distribuição de “A Voz do Brasil”.
Kátia: E os arquivos do programa em baixa e alta resolução, assim como todas as transcrições, estão disponíveis em www.cafe.ebc.com.br.
Luciano: Ainda essa semana, a presidenta Dilma estará em Nova Delhi, na Índia, participando da 4ª Cúpula Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Kátia: A viagem servirá, também, para ampliar as relações comerciais entre Brasil e Índia, já que, segundo o Itamaraty, os dois países têm interesses comum nas áreas de ciência e tecnologia, farmácia, agricultura e também no combate à pobreza. A nossa correspondente Carla Wathier já está na Índia e tem mais informações.
Repórter Carla Wathier (Nova Delhi): Uma das civilizações mais antigas do planeta, a Índia é um país de contrastes, onde a tradição e a modernidade convivem em harmonia. Com mais de 1 bilhão de habitantes, é o segundo país mais populoso do mundo, atrás apenas da China. Localizado na Ásia, o país ocupa quase 4 milhões de quilômetros quadrados. Tem como vizinhos a China e o Nepal ao norte, o Paquistão a noroeste e Bangladesh ao leste. Os negócios entre os dois países e a cooperação em várias áreas, como ciência e tecnologia, farmácia e agricultura, vêm aumentando. O intercâmbio comercial teve crescimento de mais de 630% nos últimos oito anos, passando de US$ 1,2 bilhão, em 2002, para mais de US$ 9 bilhões em 2011. Segundo a subsecretária-geral de Política II do Ministério das Relações Exteriores, Maria Edileusa Fontenele Reis, as duas nações querem ampliar ainda mais o comércio bilateral.
Subsecretária-geral de Política II do Ministério das Relações Exteriores - Maria Edileusa Fontenele Reis: A nossa pauta comercial, ela tem uma concentração ainda em poucos produtos, nós exportamos petróleo bruto, importamos diesel, exportamos também alguns produtos agrícolas, como soja, açúcar, sobretudo, mas temos aí um potencial imenso para diversificar essa relação.
Repórter Carla Wathier (Nova Delhi): Comércio aparte, os indianos também se interessam por um outro tema que os brasileiros têm bastante experiência: os programas sociais. Assim como no Brasil, acabar com a pobreza também é um desafio, de acordo com Amit Shukla, chefe de Chancelaria da Embaixada da Índia no Brasil.
Chefe de Chancelaria da Embaixada da Índia no Brasil - Amit Shukla: Os dois países são países em desenvolvimento. Por exemplo, os desafios são bem semelhantes, pobreza, analfabetismo, coisas sociais, por isso nós temos muitos assuntos, onde nós podemos aprender mais políticas que estão praticando para cada... por cada país. Por exemplo, Bolsa-Família é um programa muito, muito bom aqui, no Brasil, e nós podemos aprender mais sobre isso.
Repórter Carla Wathier (Nova Delhi): Se o Brasil tem a ensinar na área social, pode seguir o exemplo dos indianos no outro setor, o da produção científica, como avalia o professor de Economia da Universidade de Brasília, José Matias Pereira.
Professor de Economia da Universidade de Brasília - José Matias Pereira: Eu acho que o Brasil poderia aprender muito em conhecer melhor como o governo indiano está desenvolvendo as suas atividades nessa área.
Repórter Carla Wathier (Nova Delhi): Geograficamente extensos, com diversidades culturais, governos democráticos e mesma visão de desenvolvimento, afinidades que apontam que há muito espaço para cooperação e entendimento, na avaliação do economista José Ricardo da Costa e Silva, especialista em macroeconomia.
Economista especialista em macroeconomia - José Ricardo da Costa e Silva: Eles podem dar acesso à ciência e tecnologia para a gente, mas nós podemos também entrar com capital na Índia. Há muito espaço para abertura de capital, a economia indiana é historicamente uma economia muito fechada para investimentos estrangeiros, e esse relacionamento de amizade, de parceria com a Índia pode levar empresas brasileiras a investir mais na Índia, e com uma vantagem muito grande, a mão de obra indiana é uma mão de obra muito mais barata do que a mão de obra brasileira.
Repórter Carla Wathier (Nova Delhi): As relações diplomáticas foram estabelecidas com o Brasil em 1948. De Nova Delhi, Carla Wathier para “A Voz do Brasil”.
Luciano: E o Presidente em exercício Marco Maia recebeu hoje no Palácio do Planalto 20 integrantes da Organização Não Governamental Educafro, que promove a inclusão de afrodescendentes por meio da educação.
Kátia: Eles reivindicaram a inclusão de afro-brasileiros no Programa Ciências sem Fronteiras, que oferecem bolsas de estudo no exterior.
Luciano: Os manifestantes pediram também a aprovação de uma Portaria que garanta vagas dos afrodescendentes nos concursos públicos federais, prevista no Estatuto da Igualdade Racial.
Kátia: Os integrantes da Educafro solicitaram, ainda, ao Presidente em exercício o apoio do governo federal para que afrodescendentes tenham mais oportunidades de trabalhar nas obras da Copa do Mundo.
Luciano: O Presidente em exercício Marco Maia diz que já pediu o encaminhamento das demandas ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, para analisar como incluir os negros no Programa Ciências sem Fronteiras.
Kátia: Segundo Marco Maia, as reivindicações também vão ser enviadas à ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, para avaliar como os afro-brasileiros podem participar mais efetivamente da organização da Copa do Mundo.
Luciano: Marco Maia informou, ainda, que conversou com a presidenta Dilma Rousseff sobre as cotas de afrodescendentes para o serviço público federal.
Kátia: E o Diário Oficial da União publicou, hoje, uma mensagem da presidenta Dilma, enviada ao Congresso Nacional, em que veta pela segunda vez o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, FGTS, nas obras da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
Luciano: O texto apresenta o mesmo argumento do veto anterior, e os empreendimentos relacionados à Copa já dispõe de linhas de crédito.
Kátia: O veto foi baseado em pareceres dos Ministérios da Fazenda, do Planejamento e das Cidades. Segundo a mensagem, a proposta desvirtua a prioridade de aplicação do FGTS.
Luciano: A Copa Brasil de Paratiro Esportivo disputada em Colombo, no Paraná, terminou neste último fim de semana com a quebra de três recordes brasileiros.
Kátia: Os integrantes do Programa Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, Lucilene de Mello e Carlos Garletti melhoraram suas marcas anteriores e se firmaram no topo do ‘ranking’ nacional.
Luciano: Lucilene registrou recorde na prova de carabina de ar em pé feminino SH1, e Garletti nas provas de ar deitado misto SH1 e carabina 22.
Kátia: Segundo o Ministério do Esporte, a Copa Brasil de Paratiro, além de ser a primeira competição do ano, valeu para a qualificação de três atletas que buscam a única vaga brasileira na modalidade nos Jogos Paralímpicos de Londres.
Luciano: Débora Campos, Carlos Garletti e Sérgio Vida conquistaram um índice olímpico de pontuação mínimo para competirem nas Paralimpíadas.
Kátia: Agora os seis atletas disputam a única vaga na delegação brasileira.
Luciano: A definição vai depender do desempenho do trio nas duas Copas Brasil e na Copa do Mundo na Polônia, que será entre os dias 10 e 15 de abril, e também no Campeonato da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo.
Kátia: A Força Nacional de Segurança Pública e a Polícia Federal apreenderam, hoje, um caminhão que transportava 75 mil pacotes de cigarro de origem estrangeira e sem nota fiscal em Guaíra, no Paraná.
Luciano: Um motociclista que fazia a proteção da carga fugiu no momento da abordagem, o motorista do caminhão também.
Kátia: No veículo foram encontradas notas fiscais que indicavam que a mercadoria era soja em grãos.
Luciano: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.
Kátia: Casos de tuberculose no Brasil caem mais de 3,5% em 2011.
Luciano: Anunciada a liberação de mais de R$ 230 milhões para levar água para os municípios baianos atingidos pela seca.
Kátia: Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, sobre produtos da linha branca vai ser prorrogada até junho.
Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite a todos e até amanhã.
Luciano: Boa noite e até amanhã.