26/06/2012 - A Voz do Brasil
26/06/2012 - A Voz do Brasil
A apreensão de cocaína no Brasil aumentou 3 vezes, entre 2004 e 2010, segundo relatório da ONU divulgado hoje. De acordo com as Nações Unidas, o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado em dezembro do ano passado, ajudou a combater o tráfico no país. O governo federal arrecadou quase R$ 78 bilhões em impostos e contribuições no mês de maio, 4% a mais do que o arrecadado no mesmo mês do ano passado, segundo a Receita Federal. 13 municípios do estado de São Paulo receberam retroescavadeiras do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para reformar estradas. Mais de 4.800 cidades, com menos de 50 mil habitantes também podem receber máquinas dentro do PAC 2. As prefeituras que ainda não fizeram o pedido podem preencher o formulário até o dia 31 de julho. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Kátia Sartório: Apreensão de cocaína no Brasil mais que triplica, de 2004 a 2010. Foram 27 toneladas no período.
Apresentador Luciano Seixas: Uso da cadeirinha nos veículos já reduziu em 40% as mortes de crianças em acidentes de trânsito, no último ano.
Kátia: Municípios com menos de 50 mil habitantes podem pedir máquinas para reformar estradas até o fim de julho.
Luciano: Terça-feira, 26 de junho de 2012.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: A apreensão de cocaína no Brasil aumentou três vezes, entre 2004 e 2012, segundo o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes, divulgado hoje.
Luciano: De acordo com a Organização das Nações Unidas, o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado em dezembro do ano passado, ajudou a combater o tráfico no país.
Kátia: A repórter Daniela Almeida acompanhou uma operação da Polícia Rodoviária Federal hoje e nos traz mais informações.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): No Dia Mundial de Enfrentamento às Drogas, o trabalho da Polícia Rodoviária Federal começou cedo, em um trecho da rodovia BR-040, próximo a Brasília. Os agentes policiais pararam veículos para distribuir folhetos educativos sobre consumo de drogas e do álcool. E, em casos de veículos suspeitos, além dos ônibus e caminhões, ainda foi feita a fiscalização em busca de entorpecentes. Cães treinados ajudaram na tarefa. Essa operação da Polícia Rodoviária Federal acontece também nesta terça-feira, em estradas que cortam todas as capitais brasileiras. Delucas Barbosa, inspetor da Polícia Rodoviária Federal, fala sobre os objetivos da operação.
Inspetor da Polícia Rodoviária Federal - Delucas Barbosa: A droga passa pela rodovia federal, e que todos têm que ser fiscalizados. Mesmo a pessoa não se sentindo confortável com aquela fiscalização, ela tem que aceitar ser fiscalizada, porque aí sim nós vamos identificar onde é que está sendo os corredores de trânsito de droga, e nós podemos coibir aquele trabalho.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): As fiscalizações têm surtido efeito. As apreensões federais de cocaína triplicaram entre 2004 e 2010, atingindo 27 toneladas. No ano passado, as polícias Federal e Rodoviária Federal apreenderam 174 toneladas de maconha. Os dados constam no Relatório Mundial sobre Drogas 2012, divulgado hoje pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. O representante da entidade no Brasil e no Cone Sul, Bo Mathiasen, defende a atuação integrada entre os países da América do Sul para combater o tráfico.
Representante da entidade no Brasil e no Cone Sul - Bo Mathiasen: É uma questão de aumentar a capacidade de apreender mais a cocaína que entra no país e passa pelo país, mas também de tentar, junto com os países vizinhos, criar sistemas para desarticular essas redes de crime organizado.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Para que o Brasil deixe de ser corredor de passagem de drogas para a Europa, o governo federal firmou parcerias. O diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Oslain Santana, fala sobre a contratação de mais policiais para atuar nas fronteiras.
Diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal - Oslain Santana: A PF firmou acordo de cooperação com vários países da América do Sul. No caso, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, onde há uma troca de informações e troca de experiências no enfrentamento ao tráfico de droga.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O estudo da ONU revela, ainda, que cerca de 5% da população mundial consumiu droga ilícita pelo menos uma vez em 2010. No Brasil, o consumo de crack, subproduto da cocaína, preocupa as autoridades, que, em dezembro passado, lançaram o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. Cejana Passos, da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas do Ministério da Justiça, explica que o Programa “Crack, é possível vencer” está dividido em três eixos.
Cejana Passos: São o eixo autoridade, o eixo cuidado e o eixo prevenção. E, a exemplo do que tem sido realizado dentro do governo federal, no qual há o envolvimento maciço de todas as pastas empenhadas e engajadas no envolvimento dessa questão, a reprodução dessas parcerias tem sido buscada nos estados e nos municípios, com a criação de planos individuais, como exemplo dos estados (sic) do Rio de Janeiro, que já aderiu a essa questão, e muito fortemente busca o enfrentamento da questão das drogas.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Para informações sobre qualquer tipo de droga e locais para tratamento de dependentes químicos, o telefone é o 132. O serviço, chamado “VivaVoz”, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive nos feriados. De Brasília, Daniela Almeida.
Luciano: E, na entrevista que o jornalista Ramon Gusmão fez hoje com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vamos saber mais sobre o Plano de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, que prevê aumento dos consultórios de rua, dos leitos em hospitais e dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas em todo o país.
Repórter Ramon Gusmão: O SUS está preparado para atender os dependentes de drogas?
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: O Ministério da Saúde, através do Plano “Crack, é possível vencer”, ofereceu para estados e municípios a possibilidade de reorganizarmos o Sistema Único de Saúde, para enfrentarmos essa nova epidemia, que desafia não só o SUS, mas desafia os conhecimentos dos profissionais e a forma como tradicionalmente foram organizados os serviços de saúde. O crack, hoje, é uma epidemia no nosso país. Nós tivemos um grande aumento do número de casos. Nós tivemos uma situação onde o crack não é mais restrito nas grandes cidades e nem mais restrito apenas a populações vulneráveis, que são moradores de rua. Esses três fatores conjuntos são o que classificam, que conceituam classicamente o que é epidemia. E, por isso, para reorganizar o SUS, que o Plano “Crack, é possível vencer” fez com que o Ministério da Saúde colocasse à disposição de estados e municípios a possibilidade de implantarmos, até 2014, pelo menos 13.100 novos leitos para internação, cuidados continuados, acompanhamento, desintoxicação das pessoas que têm dependência química do crack.
Repórter Ramon Gusmão: E o senhor poderia falar alguns resultados alcançados até agora, desde que o plano foi lançado, em dezembro do ano passado?
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Em primeiro lugar, nós já tivemos um aumento de cerca de R$ 213 milhões para Centros Especializados em Álcool e Drogas, que, com esses recursos, passaram a atender melhor os pacientes, formar melhor os seus profissionais, tendo mais qualidade no atendimento. Segundo, nós já começamos a ter com os estados e municípios novos serviços, para que se monte uma rede de tipos de atendimentos diferentes para realidades e situações muito diferentes da pessoa que enfrenta dependência química. Um exemplo: nós já temos novos consultórios na rua, que foram novos consultórios implantados em Maceió, Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Belém, João Pessoa, Recife, Porto Alegre e São Paulo, que são serviços que fazem a busca ativa da pessoa que está na rua, faz a avaliação de saúde dessa pessoa, inclusive podendo fazer a internação dessa pessoa, caso ela esteja correndo risco de vida. Nós já temos novos leitos de enfermarias especializadas. Queremos ampliar cada vez mais esses leitos. São enfermarias que ficam dentro do ambiente de hospital, porque a pessoa que tem dependência química, ao longo do tratamento, ela pode viver situações de síndrome de abstinência ou de intoxicação grave, que precisa estar internada dentro de um hospital para resolver o problema de convulsão, que pode acontecer, pico hipertensivo, que pode acontecer, decorrentes da síndrome de abstinência ou da intoxicação grave.
Repórter Ramon Gusmão: E um dependente químico que precisar de ajuda, quiser se livrar da dependência de drogas, o que ele deve fazer? Quem ele deve procurar, no caso do atendimento na área de saúde?
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Quem organiza esse tratamento no município, na região, são os Centros Especializados para Álcool e Drogas, os chamados Caps Álcool e Drogas, ou a partir das Unidades Básicas de Saúde, no centro de saúde mais perto da sua casa, que pode encaminhar essa pessoa para um serviço especializado.
Repórter Ramon Gusmão: Conversamos com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Muito obrigado pela entrevista.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Muito obrigado.
Kátia: E, para alertar adolescentes, pais e educadores sobre as consequências do consumo de drogas, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça lançou hoje quatro cartilhas, ilustradas com personagens da Turma da Mônica.
Luciano: A repórter Ana Gabriella Sales tem mais informações ao vivo.
Boa noite, Ana.
Repórter Ana Gabriella Sales (ao vivo): Boa noite, Luciano. As cartilhas são da Turma da Mônica Jovem, material produzido em parceria com a Maurício de Souza Produções, criadora dos personagens. Os quadrinhos usam uma linguagem da juventude para falar do combate ao álcool, crack e outras drogas. Adolescentes e jovens dos últimos anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, de 15 mil escolas públicas de todo o país, vão receber o material. Mas, para isso, é preciso que os professores dessas escolas participem do curso de prevenção do uso de drogas para educadores. É um curso à distância, gratuito, oferecido pela Universidade de Brasília, como explica Carla Dal Bosco, secretária substituta da Senad.
Secretária substituta da Senad - Carla Dal Bosco: O foco do projeto, nesse primeiro momento, será a distribuição nas escolas que estiverem participando dessa capacitação, que é uma capacitação à distância para 70 mil educadores e que ocorrerá agora, no segundo semestre. Na próxima semana, eu acho que nós vamos lançar já as inscrições. Então, é bom que todo mundo possa ficar atento.
Repórter Ana Gabriella Sales (ao vivo): Bom, além disso, o Ministério da Justiça entregou, agora há pouco, prêmios de concursos culturais também voltados para a prevenção. Ao todo, 79 estudantes de todas as regiões do país foram premiados em várias categorias, como vídeos e cartazes. Cada um levou para casa até R$ 9.000,00. Essa programação encerrou a Semana Nacional sobre Drogas, aqui, no Ministério da Justiça. Luciano, Kátia.
Luciano: Obrigado, Ana Gabriella Sales, pela participação ao vivo, aqui na “A Voz do Brasil”.
Kátia: E, para os jovens que, muitas vezes, por causa das drogas, se envolvem em crimes, existe uma lei que prevê a criação de programas de qualificação profissional.
Luciano: Sancionada pela presidenta Dilma esse ano, a nova legislação determina que todos os estados e municípios brasileiros atendam a adolescentes de 12 a 18 anos, em conflito com a lei, com ações de educação, saúde e assistência social. Priscila Machado.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Há 11 meses, o adolescente LA cumpre medida socioeducativa em uma unidade de internação em Brasília.
A falta de oportunidades e as drogas foram, segundo ele, a motivação para a prática de delitos. Agora ele aprendeu a desenhar e está no curso de serigrafia para estampar camisetas, e tem planos para quando for liberado pela justiça.
Entrevistado: Nós precisamos mesmo é de oportunidade, de serviço, que nós ‘possa’ dar continuidade no que a gente tá fazendo aqui dentro, que é o curso.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Na unidade de internação, em Brasília, 150 adolescentes cumprem medidas socioeducativas. Além de estudar, eles participam de cursos profissionalizantes e são atendidos por uma equipe formada por psicólogos e outros profissionais, como explica o socioeducador Valdigne Ferreira.
Socioeducador - Valdigne Ferreira: É um projeto chamado político pedagógico, que é a orientação integral. Ele foi formulado, aqui, pela direção da unidade. Essa equipe tem a incumbência de detectar as dificuldades dos adolescentes, a fim de que nós possamos trabalhar em conjunto com a família e detectar essas situações, que são complexas, e fazer os devidos encaminhamentos, onde nós possamos inserir em alguma atividade profissionalizante, as atividades escolares, que elas são obrigatórias, até as atividades culturais.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Em todo o país, aproximadamente 70 mil adolescentes cumprem medidas alternativas em liberdade e cerca de 18 mil estão em unidades de internação. Mas, segundo Maria Tavares, membro do Conselho Nacional do Ministério Público, nem todas as unidades têm a estrutura necessária para promover a ressocialização do jovem.
Membro do Conselho Nacional do Ministério Público – Maria Tavares: A falta desse atendimento socioeducativo, quando o adolescente sai desses centros, se ele volta para as mesmas condições que ele tinha antes de entrar nesses centros, ele, evidentemente, vai voltar a ter, entrar em conflito com a lei.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Recentemente, entrou em vigor a lei que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, o Sinase. Com isso, foram institucionalizadas as medidas socioeducativas que esses adolescentes devem receber. Um seminário em Brasília, nesta semana, discutiu como implementar a nova lei, que exige, por exemplo, um plano individual de atendimento ao jovem infrator e às famílias. Além disso, a nova legislação determina tratamento para os dependentes químicos e a criação, nos centros de internação, de cursos profissionalizantes e de escolas ligadas à rede regular de ensino. Nos últimos oito anos, foram construídas 60 novas unidades de internação. Mas, segundo a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, isso não é suficiente. É preciso reforçar as parcerias com estados e municípios, responsáveis pelas unidades.
Ministra da Secretaria de Direitos Humanos - Maria do Rosário: Essa nova lei, a Lei do Sinase, cria uma nova perspectiva também para o país, porque agora todos os estados estão integrados e o governo federal, com os estados, está produzindo um plano de ação. A nossa meta é integrarmos cada vez mais a área de educação, a área da saúde e a assistência social. Com essas três políticas integradas e o fortalecimento também dos conselhos tutelares, nós acreditamos que seremos mais capazes de produzir ações que ofereçam alternativas para o adolescente antes de ele entrar em conflito com a lei. Mas, principalmente, a ideia do Sinase é a gente não desistir de ninguém.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): A lei que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, o Sinase, foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e já está valendo. De Brasília, Priscila Machado.
Kátia: Sete e quinze.
Luciano: O governo federal arrecadou quase R$ 78 bilhões em impostos e contribuições no mês de maio. Os números foram divulgados hoje pela Receita Federal.
Kátia: O resultado apresenta um aumento real, já descontada a inflação, de quase 4% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o valor arrecadado foi de R$ 71,5 bilhões.
Luciano: No acumulado de janeiro a maio, mais de R$ 427 bilhões entraram nos cofres públicos. O relatório completo da arrecadação de maio pode ser acessado em www.receita.fazenda.gov.br.
Kátia: Hoje, 13 municípios do estado de São Paulo receberam retroescavadeiras do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Luciano: Os equipamentos vão ser usados para reformar estradas e devem beneficiar mais de 4 mil famílias agricultoras rurais nesses 13 municípios.
Kátia: A lista com os municípios beneficiados está em www.mda.gov.br. A ação faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC 2.
Luciano: Outros municípios em todo o país também vão receber as máquinas para reformar estradas. No total, mais de 4.800 com menos de 50 mil habitantes.
Kátia: As prefeituras que ainda não fizeram o pedido podem preencher o formulário até o dia 31 de julho. Mais detalhes na entrevista que o jornalista João Fagundes Neto fez com o secretário do Programa de Aceleração do Crescimento, Maurício Muniz.
Repórter João Fagundes Neto: Secretário, qual é o total de máquinas, e como esses equipamentos vão ajudar as prefeituras?
Secretário do Programa de Aceleração do Crescimento - Maurício Muniz: São 3.580 retroescavadeiras e 1.330 motoniveladoras. Esses dois equipamentos são fundamentais para melhorar as condições das estradas vicinais e, com isso, facilitar o escoamento da produção agrícola desses municípios que vão receber essas máquinas e equipamentos. O que é fundamental, João, é que todos esses equipamentos, eles vão ser doados aos municípios.
Repórter João Fagundes Neto: Agora, essas máquinas que vão ser adquiridas, serão fabricadas aqui no Brasil. Isso ajuda a aquecer a economia do país?
Secretário do Programa de Aceleração do Crescimento - Maurício Muniz: Ajuda, ajuda. É muito importante para a economia, porque, com isso, gera emprego, gera renda, que aumenta o consumo, inclusive, dos produtos agrícolas que vão ser produzidos nessas regiões.
Repórter João Fagundes Neto: E qual a orientação para o gestor desse município que tem menos de 50 mil habitantes, o que ele deve fazer para ganhar essa máquina?
Secretário do Programa de Aceleração do Crescimento - Maurício Muniz: Primeiro precisa acessar o site do MDA, do Ministério do Desenvolvimento Agrário: www.mda.gov.br; já tem lá um ‘banner’, um ‘link’, onde ele vai precisar apenas confirmar o interesse dele nesses equipamentos. Porque as retroescavadeiras, todos os municípios vão receber, nós já distribuímos 1.275 retroescavadeiras, e, agora, distribuindo as 3.580, todos os municípios vão receber pelo menos uma. Mas ele precisa confirmar esse interesse em receber esse equipamento. E as motoniveladoras não, aí é uma seleção, então ele preenche os dados lá. Então é www.mda.gov.br para poder ter acesso a essa seleção.
Repórter João Fagundes Neto: Maurício Muniz, secretário do Programa de Aceleração do Crescimento, obrigado pelas informações na “Voz do Brasil”.
Secretário do Programa de Aceleração do Crescimento - Maurício Muniz: Eu que agradeço.
Luciano: Dois milhões de brasileiros que trabalham por conta própria saíram da informalidade nos últimos dois anos. Eles se tornaram empreendedores e agora têm acesso a direitos, como crédito e benefícios como aposentadoria.
Kátia: Para discutir como melhorar o acesso ao empreendedorismo no país, ocorreu hoje, aqui, em Brasília, um seminário. Patricia Scarpin acompanhou e tem as informações.
Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Há quatro anos, Mônica Vilarindo da Silva tem uma loja de roupas no Paranoá, no Distrito Federal. As dificuldades da informalidade fizeram com que, há dois meses, Mônica regularizasse a situação da loja dela. Agora ela tem direito a INSS, licença-maternidade, cartão de crédito e cheque no nome da empresa. Além disso, a microempreendedora já recebeu uma quantia em dinheiro para expandir os negócios.
Microempreendedora - Mônica Vilarindo da Silva: O crédito inicial que a gente consegue com esse programa do governo pela Caixa é de R$ 1.000,00 de capital de giro. Mas, conforme você vai movimentando a conta no período de um ano, você tem a possibilidade de conseguir até R$ 15 mil.
Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Assim como Mônica, quase 2 milhões de brasileiros saíram da informalidade nos dois últimos anos. Mas o governo federal quer ainda mais. Hoje, num seminário internacional em Brasília, consolidou um documento com as políticas nacionais de estímulo ao empreendedorismo. Uma consulta pública ainda será aberta para colher sugestões. De acordo com o diretor do Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Nunes de Souza, o documento feito com o auxílio da população pode ajudar na conscientização do trabalho formal.
Diretor do Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas do MDIC - Sérgio Nunes de Souza: Agora é que, efetivamente, nós vamos ter a publicação de diretrizes de política para a sociedade, a sociedade vai ter oportunidade de estar opinando sobre essa política, vão ter dois meses para fazer isso. E, realmente, é uma construção com a mão da iniciativa privada, com a mão do governo, em seus vários níveis, de uma política nacional de empreendedorismo.
Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Para saber mais acesse: www.portaldoempreendedor.gov.br. De Brasília, Patricia Scarpin.
Luciano: A consulta pública sobre empreendedorismo vai ser aberta no dia 12 de julho, no endereço www.mdic.gov.br.
Kátia: A cadeirinha infantil, segundo a Polícia Rodoviária Federal, já reduziu em 40% as mortes de crianças com até sete anos de idade no trânsito, aqui, no Brasil.
Luciano: Os dados foram apresentados num seminário internacional hoje, aqui, em Brasília, que trouxe especialistas para discutir políticas que incentivem cada vez mais o uso do acessório. Adriana Franzin acompanhou e tem as informações.
Repórter Adriana Franzin (Brasília-DF): Segundo dados do Ministério das Cidades, o uso da cadeirinha reduz o risco de morte em 71%, e as chances de hospitalização em 69%. Além de aumentar a fiscalização e investir em campanhas, o governo quer adotar agora outras políticas públicas para incentivar o uso, como afirma o secretário-executivo do Ministério, Alexandre Cordeiro.
Secretário-Executivo do Ministério das Cidades - Alexandre Cordeiro: A gente tem tentado buscar algumas alternativas no sentido de buscar políticas públicas para poder baratear o custo da cadeirinha e fazer com que fique acessível a todos.
Repórter Adriana Franzin (Brasília-DF): O Brasil tem uma legislação considerada avançada no que diz respeito ao uso da cadeirinha, segundo uma pesquisa feita com 18 países da América Latina e do Caribe. O estudo foi apresentado hoje em um seminário internacional sobre o tema, em Brasília. Segundo o levantamento, morrem por ano quase 6.500 crianças vítimas de acidentes de trânsito, a maioria no Brasil e no México. Por isso, a pesquisa concluiu que esses países devem ter ações de prioridade máxima para reduzir esses índices. De acordo com o diretor de Policiamento e Fiscalização do Trânsito, do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Nelson de Freitas, a informação é importante para definir as estratégias certas para proteger as crianças.
Diretor de Policiamento e Fiscalização do Trânsito, do Departamento de Trânsito do Distrito Federal - Nelson de Freitas: A gente vai buscar dar maior, uma intensificada nessas abordagens específicas das cadeirinhas, que a gente normalmente fiscaliza a cadeirinha na hora que a gente aborda um veículo por outros motivos, numa blitz de bafômetro, numa blitz de documentação. E aí a gente vai procurar, também, manter na nossa rotina algumas fiscalizações específicas do uso da cadeirinha, não só para notificar caso esteja irregular, mas também orientar os pais da melhor forma do uso daquele equipamento.
Repórter Adriana Franzin (Brasília-DF): Desde que passou a ser obrigatória no Brasil, a cadeirinha já reduziu em 40% o número de mortes entre crianças com até sete anos de idade. De Brasília, Adriana Franzin.
Kátia: A cidade de Cáceres, no Mato Grosso, agora faz parte do patrimônio cultural brasileiro.
Luciano: Cáceres surgiu em 1778, na fronteira com a Bolívia, na região do Pantanal matogrossense.
Kátia: O tombamento é um ato administrativo do poder público para preservar, por meio de leis específicas, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental, impedindo que sejam destruídos ou descaracterizados.
Luciano: A Portaria que homologou o tombamento da cidade de Cáceres foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
Kátia: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.
Luciano: Apreensão de cocaína no Brasil mais que triplica de 2004 a 2010. Foram 27 toneladas no período.
Kátia: Uso da cadeirinha nos veículos já reduziu em 40% as mortes de crianças em acidentes de trânsito no último ano.
Luciano: Municípios com menos de 50 mil habitantes podem pedir máquinas para reformar estradas até o fim de julho.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.
Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite a todos e até amanhã.