27/04/2012 - A Voz do Brasil

Apresentadora Edla Lula: Até 2014, todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes vão ter acesso à internet de quarta geração.

Apresentador Leandro Alarcon: Lançado o Plano Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho.

Edla: Dados do Censo de 2010 apontam aumento da renda dos brasileiros.

Leandro: Sexta-feira, 27 de abril de 2012.

Edla: Está no ar a sua voz.

Leandro: A nossa voz.

Edla: A Voz do Brasil.

Leandro: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Leandro Alarcon, e Edla Lula.

Edla: Até 2014, todas as capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes vão ter acesso à internet de quarta geração.

Leandro: A internet 4G é dez vezes mais rápida que o serviço oferecido hoje. O sinal começa a funcionar primeiro nas cidades onde vão ocorrer os jogos da Copa das Confederações, a partir de maio do ano que vem.

Edla: A licitação para as empresas interessadas em oferecer o serviço será no próximo dia 12 de junho, de acordo com anúncio feito hoje, pela Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel. João Fagundes Neto.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): O corretor de imóveis Norton Antunes gosta muito de internet. Para ele, mais do que uma diversão, estar conectado é uma necessidade de trabalho. Norton precisa acessar com rapidez clientes cadastrados, informações sobre casas e apartamentos à venda. Até o celular de Norton é equipado com internet. Agora, o sonho de consumo do corretor é ter uma banda larga mais rápida.

Corretor de imóveis - Norton Antunes: Se você vai trabalhar com vídeo, hoje, que é um material que normalmente é mais pesado, é interessante você ter uma internet mais rápida, uma frequência maior.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): A banda larga de quarta geração deve chegar ao Brasil em um ano, com a promessa de ser até dez vezes mais rápida que a tecnologia vendida hoje em dia. A internet 4G aumenta a transmissão de dados, sons e imagens, em computadores portáteis e celulares com acesso à rede mundial. Nesta sexta-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações anunciou as regras com um leilão na faixa de 2,5 gigahertz, que opera a internet 4G. Até 2014, todas as capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes vão ter acesso a essa tecnologia, como explica o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: A 4G vai começar a funcionar, por conta desse leilão, a partir de maio do ano que vem, nas capitais onde vai ser realizada a Copa das Confederações. É bom lembrar que, em algumas cidades, onde já havia sido licitada essa frequência, esse serviço já começou, que é o caso de Brasília, outras localidades, para a internet fixa, não no celular. O celular é a partir do ano que vem.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): A licitação, prevista para o dia 12 de junho, inclui a frequência de 450 megahertz, que é mais baixa e adequada para áreas rurais e regiões mais distantes dos grandes centros, onde a concentração de pessoas e a procura por serviços são menores. O presidente da Agência, João Rezende, explica que a Anatel vai buscar o menor preço para o consumidor.

Presidente da Anatel - João Rezende: A Anatel equilibra bem essa questão do interesse das operadoras no mercado rentável, mas também atendendo àquele mercado que se considera menos rentável, mas também é importante para o Brasil, pelas dimensões do país e pelo tamanho das desigualdades regionais que ainda temos no país.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): De acordo com a Anatel, o preço máximo dos serviços de celular e internet, na área rural, vai ser de R$ 63,00, sem impostos. As informações detalhadas sobre o leilão estão no site www.anatel.gov.br. Com colaboração de Daniela Almeida, de Brasília, João Fagundes Neto.

Leandro: Vinte e oito de abril é o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho.

Edla: A data foi criada para lembrar a explosão de uma mina, nos Estados Unidos, que matou 78 trabalhadores, em 1969.

Leandro: Aqui, no Brasil, de acordo com o Ministério da Previdência Social, foram registrados 701 mil acidentes de trabalho, com aproximadamente 2.700 mortes, em 2010.

Edla: Para tornar os locais de trabalho mais seguros e livres de acidentes, o governo lançou hoje o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Há três anos, o carpinteiro Francisco de Lima, morador do Distrito Federal, caiu no canteiro de obras, rompeu os ligamentos do braço esquerdo, perdeu os movimentos e teve que se aposentar por invalidez.

Carpinteiro - Francisco de Lima: Pisei na tábua, dentro d’água, ela escorregou para trás e eu caí.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Em comemoração ao Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes do Trabalho, os Ministérios do Trabalho, Previdência Social e Saúde lançaram hoje o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. De acordo com o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Rinaldo Marinho, um dos objetivos do plano é integrar ações para assegurar melhores condições no ambiente e nas relações do trabalhador brasileiro.

Diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - Rinaldo Marinho: O plano, ele traz medidas, ações de curto, médio e longo prazo, em especial ações de governo, para promover a segurança e saúde no trabalho. Já está sendo construído, dentro da Comissão Tripartite, um conteúdo mínimo de segurança e saúde no trabalho para ser incluído no currículo dos ensinos Médio e Fundamental, e também existe a previsão no plano da inclusão no Ensino Superior e Ensino Técnico também de conteúdo de segurança e saúde. Isso é fundamental.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Para o ministro interino do Trabalho, Paulo Roberto Pinto, o número de empregos no país cresceu, em especial no setor da construção civil, mas os acidentes de trabalho não cresceram na mesma proporção.

Ministro interino do Trabalho - Paulo Roberto Pinto: O Brasil tem avançado constantemente na redução dos seus acidentes de trabalho. No momento que o Brasil tem gerado, nos últimos nove anos, mais de 17 milhões de empregos, com a economia constantemente aquecida, nós temos que, cada vez mais, estar preocupados em proteger o trabalhador.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Os gastos operacionais do INSS e do Ministério da Saúde com acidentes de trabalho superam R$ 60 bilhões por ano. De Brasília, Cleide Lopes.

Leandro: E a Advocacia-Geral da União, AGU, ajuizou hoje 226 ações para restituir aos cofres públicos benefícios pagos pelo INSS a empregados que sofreram acidentes em empresas que não cumpriram as leis de segurança no trabalho.

Edla: De acordo com a AGU, essas ações somam R$ 60 milhões.

Leandro: Este é o quarto ano seguido que a Advocacia-Geral da União pede o ressarcimento desse tipo de benefício.

Edla: O brasileiro está ganhando melhores salários e, por isso, tem conseguido comprar mais bens duráveis, como máquina de lavar, geladeira e televisão. É o que revelam os resultados gerais da amostra do Censo de 2010, divulgados hoje pelo IBGE.

Leandro: Segundo o Censo, o ganho real das famílias aumentou 15%, em dez anos, e a desigualdade de renda entre homens e mulheres diminuiu. Ricardo Carandina tem mais informações.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Maria Salete Farias Oliveira é ajudante de serviços gerais. Ela mora na Candangolândia, no Distrito Federal. Recentemente, Maria Salete comprou uma máquina de lavar e conta que foi a realização de um sonho.

Ajudante de serviços gerais - Maria Salete Farias Oliveira: Eu tinha um tanquinho. A utilidade do tanquinho não é igual a da máquina. No tanquinho, você precisa lavar e torcer na mão mesmo, entendeu? Então, a máquina, para mim, foi de grande utilidade. Não foi um luxo, foi um sonho mesmo.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Maria Salete está entre os brasileiros que passaram a consumir mais bens duráveis. O Censo do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostra que, no ano 2000, a máquina de lavar estava em uma de cada três residências brasileiras; dez anos depois, metade das casas no país passaram a ter o eletrodoméstico. Os televisores chegaram a 95% dos domicílios; as geladeiras, a 93%; e os telefones celulares, a oito de cada dez casas.
Segundo o Censo, o rendimento médio dos brasileiros cresceu 5,5%, em dez anos. Para o economista Roberto Piscitelli, o aumento do consumo está relacionado à melhora da renda dos trabalhadores.
Economista - Roberto Piscitelli: É natural que o consumo de bens tenha aumentado e que também a cesta de consumo das pessoas tenha se diversificado. À medida que aumenta o nível de renda, as pessoas passam a consumir produtos que, antes, nunca haviam consumido. Não é só uma questão de quantidade, portanto; é uma questão de diversificação e até de sofisticação.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O estudo do IBGE diz também que as mulheres ainda ganham menos que os homens, mas a diferença está diminuindo. No ano 2000, elas ganhavam 68% do salário dele; dez anos depois, a renda delas era equivalente a quase 74% do rendimento masculino. De acordo com a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar, a diferença menor é resultado da luta das mulheres.

Presidenta do IBGE - Wasmália Bivar: As mulheres, hoje, participam muito mais do mercado de trabalho. Nós temos mulheres mergulhadoras, pilotas de avião, entendeu? Isso certamente vai consolidando o papel da mulher no mercado de trabalho brasileiro e, portanto, reduzindo esse nível de desigualdade, que ainda existe, mas a gente chega lá.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O ganho real médio das famílias aumentou 15%. Por regiões, o melhor resultado está no Nordeste. A região ainda tem o menor rendimento real, mas ali o ganho médio das famílias cresceu 25%. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, explica que os resultados mostram que as políticas de inclusão estão no caminho certo.

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: A gente conseguiu reduzir a pobreza em todo o Brasil, em todas as faixas etárias. As crianças estão menos pobres, os adultos, os idosos. Portanto, estamos no caminho certo, o Brasil inclui porque cresce e cresce porque inclui. E, agora, temos um desafio de continuar trabalhando e superar a extrema pobreza.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O Censo do IBGE traz também informações sobre educação, mortalidade infantil, emprego e pessoas com deficiência. As informações completas estão em www.ibge.gov.br. De Brasília, Ricardo Carandina.

Edla: O levantamento do IBGE também indica que a mortalidade infantil caiu 47%.

Leandro: No ano de 2000, a cada mil crianças que nasciam, 29 morriam com até um ano de idade. Em 2010, esse número caiu para 15 crianças para cada mil nascidas.

Edla: Sete e onze.

Leandro: Os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram, nessa quinta-feira, por unanimidade, que a reserva de vagas para estudantes negros e índios em universidades públicas está de acordo com a Constituição brasileira.

Edla: As instituições de Ensino Superior que adotam as chamadas cotas raciais para selecionar alunos entendem que é uma forma de fazer reparações históricas, já que negros e índios não tiveram oportunidades no passado.

Leandro: Assunto da entrevista que João Mendes fez hoje com a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. Vamos ouvir.

Repórter João Mendes: Como o governo brasileiro avalia essa decisão do STF?

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: Com essa decisão do STF - eu acredito -, todas as universidades brasileiras, especialmente as universidades públicas, se sentirão muito mais livres para poder adotar esse sistema e tornar o sistema universal.

Repórter João Mendes: Ministra, além das cotas raciais, outras ações afirmativas devem ser criadas para assegurar mais inclusão social, educativa e cultural?

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: Eu acho que, resolvida essa questão no plano da educação, eu acho que, de uma maneira mais geral, isso também nos estimula a avançar para propostas de mercado de trabalho, a exemplo do que já tem feito alguns estados e municípios, naquilo que se refere a cotas em concursos públicos.

Repórter João Mendes: Na avaliação da senhora, outros critérios, como a condição financeira, devem nortear a política de cotas?

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: Só para você ter uma ideia, das 57 instituições federais de Ensino Superior que adotam algum tipo de ação afirmativa, 14 delas têm medidas que são expectativas para os negros. Todas as outras associam critérios de renda ou de frequência à escola pública também com as cotas raciais. Então, na verdade, o que acontece é que já existe na prática uma sinalização de como a maioria das universidades pretende se encaminhar nessa questão, e o que tem que ficar evidente dentro disso é que o que não se pode perder de vista é que os negros têm sido, no Brasil, o setor mais prejudicado nas suas oportunidades de acesso ao Ensino Superior. Portanto, qualquer medida, modalidade de ação afirmativa adotada é importantíssimo que ela leve em conta essa realidade e se proponha a transformá-la.

Repórter João Mendes: Conversamos com Luiza Bairros, ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Ministra, obrigado pela participação na Voz do Brasil.

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: Obrigada a vocês.

Edla: De janeiro a março deste ano, o Ligue 180 registrou mais de 200 mil atendimentos relacionados à violência contra mulheres.

Leandro: De acordo com o balanço divulgado hoje pela Secretaria de Política para as Mulheres, a agressão física foi o tipo de denúncia mais frequente feita ao Ligue 180 nos primeiros três meses deste ano.

Edla: Ainda segundo a Secretaria, quase 70% dos agressores são companheiros das vítimas.

Repórter Patrícia Scarpin (Brasília-DF): Das 201 mil pessoas que ligaram, 24 mil relataram situações de violência, seja ela física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual. A central também registrou 95 casos de cárcere privado e 9 de tráfico de mulheres. A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, conta que medidas devem ser tomadas para reduzir o número de agressões contra as mulheres.

Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres - Eleonora Menicucci: Ampliar, equipar e consolidar a rede de atendimento multiprofissional. Acreditar quando ela faz uma denúncia. Por quê? Nenhuma mulher denuncia que foi violentada, que foi agredida, que foi machucada sem ter sido.

Repórter Patrícia Scarpin (Brasília-DF): A Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, é um serviço de utilidade pública que auxilia pessoas que sofrem algum tipo de violência. O perfil predominante é de mulheres na faixa dos 30 anos com Ensino Fundamental completo ou incompleto, e que se identificaram como sendo da cor parda. Em geral, o agressor é o companheiro; a maioria das vítimas não depende financeiramente do agressor, como explicou a secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves.

Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres - Aparecida Gonçalves: Cinquenta e oito porcento das mulheres que relatam violência, elas não dependem financeiramente do agressor, o que mostra que, na verdade, a dependência é muito mais afetiva do que econômica. Uma outra grande questão é que a grande causa da violência contra a mulher é o álcool ou a droga. Não, não é. Os dados da central mostram que a grande maioria, 53% praticamente das mulheres que relatam violência, dizem que a violência ocorre sem o efeito do álcool e da droga.

Repórter Patrícia Scarpin (Brasília-DF): O Ligue 180 funciona 24 horas todos os dias da semana, inclusive, domingos e feriados. A ligação pode ser feita de qualquer lugar do Brasil. De Brasília, Patrícia Scarpin.

Leandro: O governo federal recebeu, hoje, reivindicações da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Contag.

Edla: Representantes dos agricultores se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff, aqui, em Brasília, e pediram mudanças para acelerar a política de assentamentos da reforma agrária.

Leandro: A Presidenta determinou que os ministros do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, façam uma avaliação dessas reivindicações. João Freire tem os detalhes.

Repórter João Freire (Brasília-DF): O documento entregue à presidenta Dilma Rousseff propõe ações para enfrentar a violência no campo, para garantir e ampliar os direitos sociais dos que vivem da terra e valorizar a agricultura familiar. O “Grito da Terra” pede também o fortalecimento do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que defende a reforma agrária ampla, como explica o presidente da Contag, Alberto Broch.

Presidente da Contag - Alberto Broch: Nós falamos para ela que existe a possibilidade aí, por exemplo, de suspensão de 1 bilhão para orçamento do Incra. Nós queremos que seja imediatamente reposto isso. Nós precisamos que seja assentado as 200 mil famílias que estão acampadas no campo brasileiro no dia de hoje; estamos com em torno de 200 mil famílias.

Repórter João Freire (Brasília-DF): O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, também participou da reunião. O ministro afirmou que 20 mil famílias foram assentadas em 2011, e falou sobre as metas da reforma agrária para 2012.

Ministro do Desenvolvimento Agrário - Pepe Vargas: Nós vamos pegar a pauta, ver todos os Ministérios que têm interface com as reivindicações que a Contag apresenta, e até o dia 30 de maio, então, nós faremos reuniões internas no governo, e no dia 30 de maio, nós apresentaremos aquelas questões que podem ter uma resposta afirmativa imediata e qual o encaminhamento, eventualmente, para outras questões que não possam resposta afirmativa no plano imediato. Mas, no ano passado, foram assentados mais de 20 mil famílias no campo. Obviamente que o nosso objetivo sempre é aperfeiçoar todas as metas e superar as metas. Mas, repito, tem que ser com qualidade, não basta apenas jogar o pessoal num pedaço de terra sem dar condições para eles desenvolverem.

Repórter João Freire (Brasília-DF): A Mobilização Nacional dos Trabalhadores Rurais está marcada para o dia 30 de maio. O governo vai apresentar uma resposta para os trabalhadores até essa data. De Brasília, João Freire.

Edla: Os primeiros contratos para construir novas cisternas e poços artesianos e levar água à população atingida pela seca no interior do Nordeste foram assinados hoje em Recife, capital de Pernambuco.

Leandro: De acordo com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, todos os estados da região vão ser beneficiados.

Ministro da Integração Nacional - Fernando Bezerra: Construção de cisternas, sistemas de abastecimento de água simplificado, poços artesianos, que totalizam investimentos de quase R$ 1 bilhão, já hoje estamos celebrando convênios no valor de R$ 340 milhões por todos os estados do Nordeste para que se iniciem novas ações no sentido de aliviar essas dificuldades que a população, sobretudo do interior, está enfrentando com a falta de chuvas.

Edla: Na última segunda-feira, a presidenta Dilma Rousseff já havia anunciado que o governo federal vai investir R$ 2,7 bilhões em ações de combate à seca no Nordeste.

Leandro: Durante essa semana, divulgamos aqui, na “Voz do Brasil”, os investimentos do PAC Mobilidade Grandes Cidades e como ele vai ajudar a melhorar o trânsito e a qualidade do transporte público nas metrópoles.

Edla: No Recife, por exemplo, os investimentos chegam a R$ 12 bilhões. A meta é implantar corredores exclusivos para ônibus que vão ligar a zona sul à zona norte da cidade.

Leandro: O prefeito da capital pernambucana, João da Costa, explica que pelo menos 1 milhão de pessoas vão ser beneficiadas quando os corredores estiverem prontos.

Prefeito de Recife - João da Costa: Obras importantes que irão beneficiar cerca de 1 milhão de habitantes na cidade do Recife, serão muito importantes para estruturar um sistema integrado de transporte público de passageiro na região metropolitana do Recife. Isso garante pontualidade, segurança, qualidade no transporte, porque você vai ter estações climatizadas, horário para os ônibus passarem, novos ônibus com ar-condicionado, significa melhoria da qualidade do transporte público e, portanto, uma opção para que as pessoas possam usar um transporte público de qualidade e melhorar a mobilidade na cidade do Recife.

Edla: Em São Luís, no Maranhão, os recursos do PAC Mobilidade Grandes Cidades repassados pelo governo federal vão ajudar a construir uma via circular na cidade.

Leandro: Segundo o prefeito João da Costa, a primeira etapa do rodoanel de São Luís vai custar R$ 430 milhões.

Prefeito de Recife - João da Costa: Uma das coisas mais importantes que precisa ser feita em São Luís para desafogar o trânsito que é muito grande. São Luís, hoje, tem mais de 1 milhão de habitantes, e tem mais de 350, 400 mil veículos. Ele circula toda a cidade, a ilha de São Luís para desafogar as grandes avenidas, e com as transversais, e facilita o trânsito de um modo geral, de forma que o trânsito possa fluir tranquilamente e a cidade não fique engarrafada, principalmente nas horas de pico.

Leandro: Nos três primeiros meses do ano, o governo federal, estados e músicos conseguiram juntos economizar perto de R$ 46 bilhões para pagar os juros da dívida pública. De acordo com um relatório divulgado hoje pelo Banco Central, foi o maior superávit primário alcançado para o primeiro trimestre desde que o banco começou a fazer esse relatório, em 2001. Edla, explica para a gente o que é superávit primário.

Edla: Superávit primário, Leandro, é a diferença entre tudo o que o governo arrecada e gasta, sem contar o dinheiro que fica guardado para pagamento dos juros da dívida, como você falou. Todos os anos, a Lei de Diretrizes Orçamentária estabelece um valor de superávit que deve ser alcançado lá no final do ano. A meta para 2012 é de R$ 140 bilhões. O relatório divulgado pelo Banco Central mostra que nos 12 primeiros meses, terminados em março - os 12 meses terminados em março - essa economia ficou em pouco mais de 135 bilhões. Por causa dado, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, afirmou hoje que o governo vai cumprir a meta para 2012.

Leandro: E para o cidadão, Edla, é importante acompanhar o cumprimento dessa meta?

Edla: É sim. É muito importante, viu, Leandro. Porque quando estabelece o sistema de metas, meta de inflação, meta de superávit, o governo assume o compromisso com o cidadão de administrar bem o dinheiro público e manter equilibrada a economia brasileira. Dinheiro público é dinheiro do cidadão, que empresta para o governo quando investe, por exemplo, em títulos, ou mesmo quando paga impostos. A meta de superávit faz com que os governos, tanto o federal quanto os estaduais e municipais, não gastem além do que podem, e isso afeta a vida de cada um de nós.

Leandro: E atenção quem ainda não fez a declaração do Imposto de Renda: faltam só três dias para o fim do prazo de entrega.

Edla: De acordo com a Receita Federal, até às 4h da tarde de hoje, 19,2 milhões contribuintes tinham enviado o documento. Este ano, a expectativa é receber 25 milhões de declarações.

Leandro: A Receita alerta que os contribuintes que deixarem para a última hora poderão encontrar dificuldades para acessar a página.

Edla: Mais informações em www.receita.fazenda.gov.br; ou no Receitafone, 146.

Leandro: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Edla: Até 2014, todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes vão ter acesso à internet de quarta geração.

Leandro: Lançado Plano Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho.

Edla: Dados do Censo de 2010 apontam aumento na renda dos brasileiros.

Leandro: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Edla: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos na segunda-feira. Boa noite!

Leandro: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite, bom fim de semana e até segunda.