27/06/2011 - A Voz do Brasil

O ex-ministro brasileiro José Graziano da Silva foi eleito novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, FAO. Para a presidenta, Dilma Rousseff sua eleição é um reconhecimento às ações do país no combate à fome. O Plano Safra de Agricultura Familiar vai ser lançado no dia 1ºde julho no Paraná e o governo espera alcançar novos recordes de produção nas próximas safras. O número de mortes, acidentes e pessoas feridas nas rodovias federais caiu durante o feriado prolongado de Corpus Christi, na comparação com o mesmo feriado em 2010. De acordo com os dados divulgados hoje pela Polícia Rodoviária Federal, a queda no número de mortes foi de 35%, no de pessoas feridas, 9% e no de acidentes, 5% menor. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

27/06/2011 - A Voz do Brasil

O ex-ministro brasileiro José Graziano da Silva foi eleito novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, FAO. Para a presidenta, Dilma Rousseff sua eleição é um reconhecimento às ações do país no combate à fome. O Plano Safra de Agricultura Familiar vai ser lançado no dia 1ºde julho no Paraná e o governo espera alcançar novos recordes de produção nas próximas safras. O número de mortes, acidentes e pessoas feridas nas rodovias federais caiu durante o feriado prolongado de Corpus Christi, na comparação com o mesmo feriado em 2010. De acordo com os dados divulgados hoje pela Polícia Rodoviária Federal, a queda no número de mortes foi de 35%, no de pessoas feridas, 9% e no de acidentes, 5% menor. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:24

Apresentadora Kátia Sartório: José Graziano da Silva é o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

Apresentador Luciano Seixas: Plano Safra de Agricultura Familiar vai ser lançado no dia 1° de julho, no Paraná.

Kátia: Polícia Rodoviária Federal registra queda de 35% no número de mortes, nas rodovias federais, no feriado de Corpus Christi.

Luciano: Segunda-feira, 27 de junho de 2011.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: No programa Café com a Presidenta, semanal, de rádio, a presidenta Dilma Rousseff, hoje, comentou que a safra de grãos, que já está terminando agora, é recorde, com uma produção de quase 162 milhões de toneladas.

Luciano: Segundo a presidenta Dilma, com o novo plano agrícola, o governo espera alcançar mais um recorde de produção no próximo ano.

Presidenta Dilma Rousseff: O Brasil se orgulha de ser uma grande potência produtora de alimentos. Somos os maiores produtores e exportadores do mundo de suco de laranja, de carne, de açúcar, de café. E vamos manter essa posição e avançar um pouco. Mas o importante é colocar isso tudo à disposição das pessoas. Para nós, é importante que os agricultores tenham condições de aumentar a produção e ter mais renda, porque os benefícios voltam para o povo brasileiro em forma de alimento, de mais emprego e de lucro para o próprio país, com as exportações. E tem mais: quando produzimos mais alimentos, os preços para o consumidor tendem a cair. Ou seja, todo mundo ganha.

Kátia: E a presidenta Dilma também anunciou o lançamento de um Plano Safra para os pequenos agricultores, no mês que vem.

Presidenta Dilma Rousseff: O Brasil tem uma importante agricultura familiar, mais de 4,5 milhões de pequenos agricultores familiares estão espalhados por todo o território brasileiro. Nós vamos, na sexta-feira próxima, dia 1° de julho, lançar, em Francisco Beltrão, no Paraná, o Plano Safra da Agricultura Familiar.

Luciano: Ainda no programa de rádio, a presidenta lembrou da ajuda que os médios produtores vão receber.

Presidenta Dilma Rousseff: Os produtores médios são uma parcela cada vez maior dos empreendedores agrícolas, e essa parcela precisa ser tratada de forma diferente. Por isso nós estamos aprimorando as ações para o médio produtor, que vai ter mais crédito e melhores condições de financiamento pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor. Vão ser mais de R$ 8 bilhões. E também ampliamos o limite da renda, para que o agricultor possa participar. Assim, mais produtores vão poder pegar empréstimos com juros mais baixos.

Kátia: E falando em produtores rurais, como a procura pelo crédito aumentou na última safra, para o próximo período, o governo prevê mais dinheiro para o setor, priorizando o médio produtor. Carla Wathier tem os detalhes.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Juros mais baixos que os praticados pelo mercado, que não chegam a 7% ao ano, e mais dinheiro disponível para o agricultor pegar emprestado. O resultado é que o ano-safra ainda nem terminou e 85% dos recursos destinados para o setor já foram utilizados. De um total de 100 bilhões para a safra 2010/2011, quase 85 bilhões foram aplicados no crédito rural, entre julho do ano passado e maio deste ano, um crescimento de 17% em relação ao período anterior. Só para as cooperativas foram liberados R$ 2,5 bilhões, um aumento de 473%, dinheiro que vai direto para investimentos em tecnologia, custeio e comercialização da produção, como explica Wilson de Araújo, coordenador de Análise Econômica do Ministério da Agricultura.

Coordenador de Análise Econômica do Ministério da Agricultura - Wilson de Araújo: A grande destinação desse recurso é no financiamento de custeio, ou seja, para realizar a safra agrícola ou pecuária de um ano. Então, é um recurso que é destinado, no caso da agricultura, para a aquisição de insumos, para o produtor preparar seu solo, fazer os tratos culturais, aplicação de defensivos e também a realização da colheita, aí essa no ponto de vista do custeio. Mas ele pega, também, na sequência, ele pode pegar empréstimos para apoiar a sua comercialização.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Para a próxima safra, os investimentos vão crescer em torno de 7%. Serão disponibilizados R$ 107,2 bilhões. Segundo Wilson de Araújo, a meta do governo é continuar priorizando a agricultura sustentável e o médio produtor rural.

Coordenador de Análise Econômica do Ministério da Agricultura - Wilson de Araújo: Os produtores de menor porte, eles já têm um tratamento, vamos dizer assim, bastante diferenciado de forma positiva. Os produtores de maior porte, eles têm alternativas de se financiar junto ao mercado e, muitas das vezes, conseguem um recurso muito próximo desses encargos que se pratica no crédito rural. Agora, o médio produtor rural é o que estava, assim, vamos dizer, com maior dificuldade de acesso ao crédito, e é nessa direção que a gente está dando prioridade a essa categoria, ou seja, os médios produtores rurais, que juntamente com o apoio cada vez mais forte ao uso de boas práticas agrícolas, no âmbito da agricultura sustentável... Nós temos programas específicos para isso. Uma demonstração clara da onde o governo quer alcançar.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O ano-safra 2011/2012 começa nessa sexta-feira, dia 1º de julho. De Brasília, Carla Wathier.

Luciano: Ainda durante o programa de rádio Café com a Presidenta, Dilma Rousseff afirmou que a eleição do brasileiro José Graziano da Silva para diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, é um reconhecimento às ações do país no combate à fome.

Kátia: José Graziano é agrônomo, economista e foi ministro do governo Lula, quando ajudou a criar e a implantar o Programa Fome Zero.

Luciano: Desde 2006, ele é representante da FAO para América Latina e o Caribe.

Kátia: A FAO é um órgão das Nações Unidas responsável por ajudar os países, por exemplo, a produzirem a quantidade de alimento suficiente para atender a própria população.

Luciano: Aqui, no Brasil, a FAO apoia, entre outros projetos, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, Pronaf.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A vitória de José Graziano ocorreu depois de quatro horas de votação, em um segundo turno disputado com o ex-chanceler espanhol Miguel Ángel Moratinos. Graziano recebeu 92 votos contra 88 de Moratinos. A partir de janeiro do ano que vem, José Graziano assume como diretor-geral da FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, no lugar do senegalês Jacques Diouf. A presidenta Dilma Rousseff ressaltou a capacidade de Graziano, a experiência à frente do escritório da FAO no Chile, desde 2006, e a participação no governo brasileiro. José Graziano foi responsável pela criação e colocação em prática do Programa Fome Zero em 2003. A presidente afirmou que a eleição de Graziano vai ajudar a levar para o resto do mundo as políticas já adotadas pelo Brasil no combate à fome.

Presidenta Dilma Rousseff: Significa o reconhecimento, por parte das Nações Unidas, da contribuição que o Brasil tem dado para as ações de combate à fome. É muito importante, porque, agora, começam as discussões em torno da necessidade de produção de alimentos para as gerações futuras. O governo brasileiro demonstrou, nas suas políticas, que é preciso que o alimento chegue a todos. Demos nossa contribuição. O nosso querido amigo Graziano terá todo o apoio do governo brasileiro para levar essas soluções à FAO, mostrando que é possível compatibilizar o combate à fome, a melhoria de renda dos agricultores e uma produção de alimentos que só cresce em quantidade e produtividade.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, explica como foi a articulação dos representantes brasileiros na FAO para eleger José Graziano como diretor-geral.

Ministro da Agricultura - Wagner Rossi: Falamos com os ministros que representavam mais de 50 países em reuniões específicas, e isto foi muito definidor, inclusive, do resultado. O protagonismo da agricultura brasileira, nos últimos anos, a colocou como aquela agricultura que mais se desenvolve, que mais cresce e que mais cresce, também, em produtividade, não só em produção. E por isso há um grande interesse do mundo em conhecer essa experiência bem-sucedida do Brasil no campo agrícola.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Em Roma, na Itália, onde fica a sede da FAO, José Graziano defendeu a unidade dos países para combater a fome no mundo.

Ex-ministro José Graziano da Silva: Eu vejo a FAO, hoje, muito dividida entre os grupos, principalmente entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. O que eu quero tentar fazer é construir essas pontes que nos permitam ser mais rápidos. Eu acho que não há como conviver nesse século mais com a fome. Imediatamente, temos que começar uma luta pela erradicação da fome. Podemos fazer uma revolução duplamente verde, verde/verde, como dizem os franceses, mas, além de uma revolução verde, nós temos que olhar para uma revolução azul. Os mares, os oceanos, os peixes são fundamentais para alimentar os países mais pobres.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Graziano vai exercer o cargo de diretor-geral da FAO até o fim de 2015. De Brasília, Paulo La Salvia.

Luciano: Para saber mais sobre os programas que a FAO tem aqui no Brasil, nas áreas de segurança alimentar, redução da pobreza, desenvolvimento rural e também na área de manejo sustentável de recursos naturais, acesse www.fao.org.br.

Kátia: E a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou hoje que a eleição de José Graziano da Silva para o cargo de diretor-geral da FAO é uma forma de chamar a atenção para o problema da fome no mundo. Segundo ela, as políticas brasileiras vão servir de referência para outros países.

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: Tenho certeza que, nas Nações Unidas e à frente da FAO, ele vai conseguir fazer a mesma coisa que ele fez no Brasil, que é pautar a fome, pautar a questão da segurança alimentar como uma agenda central para todos os países do mundo e em especial para os países com populações pobres, que têm necessidade de superar também a fome, também a segurança... e melhorar sua agenda da segurança alimentar. São várias as nossas experiências. Nós somos, hoje, excelência no mundo em políticas de combate à fome e segurança alimentar. Nosso Programa de Aquisição de Alimentos é uma referência, nosso Programa Nacional de Alimentação Escolar, que antigamente se chamava de merenda escolar, é uma referência. Hoje, 45 milhões de crianças, no Brasil, recebem alimentos de melhor qualidade, de excelente qualidade. E nós, também, semanalmente, recebemos gente do mundo todo para conhecer as experiências brasileiras, e isso começou lá em 2003, com o Graziano e o presidente Lula, e, hoje, eu acho que a gente pode ajudar o mundo todo, e o Graziano certamente vai ser central nessa ação.

Kátia: Sete e doze.

Luciano: Cada brasileiro consome, por ano, cerca de 76 kg de arroz, Kátia.

Kátia: Isso mesmo, Luciano. E o arroz branco, in natura, aquele que passa por um processo padrão de beneficiamento para a retirada da casca e polimento, ainda é o principal produto consumido pela população, aqui, no Brasil.

Luciano: Segundo dados da Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, destinamos cerca de 22% do nosso orçamento em alimentação, e o arroz ainda é o principal produto da cesta básica no Brasil.

Kátia: E falando em arroz, hoje o Ministério da Agricultura anunciou um plano para garantir que os produtores desse alimento, tão presente na mesa do brasileiro, não fiquem no prejuízo.

Luciano: O governo vai comprar o excedente, ou seja, o arroz que estiver sobrando no mercado para diminuir a oferta do produto.

Kátia: Mas, Luciano, isso não vai deixar o produto, o arroz, mais caro para o consumidor, não?

Luciano: Não, Kátia, o Ministério da Agricultura vai usar esse excedente comprado pelo governo para controlar o preço do arroz. Vamos entender melhor como isso vai funcionar na reportagem de Priscila Machado.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Atualmente, o preço pago ao produtor de arroz está em R$ 19,00 por saca de 50kg, esse é o menor valor desde 2007. Cláudio Pereira, presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz, explica o porquê da queda do preço.

Presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz - Cláudio Pereira: Nós produzimos 20% a mais do que o ano passado, já tinha uma sobra, um excedente, e o Mercosul também produziu a mais, então tem todo esse processo de maior oferta do que a procura do arroz.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O Ministério da Agricultura anunciou R$ 427 milhões para garantir o preço mínimo pago ao produtor de arroz. O dinheiro vai ser usado para retirar 1 milhão de toneladas do grão do mercado, por meio de leilões. O governo espera, com a retirada da produção excedente, garantir o preço mínimo de R$ 25,80 ao produtor, como explica José Carlos Vaz, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.

Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura - José Carlos Vaz: Metade da intervenção se dá garantindo o preço mínimo ao produtor e retirando o produto do mercado, que vai fazer parte ou dos estoques do governo ou serão exportados. A outra metade mantém o ordenamento da oferta, o mercado, está tendo fluxo usual de comercialização, porém garante o preço mínimo ao produtor.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O arroz que for comprado nos leilões vai ficar armazenado pelo governo, isso vai garantir que o preço final do alimento não aumente para o consumidor, é o que explica José Carlos Vaz.

Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura - José Carlos Vaz: Se houver necessidade, nós temos como retornar os estoques do governo, que no exercício se mostrarão, ao final do período, maiores do que na verdade o mercado precisa, mas ainda nós temos condições de retornar rapidamente esses estoques ao mercado.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): A medida vai afetar pelo menos 30% da safra nacional de arroz. Desde o início do ano, o governo federal autorizou R$ 1,1 bilhão para apoiar a comercialização de mais de 3,5 milhões de toneladas de arroz. O governo também anunciou, hoje, que vai criar um grupo de trabalho para discutir novas medidas para a produção de arroz, para evitar o problema de excedente na produção nas próximas safras. De Brasília, Priscila Machado.

Kátia: E como divulgamos agora há pouco, na próxima sexta-feira vai ser lançado pela presidenta Dilma, no Paraná, o Plano Safra de Agricultura Familiar 2011/2012.

Luciano: Nesse mesmo dia, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, vai responder aqui, na Voz do Brasil, perguntas de ouvintes e tuiteiros sobre esse assunto.

Kátia: Então, se alguém tiver alguma dúvida sobre o Plano Safra da Agricultura Familiar, pode mandar para gente uma pergunta via Twitter.

Luciano: Para isso, basta usar a ‘hashtag’, o símbolo do jogo da velha, #AgriculturaFamiliar – tudo junto.

Kátia: Lembrando que o nosso endereço é twitter.com/avozdobrasil.

Luciano: O número de mortes, acidentes e pessoas feridas nas rodovias federais caiu durante o feriado prolongado de ‘Corpus Christi’ na comparação com o mesmo feriado em 2010.

Kátia: De acordo com dados divulgados hoje pela Polícia Rodoviária Federal, a queda no número de mortes foi de 35%.

Luciano: Enquanto no ano passado morreram 131 pessoas nas rodovias, este ano foram registradas 85 mortes nos quatro dias do feriado prolongado.

Kátia: Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco são os estados que registraram as maiores quedas no número de mortes.

Luciano: A quantidade de acidentes, 2.073, também foi 5% menor.

Kátia: Já os registros de pessoas feridas que se envolveram em acidentes nas estradas federais caiu 9%, passando de 1.357, no ano passado, para 1.232, neste feriado.

Luciano: E nas estradas regionais do Amazonas, de Amapá, de Tocantins e de Roraima nenhuma morte foi registrada. Assunto da entrevista feita pelo nosso editor Ramon Gusmão com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Fabiano Moreno. Vamos ouvir.

Editor Ramon Gusmão: O que explica a queda no número de acidentes e de mortes neste feriado na comparação com o mesmo feriado do ano passado?

Inspetor da Polícia Rodoviária Federal - Fabiano Moreno: Apesar de nós termos aí um feriado com agravante, no Nordeste nós tivemos as festas de São João coincidindo com o ‘Corpus Christi’ e um movimento muito maior, fizemos a nossa fiscalização voltada a retirar quanto mais fatores de riscos possíveis das rodovias, e assim nós conseguimos aí, é claro, aliado a outros fatores, uma redução tão significativa.

Editor Ramon Gusmão: Quais são as principais causas dos acidentes, das mortes nas rodovias federais brasileiras? Apesar da queda, eles ainda são bastante altos. Então quais são as principais causas desses acidentes e dessas mortes registradas?

Inspetor da Polícia Rodoviária Federal - Fabiano Moreno: Hoje, a principal causa de acidentes, a principal causa de mortes nas rodovias são o excesso de velocidade e as ultrapassagens em locais proibidos. Isso realmente, hoje, causa um grande número de vítimas fatais. E quem tem que realmente mais colaborar conosco são os nossos motoristas, porque é a atitude ao volante que pode tornar aí o trânsito mais seguro ou não.

Editor Ramon Gusmão: As campanhas de conscientização, elas têm algum efeito sobre o motorista ou apenas a punição, a aplicação de multas, a retenção da carteira, apreensão do veículo é que podem resolver, reduzir a quantidade de acidentes e mortes nas rodovias?

Inspetor da Polícia Rodoviária Federal - Fabiano Moreno: As campanhas de trânsito têm um papel fundamental. Inclusive, a fiscalização só entra em ação à punição quando todos os outros estágios de conscientização falharam. Hoje, as campanhas de trânsito, principalmente - nós sabemos -, que aconteceram na região Nordeste do país, e não só pela Polícia Rodoviária Federal, mas em todas as esferas, sabemos que podem ter sido sim um dos fatores contribuintes para a redução do número de mortes em vários estados do Nordeste, como Bahia e Pernambuco, reduções grandes, mesmo com maior movimento.

Editor Ramon Gusmão: Conversamos com o Fabiano Moreno, inspetor da Polícia Rodoviária Federal. Muito obrigado pela entrevista.

Inspetor da Polícia Rodoviária Federal - Fabiano Moreno: Nós que agradecemos.

Luciano: Ainda de acordo com a PRF, foram feitos mais de 8 mil testes de bafômetro em todo o país.

Kátia: Quatrocentos e vinte e nove motoristas foram reprovados e 196 foram presos em flagrante por dirigirem embriagados.

Luciano: Lei publicada hoje no Diário Oficial da União garante que equipamentos de informática produzidos aqui, no Brasil, estão, a partir de agora, isentos da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI.

Luciano: Estão incluídos os modems de internet banda larga e também os de acesso pela tecnologia 3G, desde que sejam fabricados aqui, no Brasil.

Kátia: Também quem fabrica modems não vai pagar a Cofins.

Luciano: A expectativa do governo é a queda nos preços desses produtos que vão ficar mais acessíveis à população.

Kátia: A medida vale até 31 de dezembro de 2014.

Luciano: Já está na internet o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos, Prouni. De acordo com o Ministério da Educação, os candidatos pré-selecionados nesta fase têm até o dia 6 de julho, quarta-feira da semana que vem, para apresentar os documentos e fazer a matrícula nas instituições particulares de Ensino Superior indicadas na inscrição.

Kátia: A segunda chamada está prevista para o dia 12 de julho. O Prouni oferece aos estudantes de baixa renda bolsas de estudos em universidades particulares.

Luciano: Para consultar o resultado da primeira chamada, basta acessar a página da internet: siteprouni.mec.gov.br.

Kátia: Internet sem fio de graça nos principais aeroportos brasileiros. Essa é a meta da presidenta Dilma Rousseff, segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Luciano: Hoffmann esteve reunida, hoje, com a presidenta e adiantou que Dilma quer que o sistema de internet de graça esteja disponível já no fim do mês que vem.

Kátia: A ministra disse ainda que o governo quer implantar o Centro de Gerenciamento Aeroportuário, que hoje funciona em dois aeroportos em outras regiões do Brasil, para dar mais conforto aos passageiros.

Ministra-chefe da Casa Civil - Gleisi Hoffmann: O Centro de Gerenciamento Aeroportuário, que já está funcionando em Brasília, está funcionando em Guarulhos, nós queremos expandir para mais quatro aeroportos com grande trânsito aqui, que é dois aeroportos no Rio, mais o aeroporto de São Paulo e também de Campinas, para que a gente possa garantir a boa gestão. e é de conforto dos passageiros. Fazer uma análise, antes, de todos os equipamentos dos aeroportos, escada rolante, elevadores, tomadas para o pessoal poder ligar seu ‘notebook’, poder, enfim, carregar telefone, a presidenta quer que tenha internet gratuita nos aeroportos. É a pauta para julho para aqueles que têm mais usuários, mas a ideia, depois, é para todos os aeroportos.

Luciano: Ainda segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o governo prepara um plano de contingência para garantir o bom funcionamento dos aeroportos durante as férias de julho.

Kátia: A intenção é garantir o bom funcionamento dos aeroportos durante esse período.

Luciano: Os detalhes desse plano devem ser divulgados até o início da semana que vem.

Kátia: E na manhã de hoje, a presidenta Dilma recebeu o presidente da empresa de telecomunicações ZTE, o chinês Hou Weigui, que anunciou investimentos aqui, no Brasil.

Luciano: O presidente da empresa afirmou que as prioridades vão ser na expansão da internet de alta velocidade e na produção de celulares e computadores de mão portáteis e sensíveis ao toque, conhecidos como ‘tablets’.

Kátia: De acordo com o empresário chinês, a partir de novembro a ZTE vai produzir aqui, no Brasil, 100 mil celulares por mês.

Luciano: Só lembrando que em abril deste ano, a presidenta Dilma Rousseff visitou o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da ZTE, durante viagem oficial à China, quando a empresa anunciou investimentos de US$ 200 milhões no Brasil.

Kátia: Os turistas brasileiros gastaram US$ 1,66 bilhão em viagens ao exterior no mês passado.

Luciano: De acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco Central, esse valor representa um novo recorde de gastos de brasileiros em outros países.

Kátia: No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o resultado também é recorde, superior a US$ 8,3 bilhões.

Luciano: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Kátia: Plano Safra de Agricultura Familiar vai ser lançado no dia 1º de julho, no Paraná.

Luciano: José Graziano da Silva é o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, FAO.

Kátia: Polícia Rodoviária Federal registra queda de 35% no número de mortes nas rodovias federais no feriado de ‘Corpus Christi’.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Kátia: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã, uma boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.