27/09/2011 - A Voz do Brasil
27/09/2011 - A Voz do Brasil
A Campanha Nacional de Doação de Órgãos deste ano foi lançada hoje em Brasília com o tema: “Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas”. A partir de sábado, dia 1º de outubro a quantidade de álcool adicionado à gasolina vendida nos postos vai ser reduzida de 25% para 20%, para evitar a falta de etanol no mercado. Mas com essa redução, o preço da gasolina ia ficar até 4 centavos por litro mais caro, por isso, para evitar esse aumento e manter os preços médios atuais da gasolina, o governo decidiu reduzir a cobrança da Cide, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Mais 10.000 famílias de agricultores de 7 estados que plantam fumo vão receber apoio do governo federal para investirem em outras culturas. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Kátia Sartório: Lançada hoje a Campanha Nacional de Doação de Órgãos.
Apresentador Luciano Seixas: Governo reduz imposto sobre combustível para evitar aumento do preço da gasolina.
Kátia: Mais 10 mil famílias de agricultores de sete estados que plantam fumo vão receber apoio do governo federal para investir em outras culturas.
Luciano: Terça-feira, 27 de setembro de 2011.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: A Campanha Nacional de Doação de Órgãos deste ano foi lançada agora, há pouco, aqui em Brasília.
Luciano: O tema da campanha este ano é: “Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas”.
Kátia: O repórter Paulo La Salvia tem mais informações, ao vivo, sobre a campanha. Boa noite, Paulo. Qual é a novidade deste ano?
Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): Boa noite, Kátia. Podemos dizer que são duas novidades: incentivar cada vez mais possíveis doadores a manifestar essa vontade junto à família e interiorizar os transplantes no país, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Quem vai explicar a campanha deste ano é o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, Heder Borba.
Coordenador do Sistema Nacional de Transplantes - Heder Borba: Nos últimos dez anos, ano a ano, nós temos conseguido aumentar o número de doadores de órgãos no Brasil e o número de transplantes. Isso é visível, e as próprias categorias de atores e de artistas têm contribuído para esse sucesso, para que a gente tenha 2011 com mais transplantes do que 2010 e que a gente, a partir de 2012, procure intensificar ainda mais esse grande programa do Ministério da Saúde, que é o Programa Nacional de Transplantes.
Kátia: Paulo?
Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): Oi, Kátia.
Kátia: Eu queria aproveitar para perguntar para você o que é necessário para ser um doador de órgãos.
Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): Olha, Kátia, a lei brasileira não impõe restrições à doação. A doação tem que ser voluntária e comunicada pelo doador aos familiares, mas não há necessidade de registro da decisão em cartório, por exemplo.
Luciano: Paulo, e para quem precisa receber um órgão? O que fazer para entrar na lista nacional, na fila do Ministério da Saúde?
Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): Olha, Luciano, os médicos são responsáveis pela inclusão do paciente na Lista Nacional de Transplantes. Essa lista é formada pelos pacientes totalmente aptos para receber os órgãos, considerando tamanho, peso, idade, compatibilidade sanguínea e de tecidos entre o doador e o receptor. A região onde vivem também é levada em conta para o transplante, já que os órgãos não resistem por muito tempo fora do organismo. Para transplantar um coração, por exemplo, o tempo máximo varia de quatro a cinco horas. Kátia.
Kátia: Obrigada, Paulo La Salvia, pela participação, ao vivo, na Voz do Brasil.
Luciano: A partir de sábado, dia 1° de outubro, a quantidade de álcool adicionado à gasolina vendida nos postos vai ser reduzida de 25 para 20%.
Kátia: A medida foi anunciada pelo governo, em agosto, para evitar a falta de etanol no mercado.
Luciano: Pois é, Kátia, mas, com a redução do percentual de etanol na gasolina, a partir de sábado, o preço da gasolina ia ficar até quatro centavos por litro mais caro. Por isso, para evitar esse aumento e manter os preços médios atuais da gasolina, o governo decidiu reduzir a cobrança da Cide, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. A Cide é cobrada sobre a comercialização e a importação de gasolina.
Kátia: Com a medida, Luciano, publicada hoje no Diário Oficial da União, a cobrança da Cide passa de 23 centavos por litro de gasolina para 19 centavos por litro do combustível.
Luciano: O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antonio Henrique Pinheiro Silveira, explica que essa redução do imposto vai impedir o aumento do preço da gasolina nas bombas.
Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda - Antonio Henrique Pinheiro Silveira: Estamos preocupados, única e exclusivamente, em manter neutralizado o preço da gasolina C, no momento da mudança da mistura. Então, é para neutralizar o preço da gasolina em relação à mudança de mistura. Essa é a preocupação.
Kátia: O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, hoje, que o país está preparado para enfrentar a crise financeira internacional.
Luciano: Mantega disse ainda que, por enquanto, o Ministério da Fazenda não vai adotar novas ações, como mudanças na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras, IOF.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: Nós já temos tomado as medidas necessárias, já tomamos medidas de precaução, estamos fortalecendo a parte fiscal do governo. Em relação ao dólar, havia exageros que foram coibidos, foram reduzidos. Não vamos mudar o IOF, não há previsão de mudança do IOF. Portanto, as coisas continuam iguais, desde antes de eu ir para Washington. Depois de Washington, continuam com as mesmas perspectivas que nós tínhamos antes. É uma situação difícil da economia mundial. O Brasil está preparado para enfrentar e não há nenhuma medida eminente a ser tomada agora, em função disso.
Kátia: Já o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que participou hoje de uma Audiência Pública, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, também afirmou que o Brasil está preparado para enfrentar possíveis efeitos da crise financeira internacional.
Luciano: Alexandre Tombini explicou que o Banco Central está atento ao movimento do dólar e pode adotar medidas, como a compra de dólares no mercado futuro, para evitar a alta excessiva da moeda norte-americana.
Presidente do Banco Central - Alexandre Tombini: O Banco Central e o governo adotaram uma série de medidas para proteger o sistema financeiro nacional e a economia brasileira. A economia brasileira e o sistema financeiro estão bem preparados para enfrentar essa deterioração recente do cenário internacional. O Banco Central estará pronto para fazer com que os mercados funcionem de forma adequada. Ou seja, se identificar uma falta de liquidez que leve ao não funcionamento de algum segmento do mercado de câmbio, eu creio que nós temos capacidade e tomaremos as medidas para que esses mercados funcionem, como fizemos na semana passada, em uma ação no mercado futuro de dólar.
Kátia: E o Banco Central informou hoje que a taxa de inadimplência de pessoas físicas e de empresas, que não conseguem pagar as contas em dia, que atrasam o pagamento por mais de 90 dias, subiu de 5,2%, em julho, para 5,3%, em agosto deste ano.
Luciano: Desde 2005, o governo federal tem um programa para incentivar a diversificação do cultivo de tabaco.
Kátia: A medida foi adotada porque o país assinou, naquele ano, a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde.
Luciano: E, agora, mais 10 mil famílias de agricultores, que hoje plantam fumo, vão receber assistência técnica para diversificar a produção e ajudar o país a cumprir a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.
Kátia: Para isso, o Ministério do Desenvolvimento Agrário vai investir R$11 milhões na formação de equipes técnicas, que vão dar assistência às famílias de agricultores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de Sergipe, de Alagoas, da Paraíba e também da Bahia.
Luciano: O trabalho vai durar um ano e as instituições interessadas em participar do edital para oferecer assistência aos plantadores de tabaco têm até 20 de outubro para enviar propostas ao Ministério.
Kátia: Assunto da entrevista que o nosso editor Ramon Gusmão fez com Argileu Martins da Silva, diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Editor Ramon Gusmão: Por que diversificar a plantação de tabaco?
Diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Argileu Martins da Silva: Nós estamos ofertando uma oportunidade para as famílias de agricultores, de agricultores familiares, pela redução do consumo que ocorrerá no fumo nos próximos anos, no Brasil e no mundo, e isso em função do Tratado de Quadro. Então, o Ministério do Desenvolvimento Agrário vai, através do serviço de assistência técnica, oferecer para essas famílias um leque de oportunidades de assistência técnica, crédito, comercialização, seguros, de modo que eles possam cultivar outras culturas, de modo que eles possam ter outras atividades, fazendo com que eles não fiquem reféns ou que eles tenham, única e exclusivamente, o tabaco, ou o cultivo do tabaco, como fonte de renda.
Editor Ramon Gusmão: Quais são as instituições que podem se candidatar para fazer esse trabalho de extensão rural e assistência técnica com as famílias produtoras de fumo?
Diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Argileu Martins da Silva: São todas as instituições que cumprem o que está previsto na Lei 12.188, de 2010. Essas instituições devem procurar os Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural, nos seus estados, e lá elas se credenciam. Na medida em que elas estão credenciadas nos Conselhos Estaduais - isso tudo é através de um sistema informatizado -, elas podem, então, apresentar propostas a essa chamada. Então, o processo de credenciamento, ele é simples. Basta clicar no site www.mda.gov.br... até “Credenciamento”, e lá tem todas as informações necessárias para qualquer entidade de assistência técnica e extensão rural, tanto pública quanto privada, se credenciarem para fazerem uma proposta para executar essas atividades.
Editor Ramon Gusmão: Na transição para essas novas culturas, eles vão conseguir manter esse padrão, o valor pago pelo fumo? Como é que vai se fazer para manter o padrão de vida desses agricultores?
Diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Argileu Martins da Silva: Inicialmente... Os agricultores é que vão fazer a escolha, né? O técnico do serviço de assistência técnica não faz essa escolha para ele. O técnico vai apresentar uma proposta de diversificação, onde, além do fumo, ou excluindo o fumo, excluindo a cultura do tabaco, ele possa cultivar frutas, hortaliças, criar animais, e, em todas essas situações, apresentando renda bruta e a renda líquida de cada atividade dessas. O fundamento da proposta de diversificação é justamente que o agricultor possa ter frutas, hortaliças, animais, fazendo com que a sua atividade e a sua renda seja diversificada, o protegendo da sazonalidade dos preços dos produtos agrícolas e também permitindo que ele tenha um melhor trato com os recursos naturais.
Editor Ramon Gusmão: Conversamos com Argileu Martins da Silva, diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Muito obrigado pela entrevista.
Diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Argileu Martins da Silva: Eu é que agradeço.
Kátia: Sete e onze.
Luciano: Enviar e-mails, ler notícias on-line, fazer parte de uma rede social virtual - o que, há pouco tempo atrás, era visto como um privilégio para poucos, hoje, muita gente já usa.
Kátia: Mas, Luciano, se a gente pensar nas pessoas que têm deficiência visual, como é que isso funciona, hein?
Luciano: Bom, é preciso ter um computador adaptado ou um programa específico, como é o caso do Liane TTS, que transforma texto em áudio, e é oferecido de graça, pelo Serviço Federal de Processamento de Dados, Serpro.
Kátia: O Serpro, que monitora 400 telecentros em todo o país e que já adotaram esse sistema, fez hoje um treinamento com técnicos de 11 estados por videoconferência. A repórter Ana Gabriella Sales acompanhou e tem as informações.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O programa pioneiro do Serpro foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Agora, pessoas com perda total ou parcial da visão vão ter acesso mais fácil ao conteúdo de um computador, e de graça. Uma das novidades é que o software livre e gratuito está disponível em um CD. Basta inseri-lo em qualquer computador, com sistema Linux ou Windows, para ter acesso ao sintetizador de voz, que faz a leitura da tela, transformando o texto em áudio. Representantes de instituições voltadas às pessoas com deficiência visual participaram hoje, em Brasília, de um treinamento para usar a nova ferramenta, além de técnicos de outras 11 cidades, por videoconferência. A jornalista Lúcia Mara Formighieri, que nasceu com deficiência visual, veio em nome da Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Brasília, e diz que a iniciativa é resultado de muita luta.
Jornalista - Lúcia Mara Formighieri: Essa iniciativa, hoje, eu achei fantástica, porque a tecnologia veio para complementar o que o sistema Braille de comunicação escrita já fazia, que era proporcionar o conhecimento e a sabedoria às pessoas com deficiência visual.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O sistema já está disponível nos 400 telecentros monitorados pelo Serpro em todo o país, é o que explica o presidente da instituição, Marcos Mazzoni.
Presidente do Serpro - Marcos Mazzoni: Precisamos ter soluções para a acessibilidade para esses sites, mas também acessibilidade plena para as pessoas que têm esse tipo de dificuldade, têm esse tipo de deficiência, possam usar nos nossos telecentros os outros sites que não são só do governo federal. Então, ele é uma iniciativa que procura qualificar a prestação de serviço do governo federal, mas mais do que isso, estender a possibilidade de acesso a essas pessoas a todos os outros ambientes, através dos telecentros.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Além do CD, o leitor de telas Liane TTS está disponível para ‘download’ no portal www.serpro.gov.br. De Brasília, Ana Gabriella Sales.
Luciano: O governo vai aproveitar a Copa do Mundo para atrair mais turistas estrangeiros para conhecer o Brasil.
Kátia: A ideia é que as cerca de 600 mil pessoas que devem desembarcar, aqui, no Brasil, em junho de 2014, conheçam muito mais que os estádios de futebol.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Até o fim do ano, a Embratur vai definir quais são os roteiros turísticos e os produtos brasileiros que serão divulgados no exterior para a Copa do Mundo de 2014. O objetivo é incentivar o turista a visitar outros destinos, além das 12 cidades que vão sediar os jogos. Atualmente, a Embratur divulga no exterior 65 destinos turísticos do Brasil ligados a cinco temas: sol e praia, esportes, negócios e eventos, ecoturismo e cultura. No Dia Mundial do Turismo, a Embratur, Instituto Brasileiro de Turismo, reuniu empresários do setor, em Brasília, para estudar esses atrativos turísticos nos arredores das cidades-sede, e, então, elaborar estratégias para atrair turistas e promover o desenvolvimento regional. O presidente da Embratur, Instituto Brasileiro de Turismo, Flávio Dino, explica que a meta não é só atrair o maior número de turistas ao Brasil, mas também aumentar o tempo de permanência deles no país.
Presidente da Embratur - Flávio Dino: As pessoas que virão neste momento para o Brasil, com certeza desejam. E nós temos que propiciar as condições para que eles conheçam ainda mais esse grande país.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Para conhecer os 65 destinos turísticos do Brasil já divulgados no exterior, acesse a página eletrônica: www.embratur.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.
Luciano: O Brasil registrou, em 2009, 57 mil acidentes de trabalho, e o custo disso, Kátia, só para a Previdência Social, é de mais de R$ 14 bilhões.
Kátia: É, Luciano, mas pode chegar a R$ 56 bilhões se envolver também o atendimento médico, treinamento e substituição do trabalhador que fica afastado do emprego.
Luciano: Para discutir soluções para reduzir o número de acidentes de trabalho, representantes de centros estaduais e regionais de referência em saúde estão reunidos esta semana, aqui, em Brasília.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): De acordo com dados da Previdência Social, só em 2009, foram quase 2.500 mortes, e mais de 13 mil casos de invalidez de trabalhadores com carteira assinada. Neste mesmo ano, a Previdência Social registrou mais de 57 mil acidentes de trabalho. Segundo o diretor do Departamento de Políticas de Saúde Ocupacional da Previdência, Remígio Todeschini, esses números representam gastos significativos para a Previdência Social.
Diretor do Departamento de Políticas de Saúde Ocupacional da Previdência - Remígio Todeschini: O custo da acidentalidade hoje, no Brasil, para a Previdência, é em torno de R$ 14.2 bilhões, que muito implicado por quatro, dos custos indiretos, como assistência médica, treinamento, substituição de trabalhadores, isso chega a R$ 56 bilhões. Quer dizer, é um dinheiro muito grande de desperdício, hoje, no Brasil, que poderia ser utilizado melhor para a educação, para a saúde.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, Renast, tenta reduzir esses números. Essa rede é formada por 190 centros estaduais e regionais de referência em saúde e desenvolve ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador, além de promover ações preventivas e de reabilitação à saúde. Representantes desses centros estão reunidos, em Brasília, no 5º Encontro Nacional da Renast. De Brasília, Cleide Lopes.
Luciano: E o assunto ainda é trabalho, Kátia, só que para estrangeiros que precisam de visto, autorização do governo para trabalhar aqui no país.
Kátia: Pois é, Luciano. Segundo o Ministério do Trabalho, somente nos primeiros seis meses deste ano foram concedidas mais de 26 mil autorizações para estrangeiros que vêm ao Brasil fazer algum tipo de trabalho temporário.
Luciano: Até o final deste ano, a expectativa do Ministério é fazer todo o processo de autorização pela internet. Hoje, as concessões de visto para trabalhadores de outros países fazerem alguma atividade aqui demoram, em média, 19 dias para sair.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): É cada vez maior o número de estrangeiros que vêm para o Brasil em busca de oportunidades de trabalho. Em 2011, foram mais de 26 mil autorizações concedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, reflexo do crescimento da economia, segundo Paulo Sérgio de Almeida, coordenador-geral de Imigração, do Ministério do Trabalho e Emprego.
Coordenador-geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego - Paulo Sérgio de Almeida: Todas as situações que implicam trabalho são reguladas pelo Conselho Nacional de Imigração, um órgão colegiado tripartite que está dentro, aqui, do Ministério do Trabalho e que estabelece as regras para trabalho no Brasil. Então, se o estrangeiro vier com uma situação temporária, pontual, vem, por exemplo, montar uma máquina, vem passar um conhecimento, então o visto é um visto temporário, que, dependendo do tipo de atividade que ele vai fazer, pode variar de 90 dias até seis meses, um ano, e, no máximo, dois anos.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Paulo Sérgio de Almeida explica que 95% são autorizações temporárias que, em média, levam 20 dias para serem emitidas.
Coordenador-geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego - Paulo Sérgio de Almeida: O sistema brasileiro quem solicita é uma entidade empregadora, aqui, no Brasil, que tem interesse na vinda daquele estrangeiro, daquele profissional estrangeiro. Então, essa entidade, dependendo do tipo de trabalho que ele vai fazer no Brasil, ela vai solicitar a autorização de trabalho desse estrangeiro ao Ministério do Trabalho e Emprego, essa comunicação é feita eletronicamente ao Itamaraty, e o Itamaraty, então, disponibiliza a expedição do visto de trabalho dele num consulado brasileiro no exterior mais próximo da sua residência.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Na página do Ministério do Trabalho na internet estão disponíveis as normas sobre como obter a autorização, em três línguas: inglês, espanhol e mandarim. Pela internet, a empresa pode entrar com o pedido, mas é preciso entregar a documentação no Ministério. Até o fim do ano, o Ministério do Trabalho espera fazer todo esse processo pela internet. Mais informações em www.mte.gov.br. De Brasília, Priscila Machado.
Kátia: E, essa semana, técnicos do Ministério do Desenvolvimento Agrário começam a visitar famílias de agricultores familiares em situação de extrema pobreza para identificar e combater casos de trabalho escravo.
Luciano: Na primeira fase, 136 técnicos vão ser treinados para atender 10 mil famílias, em 47 municípios, dos Territórios da Cidadania: Serra Geral, em Minas Gerais; e Velho Chico, em Irecê, na Bahia.
Kátia: O convênio para esta ação foi assinado hoje entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Luciano: Até o dia 2 de outubro, as universidades podem encaminhar propostas para as operações do “Projeto Rondon”, que vão acontecer entre 20 janeiro a 6 de fevereiro do ano que vem no Maranhão.
Kátia: É uma ação social que envolve a participação voluntária de estudantes e professores universitários em programas realizados em comunidades do interior.
Luciano: Vamos saber mais na entrevista que a jornalista Luciana Vasconcelos fez com o gerente operacional de Operação do Projeto Rondon, coronel Brito Neto.
Repórter Luciana Vasconcelos: Que tipo de propostas podem ser encaminhadas, coronel?
Gerente operacional de Operação do Projeto Rondon - coronel Brito Neto: Nós temos dois grupos de trabalho, duas vertentes: uma sobre o trabalho em si, a gente trabalha focado no que há condições para as comunidades, que elas desenvolvam a capacidade de gerar renda; e uma sobre, uma outra vertente, cidadania, educação, saúde etc.
Repórter Luciana Vasconcelos: E quando será realizada a próxima etapa do Projeto Rondon?
Gerente operacional de Operação do Projeto Rondon - coronel Brito Neto: Após o envio da proposta, que é até o final deste mês, a gente vai fazer a apuração e vai divulgar os resultados para que a gente, de posse dos resultados, passe para a fase seguinte, que é a viagem precursora, que será realizada já com os professores participantes, a partir do dia 23 de outubro.
Repórter Luciana Vasconcelos: Mas a operação com professores e alunos acontece em janeiro, é isso?
Gerente operacional de Operação do Projeto Rondon - coronel Brito Neto: A partir do final de semana de janeiro, que eu vou lhe dar a data exatamente agora, do dia 20 de janeiro, nós vamos concentrar, receber todos os professores e alunos participantes da operação “Pai Francisco”, denominada “Pai Francisco”, que é a operação que vai ocorrer ali no noroeste do Maranhão, em 11 municípios daquela área do Maranhão. E, no dia 21, nós vamos concentrar 240 “rondonistas”, professores e alunos, em Imperatriz, que vão atuar em 12 municípios, na área próxima à Imperatriz.
Repórter Luciana Vasconcelos: Entre alunos e professores, quantas pessoas devem estar envolvidas nesse processo?
Gerente operacional de Operação do Projeto Rondon - coronel Brito Neto: Nessa operação para janeiro, excepcionalmente, nós teremos 460 professores e alunos.
Repórter Luciana Vasconcelos: Eu conversei com o coronel Brito Neto, gerente operacional de Operação do “Projeto Rondon”. Muito obrigada pela participação na Voz do Brasil, coronel.
Gerente operacional de Operação do Projeto Rondon - coronel Brito Neto: De nada.
Kátia: Professores e alunos interessados devem acessar www.projetorondon.org.br.
Luciano: O Ministério das Comunicações lançou um novo aviso de habilitação para emissoras de rádio comunitária para 25 municípios de Santa Catarina.
Kátia: As associações e fundações dessa cidade que tiverem interesse em operar uma rádio comunitária têm prazo de 45 dias, ou seja, até o dia 10 de novembro para se inscrever.
Luciano: Até o final do ano, vão ser publicados 11 avisos que vão contemplar 431 municípios em todas as regiões do Brasil.
Kátia: Informações em www.mc.gov.br.
Luciano: A Previdência Social arrecadou R$ 20,4 bilhões no mês passado, é o maior valor da série histórica, segundo os dados divulgados hoje pelo Ministério da Previdência.
Kátia: Já o pagamento de benefícios, como aposentadorias, chegou a R$24,4 bilhões.
Luciano: A arrecadação acumulada no ano é de R$ 152,2 bilhões, um aumento superior a 9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Kátia: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.
Luciano: Lançada, hoje, a Campanha Nacional de Doação de Órgãos.
Kátia: Governo reduz imposto sobre combustível para evitar o aumento do preço da gasolina.
Luciano: Mais 10 mil famílias de agricultores de sete estados que plantam fumo vão receber apoio do governo federal para investir em outras culturas.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga A Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã, boa noite.
Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite a todos e até amanhã.