28/05/2012 - A Voz do Brasil
28/05/2012 - A Voz do Brasil
Quase 700 mil famílias são incluídas em programas sociais no primeiro ano do Plano Brasil Sem Miséria. O plano, que é prioridade do governo da presidenta Dilma Rousseff, tem a meta de retirar da extrema pobreza 16,2 milhões de brasileiros até 2014. Sai nos próximos dias o PAC para prevenir desastres naturais. Liberados R$ 20,7 milhões para ações contra a seca e enchentes em seis estados
28-05-12-voz-do-brasil.mp3
Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:24
Apresentadora Kátia Sartório: Quase 700 mil famílias são incluídas em programas sociais, no primeiro ano do Plano Brasil Sem Miséria.
Apresentador Leandro Alarcon: Sai nos próximos dias o PAC para prevenir desastres naturais.
Kátia: Liberados R$ 20,7 milhões para ações contra a seca e as enchentes em seis estados.
Leandro: Segunda-feira, 28 de maio de 2012.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Leandro: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Leandro: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Leandro Alarcon, e Kátia Sartório.
Kátia: O Brasil Sem Miséria completa um ano no próximo sábado, dia 02 de junho.
Leandro: O plano, que é prioridade do governo da presidenta Dilma Rousseff, tem a meta de retirar da extrema pobreza 16,2 milhões de brasileiros, até 2014.
Kátia: E uma das iniciativas para localizar, cadastrar e incluir nos programas sociais famílias que ainda não são atendidas é a Busca Ativa.
Leandro: Cada município define a estratégia que vai usar para procurar as famílias.
Kátia: E, nesse primeiro ano de Brasil Sem Miséria, 700 mil já foram incluídas. A reportagem é de Mara Kenupp, com edição de Aline Bastos e sonoplastias de José Maria Pardal.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Nove horas da manhã em Planaltina de Goiás, cidade a 60 quilômetros de Brasília. Os agentes do Centro de Referência de Assistência Social, Cras, se preparam para mais uma visita. Além de mantimentos, eles levam apoio social. A missão deles é clara: localizar, cadastrar e incluir os moradores nos programas sociais do governo. De acordo com a assistente social do Cras de Planaltina de Goiás, Danielle Moreira Rocha, essa é uma estratégia do Busca Ativa.
Assistente social do Cras de Planaltina de Goiás - Danielle Moreira Rocha: A gente vai atrás do usuário. Para quê? Para informar sobre os direitos que ele tem. Tem vários direitos que eles não sabem, que é o Bolsa-Família, os benefícios eventuais, aposentadoria.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Além do preenchimento de cadastros e entrega de documentação, a comunidade tem um tempo para conversar, trocar experiências. O lavrador Paulo Cunha explica o que aprendeu nas conversas com o grupo.
Lavrador - Paulo Cunha: Nós ‘tem’ que ser unido, povo unido. Eu creio que, quando as pessoas são unidas no local, tudo acontece, tudo... Você consegue...
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Uma das principais ações é o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. A secretária-adjunta da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Social, Letícia Bartolo, explica que é por meio do Cadastro Único que a população tem acesso aos benefícios, programas e serviços das três esferas de governo.
Secretária-adjunta da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Social - Letícia Bartolo: Se eu não estou zelando para que o cadastro daquela família seja atualizado pelo menos a cada dois anos, eu não posso garantir que aquela família que eu preciso buscar ativamente não seja uma família já cadastrada, que eu não atualizei e, por isso, eu não consigo enxergá-la na sua situação atual.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): O Cadastro Único já identificou 40% das famílias mais pobres do país. O critério para que a família seja cadastrada é ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou renda mensal total de até três salários mínimos. É o caso de Raiane Paula da Silva, que tem dois filhos. Só agora a família dela teve a oportunidade de ser inscrita no programa, e tudo foi feito na hora.
Raiane Paula da Silva: Eu gostei, porque é muito longe para mim vim fazer o cadastro. O agente de Saúde passou avisando para a gente vim, que aí ia ter o cadastro, aí eu vim fazer pela primeira vez o cadastro.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Para a coordenadora do Cadastro Único e do Bolsa-Família do Cras de Planaltina de Goiás, Maria Cristina Pereira, a esperança é que Raiane e os filhos tenham melhores condições de vida daqui para frente.
Coordenadora do Cadastro Único e do Bolsa-Família do Cras de Planaltina de Goiás - Maria Cristina Pereira: Agora a gente vai estar inserindo ela no Cadastro Único. Logo após uns dois, três meses, o governo federal beneficia ela com o benefício do Bolsa-Família.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): A psicóloga do Cras de Planaltina de Goiás, Lidiane Fernandes, explica que o trabalho traz mudanças significativas para a comunidade, e os efeitos, segundo ela, são positivos.
Psicóloga do Cras de Planaltina de Goiás - Lidiane Fernandes: A gente tem ido nas zonas rurais, verificado que tipo de demanda que a gente está... precisa ser atendida, o que a gente pode estar fazendo com esse indivíduo que procura esse serviço de psicologia e o que a gente pode estar oferecendo para eles.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): E o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome colocou para consulta pública o Guia de Cadastramento de Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos. A ideia é que, até o dia 15 de junho, os diversos grupos se manifestem para contribuir para a formulação de políticas públicas direcionadas. Mais informações em www.mds.gov.br. De Brasília, Mara Kenupp.
“Café com a Presidenta”
Leandro: E a Busca Ativa foi um dos temas do programa semanal de rádio “Café com a Presidenta” de hoje.
Kátia: A presidenta Dilma fez um balanço do Brasil Sem Miséria, que comemora, nesta semana, um ano de criação.
Presidenta Dilma Rousseff: Nesse primeiro ano do Brasil Sem Miséria, o nosso maior esforço foi ir atrás e encontrar uma parte da população que, mesmo tendo direito, ainda não recebia nem o Bolsa-Família. Com a Busca Ativa já encontramos quase 700 mil famílias, que vivem no semiárido, nas grandes cidades e até nas florestas. Essas pessoas, que não recebiam benefício nenhum do estado, agora estão cadastradas e recebendo o Bolsa-Família. Muitos desses brasileiros e brasileiras não tinham nem documentos. Sabemos que ainda existem mais brasileiros fora do cadastro do Bolsa-Família, mas nós não vamos descansar enquanto não chegarmos a todos eles.
Leandro: E o Brasil Carinhoso, lançado no início deste mês, que quer tirar todas as crianças de até seis anos de idade da extrema pobreza, também foi citado pela presidenta Dilma, no programa.
Presidenta Dilma Rousseff: Estamos enfrentando uma das maiores secas dos últimos 50 anos. Por isso, estamos levando também para essa região...
Kátia: Daqui a pouco a gente ouve essa sonora do Café com a Presidenta, que fala sobre a seca no Nordeste. Porque, ainda no Café com a Presidenta, a presidenta Dilma lembrou das famílias que moram no Nordeste e que também estão sendo atendidas pelos programas sociais e de transferência de renda.
Leandro: Segundo ela, o governo oferece assistência técnica, sementes, recursos e ajuda, com o Programa de Aquisição de Alimentos, a 250 mil agricultores familiares.
Kátia: Além disso, para a população das regiões áridas, o governo já entregou 111 mil cisternas, por meio do Programa Água para Todos. A presidenta Dilma ressaltou que a população de algumas áreas dessa região estão enfrentando uma das piores secas dos últimos 50 anos.
Presidenta Dilma Rousseff: Estamos enfrentando uma das maiores secas dos últimos 50 anos. Por isso, estamos levando, também, para essa região do país ações emergenciais, como o Bolsa-Estiagem, o Garantia-Safra e a distribuição de água com os caminhões-pipa. O Bolsa-Estiagem é o benefício de R$ 400,00 que o governo federal paga aos atingidos pela seca, em cinco parcelas de R$ 80,00, e começa a ser pago agora, em junho.
O Garantia-Safra consiste num benefício de R$ 680,00, pagos em cinco parcelas de R$ 136,00, para outros agricultores que optaram pelo sistema de seguro. Além disso, o governo federal está ajudando os estados e músicos a distribuir água, através dos caminhões-pipa.
Leandro: Além dessas medidas que a presidenta Dilma citou, Kátia, foram liberados hoje R$ 20,7 milhões para ações de Defesa Civil, nos estados que estão em estiagem: Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Minas Gerais.
Kátia: E também para o Acre, Leandro, que tem o problema oposto: cheias e inundações.
Leandro: Na semana passada, o governo já tinha liberado R$ 60 milhões para ações de socorro a cerca de 4 milhões de pessoas que estão sofrendo com a seca só no Nordeste.
Kátia: Seca na região Nordeste, excesso de chuva na região Norte. Enquanto uns sofrem sem água, outros calculam os prejuízos com os alagamentos. A população do Amazonas, por exemplo, está vivendo a cheia recorde do Rio Negro.
Leandro: Por isso, deve ser lançado, em poucos dias, o PAC Prevenção, uma nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, que vai determinar ações específicas para evitar, ou diminuir, os prejuízos causados por catástrofes da natureza.
Kátia: O anúncio foi feito hoje, pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.
Ministro da Integração Nacional - Fernando Bezerra: Esse é um trabalho que está sendo coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, com a participação do Ministério da Integração, Ministério do Planejamento, Ministério das Cidades, Ministério de Ciência e Tecnologia, que visa dar a virada que a presidenta quer, no sentido de que a Política Nacional de Defesa Civil possa priorizar as ações de prevenção, inclusive definindo de forma mais clara as responsabilidades dos diversos Ministérios em relação a essas intervenções. Já está definido de que o Ministério das Cidades ficará com as responsabilidades das ações relativas a micro e macrodrenagem, proteção de morros, reforços de encostas, e o Ministério da Integração ficará com todas as ações voltadas para a contenção de cheias, erosão fluvial e erosão marinha.
Leandro: De acordo com o ministro Fernando Bezerra, o programa, que deve ser lançado até o fim do mês de junho, vai priorizar os municípios em que os problemas são mais frequentes.
Ministro da Integração Nacional - Fernando Bezerra: Nós estamos conversando com os diversos estados, municípios. Foram priorizados os 276 municípios de maior índices de recorrência, para que a gente possa, ao analisar esses projetos, a gente, então, anunciar um programa, uma carteira de investimento em prevenção, que deverá ser definida pela presidenta Dilma Rousseff.
Kátia: E agora, sim, vamos ouvir a sonora da presidenta Dilma Rousseff, no programa “Café com a Presidenta” de hoje, quando ela cita o Brasil Carinhoso, programa lançado no início deste mês, que quer tirar todas as crianças de até seis anos de idade da extrema pobreza.
Presidenta Dilma Rousseff: Vamos tirar todas as crianças de até seis anos de idade da extrema pobreza, e, para que isso seja possível, cada pessoa da família dessas crianças vai receber, no mínimo, R$ 70,00. Também vamos abrir cada vez mais vagas em creches para as crianças do Bolsa-Família. Assim, nossas crianças serão protegidas porque terão acesso a creches.
Leandro: Sete e doze.
Kátia: Já estão abertas as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem.
Leandro: As inscrições só podem ser feitas pela internet e vão até o dia 15 de junho.
Kátia: A nota do exame, além de ser usada para selecionar alunos para cursos de graduação em universidades públicas e privadas, serve como critério para participar de programas do governo federal, como o Universidade para Todos e o Ciências sem Fronteiras.
Leandro: E o Enem deste ano tem novidades. Patrícia Scarpin tem os detalhes.
Repórter Patrícia Scarpin (Brasília-DF): Neste ano, o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, já tem data marcada: 03 e 04 de novembro. E a estudante Mércia Daliane, que tem 18 anos, não quer perder essa chance. A nota do exame deve ajudar a aluna a conseguir uma vaga em universidade pública para fazer o curso de História.
Estudante – Mércia Daliane: É uma grande chance, principalmente para os estudantes de baixa renda, porque nós queremos uma faculdade que seja boa com relação ao seu conteúdo, com relação aos professores.
Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Os alunos que se inscreverem para as provas deste ano devem ficar atentos a algumas mudanças: a nota mínima para certificação do Ensino Médio passou de 400 para 450 pontos para cada área de conhecimento; ou seja, participantes maiores de 18 anos que ainda não terminaram o Ensino Médio, mas que fizeram a prova, podem requerer a certificação do Ensino Médio junto às Secretarias Estaduais de Educação, institutos federais e centros federais, caso alcancem 450 pontos ou mais. Além disso, foram adotados novos critérios na correção das redações. Serão avaliados domínio da língua portuguesa, compreensão do tema proposto, capacidade do candidato selecionar e organizar ideias, demonstração de conhecimento sobre o tema e solução encontrada para a proposta da redação. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o Exame Nacional do Ensino Médio vai muito além de selecionar os estudantes para uma vaga no Ensino Superior.
Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: O Enem é o instrumento fundamental para o sistema educacional brasileiro. O acesso ao Prouni, o acesso ao Fies, às bolsas de estudos, portanto, o acesso ao Programa Ciências sem Fronteiras, que nós estamos com a meta de 100 mil estudantes nos próximos três anos, os melhores estudantes do Brasil, nas melhores universidades do mundo, já estamos com vários editais. Todo o Sisu, o acesso às universidades, cada vez mais universidades aderem ao Enem, todo esse processo depende do Enem. Portanto, ele é indispensável aos estudantes.
Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio podem ser feitas até o dia 15 de junho. De Brasília, Patricia Scarpin.
Kátia: Feita apenas pela internet, a inscrição do Enem só é confirmada depois do pagamento de uma taxa de R$ 35,00 até o dia 20 de junho, por meio de uma Guia de Recolhimento da União, a GRU Simples.
Leandro: Mais informações em sistemasenem2.inep.gov.br.
Kátia: As mudanças do novo Código Florestal foram publicadas na edição de hoje no Diário Oficial da União.
Leandro: Além de justificar por que alguns artigos do Código aprovado pelo Congresso Nacional foram vetados, a presidenta Dilma Rousseff também editou uma medida provisória que vale por 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias. O repórter Paulo La Salvia explica.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O Código Florestal divide o território nacional em zonas de produção agrícola e pecuária e áreas de proteção. O texto publicado hoje deixa claro que o desenvolvimento econômico deve andar ao lado da preservação ambiental. A medida provisória modifica o texto do Congresso Nacional ao estabelecer uma faixa de proteção de 50 metros para veredas, nascentes e olhos d’água, retoma a possibilidade de intervalo de cinco anos no uso da terra para recuperar o solo. Determina, também, que apenas 10% dos mangues nos estados da Amazônia e 35% no resto do país poderão ser explorados, e restabelece o corte de crédito público para produtores que permaneçam por mais de cinco anos sem regularização ambiental, além de multa de até R$50 milhões aos produtores que não reflorestarem dentro desse mesmo prazo. Pequenas propriedades ficam dispensadas de Reserva Legal, onde não se pode produzir. Para as grandes propriedades, vale o que já existia: 80% de Reserva Legal para a Amazônia, 35% para o cerrado e 20% para os demais biomas. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, explica os princípios que levaram o governo a propor um novo Código Florestal.
Ministra do Meio Ambiente - Izabella Teixeira: O fizemos considerando os seguintes critérios: tamanho de propriedade, largura de rio e o impacto da recuperação no tamanho da propriedade. Nós consideramos o fator social, o fator ambiental e o aspecto social.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): As modificações ao Código Florestal foram publicadas hoje no Diário Oficial da União e valem por quatro meses. Para continuar a valer depois desse período, a medida provisória precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. De Brasília, Paulo La Salvia.
Kátia: Ainda falando em meio ambiente, em menos de um mês, chefes de Estado e de governo, ministros, diplomatas e representantes de mais de 180 países vão discutir, no Rio de Janeiro, políticas que aliam crescimento econômico, respeito ao meio ambiente e redução das desigualdades sociais.
Leandro: Para garantir a proteção dessas autoridades e de todos que vão participar da Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, o Ministério da Defesa apresentou hoje o Plano Geral de Segurança para a Rio+20.
Kátia: O Exército vai comandar o esquema de segurança, que envolve ainda a Marinha, a Aeronáutica, além da Polícia Federal e de órgãos estaduais e municipais. Adilson Mastelari.
Repórter Adilson Mastelari (Rio de Janeiro-RJ): O Rio de Janeiro já respira o clima da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Um evento que vai reunir mais de 100 chefes de Estado exigiu a elaboração de um Plano Geral de Segurança de ações das Forças Armadas e policiais. O ministro da Defesa, Celso Amorim, esteve no Rio de Janeiro para conhecer o detalhamento do plano.
Ministro da Defesa - Celso Amorim: Teremos um total, mais ou menos, de um efetivo de 15 mil homens, alguns serão mulheres também; virão, inclusive, alguns efetivos de fora do Rio de Janeiro, como a brigada de Juiz de Fora, como Aviação do Exército, que vem de Taubaté. Desses 15 mil homens, acho que cerca de 8 mil, mais ou menos, são das Forças Armadas, a Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária, Polícia Civil, Guarda Municipal, todos eles estarão envolvidos.
Repórter Adilson Mastelari (Rio de Janeiro-RJ): A escolta de autoridades será feita por 52 equipes especializadas, com 416 batedores. A segurança aérea terá 29 helicópteros. Tudo será monitorado pelo Centro de Coordenação de Segurança montado no Comando Militar do Leste do Exército, no coração da capital fluminense. A segurança não se restringe só às autoridades e delegacias estrangeiras, mas a todo o público participante da Rio+20, como explica o General de Exército Adriano Pereira Júnior, comandante militar do Leste.
Comandante militar do Leste - General de Exército Adriano Pereira Júnior: Nós não temos nenhuma preocupação a mais, nós vamos reforçar a presença policial nas ruas, exatamente porque temos mais gente, mais pessoas rodando, maior necessidade de proteção. Nós vamos interferir o menos possível na vida normal do Rio de Janeiro.
Repórter Adilson Mastelari (Rio de Janeiro-RJ): Embora o Brasil seja um país de cultura de paz, há uma preocupação das autoridades com a possibilidade de atentados terroristas por causa do elevado número de delegações estrangeiras que vêm para a Rio+20. Para as ações contra terrorismo, o Exército e a Marinha mobilizaram 300 militares dos destacamentos antiterror. Quem explica é o coronel Saulo dos Santos, chefe da Comunicação do Comando Militar do Leste.
Chefe da Comunicação do Comando Militar do Leste - Coronel Saulo dos Santos: Exatamente para atuar nessas áreas de varredura, de contraterror, de resgate de pessoas, de negociação.
Repórter Adilson Mastelari (Rio de Janeiro-RJ): Inclusive contra o terrorismo pela internet.
Chefe da Comunicação do Comando Militar do Leste - Coronel Saulo dos Santos: Pela internet, nós temos um Centro de Monitoramento Cibernético, que tem por missão coordenar e integrar as ações de combate a possíveis ataques cibernéticos.
Repórter Adilson Mastelari (Rio de Janeiro-RJ): A Conferência Rio+20 vai de 13 a 22 de junho. Já as operações de segurança vão de 5 a 29 de junho. Do Rio de Janeiro, Adilson Mastelari.
Leandro: E a Amazônia é o tema de mais uma série de debates preparatórios para a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
Kátia: Hoje e amanhã, representantes do governo e da sociedade civil estão discutindo aqui, em Brasília, projetos de desenvolvimento e desafios que precisam ser superados na região Amazônica, e os resultados vão ser apresentados na Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro.
Leandro: Mais detalhes da entrevista que João Fagundes Neto fez com a diretora de Diálogos Sociais da Secretaria Nacional de Articulação Social, Maria Augusta Assirati.
Repórter João Fagundes Neto: Para a elaboração desta edição como pauta Amazônia, alguns projetos, algumas ideias já foram apresentadas. Quais delas já tiveram sucesso?
Diretora de Diálogos Sociais da Secretaria Nacional de Articulação Social - Maria Augusta Assirati: Tem uma discussão muito forte em relação às ações do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, tem feito alguns investimentos importantes na região da Amazônia, principalmente no que se refere à questão em relação a rodovias quanto a hidrelétricas. Tem de maneira muito contundente, na Amazônia, o “Luz para Todos”, né, que tem buscado acessar algumas comunidades importantes amazônicas. E, com isso, com o “Luz para Todos”, também há a busca de se investimentir também em inclusão social, em inclusão produtiva, no desenvolvimento econômico dessas comunidades. Eu acho que essa articulação de diversos atores, em torno de cada empreendimento que acontece em qualquer das regiões dentro da Amazônia, ela já é uma experiência de sucesso, porque o grande diferencial dela é ouvir as comunidades, ouvir as pessoas que moram lá, que demandam serviços, que, enfim, enfrentam dificuldades para se inserirem no mercado de trabalho, para acessarem serviços públicos. Então, a oitiva dessas comunidades e o diálogo com o poder público já é um grande diferencial, um grande avanço que a gente enxerga ali para a região.
Repórter João Fagundes Neto: Esses debates chamados de “Diálogos Sociais: Rumo à Rio+20” começaram em janeiro. A gente pode resgatar outros temas que foram debatidos de lá para cá?
Diretora de Diálogos Sociais da Secretaria Nacional de Articulação Social - Maria Augusta Assirati: O tema da segurança alimentar e nutricional, o desenvolvimento sustentável como um todo, as relações de consumo e como pensar nas relações de consumo se relacionando, se lincando com esse desenvolvimento sustentável e a forma de financiamento desse desenvolvimento sustentável foram alguns temas de importância que foram discutidos nesse debate.
Repórter João Fagundes Neto: E todo esse material será apresentado na conferência.
Diretora de Diálogos Sociais da Secretaria Nacional de Articulação Social - Maria Augusta Assirati: Na Conferência da Rio+20, com certeza. Isso, certamente, contribuirá nas discussões que a Conferência fará, não só nos momentos oficiais da Conferência, mas também na relação e nos diálogos que vão ser feitos na Cúpula dos Povos.
Repórter João Fagundes Neto: Maria augusta Assirati, diretora de Diálogos Sociais da Secretaria Nacional de Articulção Social, Secretaria-Geral da Presidência da República. Muito obrigado pelas informações, aqui, na “Voz do Brasil”.
Diretora de Diálogos Sociais da Secretaria Nacional de Articulação Social - Maria Augusta Assirati: Até a próxima.
Kátia: A presidenta Dilma Rousseff assinou o decreto que permite alta do imposto de importação de 100 produtos. As informações foram divulgadas hoje, no Diário Oficial da União, e a relação dos produtos afetados pela decisão ainda não está fechada.
Leandro: A medida é resultado de um acordo feito entre os países do Mercosul. Com isso, Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil vão poder aumentar o imposto de importação dos produtos incluídos na lista que forem adquiridos de países fora do bloco.
Kátia: O valor do imposto poderá chegar a 35%, que é o máximo permitido pela Organização Mundial do Comércio, OMC.
Leandro: O decreto vale até o final de 2014.
Kátia: A Força Nacional de Segurança Pública vai ficar até o dia 31 de julho no estado de Mato Grosso para dar apoio à Polícia Federal na “Operação Defesa da Vida”.
Leandro: A operação é para combater conflitos agrários, desmatamento ilegal e a ocorrência de homicídios na região.
Kátia: A medida é autorizada por uma Portaria publicada também, hoje, no Diário Oficial da União.
Leandro: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.
Kátia: Quase 700 mil famílias são incluídas em programas sociais no primeiro ano do Plano Brasil Sem Miséria.
Leandro: Sai nos próximos dias o PAC para prevenir desastres naturais.
Kátia: Liberados R$ 20,7 milhões para ações contra a seca e enchentes em seis estados.
Leandro: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Kátia: Siga a “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Nós voltamos amanhã. Boa noite!
Leandro: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.