29/02/2012 - A Voz do Brasil

Apresentadora Kátia Sartório: Senador Marcelo Crivella é o novo ministro da Pesca e Aquicultura.

Apresentador Luciano Seixas: A partir de hoje, consumidores vão poder medir a qualidade da conexão à internet que contrataram.

Kátia: Pesquisa mostra que maioria dos brasileiros querem as Forças Armadas no combate ao crime.

Luciano: Quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: O senador Marcelo Crivella, do Partido Republicano Brasileiro, o PRB, do Rio de Janeiro, foi anunciado hoje como novo ministro da Pesca e Aquicultura.

Luciano: Crivella substitui o deputado federal Luiz Sérgio, que estava no cargo desde junho do ano passado.

Kátia: De acordo com nota divulgada hoje, pela Presidência da República, a troca no Ministério da Pesca é para incorporar o PRB ao governo. A nota informa ainda que a presidenta está segura de que, à frente do Ministério da Pesca e Aquicultura, o senador Marcelo Crivella prestará relevantes serviços ao Brasil. Cleide Lopes.

Repórter Cleide Lopes (Brasília - DF): A ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, afirmou que a mudança permite a incorporação ao Ministério de um importante partido aliado da base do governo.

Ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República - Ideli Salvatti: Toda a discussão e a conversa da presidenta foi no sentido de integrar um partido que, durante todo o período do governo do presidente Lula, na pessoa do vice-presidente José Alencar, e agora, durante todo este período do governo da presidenta Dilma, sempre foi um partido extremamente aliado, firme e atuante na defesa das ações do governo. Então, é a incorporação efetiva de um aliado, de um precioso aliado, de muito tempo do nosso projeto.

Repórter Cleide Lopes (Brasília - DF): Marcelo Crivella é engenheiro civil, pastor evangélico e já exerceu cargos de liderança do PRB no Congresso Nacional. Crivella também já foi diretor de Planejamento da Empresa de Obras Públicas do estado do Rio de Janeiro. De Brasília, Cleide Lopes.

Luciano: A partir de hoje, as operadoras de telefone que oferecem serviços de internet banda larga vão ter que colocar à disposição do consumidor um dispositivo que mede a qualidade do serviço contratado.
Kátia: O software deve estar disponível na própria página das operadoras na internet. Dessa forma, o consumidor vai poder conferir se a velocidade da internet pela qual está pagando realmente está sendo entregue pela operadora. Paulo La Salvia.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O estudante de Jornalismo de Brasília, Emerson... utiliza a internet 12 horas, em média, por dia. Emerson faz quase tudo na rede mundial de computadores: paga contas, utiliza as redes sociais, faz compras, e, com isso, ganha tempo em deslocamentos desnecessários. Mas Emerson reclama que paga por uma quantidade fechada de dados, mas recebe apenas uma fração do serviço contratado.

Estudante de Jornalismo - Emerson: Você compra, recebe 10% do serviço... Imagina você comprar um alimento e receber 10% da quantidade do alimento. Você é lesado, né?

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Para normatizar o serviço prestado pelas operadoras de telefonia fixa que disponibilizam acesso à internet, a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, aprovou o uso de um software que vai medir a velocidade de dados que são efetivamente utilizados pelo usuário. No mínimo, as operadoras devem disponibilizar uma velocidade de conexão de 60%, já neste ano. Este índice deve subir gradativamente para 80% de velocidade de conexão até 2014. O prazo para que as operadoras coloquem o software que permite essa medição à disposição dos consumidores se encerrou hoje. Ele vai permitir que o internauta possa medir de casa a qualidade do serviço que contratou. O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, explica que todas as operadoras vão usar o mesmo dispositivo para garantir a comparação entre operadoras.

Superintendente de Serviços Privados da Anatel - Bruno Ramos: Hoje, eu consigo, com uma série de softwares de medição, fazer uma determinada medição de uma taxa de transmissão de uma determinada empresa, mas, se eu tenho o mesmo, eu consigo fazer um parâmetro igual.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A regra de percentuais mínimos de velocidade de conexão da internet, que passa a valer a partir de hoje para banda larga fixa, passa a valer, a partir de outubro deste ano, para internet móvel, como nos celulares. De Brasília, Paulo La Salvia.

Luciano: Segundo a Anatel, caso alguma prestadora não ofereça o software que permite a consulta da velocidade da internet, vai ser aberto um processo administrativo para investigar as causas e os danos causados aos consumidores.

Kátia: A partir daí, será definida a penalidade que vai ser aplicada, que varia de advertência e até multa. O valor vai ser estipulado de acordo com a extensão do dano causado.

Luciano: Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, mostra que a maioria dos brasileiros quer as Forças Armadas no combate ao crime.

Kátia: A terceira edição da Pesquisa do Sistema de Indicadores de Percepção Social, que foi divulgada hoje, avalia a relação dos militares com a sociedade.
Luciano: De acordo com a pesquisa, mais de 90% das 3.796 pessoas, em todo o país, consideram que o Exército, Marinha e Aeronáutica devem colaborar com as polícias Militar e Civil, atuando também na segurança pública.

Kátia: Os entrevistados só se dividem quanto à frequência com que as Forças Armadas devem atuar.

Luciano: Quase metade diz que a colaboração dos militares deve ser constante, enquanto os demais defendem que seja apenas em situações específicas de combate ao crime.

Kátia: A íntegra dessa pesquisa está em www.ipea.gov.br.

Luciano: Kátia, você sabe para que serve uma agência reguladora?

Kátia: Claro, Luciano. Elas têm obrigação de, como diz o nome, regular o funcionamento de serviços importantes para toda a sociedade, que são realizados por empresas privadas, como é o caso da Anac, que é responsável pelo controle da Aviação Civil, e da Anatel, pelas telecomunicações.

Luciano: E hoje, pela primeira vez, representantes das agências reguladoras brasileiras se reuniram com agências de outros países para trocar informações e aperfeiçoar o trabalho.

Kátia: Participam do seminário Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru. Carolina Monteiro tem os detalhes.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Hoje, pela primeira vez, a experiência brasileira e a de outros países da América Latina se encontraram, como explica o coordenador do Comitê Gestor do Programa de Fortalecimento da Capacidade Institucional para a Gestão e Regulação, Luiz Alberto dos Santos.

Coordenador do Comitê Gestor do Programa de Fortalecimento da Capacidade Institucional para a Gestão e Regulação - Luiz Alberto dos Santos: Esse seminário nos permite, pela primeira vez no Brasil, reunir representantes de vários países da América Latina para a troca de experiências sobre medidas que vem sendo adotadas, com o objetivo de ampliar, de melhorar a qualidade da regulação, de forma adequada ao contexto dos países latino-americanos, e com a perspectiva de promover a integração cada vez maior entre o Brasil e seus países irmãos da América Latina.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): No encontro, também foi tratada a criação de uma rede latino-americana para manter a troca de experiências e informações de modo permanente. A ideia é buscar cada vez mais qualidade na regulação. A regulação envolve todos os métodos e controles usados no projeto, compras, fabricação, embalagem, rotulagem, armazenamento, instalação e assistência técnica de todos os produtos fabricados ou importados para comercialização no Brasil. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, lembrou que, desde 2007, o Brasil conta com o Programa de Fortalecimento da Gestão e Regulação, o Pro-Reg, e ressaltou a importância das agências para a economia mundial.

Ministra-chefe da Casa Civil - Gleisi Hoffmann: A regulação e a transparência são particularmente importantes no contexto da atração de investimentos em áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional. Cabe ao Estado, no exercício da função regulatória, contribuir para a garantia do direito dos consumidores, a estabilidade dos mercados e o contínuo aperfeiçoamento dos instrumentos de supervisão e de controle social.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Mais informações sobre o fortalecimento das agências reguladoras no país e o intercâmbio de informações no endereço eletrônico: www.regulacao.gov.br. De Brasília, Carolina Monteiro.

Luciano: O número de brasileiros que investiram no Tesouro Direto aumentou 28%, no último ano. Segundo analistas financeiros, a aplicação é segura e tem rendimento melhor que o da poupança.

Kátia: Na reportagem que vamos ouvir agora, de Carla Wathier, ela explica como o cidadão pode fazer o dinheiro render, investindo no Tesouro Direto.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Para ver o dinheiro se multiplicar, o funcionário público Marcelo Rodrigues investe no Tesouro Direto. Ele acabou de fazer um resgate para dar entrada em um imóvel e conta que não pretende parar de investir nessa modalidade.

Funcionário público - Marcelo Rodrigues: Sempre que eu tiver um dinheiro disponível, eu vou investir no Tesouro Direto, porque é bem interessante, o retorno é legal, assim, e é uma das opções mais interessantes de investimento, na minha opinião.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet. Foi criado em 2002 para atender pequenos e médios investidores. Na prática, é o governo pegando dinheiro do cidadão emprestado para financiar a dívida pública e fazer investimentos em Educação, Saúde e Infraestrutura, por exemplo; em troca, devolve o valor que pegou emprestado com juros. O rendimento pode ser pré-fixado, quando já se sabe a quantia a receber, ou pós-fixado, corrigido pela Selic, a taxa básica da economia, ou ainda uma combinação dos dois. Felipe Chad é especialista em finanças e detalha as vantagens de se investir no Tesouro Direto.

Especialista em finanças - Felipe Chad: Qualquer investidor, através da internet, cadastrado em uma corretora, consegue comprar os títulos e escolhe os títulos. Outra vantagem é que as taxas de manutenção são muito baixas. Então, vai ser sempre muito mais barato comprar um título diretamente do que investir em renda fixa, desde que o investidor saiba quais títulos escolher. Outra vantagem é que, com um valor muito pequeno, o investidor consegue fazer investimento em título direto. A partir de R$150,00, hoje em dia, você consegue comprar um título do Tesouro com rentabilidade muito maior do que a da poupança, por exemplo.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O especialista em finanças também explica por que é um investimento seguro.

Especialista em finanças - Felipe Chad: A poupança é garantida até R$70.000,00, os títulos do Tesouro são garantidos em 100%, pelo governo. Então, o risco desse título é o governo dar calote. Como a economia brasileira, hoje, é muito mais sólida e a gente possui reservas internacionais, e o país é visto com bons olhos pelos investidores, o risco é baixíssimo.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Por tudo isso, tem aumentado, cada vez mais, o interesse do brasileiro nesse tipo de aplicação. Só em janeiro deste ano, o número de investidores cadastrados no Tesouro Direto passou de 282 mil, um aumento de 28% em comparação ao mesmo período do ano passado, mas, apesar desse crescimento, o número de participantes ainda é pequeno em relação a outras modalidades de investimento, como a poupança, que teve volume financeiro de R$ 422 bilhões contra R$ 7,5 bilhões do Tesouro Direto, segundo dados do Banco Central. Por isso, de acordo com David Athayde, analista do Tesouro Nacional, a estratégia do governo para este ano é divulgar mais o programa e assim atrair novos investidores.

Analista do Tesouro Nacional – David Athayde: É uma questão de tempo mesmo para as pessoas conhecerem mais o programa, se interessarem mais. O programa faz dez anos em 2012, o Tesouro tem um trabalho costumeiro de participar de feiras de investimento, divulgando o programa. A gente vai reduzir o valor mínimo de entrada no programa, que hoje é R$ 150,00, mais ou menos, 20% de um título, ele vai cair para 10%, R$ 80,00 você vai poder comprar títulos a partir desse ano. Então, isso são formas que a gente está tendo de aumentar ainda mais o interesse das pessoas, democratizar ainda mais o acesso ao título público.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Outras informações sobre essa modalidade de investimento é só acessar o site: www.tesourodireto.gov.br. De Brasília, Carla Wathier.

Luciano: Os impostos cobrados sobre as operações realizadas no Tesouro Direto são os mesmos que incidem sobre as operações de renda fixa, que é o Imposto Sobre Operações Financeiras, IOF, e o Imposto de Renda.

Kátia: Mais informações em www.tesourodireto.gov.br.

Luciano: Sete e treze.

Kátia: A Polícia Federal prendeu hoje 31 pessoas acusadas de participar de uma quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis no estado de Goiás. Também foram apreendidas 200 máquinas de jogos de azar.

Luciano: Policiais federais, rodoviários federais, policiais militares e um servidor da Justiça do Estado de Goiás faziam parte do grupo criminoso.

Kátia: Ainda segundo a Polícia Federal, a quadrilha concedia uma espécie de licença de exploração dos pontos onde estavam as máquinas de jogos, em galpões clandestinos, localizados em cidades goianas.

Luciano: Os presos e indiciados na operação “Monte Carlo” vão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e violação de sigilo profissional, além da contravenção penal de exploração de jogo de azar.

Kátia: Aqui, no Brasil, os trabalhadores estão estudando mais.

Luciano: É o que mostra a publicação “Economia Brasileira em Perspectiva”, do Ministério da Fazenda. Vamos saber mais na reportagem de Ana Gabriella Sales.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O trabalhador rural Agílio Elias Flor começou desde cedo a trabalhar na lavoura. Conta que aprendeu a ler e a escrever o nome com o pai, porque ir à escola no interior do Ceará, onde morava, era tarefa difícil e acabou cursando só até a 4ª série.

Trabalhador rural - Agílio Elias Flor: Para mim, foi dificuldade, assim, no tempo que eu estudei. Toda vida foi difícil. Eu não tive uma oportunidade de estudar porque meu pai era um homem muito trabalhador, teve 22 filhos, são 18 vivos, e tudo foi na enxada, tudo foi sofrido. Botou nós na escola, tinha muito gosto de nós estudar, mas aí ele não podia, porque o mato tomava conta. Tinha que limpar para tirar o pão.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O filho dele, Israel Agílio de Souza Flor, também ajuda na lida diária desde pequeno. Mas com uma diferença, aos 17 anos de idade já está terminando o curso técnico de agropecuária no Instituto Federal de Educação de Brasília e planeja entrar na faculdade.

Israel Agílio de Souza Flor: No futuro, eu pretendo me ingressar na faculdade de Agronomia e ajudar meus pais. E, hoje, eu estudo como técnico em agropecuária, e pretendo atuar nessa área também.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): De acordo com o Ministério da Fazenda, em 2011, seis em cada dez trabalhadores brasileiros tinham 11 anos ou mais de estudo. Em 2003, eram apenas quatro em cada dez. Com o aumento da escolaridade e da capacitação da força de trabalho, cresce também a produtividade do país e melhora a renda da população. É o que explica o professor de Economia da Universidade de Brasília, Carlos Alberto Ramos.

Professor de Economia da Universidade de Brasília - Carlos Alberto Ramos: Uma força de trabalho com maior produtividade aumenta o crescimento potencial da economia e traz um maior bem-estar econômico na medida em que uma maior produtividade significa que a quantidade de bens de serviços que uma pessoa produz é cada vez maior.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O último Censo da Educação Básica mostra que o número de vagas no Ensino Profissionalizante também passou de 565 mil, em 2002, para 924 mil, em 2010, com 75% a mais de investimentos, o que para o Ministério da Educação pode significar uma transformação estrutural no país nos próximos anos. A meta é que, até 2014, 562 unidades da Rede Federal de Educação Profissional estejam em funcionamento. De Brasília, Ana Gabriella Sales.

Kátia: Ainda falando em educação, o ministro Aloizio Mercadante participou hoje de uma audiência pública no Senado para falar sobre as prioridades do governo na sua área.

Luciano: Mercadante reafirmou compromisso do governo de construir novas creches e pré-escolas em todo o país.

Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: A meta, entre 2011 e 2014, é de construir 6 mil creches e pré-escolas. Em 2011, foram aprovados convênios com prefeituras de 1.507 no valor de R$ 1,5 bilhão, e o governo federal paga o custeio do primeiro ano e a construção financiada. Bom, não há problemas financeiros com esse programa. Quando assina o convênio, você paga 30%, 20%. Quando termina a licitação, o governo antecipa 50% para iniciar a obra. Quando ele constrói metade da obra, ele já recebe 100% da obra. E quando ele constrói 80%, ele recebe todo o mobiliário antecipado. Então, o financeiro está muito adiante do método do processo de construção. Onde está a nossa dificuldade maior? É o tempo de construção que as prefeituras estão tendo, a dificuldade. O mercado da construção civil está muito aquecido, o processo licitatório dura em torno de seis meses e a construção tem demorado em torno de dois anos, dois anos e meio.

“Riacho do Navio. Corre pro Pajeú. O rio Pajeú
Vai despejar no São Francisco...”

Kátia: O rio São Francisco, conhecido como Velho Chico e rio da Integração Nacional, liga as regiões Sudeste e Centro-Oeste com o Nordeste do país.

Luciano: Desde as nascentes em Minas Gerais até a foz na divisa de Sergipe e Alagoas, o São Francisco percorre 2.700 quilômetros. E, ao longo desse percurso, banha Minas, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

Kátia: E como é muita água, que até sobra, o projeto de integração do São Francisco vai fazer com que parte dessa água do rio possa ser captada sem mudar o curso do rio São Francisco, para atender 12 milhões de pessoas em 390 municípios que ficam no interior do Nordeste.

Luciano: A previsão do Ministério da Integração Nacional é de que as primeiras obras fiquem prontas até dezembro deste ano.

Kátia: Vamos saber mais sobre o projeto de integração do rio São Francisco na entrevista que João Mendes fez com Francisco Teixeira, secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração.

Repórter João Mendes: O que é esse projeto São Francisco e quais são as áreas que serão atendidas com essas águas aí do rio São Francisco?

Secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração - Francisco Teixeira: O projeto de integração do rio São Francisco com as bacias do Nordeste Setentrional é um empreendimento que compreende a construção de dois grandes eixos, o Eixo Norte, que vai atender o sertão pernambucano, boa parte, a maior parte do semiárido cearense, também a parte oeste do estado da Paraíba e do Rio Grande do Norte. O Eixo Leste, que é um segundo eixo previsto, ele irá atender o agreste pernambucano, também a região do agreste, do brejo paraibano, e poderá, inclusive, atender a cidade de João Pessoa, capital da Paraíba. Complementando esses dois eixos, que são as espinhas dorsais do projeto, nós temos ramais, como o ramal de água do agreste, que vai tirar água do Eixo Leste e levar à região mais densamente povoada do interior do Nordeste, que é o chamado agreste pernambucano. Temos o ramal do Entre Montes, que está também com o seu projeto praticamente concluído, que vai atender o oeste pernambucano. Temos o trecho III e trecho IV do projeto de integração do São Francisco, que está projeto em projeto, que vai levar água à bacia do Apodi, no Rio Grande do Norte, e água... fortalecer ainda mais o atendimento das bacias do Jaguaribe e das regiões metropolitanas de Fortaleza no estado do Ceará. Todo este grande empreendimento para atender a 390 municípios desses quatro estados, garantindo água para cerca de 12 milhões de pessoas.

Repórter João Mendes: Vai haver alguma mudança no rio São Francisco?

Secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração - Francisco Teixeira: De forma alguma o projeto vai impactar em alguma grande mudança no rio São Francisco. Para se ter uma ideia, a vazão regularizada por Sobradinho nesse trecho do rio São Francisco chega a 2 mil, um pouco mais de 2 mil metros cúbicos por segundo. E o canal vai captar - os dois canais – em termos de vazão contínua, 26,4 metros cúbicos por segundo, ou seja, aí menos de 0,5% da água disponível no rio. E como a captação se dará através de estação de bombeamento, não tem desvio do rio, como muita gente ainda pensa que terá. Então, o impacto ambiental, inclusive no rio, é inexistente.

Repórter João Mendes: Como é que estão os prazos para conclusão do projeto?

Secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração - Francisco Teixeira: Até dezembro de 2012, nós teremos aí um pequeno trecho do Eixo Leste composto da estação de bombeamento principal no lago de Itaparica, e mais de 20 quilômetros de canais, incluindo aí obras singulares nesses canais, como aquedutos, comportas, e mais as barragens de Areias, onde termina esse primeiro... do trecho, sendo que ele é de uma importância singular, porque embora com 20 quilômetros de comprimento, ele vai servir para uma fase pré-operacional, vai servir de testes para todo o eixo. Então, já em dezembro de 2012, nós teremos um primeiro trecho pronto para fazer um teste, conseguirmos vislumbrar como é que se dará a operação de todo esse empreendimento.

Repórter João Mendes: Francisco Teixeira, secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, obrigado pela participação na “Voz do Brasil”.

Secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração - Francisco Teixeira: Eu que agradeço.

Luciano: Mais informações em www.integracao.gov.br.

Kátia: Universitários que receberam medalhas de ouro, prata ou bronze em alguma das edições da “Olimpíada Brasileira de Matemática” ou da “Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas” agora podem concorrer a bolsas do programa de iniciação científica.

Luciano: A bolsa, com duração de 12 meses, será um incentivo durante a graduação ou em mestrado.

Kátia: A pré-inscrição pode ser feita até 29 de abril.

Luciano: Se for selecionado, o aluno poderá receber a bolsa a partir do segundo semestre letivo no Ensino Superior.

Kátia: Outras informações em portal.mec.gov.br.

Luciano: E, amanhã, cerca de 40 medalhistas das “Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas” vão ao Ministério da Ciência e Tecnologia acompanhar o anúncio dos vencedores do ano passado e ver a largada da competição para esse ano.

Kátia: A Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional vai disponibilizar 10 mil cestas básicas para a população de dez municípios no Acre.

Luciano: Ao menos 133 mil pessoas foram afetadas pelas cheias dos rios no estado.

Kátia: Para facilitar e agilizar a entrega das cestas, o governo estadual criou uma espécie de carteira de identificação para o controle das famílias das áreas urbana e rural, da capital e também dos municípios atingidos.

Luciano: As cestas básicas têm arroz, feijão, farinha, açúcar, sardinha, macarrão, além de material de higiene e limpeza.

Kátia: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Luciano: Senador Marcelo Crivella é o novo ministro da Pesca e Aquicultura.

Kátia: A partir de hoje, consumidores vão poder medir a qualidade da conexão à internet que contrataram.

Luciano: Pesquisa mostra que maioria dos brasileiros querem as Forças Armadas no combate ao crime.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.

Kátia: Fique agora com minuto TCU e, em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.