29/08/2012 - A Voz do Brasil

Foi sancionada hoje a lei que estabelece 50% de reserva de vagas nas universidades públicas federais para alunos de escolas públicas. A regulamentação da lei será elaborada até o fim do ano e o sistema de cotas já valerá no próximo vestibular. A Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, vai receber um importante reforço para verificar se as empresas de internet rápida no Brasil realmente estão oferecendo um serviço de qualidade: o próprio usuário de internet. 12 mil voluntários vão receber em casa, de graça, um aparelho para medir a velocidade da internet. Foi prorrogada a redução do IPI para automóveis, eletrodomésticos da linha branca e materiais para a construção civil e fabricação de móveis. A decisão foi anunciada hoje, no Ministério da Fazenda. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

29/08/2012 - A Voz do Brasil

Foi sancionada hoje a lei que estabelece 50% de reserva de vagas nas universidades públicas federais para alunos de escolas públicas. A regulamentação da lei será elaborada até o fim do ano e o sistema de cotas já valerá no próximo vestibular. A Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, vai receber um importante reforço para verificar se as empresas de internet rápida no Brasil realmente estão oferecendo um serviço de qualidade: o próprio usuário de internet. 12 mil voluntários vão receber em casa, de graça, um aparelho para medir a velocidade da internet. Foi prorrogada a redução do IPI para automóveis, eletrodomésticos da linha branca e materiais para a construção civil e fabricação de móveis. A decisão foi anunciada hoje, no Ministério da Fazenda. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

29-08-2012-voz-do-brasil.mp3

Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:24

A VOZ DO BRASIL - 29.08.2012

Apresentadora Kátia Sartório: Sancionada a lei que cria a cota de 50% nas universidades e institutos federais de educação para estudantes de escolas públicas.

Apresentador Luciano Seixas: Usuários vão ajudar a medir a qualidade da internet banda larga no Brasil.

Kátia: Prorrogada a redução de IPI para carros, eletrodomésticos da linha branca e materiais para construção civil e móveis.

Luciano: Quarta-feira, 29 de agosto de 2012.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Acesse agora em www.ebcservicos.ebc.com.br/avozdobrasil.

Kátia: Alunos que cursarem todo o Ensino Médio em escolas públicas têm reservadas, a partir de agora, 50% das vagas das universidades e institutos federais de educação.

Luciano: A lei, sancionada hoje pela presidenta Dilma Rousseff, vai ser regulamentada até o fim desse ano.

Kátia: E as cotas já valem para o vestibular e para o Enem do ano que vem. Paulo La Salvia tem as informações.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A lei combina questões raciais e econômicas. Para concorrer às vagas reservadas nas universidades federais, os alunos que fizeram todo o Ensino Médio na rede pública de ensino não podem ter renda familiar por pessoa acima de um salário mínimo e meio. Metade da reserva, 25% do total de vagas, ainda vai ser dividida com base na raça dos estudantes em cada estado. Esta composição vai se basear nos dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, para dividir as vagas entre indígenas, pardos e negros. A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, afirmou que o número de negros deve aumentar nas universidades com a nova lei.

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: As regras que são definidas a partir de agora, elas vão assegurar um aumento, ao longo de quatro anos, que pode nos levar, em termos das universidades federais, até um total de 56 mil vagas reservadas para alunos negros, mais especificamente.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a regulamentação da lei vai ser feita até o fim deste ano e que a nova regra já vale para o vestibular de 2013. Ele afirmou, também, que a norma vai ser colocada em prática de forma progressiva até 2016, e, neste período, a meta é incluir 150 mil alunos de escolas públicas nas universidades federais. O ministro Aloizio Mercadante defendeu que o nível de ensino das universidades federais não vai cair.

Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: Muitas universidades federais já fazem isso, já têm políticas de inclusão social, já têm políticas de cota, e já temos experiência de tutoria, ou seja, professores que acompanham esses alunos, e de cursos de nivelamento, para que aqueles que tenham alguma deficiência possam se preparar para o desafio do curso em que vão participar. Tem universidades que já fazem o nivelamento inclusive nas férias. Depois que ele é aprovado, ele já começa a fazer, se ele tem alguma deficiência, um processo de especialização. Então, isso depende de cada universidade.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Na cerimônia, a presidenta afirmou que o Brasil tem dois desafios.

Presidenta Dilma Rousseff: Primeiro é a democratização do acesso às universidades e, segundo, o desafio de fazer isso mantendo um alto nível de ensino e a meritocracia.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Um único artigo do Projeto de Lei foi vetado pela presidenta Dilma Rousseff. É o que previa que as universidades federais iriam definir a forma de inclusão dos alunos nas universidades. Fica valendo como critério prioritário de entrada o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, além do vestibular. A sanção vai ser publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira. De Brasília, Paulo La Salvia.

Kátia: E a nova lei vai ampliar o número de instituições que adotam o sistema de cotas, porque algumas universidades brasileiras já utilizam esse modelo.

Luciano: É o caso da Universidade de Brasília, que, desde 2004, destina 20% das vagas de todos os cursos aos alunos afrodescendentes.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Janaina Bittencourt é estudante do último ano de Ciência Política da Universidade de Brasília, a UnB. Ela ingressou no Ensino Superior pelo sistema de cotas raciais e se tornou um exemplo para a família.

Estudante - Janaina Bittencourt: O meu núcleo familiar é de classe média, mas eu venho de uma família pobre, onde eu sou a primeira pessoa a estudar numa universidade pública. É um exemplo, mas, mesmo a gente não procurando esse lugar de exemplo, a gente vira um exemplo para outras... para os familiares, para os colegas, que sentem que não terão acesso e que não terão condições efetivas de uma ascensão social, de uma mobilidade social. Eu acho que o sistema de cotas propicia isso.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): O coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília, Nelson Inocêncio, diz que o Ensino Superior, no Brasil, precisa ser um espaço que contempla a diversidade e não apenas uma elite. Ele considera que o projeto implantado há oito anos pela UnB é uma ação corajosa, que proporciona o direito à educação de qualidade.

Coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília - Nelson Inocêncio: O projeto, ele é um projeto necessário, né? Para a gente parar com essa ideia de que a universidade é um espaço, aí, de todos e todas as brasileiras. Não é, não tem sido. E essas mudanças são absolutamente necessárias.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Assim como a UnB, todas as universidades e institutos federais vão aderir ao sistema de cotas, que não será apenas para alunos afrodescendentes. A lei sancionada pela presidenta Dilma Rousseff prevê 50% das vagas das instituições para alunos que fizeram todo o Ensino Médio em escola pública. Maria Carolina Tavares está no primeiro ano do Ensino Médio de uma escola pública e acredita que a medida é um incentivo para quem quer cursar uma universidade de qualidade.

Estudante - Maria Carolina Tavares: Vou batalhar muito para essa vaga, porque, hoje em dia, quem não faz faculdade é porque não quer, porque tem várias oportunidades.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Quem quiser saber detalhes da nova lei deve acessar: www.planalto.gov.br/legislacao. De Brasília, Patricia Scarpin.

Kátia: A Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, vai receber um importante reforço para verificar se as empresas de internet rápida no Brasil realmente estão oferecendo um serviço de qualidade.

Luciano: E esse reforço, Kátia, vem do próprio usuário de internet, que é quem lida, no dia a dia, com problemas de conexão.

Kátia: Isso mesmo, Luciano. A partir desse ano, 12 mil voluntários vão receber em casa, de graça, um aparelho para medir a velocidade da internet. Os primeiros resultados devem ser divulgados em dezembro desse ano. Ricardo Carandina.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O Programa de Medição da Qualidade da Banda Larga Fixa no Brasil quer avaliar se os usuários realmente se conectam à internet com a velocidade prometida pelas operadoras. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, muitos clientes de internet rápida reclamam que a velocidade oferecida pelas empresas é menor do que a divulgada. Até outubro deste ano, vão ser escolhidos 12 mil voluntários, usuários de banda larga, em todas as regiões do país. Cada um vai receber um aparelho pouco maior do que a embalagem de um CD para instalar no computador. O medidor vai analisar a velocidade do serviço e enviar os dados automaticamente a uma central. Vão ser avaliadas as empresas com mais de 50 mil acessos. O presidente substituto da Anatel, Jarbas Valente, destaca que a instalação dos aparelhos não vai gerar nenhum trabalho ou gasto para o usuário.

Presidente substituto da Anatel - Jarbas Valente: Qual é a importância disso? ... ser colocado na casa desses que vão ser escolhidos como voluntários, ele não terá trabalho nenhum. Tem um vídeo de como instala o equipamento, é muito simples, e a medição vai ser medição automática, eletrônica.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Os resultados do estudo começam a ser divulgados em dezembro deste ano, na internet, e, todos os meses, os usuários vão saber que empresas estão oferecendo um serviço dentro dos padrões estabelecidos pela Anatel. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, explica por que a fiscalização direta do usuário vai ajudar a melhorar a qualidade da internet de acesso rápido no Brasil.

Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: Então, essa modalidade que foi montada para aferir a velocidade, por um lado, vai ajudar as empresas a... Vai aumentar, inclusive, a competição entre as empresas, porque a comparação vai levar o usuário a falar: “Não, eu quero ir para a outra que está oferecendo mais”. E, com certeza, vai ajudar o usuário a se orientar e trabalhar melhor.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Todo cliente de internet banda larga fixa pode ser voluntário. É só entrar no site www.anatel.gov.br. e se cadastrar até 29 de outubro. Entre os critérios utilizados para a escolha dos usuários estão o local de moradia e o perfil de navegação. Os 12 mil voluntários selecionados vão receber o medidor pelo Correio. De Brasília, Ricardo Carandina.

Luciano: E, em vídeo, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, convida os internautas de todo o Brasil para serem voluntários neste Programa de Medição da Qualidade da Internet Fixa.

Kátia: Nesse momento, estamos colocando no Twitter da “A Voz do Brasil” o link para assistir esse vídeo.

Luciano: Acesse agora e assista em twitter.com/avozdobrasil.

Kátia: Sete e dez.

Luciano: Prorrogada a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, para automóveis, eletrodomésticos da linha branca e materiais para a construção civil e fabricação de móveis.

Kátia: Priscila Machado tem as informações.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Para os automóveis, a redução do IPI foi prorrogada até o fim de outubro. O benefício fiscal foi anunciado em maio e venceria na próxima sexta-feira. As alíquotas continuam as mesmas. Para os modelos 1.0, por exemplo, a redução é de 7% para 0. Segundo Cledovino Belini, presidente da Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores, no período de vigência do IPI reduzido, houve aumento de 33,4% na venda de veículos.

Presidente da Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores - Cledovino Belini: Passou de 12.400 veículos por dia para 16.600 veículos por dia. Ou seja, houve um crescimento de 33,4% nas vendas, no período após a redução do IPI.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O governo também anunciou a prorrogação do IPI reduzido para os eletrodomésticos da linha branca, até 31 de dezembro. Fogão e tanquinho continuam com alíquota zero. Refrigerador, 5%, e máquina de lavar, 10%. A medida é válida para produtos com eficiência energética “A” na classificação do Inmetro. Também foi prorrogada até 31 de dezembro a redução do IPI para móveis, painéis, laminados e luminárias. Os materiais de construção também tiveram a redução do IPI prorrogada. A medida está em vigor desde 2009 e venceria no final do ano. E valerá, agora, até dezembro de 2013. A redução do imposto para bens de capital também valerá até a mesma data. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a economia brasileira está em gradual recuperação.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: A economia brasileira já está numa gradual recuperação, porém, é preciso continuar dando estímulos para o investimento e para o consumo.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Com a redução do IPI, a renúncia fiscal do governo será de R$ 1,6 bilhão, em 2012, e R$ 3,9 bilhões, em 2013. De Brasília, Priscila Machado.

“Viver Sem Limite - Paraolimpíadas 2012”

Luciano: As Paraolimpíadas começaram hoje, com a cerimônia de abertura dos jogos no Estádio Olímpico de Londres.

Kátia: Mais de 4.200 atletas vão participar da competição, 182 brasileiros. A repórter Ana Gabriella Sales está na capital da Inglaterra e tem mais informações ao vivo. Boa noite, Ana Gabriella.

Repórter Ana Gabriella Sales (ao vivo): Boa noite, Kátia. Cento e sessenta e cinco delegações dos países que competem nessa edição dos jogos desfilaram na cerimônia de abertura. O recordista Daniel Dias, da natação, foi o porta-bandeira do Brasil. Como você disse, 182 atletas representam o país, em 18 das 20 modalidades. Desses, Kátia, 156 recebem o Bolsa-Atleta, benefício que, segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, reflete nos resultados alcançados pela equipe.

Ministro do Esporte - Aldo Rebelo: Investimos nos atletas, na preparação, nas modalidades, e creio que essa é uma forma da sociedade, via o governo, reconhecer o esforço desses atletas, apoiá-los, e o desempenho deles corresponde ao apoio que têm recebido.

Repórter Ana Gabriella Sales (ao vivo): A meta do Comitê Paraolímpico brasileiro, para os jogos desse ano, é de que o Brasil fique em sétimo lugar na classificação geral. Mais cedo, eu acompanhei pelas ruas, aqui, de Londres, o revezamento da tocha paraolímpica, um dos maiores símbolos dos jogos. Apesar da chuva, a tocha passou pelas mãos de 580 atletas e pessoas da comunidade por quase 450 quilômetros da cidade de Stoke Mandeville, berço das Paraolimpíadas, até o Estádio Olímpico. E o Brasil foi bem representado por dois dos maiores medalhistas do país no revezamento: Clodoaldo Silva, da natação, e Ádria Santos, do atletismo. Ela não participa dessa edição dos jogos por causa de uma lesão. Os dois também são beneficiários do Bolsa-Atleta. E lembrando que Clodoaldo Silva já compete amanhã e é chance de medalha na natação. Kátia.

Kátia: Obrigado, Ana Gabriella Sales, pelas informações ao vivo direto das Paraolimpíadas de Londres.

Luciano: E o primeiro esporte paraolímpico disputado aqui no Brasil foi o basquete em cadeira de rodas.

Kátia: Em 1959, um time carioca e outro paulista se enfrentaram no Rio de Janeiro.

Luciano: Mas e a história das Paraolimpíadas no mundo, como tudo começou?

Kátia: É o que nos conta a reportagem de Ana Gabriella Sales, que teve a edição de Gisele Pimenta e a sonoplastia de José Maria Pardal.
Repórter Ana Gabriella Sales (Londres-Inglaterra): Mil novecentos e quarenta e cinco, fim da Segunda Guerra Mundial, episódio que também marcou o início de uma nova era no esporte. Tudo começou com a reabilitação dos combatentes lesionados na medula e impossibilitados de andar. Rivaldo Araújo da Silva é coordenador de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte há 27 anos. Estudioso do assunto, explica esse capítulo da história.

Coordenador de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte - Rivaldo Araújo da Silva: O início de tudo foi com o Dr. Ludwig Guttmann, e, fugindo da guerra, ele veio para a Inglaterra e, na Inglaterra, ele foi convidado a dirigir um hospital, um Centro de Tratamento de Lesados Medulares, em Stoke Mandeville. Então, ele percebeu que aquilo ali era uma boa deixa para que ele usasse a atividade física na reabilitação dessas pessoas. Começou, inclusive, a criar, a trabalhar na criação de aparelhos, né? E criou um aparelho lá para o pessoal se movimentar com o boxe, onde era um pedestal, com um ferro e uma mola, e, acima da mola, um... boxe, onde o lesado medular batia e se esquivava, batia e se esquivava. E também com o basquete em cadeira de rodas.

Repórter Ana Gabriella Sales (Londres-Inglaterra): Rivaldo conta que as competições que aconteciam apenas entre os pacientes da reabilitação logo chamaram a atenção do mundo. Começou, então, o movimento Paraolímpico, culminando na primeira Paraolimpíada em Roma, em 1960. Só cadeirantes participaram dos primeiros jogos. Hoje são 21 modalidades para pessoas com vários tipos de deficiência. O Brasil estreou em Paraolimpíadas em 1972, na Alemanha, com 64 atletas. Muita coisa mudou de lá para cá. O Brasil saltou de sete medalhas, em Barcelona, em 1992, para 47, em Pequim, em 2008, saindo da 30ª para a 9ª colocação. Um dos motivos do crescimento do esporte paraolímpico no país, segundo Rivaldo Araújo da Silva, do Ministério do Esporte, foi o aumento de investimentos e de políticas públicas voltadas para os atletas.

Coordenador de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte - Rivaldo Araújo da Silva: É um resgate que a gente está fazendo de uma parcela da população que vivia esquecida, abandonada, era tratada de forma diferenciada.

Repórter Ana Gabriella Sales (Londres-Inglaterra): Determinação e habilidade unem passado, presente e até futuro. Vítima de uma bala perdida, o jogador de basquete Marcelinho Bezerra é uma das promessas para as Paraolimpíadas do Rio, em 2016.

Jogador de basquete - Marcelinho Bezerra: Eu conheci o esporte, me interessei; hoje, o esporte é a minha vida. Inclusive o basquete é a minha vida, hoje.

Repórter Ana Gabriella Sales (Londres-Inglaterra): E, enquanto Marcelinho se prepara para representar o país, em 2016, 182 atletas brasileiros dão início, nessa quarta-feira, a uma nova história nas Paraolimpíadas de 2012. De Londres, Ana Gabriella Sales.

Luciano: E, além da inclusão pelo esporte, Kátia, a pessoa com deficiência precisa de acesso à Educação e à Saúde, por exemplo.

Kátia: Várias ações para acessibilidade e inclusão social dessas pessoas estão sendo desenvolvidas pelo governo federal.

Luciano: É o caso do Plano Viver Sem Limites, lançado em 2011. Em entrevista à jornalista Gisele Pimenta, o diretor de Políticas Temáticas dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Roberto John, explica um pouco mais esse assunto.

Repórter Gisele Pimenta (Brasília-DF): Qual é o papel das políticas para as pessoas com deficiência, como, por exemplo, o Plano Viver Sem Limites?

Diretor de Políticas Temáticas dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos - Roberto John: O Plano Viver Sem Limite estabelece várias ações em quatro eixos: o eixo de acesso à educação, acesso à saúde, a questão da inclusão social e da acessibilidade. Então, nós temos uma vasta ação, no sentido de dotar uma política pública brasileira, uma política de estado no Brasil, para que seja perene, assim como a Saúde, assim como a assistência, mas voltado especificamente para a pessoa com deficiência, e, hoje, nós temos desde a educação, que é a inclusão na questão do BPC na escola, da questão da Bolsa-Atleta, que a gente está negociando junto ao Ministério do Esporte, para que haja também a concessão de bolsas para alto rendimento na área da pessoa com deficiência, e, dentro dessa possibilidade, nós temos também um recurso na área de tecnologias assistivas para a prática esportiva.

Repórter Gisele Pimenta (Brasília-DF): Como os estados podem participar, podem aderir a esse programa?

Diretor de Políticas Temáticas dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos - Roberto John: Muitas ações já existem e já estão sendo acessadas, porque é por adesão, pelos prefeitos que entram direto nos sites dos Ministérios e aderem aos programas, fazendo os projetos respectivos.

Repórter Gisele Pimenta (Brasília-DF): Diretor de Políticas Temáticas dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos, Roberto John, muito obrigada por sua entrevista na “A Voz do Brasil”.

Diretor de Políticas Temáticas dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos - Roberto John: Muito obrigado.

Luciano: Sete e dezenove.

Kátia: E o assunto alimentação saudável volta a “A Voz do Brasil”, Luciano.

Luciano: Isso mesmo, Kátia. E, para incentivar cada vez mais a preservação do meio ambiente e a redução do uso de agrotóxicos na produção agrícola, foi lançado esse mês a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica.

Kátia: A iniciativa prevê ações como o aumento de 2 para 15% na quantidade de alimentos orgânicos que o governo vai comprar para a merenda escolar. Daniela Almeida explica.

Repórter Daniela Almeida (Brazlândia-DF): As irmãs piauienses Cleide e Marlene Veloso Teixeira Reis são agricultoras familiares. Elas próprias plantam e colhem em cada palmo de terra da chácara de cinco hectares, localizada em Brazlândia, a 40 quilômetros de Brasília. Há cinco anos elas trocaram o plantio convencional, com o uso de agrotóxicos, pela agricultura orgânica. Escolha mais saudável para o meio ambiente, para quem consome o alimento e mais ainda para quem produz, de acordo com Cleide.

Cleide: Nós não temos pânico nenhum em mexer em alguma coisa, porque aqui a gente sabe que não vai prejudicar a nossa saúde. Isso, para nós, é muito importante.

Repórter Daniela Almeida (Brazlândia-DF): Agora, a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, lançada esse mês, pretende ampliar, até 2014, de 2% para 15% a participação dos produtos orgânicos, nas compras governamentais, como para a merenda escolar, como destaca o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral.

Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente - Paulo Guilherme Cabral: Identificamos que o próprio governo pode, através das suas compras, para a merenda escolar, por exemplo, estar fazendo um tipo diferenciado de aquisição e aí estimular, garantindo um fluxo de mercado, para que o produtor tenha uma certeza que ele vai produzir e vai conseguir comercializar.

Repórter Daniela Almeida (Brazlândia-DF): Um grupo formado por 14 representantes do governo federal e 14 da sociedade civil vai discutir a elaboração do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, para, entre outras coisas, estabelecer instrumentos de financiamento rural. O coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Rogério Dias, defende a gestão compartilhada.

Coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Rogério Dias: O que a gente quer agora, com essa gestão compartilhada, essa gestão conjunta, é que a gente direcione melhor também a aplicação dos recursos, a aplicação dos esforços. E, também, isso, como ela vai ter uma gestão compartilhada com a sociedade civil, a comissão nacional, ela é composta paritariamente pelo governo e pela sociedade, a gente vai poder ouvir mais a sociedade de quais são realmente as suas principais demandas.

Repórter Daniela Almeida (Brazlândia-DF): De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil tem hoje cerca de 11.500 propriedades ligadas ao plantio de alimentos orgânicos. A nova política para o setor quer aumentar de 200 mil para 300 mil o número de famílias envolvidas na produção orgânica até 2014. Mais informações no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: www.agricultura.gov.br. De Brazlândia, Daniela Almeida.

Luciano: Os estudantes universitários vão ter mais tempo para renovar contratos com o Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies.

Kátia: O prazo, que estava previsto para acabar no fim desse mês, foi prorrogado até o dia 31 de dezembro deste ano.

Luciano: A renovação do contrato com o Fies pode ser feita pela internet, em www.fnde.gov.br.

Kátia: Você ouviu hoje, na “A Voz do Brasil”.

Luciano: Sancionada a lei que cria cota de 50% nas universidades e institutos federais de educação para estudantes de escolas públicas.

Kátia: Usuários vão ajudar a medir a qualidade da internet banda larga no Brasil.

Luciano: Prorrogada a redução de IPI para carros, eletrodomésticos de linha branca e materiais para a construção civil e móveis.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Voltamos amanhã. Boa noite.

Kátia: Fique agora com o Minuto do TCU e, em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa-noite a todos e até amanhã.