29/10/2015 - A Voz do Brasil
29/10/2015 - A Voz do Brasil
Cerca de 50 milhões de pessoas que pagam seguros de saúde terão direito a novas coberturas. Dilma Rousseff entrega quase 3 mil moradias do Minha Casa Minha Vida hoje - presidenta garantiu ampliação do programa. Ministro da Fazenda diz estar confiante na retomada do crescimento e na aprovação das medidas de reequilíbrio fiscal. Governo investe R$ 615 milhões em bibliotecas escolares nos últimos quatro anos. Tudo isso você ouviu nesta quinta-feira em A Voz do Brasil!
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Publicado em 09/12/2016 18:23
Voz do Brasil - 29.10.2015
Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite em Brasília, no horário brasileiro de verão.
Apresentadora Helen Bernardes: Cinquenta milhões de pessoas que pagam planos de saúde vão ter direito a novas coberturas.
Luciano: Novas moradias do Minha Casa Minha Vida foram entregues hoje. Presidenta Dilma garantiu a ampliação do programa e continuidade do Bolsa Família.
Helen: Ministro da fazenda diz que está confiante na aprovação de medidas para equilibrar as contas.
Luciano: Hoje é Dia Nacional do Livro. Para incentivar a leitura das crianças e jovens, o governo investiu R$615 milhões em bibliotecas nas escolas, nos últimos quatro anos.
Helen: Quinta-feira, 29 de outubro de 2015.
Luciano: Está no ar a sua voz.
Helen: A nossa voz.
Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite. Aqui no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Helen Bernardes.
Helen: Olá, boa noite. Acompanhe a Voz do Brasil, do Poder Executivo, ao vivo, em vídeo, pela internet.
Luciano: Acesse www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.
Helen: Mais de 50 milhões de pessoas devem ser beneficiadas com a inclusão de novos procedimentos de cobertura obrigatória dos planos de saúde.
Luciano: A medida passa a valer a partir de janeiro do ano que vem.
Repórter Paulo La Salvia: São ao todo 21 novos procedimentos, como um tipo de prótese auditiva e implantes para o coração. Também foram incluídos um medicamento oral para o tratamento do câncer de próstata e o teste rápido para o diagnóstico da Dengue, ambos já oferecidos no Sistema Único de Saúde. O diretor de um laboratório particular de Brasília, Rafael Jácomo, avalia que a oferta do teste rápido de Dengue pelos planos vai beneficiar os usuários.
Diretor de laboratório - Rafael Jácomo: O exame está aí já há alguns anos disponível, vários laboratórios fazem, não é um teste muito caro. E o que está acontecendo agora é que o indivíduo tem o plano de saúde, mas tem que pagar particular pelo teste.
Repórter Paulo La Salvia: Os novos procedimentos também incluem o aumento do número de consultas com profissionais como fisioterapeutas, psicoterapeutas e nutricionistas. No caso de mulheres que amamentam e gestantes, as consultas saltaram de seis para 12 por ano. Para a publicitária de Brasília, Awana Pontes de Andrade, que está grávida de três meses, o aumento das consultas vai permitir um melhor acompanhamento da gestação pelo nutricionista.
Publicitária - Awana Pontes de Andrade: Por exemplo, a cada, pode ir a cada dois meses, talvez, ou a cada três meses, ou quando sentir necessidade. Não vai ficar limitada a menos consultas, né, então eu acho que é muito positivo.
Repórter Paulo La Salvia: Os planos de saúde devem oferecer os novos procedimentos a partir de janeiro do ano que vem. Os novos procedimentos passaram por consulta pública, é o que explica o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, José Carlos de Souza Abrahão.
Diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar - José Carlos de Souza Abraão: Há, na evolução da saúde, na evolução da medicina, sempre novos processos, sempre novos tratamentos, e eles estão sendo avaliados, não só no período de dois em dois anos, que nós estamos aqui conversando, mas sempre, durante todo o período entre esse rol e o próximo rol, que irá acontecer em 2017.
Repórter Paulo La Salvia: São mais de 50 milhões de usuários de planos de saúde e quase 22 milhões de pessoas conveniadas a planos odontológicos que vão ter a cobertura ampliada. Reportagem, Paulo La Salvia.
Helen: Mais de 1.700 famílias receberam hoje a chave da casa nova e já estão de mudança.
Luciano: As moradias do Programa Minha Casa Minha Vida foram entregues simultaneamente em São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Helen: A Presidenta Dilma Rousseff entregou algumas unidades e garantiu: o programa continua.
Repórter Luana Karen: Ana Maria da Silva esperou a vida inteira esperou a vida inteira para ter uma casa que pudesse chamar de sua. Hoje, aos 66 anos, a aposentada finalmente vai realizar o sonho.
Aposentada - Ana Maria da Silva: Agora, a gente morando no lugar da gente, vai ser outra coisa, né? Que, lugar, casa do filho nunca que é que nem a da gente.
Repórter Luana Karen: Da jardinagem, João de Souza tirou o sustento da família. Sempre pagou aluguel, um dinheiro que fazia falta. Agora, de mudança para a casa própria, ele espera dar mais segurança à esposa e às duas filhas.
Jardineiro - João de Souza: O pai de família, as crianças e até o cachorro fica feliz, né, com uma espera dessa, uma realização dessa.
Repórter Luana Karen: Ana e João se juntam a outras 3.700 pessoas, personagens de uma nova história que está sendo escrita no Paranoá, cidade a cerca de 20 quilômetros do centro de Brasília. Eles foram contemplados com um apartamento, pelo Programa Minha Casa Minha Vida. A cerimônia de entrega das moradias contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff, que, em seu discurso, afirmou que, além do realizar o sonho da casa própria, o Minha Casa Minha Vida tem o mérito de gerar empregos na construção civil.
Presidenta Dilma Rousseff: O Programa Minha Casa Minha Vida não para, porque é que nem educação dos filhos, ele é importante para as famílias brasileiras. Assim como vocês podem ter certeza: o Governo Federal não vai também parar o Bolsa Família. A gente aperta o cinto e a gente garante aqueles programas que são fundamentais para a vida da população do nosso país. E mais: o Minha Casa Minha Vida ainda tem outro mérito, ele garante emprego, ele assegura emprego na construção civil.
Repórter Luana Karen: Já o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou que os primeiros contratos do Minha Casa Minha Vida 3 devem começar a ser assinados nas próximas semanas.
Ministro das Cidades - Gilberto Kassab: Já neste ano nós devemos atingir mais de 500 mil novas unidades contratadas, entre faixa 1, faixa 2, faixa 3, a nova faixa, a faixa 1,5 e as contratações, sob a responsabilidade dos movimentos rurais e urbanos.
Repórter Luana Karen: A Presidenta Dilma Rousseff também entregou simultaneamente outras 1.763 unidades habitacionais nas cidades de Bragança Paulista, Sorocaba, Hortolândia e Nova Odessa, em São Paulo, e em Canoas, no Rio Grande do Sul. Todos os imóveis são destinados a famílias que recebem até R$1600 por mês. Reportagem, Luana Karen.
Luciano: Desde que foi criado, o Minha Casa Minha Vida entregou 2,3 milhões de moradias, atendendo mais de nove milhões de pessoas.
Helen: Na fase 3 do programa, a meta é contratar mais de 3 milhões de moradias até 2018.
Luciano: O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou hoje em Londres que está confiante na aprovação de medidas para equilibrar as contas e que estão em tramitação no Congresso Nacional.
Helen: Segundo ele, o país precisa de segurança fiscal, para sinalizar aos empresários garantias para investir no país.
Ministro da Fazenda - Joaquim Levy: É muito importante a gente avançar, avançar na discussão do orçamento 2016, tomar as medidas necessárias. A gente também está dando uma sinalização, o governo dá uma sinalização na questão do gasto público, para as pessoas não serem surpreendidas com mais gastos no futuro, e aí há discussões importantes, como eu falei, da previdência social, de outros gastos. É assim que a gente vai vencer o desemprego e a gente vai voltar a ter a economia crescendo, ter o crédito, ter aquilo que o Brasil quer agora.
Luciano: Joaquim Levy afirmou que o governo vem enfrentando a questão fiscal com coragem e medidas duras, inclusive com cortes de gastos. E acrescentou: A estratégia agora é estimular a economia.
Ministro da Fazenda - Joaquim Levy: A gente está botando a casa em ordem. Na hora que você põe a casa em ordem, às vezes aparecem alguns números muito grandes, mas a gente está exatamente virando a página, tá certo, de uma maneira muito responsável. A gente já pagou este ano R$ 17 bilhões de subsídios para o Plano Safra, para o PSI, alguns programas tiveram mais sucesso, mas enfim, a gente mudou, a gente tem mudado a maneira de conduzir a política, a gente tem tido mais atenção, até pela mudança do ambiente global, no uso de recursos públicos para tentar estimular a economia.
Luciano: Sete e nove, no horário brasileiro de verão.
Helen: Geração de energia a partir de fontes renováveis que não poluem. O Brasil vem ampliando cada vez mais essas fontes, especialmente a eólica, gerada com a força dos ventos.
Luciano: É, e hoje o ministro de Minas e Energia afirmou que, com todo o sistema interligado, a falta de chuva em algumas regiões não afeta a distribuição de energia, e garantiu: Não há risco de racionamento.
Repórter Taíssa Dias: O Brasil tem fontes energéticas diversificadas e não corre risco de racionamento de energia, é o que afirmou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, durante a audiência pública no Senado Federal.
Ministro de Minas e Energia - Eduardo Braga: O risco de racionamento no Brasil, neste momento e até onde nós temos a previsibilidade climática, é zero. Mesmo no nordeste, com a questão hidrológica como ela está, graças às eólicas e graças às térmicas, e graças à interconexão regional que foi criada neste país.
Repórter Taíssa Dias: Eduardo Braga falou ainda sobre as metas assumidas pelo Brasil junto à Organização das Nações Unidas, para tornar a produção de energia no país cada vez mais renovável e, assim, diminuir as emissões de gás carbônico na atmosfera. Segundo ele, até 2030, o Brasil deve dobrar a quantidade de energia elétrica no mercado e o objetivo é que, até lá, 23% da geração de eletricidade seja feita a partir de outras fontes renováveis. Uma das apostas para isso é a energia eólica. Segundo o ministro, 40 bilhões de reais vão ser investidos no setor nos próximos três anos.
Ministro de Minas e Energia - Eduardo Braga: A eólica está indo muito bem, nós já estamos com contratos da eólica que garantem, entre 2015 e 2018, dobrar a nossa capacidade instalada de eólica.
Repórter Taíssa Dias: O ministro também disse que, para o total da matriz energética do país, a meta é que, até 2030, 45% venham de fontes renováveis. Reportagem, Taíssa Dias.
Helen: Ajudar a estimular a leitura desde a infância.
Luciano: Essa é a ideia do Programa Nacional Biblioteca na Escola, que nos últimos quatro anos investiu R$ 615 milhões na compra de livros para as bibliotecas escolares.
Helen: E, de livro em livro, a criançada podo viajar na imaginação.
Repórter João Pedro Neto: Fonte inesgotável de prazer, companhia de todas as horas, alimentos da alma. Ao longo do tempo, muitas foram as definições dadas aos livros e às histórias por traz deles. A designer Fabiana Martelotte conta que sempre dá um jeito de colocar a leitura em dia.
Designer - Fabiana Martelotte: Na correria que a gente vive mesmo, eu tento sempre inserir. E aí, é muito em transporte urbano, né, aqueles leitores de trem, ônibus, dá para manter o ritmo, não deixar de ler.
Repórter João Pedro Neto: Livos que nos transportam para outros lugares e, sem fugir do clichê, dão asas à imaginação. Na Escola Municipal França, em Quintino, zona norte do Rio de Janeiro, os pequenos já sabem: livro é coisa séria.
Estudante: Eu adoro ler, porque às vezes eu imagino o que está acontecendo.
Estudante: Livros têm histórias muito boas e eu gosto, assim, porque eu gosto de ler em casa, para ocupar meu tempo.
Repórter João Pedro Neto: Boa parte dos livros da biblioteca da escola, que atende mais de 1.500 estudantes de todo o ciclo básico, é fornecida pelo Governo Federal, por meio do Programa Nacional Biblioteca na Escola. Os investimentos feitos pelo programa representam um apoio ao livro didático nas escolas, como explica Ildivan Alencar, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE.
Presidente do FNDE - Ildivan Alencar: Nos últimos quatro anos, nós já investimos mais de R$600 milhões, adquirimos mais de 570 mil títulos, complementando o processo do livro didático.
Repórter João Pedro Neto: Segundo a Câmara Brasileira do Livro, a média de leitura do brasileiro é de quase dois livros por ano. Para o presidente da Biblioteca Nacional do Brasil, Renato Lessa, é preciso ampliar e desenvolver ainda mais essa cultura.
Presidente da Biblioteca Nacional do Brasil - Renato Lessa: Oportunidade para a relação das pessoas com o livro é fundamental, para você poder ter pessoas que reflitam, que possam argumentar de maneira autônoma, que eu acho que é uma carência que o Brasil ainda tem.
Repórter João Pedro Neto: O dia Nacional do Livro é comemorado na data de aniversário da Biblioteca Nacional do Rio, e é considerada hoje a décima maior biblioteca nacional do mundo, segundo a Unesco, e a maior da América Latina. Reportagem, João Pedro Neto.
"Momento Social"
Luciano: A Voz do Brasil recebe perguntas dos nossos ouvintes e internautas. Hoje a dúvida é de Belanizia da Silva Pereira. Quem responde é a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Ouvinte - Belanizia da Silva Pereira: Eu moro em Brasília, queria saber que tipo de aparelho que pode ter o aplicativo do Bolsa Família?
Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: Oi, Belanizia. Nosso aplicativo, ele pode ser usado em qualquer uma das três plataformas, tanto iOS quanto Windows quanto sistema Android. Nós queremos ampliar para o maior número de pessoas possíveis o uso e as informações que nós temos no Bolsa Família. E não só beneficiário pode saber dessas informações, também os que não são beneficiários e que tenham interesse em saber informações do Bolsa Família, ou que possam passar essas informações para alguém. Você é beneficiário, tem um amigo, tem um vizinho. Você não tem o smartphone, mas seu vizinho tem, você pode pedir pra ele baixar seu aplicativo e as suas informações estão lá preservadas. É mais um serviço para que a gente possa ter acesso a informações e possa disponibilizar essas informações para os nossos beneficiados e para a população.
Helen: E se você também tem dúvidas sobre os programas sociais, como o Bolsa Família, manda para a gente.
Luciano: O endereço é voz@ebc.com.br, por e-mail, ou twitter.com/avozdobrasil. E também facebook.com/bolsafamilia.
Helen: A sua pergunta vai ser respondida pela ministra aqui na Voz do Brasil, sempre na quinta-feira. Participe.
Luciano: Até agora, quase 85 mil pessoas já baixaram o aplicativo do Bolsa Família para celular, desde o lançamento, dez dias atrás.
Helen: Desenvolvido pela Caixa Econômica Federal, este aplicativo permite que os beneficiários do programa confiram saques, data de pagamento e últimas parcelas pagas, tudo na palma da mão.
Luciano: Seringueiros, coletores de castanha, açaí, pescadores artesanais, trabalhadores que vivem da exploração sustentável de produtos da floresta.
Helen: Um encontro que terminou hoje em Santarém, no Pará, reuniu três mil extrativistas para discutir como melhorar este trabalho e ampliar o acesso à renda, com a preservação da floresta.
Repórter Priscila Machado: Extrativismo da borracha e do açaí, além da pesca e agricultura familiar, produzindo alimentos para consumo próprio da comunidade. Manuel Silva da Cunha, na reserva extrativista do médio Juruá, no município de Carauari, no Amazonas, conta que essas são as principais atividades que trazem renda para a comunidade da primeira reserva extrativista criada no estado. Manuel é um dos participantes do III Chamado da Floresta.
Extrativista - Manuel Silva da Cunha: Sabemos que, alguma forma [ininteligível] com a criação das Unidades de Conservação. Hoje são mais de 24 milhões de hectares de floresta nas mãos das comunidades, mas há muito o que avançar. É a discussão das políticas públicas para o fortalecimento do extrativismo e inclusão da juventude nesse processo.
Repórter Priscila Machado: A Presidenta Dilma Rousseff enviou uma mensagem aos participantes do III Chamado da Floresta. Segundo a presidenta, uma das maiores riquezas do país é a diversidade do meio ambiente, e as discussões no encontro ajudam a avançar no tema desenvolvimento sustentável.
Presidenta Dilma Rousseff: Estaremos construindo juntos políticas que permitirão conciliar crescimento econômico, inclusão social e proteção ao meio ambiente. Meu governo tem o compromisso com os povos das águas e das florestas. Queremos avançar ainda mais e pactuar ações em favor da inclusão a partir do potencial da floresta.
Repórter Priscila Machado: O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Mário Guedes, cita políticas já em execução voltadas ao extrativismo.
Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável - Carlos Mário Guedes: Mais de 1.135 pessoas extrativistas estão tendo acesso a vagas do Pronatec em cursos voltados ao extrativismo. O acesso ao crédito, a realização dos planos de manejo nas Unidades de Conservação, que são mecanismos que permitem com que as famílias explorem, mas que protejam a floresta.
Repórter Priscila Machado: O encontro, que reúne os povos da floresta, é realizado a cada dois anos. Reportagem, Priscila Machado.
Luciano: Sete e 18, no horário brasileiro de verão.
"Jogos Mundiais dos Povos Indígenas"
Helen: Não tem jeito. Hoje em dia, a tecnologia faz parte do dia a dia de todos nós.
Luciano: Celular, tablet, redes sociais. E os indígenas não fogem desta realidade.
Helen: Por isso, nos Jogos Mundiais Indígenas, um dos espaços mais movimentados não é só os locais de competição, não.
Luciano: É a Oca Digital, construída para levar tecnologia aos indígenas.
Repórter Sumaia Vilela: Aqui nos Jogos Mundiais Indígenas, celular na mão é comum. Eles filmam tudo, tiram fotos e compartilham nas redes sociais, curtem os amigos. Quem está longe, acompanha cada passo. Aqui não tem esse negócio de indígena isolado, não. A maior parte deles está conectada com o mundo por meio da Internet e podem aprender que esse mundo é ainda maior com os cursos oferecidos na Oca Digital, um espaço dos Jogos Mundiais onde eles se transformam em produtores de informação. Os cursos partem da ideia que ninguém melhor que os próprios indígenas para falar sobre a vida na aldeia. Por isso, eles aprendem a usar as redes sociais para divulgar conteúdo, a criar um e-mail, editar imagens. E, no fim, fazem um blog, uma ferramenta simples, mas eficiente, como explica o instrutor de informática do Senac, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, Frederico Pires.
Instrutor de informática do Senac - Frederico Pires: Ele é como se fosse um diário, ele pode mostrar o que acontece no dia a dia dele, através de vídeos, imagens. Ele não precisa de um programador, a gente já tem ferramentas, já, que criam para ele várias coisas automaticamente, né? Aqui a gente criou o blog em cinco passos, então ele pode fazer isso e ensinar outras pessoas a fazerem, tranquilamente.
Repórter Sumaia Vilela: Se depender do Manuel Filho, membro da etnia Sabanê, de Rondônia, o que foi ensinado nas aulas vai ser a prática da comunidade dele, desde já. Estudante de Letras, pela Universidade Federal de Rondônia, ele já usava o computador em média duas vezes por mês para estudar, conferir notícias locais e usar as redes sociais.
Estudante indígena - Manuel Filho: Hoje a gente tem vários artesanatos indígenas e várias produções, dança cultural, essas coisas, que não está divulgado na mídia, né, principalmente na nossa comunidade.
Repórter Sumaia Vilela: Mas há quem mal tenha usado a Internet também. A experiência do Fábio, do povo Rikbaktsa, habitante do Mato Grosso, era somente com editor de textos, que ele usa para planejar as aulas de alfabetização da língua materna deles, o macro-jê. Aqui, Fábio anota tudo e não perde uma aula da Oca Digital.
Professor indígena - Fábio: Vou estar aprendendo aqui, buscando conhecimento, para que meus alunos também possam estar acessando a Internet, para divulgar nossa tradição e nossos costumes.
Repórter Sumaia Vilela: Os cursos são abertos somente aos indígenas. A cada quatro dias, começa um novo ciclo de aprendizado na Oca Digital, que funciona até o fim dos Jogos Mundiais Indígenas, no dia 31 de outubro. De Palmas, Tocantins, Sumaia Vilela.
Helen: Vinte e quatro etnias brasileiras e povos indígenas de 23 países participam dos Jogos Mundiais Indígenas.
Luciano: E hoje o dia foi de manifestações por lá. A gente fala ao vivo com a repórter Sumaia Vilela, que está em Palmas. Boa noite, Sumaia. Os protestos são contra o que?
Repórter Sumaia Vilela (ao vivo): Olá, boa noite, Luciano, boa noite, Helen e a todos os ouvintes da Voz. Os protestos são contra a proposta de emenda constitucional que trata da demarcação de terras indígenas. Aqui nos Jogos Mundiais, está bem forte a reação a essa proposta. Ela foi aprovada por uma comissão especial da Câmara, e defende que as demarcações passariam a ser feitas com Lei enviada pelo Governo, devendo ser aprovada pelo Congresso Nacional. Aqui em Palmas, cartazes, mensagens escritas na areia, pinturas no corpo contra a proposta foram vistas dentro e fora da arena. E hoje, a Secretaria de Governo e o Ministério da Justiça divulgaram uma nota em que afirmam que o texto aprovado vai contra os direitos dos povos indígenas à terra. A nota também informa que esse direito dos indígenas é reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal. A proposta ainda vai passar pelo Plenário da Câmara e do Senado para começar a valer. Ao vivo, de Palmas, no Tocantins, Sumaia Vilela.
"Brasil 2016"
Helen: Porto Alegre é 11ª cidade que inicia os preparativos para que o Rio Grande do Sul recebe a Tocha Olímpica dos Jogos Rio 2016.
Luciano: Na reunião de hoje, representantes do governo, estado, municípios e atletas discutiram toda a organização para o revezamento da Tocha Olímpica, que vai percorrer 25 cidades gaúchas.
Helen: No dia 3 de maio, exatos cem dias antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas, a chama chega a Brasília e inicia o percurso por mais de 300 cidades em todo o país.
Luciano: O Ministério dos Transportes recebeu hoje os estudos para concessão de dois trechos ferroviários previstos no Programa de Investimento em Logística.
Helen: Um dos trechos liga Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, a Mirituba, no Pará, e o outro Barcarena, no Pará, a Açailândia, no Maranhão.
Luciano: Os estudos vão ajudar na elaboração do edital de licitação. Após a aprovação pelo Tribunal de Contas da União, será lançado o edital para o leilão.
Helen: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.
Luciano: Cinquenta milhões de pessoas que pagam planos de saúde vão ter direito a novas coberturas.
Helen: Novas moradias do Minha Casa Minha Vida foram entregues hoje. A Presidenta Dilma garantiu a ampliação do programa e a continuidade do Bolsa Família.
Luciano: Ministro da fazenda diz que está confiante na aprovação de medidas para equilibrar as contas.
Helen: Hoje é Dia Nacional do Livro. Para incentivar a leitura das crianças e jovens, o governo investiu R$615 milhões em bibliotecas nas escolas, nos últimos quatro anos.
Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Helen: Produção: EBC Serviços.
Luciano: Quer saber mais sobre os serviços e informações do Governo Federal? Acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.
Helen: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.