30/05/2012 - A Voz do Brasil

Apresentadora Kátia Sartório: A partir de segunda-feira, começam a ser distribuídos de graça remédios para asma.

Apresentador Leandro Alarcon: Publicadas as novas regras para ocupação de áreas em assentamentos da reforma agrária.

Kátia: Em dois dias, mais de 1 milhão de estudantes já se inscreveram no Enem.

Leandro: Quarta-feira, 30 de maio de 2012.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Leandro: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Leandro: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Leandro Alarcon, e Kátia Sartório.

Kátia: Quem tem asma sofre com crises de falta de ar, tosse, dor ou ardência no peito, principalmente de manhã e de noite.

Leandro: Os sintomas causam grande desconforto e a doença pode levar à morte.

Kátia: Aqui, no Brasil, a asma mata, por ano, 2.500 pessoas. Cerca de 7% da população sofre com essa e outras doenças respiratórias.

Leandro: Além disso, a asma está entre as principais causas de internação de crianças com até seis anos de idade.

Kátia: Por isso, o Ministério da Saúde, a partir da semana que vem, vai distribuir de graça remédios para asma.

Leandro: Três remédios para o tratamento da doença vão estar disponíveis a partir de segunda-feira, dia 04 de junho, em 554 unidades de Farmácia Popular, em mais de 20 mil farmácias particulares, conveniadas ao Programa Aqui Tem Farmácia Popular.

Kátia: Assunto da entrevista que a nossa editora Adriana Franzin fez hoje com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Editora Adriana Franzin: Ministro, o que é preciso fazer para pegar esses remédios nas farmácias?

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: A pessoa só precisa levar uma receita de um médico, pode ser de um médico do SUS, ou mesmo privado, o seu documento com o número do CPF. Vai ficar uma cópia da receita na farmácia e a prescrição, que orienta remédios para a asma, que é uma grande preocupação do Ministério da Saúde, sobretudo em relação às crianças de até seis anos de idade.

Editora Adriana Franzin: E a família que tem uma pessoa doente com asma vai economizar quanto a partir de agora?

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Nós temos situações onde chega a economizar R$ 20,00, R$ 30,00, R$ 50,00 por mês só no uso moderado, nem uso contínuo, diário.

Editora Adriana Franzin: Agora, ministro, Farmácia Popular já distribuía remédios de graça para hipertensão e diabetes. Por que agora é importante tratar da asma?

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: O nosso principal foco são as crianças de até seis anos de idade. Por isso que, inclusive, é uma ação que nós iniciamos junto com o lançamento do Brasil Carinhoso, que foi anunciado pela presidenta Dilma. Exatamente porque a asma é a segunda causa de internação nas crianças de até seis anos de idade. Mas os medicamentos que estão colocados de graça, no Farmácia Popular, também servirão para adultos.

Editora Adriana Franzin: Obrigada, ministro, pela participação na “A Voz do Brasil”.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Está ótimo. Um abraço.

Leandro: Ouvimos o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sobre a distribuição de graça de remédios para asma.

Kátia: A partir de hoje, famílias que ocupam de forma irregular assentamentos da reforma agrária, mas cumprem exigências do governo, vão ter a regularização acelerada das terras.

Leandro: Para isso, precisam atender algumas condições, como apresentar um documento comprovando que está no local há mais de dez anos.

Kátia: Segundo o Instituto Nacional de Colonização e reforma agrária, o Incra, as novas regras vão diferenciar os agricultores que, de fato, têm direito de serem assentados das pessoas que ocupam a terra apenas para vender depois.

Leandro: Assunto da entrevista que João Mendes fez hoje com o presidente do Incra, Celso Lisboa de Lacerda.

Repórter João Mendes: O que muda com essa nova instrução que o Incra publicou hoje, no Diário Oficial?

Presidente do Incra - Celso Lisboa de Lacerda: Nós temos ocupações irregulares de lote... Quando a gente fala ‘ocupação irregular’, são aquelas ocupações que não têm a prévia autorização do Incra para ser ocupada. Então, por exemplo, o caso mais grave que a gente detecta são casos de compradores de lote, são casos de fazendeiros vizinhos que compram vários lotes, reconcentram os lotes. Então, isso continua não sendo permitido. O Incra tem um plano, inclusive, em prática de coibir essa ação, de retomar esses lotes que são comprados e são reconcentrados, mas também jogava no mesmo bojo aquelas famílias de colonos, lá no interior, que não tinham nem conhecimento que eles não poderiam ocupar um lote sem autorização do Incra e se deparou, muitas vezes, com lote abandonado ou um amigo que não se deu bem no assentamento, queria ir embora, e ele acabava ocupando esse lote, na boa-fé, sem ter autorização do Incra, mas era um colono, pobre, com o perfil de ser assentado... E, pela norma antiga, o Incra era obrigado a retomar esse lote também. Então, a norma permite, agora, em algumas condições, como, por exemplo, assentamentos que receberam o contrato há mais de dez anos, que essas famílias que estão lá, têm o perfil e cumprem suas características, que eles possam ser regularizados.

Repórter João Mendes: Dessa forma, o Incra estaria separando o pequeno trabalhador, mesmo, rural daquele que está especulando, do especulador?

Presidente do Incra - Celso Lisboa de Lacerda: Exatamente. Essa norma, ela amadurece nesse sentido. Ela começa a separar aquelas ocupações irregulares, mas que são de boa-fé, de pessoas que, inclusive, são o nosso público da reforma agrária, daquelas pessoas que agem de má-fé, muitas vezes especulando, ganhando dinheiro com comercialização de lotes.

Repórter João Mendes: Celso Lisboa de Lacerda, presidente do Instituto Nacional de Colonização e reforma agrária, o Incra. Obrigado pela participação na “A Voz do Brasil”.

Presidente do Incra - Celso Lisboa de Lacerda: De nada.

Kátia: As novas regras estão na edição de hoje do Diário Oficial da União.

Leandro: Em apenas dois dias, mais de 1 milhão de estudantes fizeram a inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.

Kátia: Além de avaliar o desempenho dos alunos que estão terminando o Ensino Médio, o Enem é usado para que estudantes entrem em universidades federais.

Leandro: E uma das novidades deste ano é a forma de corrigir as provas. Por isso, o Ministério da Educação vai publicar um guia com todas as regras e orientações, como explica o ministro Aloizio Mercadante.

Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: Nós vamos publicar, já em julho, e todos os inscritos irão receber esse comunicado, um manual da redação. Nesse manual, nós estamos explicando detalhadamente todos os procedimentos da redação. Nós vamos dar os melhores exemplos em cada uma das competências, do que se espera de uma boa redação, de textos finais que são considerados excelentes redações pelos especialistas. Então, esse manual, esse guia da redação, vai ajudar muito os estudantes. E também vamos fazer um guia só para os corretores, para orientar o trabalho que eles têm que fazer. Então, nós melhoramos as informações e o preparo para os alunos desenvolverem o Enem com tranquilidade, com segurança, sabendo que nós vamos fazer todo o esforço para ter uma redação final bem objetiva e bem consistente.

Kátia: As provas do Enem estão marcadas para os dias 03 e 04 de novembro, em todo o país.

Leandro: As inscrições só podem ser feitas pela internet, até o dia 15 de junho. www.enem.inep.gov.br.

Kátia: O Brasil e mais 190 países estão comprometidos em cumprir, até 2015, oito metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas, a ONU, para resolver os principais problemas mundiais.

Leandro: Acabar com a fome e a miséria, promover a educação, a valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil e outros temas considerados prioritários para o desenvolvimento mundial estão entre os objetivos.

Kátia: Para promover boas ideias e projetos inovadores nesse sentido, a presidenta Dilma Rousseff premiou hoje oito iniciativas de organizações sociais e prefeituras, que contribuíram para alcançar os Objetivos do Milênio. Ricardo Carandina acompanhou e tem as informações.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O agricultor Mário Ferreira Gomes vivia da plantação de fumo na região de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Ele conta que a cultura do tabaco não estava mais garantindo a sobrevivência da família. Com a ajuda do projeto “Sustentabilidade Camponesa”, promovido pelo Movimento dos Pequenos Agricultores, ele começou a diversificar a produção e a renda da família melhorou.

Agricultor - Mário Ferreira Gomes: Eles me orientaram, né? A gente trocou ideia, o que é que podia fazer, quais eram as vantagens, e aí eu comecei a plantar aos poucos e foi indo, e estou muito contente com essa mudança.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): A iniciativa foi uma das reconhecidas hoje com o prêmio ODM, Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Outras 19 experiências de associações e prefeituras também foram selecionadas por contribuir com as metas estabelecidas pelas Nações Unidas de acabar com a miséria, garantir educação básica de qualidade para todos, promover a igualdade entre sexos, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde das gestantes, combater a Aids e outras doenças, melhorar a qualidade de vida, com respeito ao meio ambiente, e trabalhar pelo desenvolvimento - ações que têm o objetivo de criar sociedades mais justas e sustentáveis. Segundo a presidenta Dilma Rousseff, a tarefa mais importante para promover a igualdade social no mundo é acabar com a pobreza extrema.

Presidenta Dilma Rousseff: Eu falo aqui de uma tarefa que tem de ser a tarefa mais importante dos nossos governos, que é a tarefa de resgatar da pobreza, resgatar da extrema pobreza e da miséria milhões e milhões de cidadãos africanos, latino-americanos e caribenhos.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O prêmio ODM foi criado há oito anos. Esta quarta edição recebeu 1.600 inscrições. As 20 experiências vencedoras foram escolhidas entre as que mais contribuem para alcançar os Objetivos do Milênio da ONU. De Brasília, Ricardo Carandina.

Leandro: Ainda na cerimônia do prêmio ODM, a presidenta Dilma lembrou que o crescimento do país tem que ser conciliado à preservação do meio ambiente.

Kátia: Segundo ela, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que começa no dia 13 de junho, no Rio de Janeiro, deve ser o momento de avançar ainda mais na promoção do desenvolvimento, com a inclusão social e protegendo o meio ambiente.

Presidenta Dilma Rousseff: Sem abrir mão dos nossos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, nós temos de dar passos à frente, e os nossos passos à frente são a expressão do nosso comprometimento com essa tríade: incluir, crescer, proteger e conservar, ou conservar, proteger, crescer e incluir.
Leandro: E o assunto ainda é a Conferência Rio+20, Kátia. Na reunião de encerramento, hoje, do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, esse foi um dos temas.

Kátia: Por isso, vamos saber agora como o trabalho artesanal, feito por mulheres, aqui em Brasília, além de garantir trabalho e renda, retira do meio ambiente lacres de latinhas de bebidas, que são transformados em bolsas, blusas e saias.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Ter algo para produzir, vender e, no final do mês, obter uma boa renda. Para a diretora administrativa da Cooperativa Artesanal de Modas, Leide Santana, tudo era apenas um sonho.

Diretora administrativa da Cooperativa Artesanal de Modas - Leide Santana: Começou um sonho que poderia dar certo. A gente viu que aqui poderia aumentar a renda daquelas mulheres, que precisavam fazer alguma coisa, se sentir útil de alguma forma.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Um sonho que virou realidade, uma ideia que transformou a vida de Leide e de mais 30 mulheres: comprar lacres de lata de bebida para criar produtos, como blusas, saias, bolsas e outros acessórios. Os produtos caíram no gosto das clientes e o trabalho cresceu. Até seis meses atrás, era apenas uma associação de mulheres, agora virou a Cooperativa Artesanal de Modas, a Cooperlacre. Com 32 participantes, por mês, a cooperativa produz entre 300 e 400 peças. A renda gira em torno dos R$ 25 mil. As cooperadas expõem os produtos numa feira em Brasília. Mas não para por aí, elas vendem peças também para os Estados Unidos, Alemanha e Japão. Para a conselheira da Cooperativa, Ângela Bezerra, o desafio agora é criar novas linhas.

Conselheira da Cooperativa Artesanal de Moda - Ângela Bezerra: Nós adquirimos um alto conhecimento de que nós seríamos capazes de chegar aonde nós chegamos, que até então a gente só ia fazendo as bolsinhas ali, sem controle de qualidade, achava tudo muito lindo, mas só que, na realidade, as coisas são mais, assim, mais olhadas, mais avaliadas, né, pela qualidade.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Garantir a autonomia das mulheres com sustentabilidade. Esta é a missão da Cooperlacre desde que foi criada. E esse assunto foi discutido na reunião do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, encerrada hoje, onde participaram mulheres camponesas, trabalhadoras da agricultura e de organizações não governamentais. Elas se reuniram com o governo para debater uma questão que será levada para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, como explica a subsecretária de Planejamento da Secretaria de Políticas para Mulheres, Tatau Godinho.

Subsecretária de Planejamento da Secretaria de Políticas para Mulheres - Tatau Godinho: Para que elas sejam uma pauta de um desenvolvimento sustentável que leve em conta tanto esse trabalho cotidiano das mulheres, mas também as condições de manutenção do meio ambiente.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que também participou da reunião do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, comentou sobre a importância do envolvimento da mulher na preservação do meio ambiente.

Ministra do Meio Ambiente - Izabella Teixeira: A Rio+20 é uma conferência internacional global, e que nós vamos partir olhando para o futuro, buscando um futuro melhor. E a mulher, querendo ou não querendo, tem papel central nesse processo.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Outras informações sobre políticas públicas para mulheres podem ser obtidas na internet, no endereço www.sepm.gov.br. De Brasília, Mara Kenupp.

Leandro: Sete e catorze.

Kátia: O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, acaba de anunciar medidas que beneficiam os agricultores familiares de todo o país. O repórter Paulo La Salvia tem mais informações ao vivo do Palácio do Planalto. Boa noite, Paulo.

Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): Boa noite, Kátia. Depois de encontro com a presidente Dilma Rousseff, os agricultores que vieram para Brasília na 18ª edição do “Grito da Terra” receberam respostas em relação às reivindicações apresentadas. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, anunciou que estão sendo liberados R$ 244 milhões para a criação de novos assentamentos agrários no país, o que deve beneficiar, no curto prazo, mais de 11 mil famílias. O crédito emprestado aos agricultores para se instalarem nos assentamentos, que era de R$ 15 mil, passa para R$25 mil com a entrada da reforma agrária no Programa Minha Casa, Minha Vida. Pepe Vargas também anunciou a liberação de R$ 300 milhões para assistência técnica, recursos estes que estavam represados. O governo ainda estipulou o volume de recursos para o Plano Safra da agricultura familiar na safra 2012/2013, que será de R$ 18 bilhões, R$ 2 bilhões a mais do que na safra passada. Neste novo plano, Kátia, os agricultores poderão financiar para o custeio da produção R$ 80 mil. Na safra anterior, que termina agora em junho, cada agricultor poderia financiar, no máximo, R$ 50 mil. Kátia.

Kátia: Obrigada, Paulo La Salvia, pela participação ao vivo na “Voz do Brasil”.

Leandro: Dar oportunidade para que brasileiros se preparem para o mercado de trabalho ou até mesmo abrir o próprio negócio. Essa é uma estratégia de combate à pobreza do Plano Brasil Sem Miséria, que essa semana completa um ano.

Kátia: É o caso, por exemplo, de um pai que consegue abrir o próprio negócio dentro de casa e, dessa forma, consegue dar mais tranquilidade para a filha estudar numa instituição de Ensino Superior. Vamos saber mais na reportagem de Ana Gabriella Sales.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Num pequeno espaço no fundo de casa, em Samambaia, no Distrito Federal, o marceneiro Lino Luiz Júnior deu lugar ao sonho de ter o próprio negócio. Pai de sete filhos, ele decidiu deixar o emprego e se tornar um empreendedor individual. Já conseguiu comprar diversos equipamentos e financiar uma máquina de R$ 6 mil. Tanto esforço está valendo a pena, Lino está conquistando cada vez mais clientes e espera continuar crescendo.

Marceneiro - Lino Luiz Júnior: O meu espaço aqui é pequeno, mas é levar adiante essa área aqui, cobrir ela, certo? Ter uma lojazinha, tipo uma área comercial, para que eu possa divulgar o meu produto, certo, e desenvolver.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Ana Raquel Barbosa Luiz é uma das filhas do marceneiro. Com bolsa integral do Prouni, está no terceiro semestre de Engenharia Elétrica, e, seguindo o exemplo do pai, não pensa em parar tão cedo.

Estudante - Ana Raquel Barbosa Luiz: Pretendo fazer, quando eu terminar a faculdade, fazer minha pós e continuar estudando, e trabalhando.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O empreendedorismo pode ajudar muita gente a mudar de vida, assim como a qualificação profissional. O Plano Brasil Sem Miséria, lançado no ano passado pelo governo, espera inserir 2 milhões de pessoas no mercado de trabalho. O Pronatec, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, é uma das ações para alcançar essa meta. Esse ano foram abertas 230 mil vagas em todo o país voltadas para o Brasil Sem Miséria. As mulheres são as mais interessadas, como explica Luiz Müller, diretor de Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Diretor de Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Luiz Müller: Nós estamos com mais de 100 mil inscritos já no Pronatec Brasil Sem Miséria, 52 mil matriculados, os demais são pré-matriculados. E é importante dizer a importante participação feminina nesse processo: 67% das matrículas já realizadas, portanto, de quem já está em sala de aula, são mulheres.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Patrícia Fraulo é uma dessas mulheres que precisam de uma colocação no mercado de trabalho. Ela já está quase concluindo as aulas de manutenção de notebooks no Senac do Distrito Federal, uma das instituições parceiras que oferecem os cursos técnicos e profissionalizantes para jovens de baixa renda, de graça.

Patrícia Fraulo: Você está fora do mercado de trabalho há um certo tempo, tem um filho para cuidar e não está tendo um curso que te qualifica, você fica completamente desesperado. E, para mim, tendo esse curso, eu acredito que logo portas vão se abrir, porque é um curso muito bom, o mercado de trabalho está crescendo muito nessa área.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): A gestora do Pronatec do Senac-DF, Kátia Correa, fala da importância de investir na qualificação dos jovens.

Gestora do Pronatec do Senac-DF - Kátia Correa: Ao invés de você dar o peixe, é ensinar a pescar. Então, eles estão buscando aprender a pescar para encontrar o seu próprio caminho.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O Plano Brasil Sem Miséria completa um ano nesse sábado e espera retirar mais de 16 milhões de pessoas da extrema pobreza no país. De Brasília, Ana Gabriella Sales.

Leandro: Amanhã, dia 31 de maio, é o Dia Mundial sem Tabaco, mas parar de fumar é um desafio.

Kátia: Desde 2005, o Sistema Único de Saúde, o SUS, oferece de graça tratamento para quem quer deixar o vício.

Leandro: Além de apoio psicológico, os pacientes recebem gomas de mascar, pastilhas de nicotina e remédios. Cleide Lopes tem os detalhes.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Quase 19% da população brasileira é fumante, e a cada hora 23 pessoas morrem vítimas de doenças ligadas ao tabagismo, segundo dados do Ministério da Saúde. A fumaça do cigarro reúne mais de 7 mil substâncias tóxicas diferentes e muitas delas provocam câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em todo o mundo, 5 milhões de pessoas morrem por ano vítimas de doenças provocadas pelo fumo, isso significa uma morte a cada seis segundos. Ainda de acordo com a OMS, o fumo é uma das principais causas evitáveis de morte. Para o pneumologista Ricardo Martins, o trabalho de prevenção deve começar pelas crianças.

Pneumologista - Ricardo Martins: Para nós, é importante trabalhar nas escolas, sensibilizar as crianças para o risco de se fumar. A gente sabe que, hoje, o início do tabagismo se dá em fase pediátrica, aos 12, 13 anos.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Para reduzir o número de fumantes no país, desde 2005 o governo desenvolve programas no Sistema Único de Saúde para ajudar as pessoas a se livrarem do vício. Pesquisa do Ministério da Saúde aponta que entre 2006 a 2011 houve uma redução no percentual de fumantes da população, de 16,2 para 14,8%. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a meta do governo é reduzir ainda mais o número de fumantes.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: A lei que foi aprovada no Congresso Nacional, já sancionada pela Presidenta, que proíbe nacionalmente a existência de fumódromos em qualquer canto do país. Uma segunda medida, que foi o decreto da Presidência, que estabeleceu preço mínimo e o aumento do imposto sobre o cigarro em 2011. E a terceira medida, agora, da Anvisa, que é a proibição dos aditivos que mudam o sabor ou o odor no cigarro. São três medidas importantes que buscam avançar no combate ao tabagismo que nós temos que ter em nosso país e, certamente, terão impacto positivo para os próximos anos.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Dona Rosa Maria da Conceição, moradora de Brasília, tem hoje 79 anos de idade e fuma desde os 8 anos. Mas, para deixar o tabaco, teve que contar com ajuda do Grupo de Controle do Tabagismo do Hospital Universitário de Brasília.

Rosa Maria da Conceição: Fiquei com essa vontade, essa vontade, essa vontade. Hoje eu vim aí pela última vez levar um remédio mais forte.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): O Grupo de Controle do Tabagismo do Hospital Universitário de Brasília já atendeu, em um ano de funcionamento, mais de 400 pessoas. E, deste total, 90% abandonaram o cigarro. O trabalho é feito por uma equipe multidisciplinar, como explica a médica da família, Eliane Duarte.

Médica da família - Eliane Duarte: Nossa equipe inclui médicos, farmacêuticos, dentistas que fazem o rastreamento de câncer oral. Nós temos nutricionistas, psicólogos, que fazem atendimento pontual, quando necessário, se a pessoa está ansiosa ou deprimida pelo processo de parar de fumar. Além disso, a gente tem educadores físicos que orientam as atividades físicas que a gente faz.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Em todo o país, há grupos de atendimento de controle do tabagismo, basta acessar o portal do Ministério da Saúde no endereço www.saude.gov.br. De Brasília, Cleide Lopes.

Kátia: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Leandro: A partir de segunda-feira, começam a ser distribuídos de graça remédios para asma.

Kátia: Publicadas as novas regras para ocupação de áreas em assentamentos da reforma agrária.

Leandro: Em dois dias, mais de 1 milhão de estudantes já se inscreveram no Enem.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Leandro: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite!

Kátia: Fique agora com o minuto do TCU e, em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.