30/06/2011 - A Voz do Brasil

A partir de amanhã, aparelhos eletrônicos vendidos no país precisam obrigatoriamente ter tomadas com 3 pinos. O governo prorrogou até 30 de setembro os Restos a Pagar , recursos do orçamento de anos anteriores autorizados para serem gastos nos anos seguintes. E o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a prorrogação não vai prejudicar o desempenho fiscal do governo. Até amanhã, acontece em Brasília, o Seminário Internacional de Mídias Públicas: Desafios e Oportunidades para o Século XXI. Promovido pela EBC, e pela representação da Unesco no Brasil, o evento conta com a participação de especialistas e dirigentes do Brasil e do exterior. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

30/06/2011 - A Voz do Brasil

A partir de amanhã, aparelhos eletrônicos vendidos no país precisam obrigatoriamente ter tomadas com 3 pinos. O governo prorrogou até 30 de setembro os Restos a Pagar , recursos do orçamento de anos anteriores autorizados para serem gastos nos anos seguintes. E o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a prorrogação não vai prejudicar o desempenho fiscal do governo. Até amanhã, acontece em Brasília, o Seminário Internacional de Mídias Públicas: Desafios e Oportunidades para o Século XXI. Promovido pela EBC, e pela representação da Unesco no Brasil, o evento conta com a participação de especialistas e dirigentes do Brasil e do exterior. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:24

Apresentadora Edla Lula: A partir de amanhã, aparelhos eletrônicos vendidos no país precisam ter tomadas com três pinos.

Apresentador Luciano Seixas: Governo prorroga prazos para pagamentos de obras e serviços contratados no orçamento de 2009.

Edla: Empresa Brasil de Comunicação promove seminário sobre mídias públicas.

Luciano: Quinta-feira, 30 de junho de 2011.

Edla: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Edla: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite. Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Edla Lula.

Edla: A partir de amanhã, dia 1º de julho, está proibida a venda, em todo o país, de equipamentos elétricos com plugues fora do Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas estabelecido pelo Inmetro.

Luciano: O novo plugue com três pinos vem sendo implantado gradativamente desde agosto de 2007, para evitar os riscos de choques elétricos que ocorriam com os plugues e tomadas dos modelos antigos.

Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): Para fazer a reforma, a advogada Elaine Costa precisou trocar todas as tomadas do apartamento. Não gostou muito dessa necessidade.

Advogada - Elaine Costa: Eu tive que fazer algumas mudanças de tomadas, mesmo de localização, então achei que iam ser poucas e, no final, acabaram sendo muitas. Então vou comprar muito adaptador ainda, e o problema é esse.

Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): A troca das tomadas e plugues começou em 2009. Desde janeiro desse ano, está proibida a venda de plugues e tomadas isoladas dos modelos antigos. Agora fica proibida também a venda de eletrodomésticos e eletrônicos, como computadores e aparelhos de ar-condicionado, que ainda tem o plugue anterior. Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, o Inmetro, o novo modelo possui um pino a mais, que serve como aterramento para evitar o risco de choque no manuseio. O formato com seis lados e com uma espécie de capa protetora também garante mais segurança. É o que explica Maria Aparecida Martinelli, gerente de Articulação Externa da Diretoria de Qualidade do Inmetro.

Gerente de Articulação Externa da Diretoria de Qualidade do Inmetro - Maria Aparecida Martinelli: Esse formato sextavado e esse rebaixo que ele tem de alguns milímetros é que permite uma perfeita conexão do plugue com a tomada, impedindo que nesse processo de conexão a pessoa toque no pino e aí receba uma descarga elétrica.

Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): Três porcento dos produtos no comércio apresentaram irregularidades nas fiscalizações do Inmetro. O comerciante Flávio Moisés, dono de uma loja de material elétrico, em Brasília, ainda tem peças desatualizadas no estoque, como réguas para várias tomadas, que tem três pinos, mas de formato diferente. Flávio sabe que vai ter prejuízo, mas não reclama.

Comerciante - Flávio Moisés: Sempre a gente tem algum prejuízo, não tem jeito. O governo até deu um prazo para gente vender, mas tem algumas coisas que não vendem rápido, aí vai ficar. Alguma coisinha sempre fica. O que tinha que vender, vendeu. Se alguém comprou depois, aí paciência. Mas o prazo eu acho que foi suficiente.

Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): O Inmetro afirma que 80% das tomadas e equipamentos brasileiros têm dois pinos e não precisaram ser adaptados para encaixar na tomada nova. Os produtos importados também devem ser vendidos de acordo com o modelo nacional. De Brasília, Angélica Coronel.

Edla: Quem continuar vendendo aparelhos com plugue antigo pode ser multado em até R$ 1,5 milhão.

Luciano: Segundo o Inmetro, o Brasil tinha mais de 12 tipos de plugues e oito tipos de tomadas diferentes. E, ao padronizar, a indústria reduziu os preços em 6%, em média, em relação aos de 2008.

Edla: O governo anunciou que foram prorrogados por mais três meses os restos a pagar de convênios com estados e municípios firmados em 2009.

Luciano: Restos a pagar são recursos do orçamento de anos anteriores autorizados para serem gastos nos anos seguintes.

Edla: Hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a prorrogação dos restos a pagar até 30 de setembro deste ano não vai prejudicar o desempenho fiscal do governo.

Ministro da Fazenda - Guido Mantega: Esta postergação da validade desses restos a pagar não afeta o resultado fiscal do governo, que vai continuar implementando o corte de R$ 50 bilhões, e, portanto, vai ter o resultado fiscal, que já foi anunciado, de superávit primário acima de 3% até o final do ano.

Luciano: O superávit primário a que o ministro da Fazenda se referiu é a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida pública.

Edla: E de acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco Central, a economia feita pela União, estados e municípios e empresas estatais para o pagamento de juros chegou R$ 7,5 bilhões em maio.

Luciano: Ainda hoje, o Conselho Monetário Nacional decidiu manter a meta de inflação para 2013 em 4,5%.

Edla: O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, explicou que o Conselho Monetário tomou essa decisão.

Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda - Márcio Holland: O Conselho Monetário Nacional decidiu hoje por manutenção da meta de inflação em 4,5% para 2013, mantendo também a banda de tolerância em dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Essa recomendação tem por objetivo garantir o controle inflacionário e dar a flexibilidade necessária à política monetária de forma compatível tanto com o potencial produtivo da economia quanto ao cenário de incertezas originárias do ambiente internacional.

Luciano: Até amanhã, acontece aqui, em Brasília, o “Seminário Internacional de Mídias Públicas: Desafios e Oportunidades para o Século 21”.

Edla: Promovido pela Empresa Brasil de Comunicação, EBC, e pela representação da Unesco no Brasil, o evento conta com a participação de especialistas e dirigentes do Brasil e do exterior.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Previsto na Constituição de 88, o sistema público de comunicação brasileiro saiu do papel em 2007, com a criação da EBC, Empresa Brasil de Comunicação, que ficou responsável pela unificação e gestão das emissoras federais já existentes e a articulação com TVs e rádios estaduais. A participação da sociedade nesse processo é garantida por um Conselho Curador, formado por representantes do governo, Parlamento e cidadãos. Tecnologia, financiamento e conteúdo. Quase quatro anos depois, muito se avançou. Mas, segundo Guilherme Canela, coordenador de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, ainda há um longo caminho, desafios que são comuns para sistemas públicos de comunicação novos e antigos.

Coordenador de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil - Guilherme Canela: Uma grande questão para todo esse sistema, inclusive para o Brasil, é como a gente ‘empodera’ o cidadão na sua relação com as mídias públicas, como é que ele pode interagir mais, como é que pode ter mais transparência, como é que pode ter mais ‘accountability’ dos sistemas. Mas, de novo, isso é uma questão para vários lugares do mundo, como é que o cidadão de fato se sente dono da TV pública.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Assim como em outros países, no Brasil, o financiamento do sistema público de comunicação conta com recursos da União. O professor da Universidade de Brasília, Murilo Ramos, integrante do Conselho Curador, não vê problema nesse modelo, mas alerta que a independência editorial quem dá é a sociedade, por meio do Conselho.

Professor da Universidade de Brasília e integrante do Conselho Curador da EBC - Murilo Ramos: Se você for à Espanha, Portugal, enfim, onde tem TV pública, sempre há recursos de orçamento público envolvido com a intervenção do governo. Isso é uma coisa. A outra coisa são os mecanismos que você cria institucionais para blindar uma TV pública das interferências políticas editoriais dos governos. Isso é outra coisa, esse é o grande desafio que eu vivo no meu dia a dia, na EBC, que não é um dia a dia, pelo menos uma vez por mês, mas é mais do que isso, na prática, como membro do Conselho Curador, que é a instância da sociedade voltada para a proposta, para acompanhar a programação, para assegurar que a EBC, a TV Brasil cumpra os seus objetivos – mas toda a EBC, mas a TV pública cumpra seus objetivos. Então o papel do Conselho Curador é esse. Tem que haver essa blindagem feita por uma instância que represente a sociedade e não o governo.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): As propostas do seminário vão ajudar na elaboração do manual de jornalismo da EBC, como explica a presidente da empresa, Tereza Cruvinel.

Presidente da Empresa Brasil de Comunicação/EBC - Tereza Cruvinel: Todos estão enfrentando o desafio do século 21, da tecnologia, da convergência de mídias, do tempo real etc. Então, eu acho que isso é uma reflexão sobre temas gerais dos serviços públicos de comunicação. Agora, para nós, em particular, a gente quer recolher isso, um pouco de contribuição sobre regulação do jornalismo. E acho que tem pessoas aqui, algumas mesas, que vão trazer contribuições importantes.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O seminário que discute os desafios das mídias públicas para o século 21 termina amanhã. De Brasília, Carla Wathier.

Luciano: O seminário é transmitido, ao vivo, pelo endereço www.ebc.com.br.

Edla: Durante a participação no seminário sobre mídias públicas, a ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas, destacou a inclusão de cerca de 39 milhões de brasileiros na classe média nos últimos oito anos.

Luciano: Segundo a ministra, essa ascensão social trouxe um público mais exigente para os veículos públicos de informação.

Ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República - Helena Chagas: Nesse momento muito importante em que as pessoas querem mais saúde, mais educação, mais serviços, cobram mais do Estado, cobram mais da própria sociedade, a TV pública tem um papel muito importante. Elas querem também mais informação, querem informação de qualidade, são consumidores mais exigentes de informação, querem, têm fontes mais diversificadas, o acesso à internet, e aí a importância desses programas que o governo está implementando, banda larga, por exemplo.

Edla: E dentro de 90 dias vai ser possível contratar a internet banda larga de 1MB por segundo pelo preço de R$ 35,00.

Luciano: O governo acaba de fechar o acordo com as operadoras de telefonia para a implantação do Plano Nacional de Banda Larga.

Edla: Quem tem mais detalhes, ao vivo, é a repórter Priscila Machado. Boa noite, Priscila.

Repórter Priscila Machado (ao vivo): Boa noite, Edla. Boa noite, Luciano. Na reunião de hoje, entre o ministro das Comunicações e quatro empresas de telefonia, foi assinado um acordo em que as concessionárias se comprometem a oferecer o serviço de internet banda larga de 1MB por segundo por um preço de R$ 35,00. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o preço atual pelo serviço de internet com essa velocidade, no Brasil, é o dobro do valor fixado hoje.

Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: Nós vamos fazer um plano de R$ 35,00, achamos que isso vai baratear... E a pesquisa que a Firjan fez, a Federação das Indústrias do Rio, mostra que nós estamos diminuindo pela metade o preço, vai custar R$ 35,00, e, a partir daí, o governo está discutindo como é que vai fazer para universalizar. Tem gente que não vai poder pagar R$ 35,00, e nós vamos ter uma política para isso.

Repórter Priscila Machado (ao vivo): As empresas de telefonia têm um prazo de até 90 dias para começar a oferecer o serviço, que qualquer pessoa vai poder solicitar. Segundo o ministro, até 2014 todos os municípios brasileiros vão ter internet de banda larga. E é possível que, até lá, aumente a velocidade e o preço seja menor que R$ 35,00. As metas de implementação vão ser monitoradas pela Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações. O acordo assinado hoje deixou de fora a exigência de um padrão mínimo de qualidade do serviço. Mas, segundo o ministro Paulo Bernardo, até o fim de outubro, a Anatel vai votar um regulamento sobre o tema tanto para telefonia fixa quanto móvel. Edla.

Edla: Obrigado, Priscila, por sua participação, ao vivo, aqui, na Voz do Brasil.

Luciano: Sete e doze.

Edla: O governo quer aumentar em quatro vezes o número de viagens nacionais até 2014. E para fazer com que o setor tenha retorno econômico, vai investir R$ 16 bilhões por ano.

Luciano: A meta foi estabelecida hoje, durante a apresentação do Plano Nacional de Turismo.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Entre os principais pontos do plano estão a gestão descentralizada do turismo no país, com a divisão de responsabilidade entre União, estados, municípios e iniciativa privada, o aumento da competitividade dos serviços prestados e o incentivo para ampliar os investimentos do exterior no turismo brasileiro. Outro objetivo do Plano Nacional de Turismo é incentivar cada vez mais o brasileiro a conhecer o país, campanha que já vem sendo colocada em prática pelo governo nos últimos anos. A meta é chegar em 2014 com 240 milhões de viagens nacionais. Para isso ocorrer, o turismo interno precisa ser multiplicado por quatro. Mas o Plano Nacional de Turismo guarda ainda uma atenção especial para a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa do Mundo, em 2014. A ideia é que toda a estrutura ligada ao setor esteja pronta e funcionando para os eventos. O governo também quer gerar emprego e renda com o plano a partir da Copa do Mundo, com a previsão de investir R$ 16 bilhões por ano. Por meio do plano, até 2014, o Ministério do Turismo busca um resultado econômico para o setor até o fim desta década. É o que defende o ministro do Turismo, Pedro Novais.

Ministro do Turismo - Pedro Novais: Para mim, a tendência é a continuidade do crescimento, de tal modo que, no fim da década, nós tenhamos o turismo como participante de mais de 6% no PIB brasileiro.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): De acordo com o Anuário Estatístico da Embratur e do Ministério do Turismo, a receita do setor, em 2010, chegou a quase US$ 6 bilhões, e mais de 5 milhões de turistas estrangeiros visitaram o Brasil. De Brasília, Paulo La Salvia.

Edla: A presidenta Dilma Rousseff lança amanhã, na cidade de Francisco Beltrão, no Paraná, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012.

Luciano: Hoje, a repórter Aline Bastos nos conta como os agricultores que fornecem 70% dos alimentos que chegam as nossas mesas financiam essa produção.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): Edson Ferrando saiu do Sul do país há dez anos e veio com a família para o Distrito Federal, onde começou uma nova vida. Por um bom tempo, trabalhou na lavoura para proprietários de fazendas, só que Edson resolveu juntar tudo o que tinha para comprar um pedaço de terra. Ele conseguiu. Mas daí, a juntar dinheiro para começar o plantio, foi uma outra etapa. Resolveu fazer um financiamento de R$ 21 mil do Pronaf, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Hoje, Edson já tem duas estufas.

Agricultor - Edson Ferrando: Isso é importante, mudou. Porque agora, daqui mais um mês, nós vamos conseguir comprar um carrinho também. Se não fosse o Pronaf, eu estava trabalhando a diária para os outros, do mesmo jeito ainda.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): A família do agricultor tem uma renda de R$ 2.000,00 por mês, plantando principalmente tomate e pimentão. A produção é vendida em feiras locais e também segue para o Programa de Aquisição de Alimentos do governo federal, que compra direto das famílias de agricultores. Tudo isso reconforta Thaís Silva, a mulher de Edson.

Thaís Silva: Por causa que agora a gente trabalha com serviço próprio, não trabalha para os outros, tem nossa terrinha, e vive disso aqui, né? A gente vive disso para as coisas dos meninos, para nossa convivência, né, alimentar, tudo.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): O Pronaf financia projetos individuais ou coletivos para agricultores familiares e assentados da reforma agrária.
O atrativo é que o programa oferece as mais baixas taxas de juros nos financiamentos rurais. Segundo o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, o Pronaf é um dos eixos da política de agricultura familiar.

Secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Laudemir Müller: O nosso agricultor, ele produz, ele tem crédito para isso, ele tem acompanhamento técnico e ele vende a sua produção para o Programa de Aquisição de Alimentos, por exemplo, que é um programa muito importante de compra específica da agricultura familiar, ou a agricultura familiar participa da alimentação escolar. E agora nós temos uma grande novidade de comercialização para a agricultura familiar, que é a PGPM, que é um programa de garantia de preços que nós estamos trabalhando para a agricultura familiar. Então é um conjunto de políticas muito importantes, que vai do crédito à assistência técnica e a comercialização.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): Após decidir sobre o que financiar, o agricultor deve procurar o sindicato rural ou a empresa de assistência técnica estadual para obter a declaração de aptidão ao Pronaf. Essa declaração varia de acordo com a renda anual e o tipo de produção. Assim, o agricultor é direcionado para linhas de crédito específicas. Já os assentados da reforma agrária devem procurar as unidades do Incra, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. De Brasília, Aline Bastos.

Edla: E amanhã, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, vai explicar, aqui, na Voz do Brasil, os principais pontos do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012.

Luciano: A Prova Brasil é um exame que alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental fazem para que o Ministério da Educação possa medir como os estudantes brasileiros estão em português e matemática, por exemplo.

Edla: A aplicação da prova oficial é em novembro, mas simulados desse exame já estão disponíveis na página do Ministério da Educação, na internet, para serem usados por professores e escolas de todo o país.

Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): Mais de 5 milhões de alunos do 5º e do 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas de todo o país devem fazer os exames simulados. As provas são de Língua Portuguesa, com foco em literatura, e matemática, com resolução de problemas. Catarina Melo, coordenadora do Centro de Ensino Fundamental 104 Norte, em Brasília, conta que decidiu aplicar o simulado a todos os alunos. Para motivar as turmas, o resultado nas provas vale pontos no bimestre.

Coordenadora do Centro de Ensino Fundamental 104 Norte/Brasília - Catarina Melo: O simulado estimula os alunos a competirem entre si. E sabendo que tem outras escolas fazendo, a competição é mais animada. E a escola tem esse hábito mesmo de provocar o aluno a competir com ele mesmo, com o próximo. Então, a importância do simulado é, primeiro, garantir a eles o direito de ter o melhor conteúdo.

Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): De acordo com Edna Martins Borges, coordenadora-geral do Ensino Fundamental do Ministério da Educação, os simulados servem ainda para orientar os professores em relação ao conteúdo ensinado, e prepara os alunos para a Prova Brasil, que vai ser realizada em novembro.

Coordenadora-geral do Ensino Fundamental do Ministério da Educação - Edna Martins Borges: A Prova Brasil é o principal instrumento que o Ministério da Educação tem para avaliar a qualidade da educação brasileira. A Prova Brasil é um dos componentes do Ideb, que é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, e que varia de 0 a 10. Então, como a Prova Brasil compõe o Ideb, é importante que todas as escolas participem da Prova Brasil, assim como é importante também que nenhum aluno falte no dia da prova e que a comunidade seja também comunicada de que a prova vai acontecer, de que é importante que os pais fiquem ligados, e que os pais aguardem os resultados da Prova Brasil, resultado do Ideb que vai sair no próximo ano, porque ele é um indicador da qualidade da educação brasileira.

Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): Os simulados estão disponíveis para impressão na página do Ministério da Educação, na internet. O MEC também oferece aos professores os gabaritos. O endereço eletrônico é o www.mec.gov.br. De Brasília, Gabriela Mendes.

Luciano: A Espanha já fez um trabalho muito importante com as mulheres negras da Bahia.

Edla: E, agora, o Brasil fez uma nova parceria com os espanhóis, e dessa vez o alvo são os adolescentes negros.

Luciano: A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, em entrevista exclusiva ao nosso editor Leandro Alarcon, explicou esse assunto.

Editor Leandro Alarcon: Ministra, quais serão as ações de combate à violência contra os jovens afrodescendentes previstas nesse acordo?

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: Nós discutimos com a cooperação espanhola a necessidade de focar essa cooperação, mas nos assuntos relativos aos jovens negros, especialmente naquilo que se refere a esse imperativo de redução das taxas de mortalidade violenta nesse segmento da população.

Editor Leandro Alarcon: Como vão ser executados esses projetos?

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: Nós acreditamos que você não apenas tem que trabalhar no sentido da prevenção, impedindo de algum modo que esses jovens se engajem em atividades que possam ter um resultado nefasto, como a morte, por exemplo, mas também envolver as famílias desses jovens que já foram vítimas dessa violência.

Editor Leandro Alarcon: Ministra, a senhora tem um dado de quais são as regiões do Brasil que mais apresentam esse tipo de violência?

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: São principalmente estados do Nordeste do Brasil, aí se incluem Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Bahia. No Sudeste, nós temos o caso do Espírito Santo. Mas a nossa intenção para além de é pegar um conjunto, talvez, de dez estados, e, com base naquilo que se fizer nesses dez estados, nós criarmos uma experiência de diferença para que isso possa ser trabalhado em outros lugares no Brasil.

Editor Leandro Alarcon: E dentro desse acordo entre Brasil e Espanha quais são os papéis do governo brasileiro e do espanhol para a execução desses planos?

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: A cooperação espanhola já desenvolveu, no Brasil, também outras experiências, como é o caso da Bahia, onde a partir dessa cooperação foi criado um fundo dirigido à escolarização e à formação profissional de mulheres negras, por exemplo, e eu acho que isso também é um ponto de partida muito importante para que nós possamos utilizar nessa experiência que teremos agora mais dirigida aos jovens brasileiros.

Editor Leandro Alarcon: Ministra, o projeto prevê que as ações serão executadas aqui, no Brasil, e com a possibilidade de extensão a outros países da região. A senhora saberia me dizer quais outros países podem receber esse projeto?

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: Olha, nós não tomamos ainda a definição de qual ou quais seriam esses terceiros países, mas já temos manifestação da Costa Rica, de interesse em participar dessa experiência, de maneira que nós possamos fazer um projeto que, em algum nível, existam atividades que sejam desenvolvidas dentro dessa realidade da Costa Rica.

Editor Leandro Alarcon: Eu conversei com a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. Muito obrigado, ministra, pela participação, aqui, na Voz do Brasil.

Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Bairros: Obrigada a você.

Edla: E o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou hoje a abertura de inquérito pela Polícia Federal para apurar a suposta invasão do correio eletrônico pessoal da presidenta Dilma Rousseff por um ‘hacker’. A informação foi divulgada, em nota, pelo Ministério da Justiça.

Luciano: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Edla: A partir de amanhã, aparelhos eletrônicos vendidos no país precisam ter tomadas com três pinos.

Luciano: Governo prorroga prazo para pagamentos de obras e serviços contratados no orçamento de 2009.

Edla: EBC promove seminário sobre mídias públicas.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Edla: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.