30/08/2012 - A Voz do Brasil
30/08/2012 - A Voz do Brasil
A taxa média de juros paga pelas famílias no mês passado foi a menor para meses de julho desde 1994: um pouco mais do que 36% ao ano. O Orçamento Geral da União, proposto pelo governo para o ano que vem, é de R$ 2,14 trilhões. A Força Nacional de Segurança Pública vai continuar por 60 dias, prorrogáveis por mais 60, nos estados do Pará, Mato Grosso e Bahia para garantir a segurança nos conflitos entre indígenas e não indígenas. E o Distrito Federal é a próxima unidade da Federação a receber tropas que vão atuar na divisa com Goiás no combate ao tráfico de drogas e nos crimes de roubo com restrição à liberdade, conhecidos como sequestro relâmpago. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:24
A VOZ DO BRASIL - 30.08.2012
Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite, em Brasília.
Apresentadora Kátia Sartório: Taxa de juros para famílias é a menor já registrada.
Apresentador: O orçamento previsto para o ano que vem é de R$ 2,14 trilhões.
Kátia: Força Nacional de Segurança Pública vai continuar nos estados do Pará, Mato Grosso e Bahia.
Luciano: Quinta-feira, 30 de agosto de 2012.
Kátia: Está no ar, a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite. Aqui no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Estamos ao vivo, em vídeo, pela internet.
Luciano: Acesse agora em www.ebcservicos.ebc.com.br/avozdobrasil.
Kátia: A taxa média de juros paga, no mês passado, pelas famílias foi a menor, para meses de julho, desde 1994, um pouco mais de 36% ao ano.
Luciano: Segundo dados divulgados, hoje, pelo Banco Central, em relação a junho deste ano, ainda houve rede indução 0,3%.
Kátia: Já a inadimplência, que é quando as famílias não conseguem pagar as dívidas, subiu 0,1% de junho para julho deste ano.
Luciano: E, falando em juros, Kátia, ontem à noite, o governo decidiu reduzir de oito para 7,5% ao ano a taxa básica de juros, chamada de Selic.
Kátia: E, hoje, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como Conselhão, a queda na taxa de juros foi apontada como uma das formas de combater a crise financeira mundial. Daniela Almeida acompanhou e tem as informações.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O Brasil está retomando o ritmo de crescimento econômico, apesar da crise financeira que abala os países mais ricos. Essa foi uma das conclusões da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão. Durante o encontro, realizado hoje, em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff discutiu com empresários e representantes da sociedade os desafios para acelerar o desenvolvimento de forma sustentável. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que a nona redução seguida da taxa básica de juros para 7,5%, anunciada ontem, é uma das medidas para combater a crise. Mantega ressaltou que o Brasil está em uma trajetória de aquecimento da economia e que o Produto Interno Bruto, ou seja, a soma das riquezas do país, deve chegar a 4% este ano.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: Sendo que o Brasil sofreu menos nesse período. Mesmo no que diz respeito à produção industrial, nós estamos cinco ou quase 6% acima da produção de janeiro de 2007. Com isso, eu quero dizer que, apesar de tudo, o Brasil é um dos países menos afetados pela crise internacional.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Guido Mantega alerta, no entanto, que o Brasil poderia estar crescendo mais. Um dos motivos para o desempenho abaixo do esperado foi a atuação dos bancos privados, que liberou pouco dinheiro para empréstimos.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: E é uma das razões pelas quais a economia brasileira cresceu pouco, foi a falta de liberação de crédito pelas instituições financeiras, com taxas de juros elevadas, e agora está havendo uma reconstituição deste crédito, principalmente pelos bancos públicos.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Além de tratar das medidas de enfrentamento à crise financeira mundial, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou a política do governo de crescer com distribuição de renda e pontuou, ainda: há necessidade de o Brasil se tornar mais competitivo.
Presidenta Dilma Rousseff: O governo e a iniciativa privada devem se unir para dotar o Brasil de uma infraestrutura capaz de reduzir os custos de produção e tornar o país mais competitivo em todos os mercados; e torná-lo significa mais lucro, melhores empregos e maior renda, como eu já disse.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): A presidenta Dilma Rousseff adiantou, ainda, que vão ser apresentadas, na próxima semana, medidas para baratear o custo da energia elétrica e que o governo tem trabalhado em um plano de concessões de aeroportos, que deve ser anunciado em setembro. De Brasília, Daniela Almeida.
Luciano: E o assunto ainda é economia, Kátia. Com a decisão do governo em prorrogar, nesta quarta-feira, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, por mais dois meses, para automóveis, eletrodomésticos da linha branca e materiais para a construção civil e fabricação de móveis, a meta é aquecer a economia, incentivar investimentos e manter empregos.
Kátia: E a redução do imposto, Luciano, também traz benefícios para o consumidor. Com a diminuição dos custos, as empresas podem oferecer preços mais baixos.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O secretário parlamentar José André de Oliveira correu para fechar o negócio e aproveitar a redução do IPI na compra do carro novo.
Secretário Parlamentar - José André de Oliveira: Aproveitei a redução do IPI para comprar esse carro. Vamos aproveitar essa oportunidade, não é? Economizei em torno de uns R$ 2 mil.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Na indústria automotiva, com a redução do IPI, as vendas aumentaram mais de 30%, de acordo com dados do setor. Agora, diante das facilidades, com mais dois meses de imposto reduzido, especialistas recomendam: o consumidor ainda precisa pesquisar. É o que diz o economista José Luiz Pagnussat.
Economista - José Luiz Pagnussat: As reduções de taxas de juros, as reduções de preços, elas chegam ao consumidor com um certo atraso. Então, a pesquisa, a análise cuidadosa, não é, para verificar se houve, efetivamente, redução de preço, se os juros estão menores, não é, é importante.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Além de veículos, que têm o imposto reduzido até o fim de outubro, o governo também prorrogou, até 31 de dezembro, a redução do IPI para móveis. O mesmo prazo vale para os eletrodomésticos da linha branca. Fogão e tanquinho permanecem com a alíquota zero; refrigerador, com 5%; e máquina de lavar, 10%. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o objetivo do governo é manter a economia brasileira aquecida e longe dos efeitos da crise financeira internacional.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: Fazemos essas reduções, nós fazemos um acordo com os setores beneficiados para que não haja demissão de trabalhadores. É uma política de estímulo à economia e é uma política que os países avançados não têm praticado.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): As condições de financiamento também estão melhores. A taxa básica de juros, a Selic, passou por uma redução gradual e caiu de 12,5%, em agosto de 2011, para 7,5%, atualmente. De Brasília, Priscila Machado.
Luciano: E o Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2013 foi entregue hoje para ser votado no Congresso Nacional.
Kátia: A proposta prevê R$ 2,14 trilhões para o ano que vem. Segundo o Ministério do Planejamento, as prioridades são saúde, educação, Brasil sem Miséria e o Plano de Aceleração do Acrescimento, o PAC.
Luciano: Paulo La Salvia tem as informações, ao vivo, ao direto do Ministério do Planejamento. Boa noite, Paulo.
Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): Boa noite, Luciano. A proposta do governo é que o salário mínimo, para o ano que vem, seja de quase R$ 671,00, um aumento de mais de 7,5% em relação ao mínimo pago hoje. Os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, vão ser de R$ 126 bilhões. No Minha Casa, Minha Vida e no Brasil sem Miséria, devem somar R$ 82 bilhões, um aumento médio de 18% em relação a este ano. Já para a Copa das Confederações, Copa do Mundo de 2014, Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, os investimentos chegam a R$ 2 bilhões. A LDO ainda prevê uma redução de impostos que pode atingir R$ 15 bilhões e uma inflação de 4,5%, em 2013. Já o crescimento da economia também está projetado em 4,5% para o ano que vem. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu que os números mostram uma recuperação da economia brasileira, mesmo com a crise econômica internacional.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: Nós estamos estimando que, em 2013, haverá um crescimento de 4,5%. Essa meta de 4,5, ela vai na contracorrente do que está acontecendo na economia mundial, que está em crise e vai continuar em crise no próximo ano. Portanto, nós estamos sendo ousados de viabilizar uma meta de crescimento de 4,5%, que é um crescimento que nos permite uma forte geração de emprego, uma geração de renda e a melhoria do padrão de vida da população.
Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): A Lei de Diretrizes Orçamentárias é a lei mais importante do país, depois da Constituição. Para virar o orçamento do governo em 2013, precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional e, depois, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Luciano.
Luciano: Obrigado, Paulo La Salvia, pela participação, ao vivo, aqui na Voz do Brasil.
Kátia: A Força Nacional de Segurança Pública vai continuar nos estados do Pará, Mato Grosso e Bahia.
Luciano: Portaria publicada, hoje, no Diário Oficial da União estabelece 60 dias para a permanência das tropas, prorrogáveis por mais 60, nos três estados onde a Força Nacional trabalha, para garantir a segurança nos conflitos entre indígenas e não indígenas.
Kátia: E o Distrito Federal é a próxima unidade da Federação a receber tropas da Força Nacional.
Luciano: De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, cerca de 130 agentes da Força Nacional vão atuar na divisa do Distrito Federal com Goiás, no combate ao tráfico de drogas e nos crimes de roubo com restrição à liberdade, conhecidos como sequestro relâmpago.
Kátia: Sete e onze.
Luciano: Hoje foi o primeiro dia de competições nas Paralimpíadas de Londres, Kátia.
Kátia: E são vários fatores, Luciano, que influenciam na conquista de uma medalha em um evento como esse: preparo, treinamento, dedicação, boa estrutura. Até a alimentação pode fazer a diferença.
Luciano: E, em busca de melhores resultados, a delegação brasileira contou com uma preparação especial para os jogos, como conta, de Londres, a repórter Ana Gabriella Salles.
Repórter Ana Gabriella Salles (Londres-Inglaterra): Nas Paralimpíadas de Londres, os atletas brasileiros tiveram um período de preparo e adaptação em um centro esportivo de ponta na cidade inglesa de Manchester. Até a alimentação foi diferenciada. A iniciativa inédita foi graças a um convênio entre o Ministério do Esporte e o Comitê Paralímpico Brasileiro. Entre 2010 e 2011, os convênios entre as duas instituições ultrapassaram R$ 19 milhões. Os recursos, segundo o Ministério, ajudam a financiar a aquisição de materiais e equipamentos, intercâmbio e preparo dos atletas. Para o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, a expectativa é que esse preparo traga bons resultados nos jogos.
Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte - Ricardo Leyser: O Brasil, desde que ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos, ele aproveitou essa oportunidade para conhecer o que todos os países faziam de melhor na preparação. E o que nós vimos é que era muito comum, entre os países com melhor desempenho, esse tipo de apoio. Então, imediatamente, a gente estudou como fazer, fizemos para os Jogos Olímpicos, com recursos da Lei Agnelo/Piva, e fizemos agora com o Comitê Paralímpico, com recursos próprios do Ministério. E a expectativa é que realmente tenha um impacto no desempenho dos atletas.
Repórter Ana Gabriella Salles (Londres-Inglaterra): E o Brasil fechou o primeiro dia de competições nas Paralimpíadas com três medalhas: um ouro, uma prata e um bronze. O ouro foi para o nadador Daniel Dias, que ainda bateu o recorde mundial nos 50 metros livres. A prata ficou com André Brasil, também na natação, nos 200 metros medley. E o bronze foi para a judoca Michele Ferreira, que ficou com a medalha depois que a adversária russa sofreu uma lesão e não pode competir. A meta do Brasil é conquistar o 7º lugar na classificação geral de Londres 2012. Amanhã, o Brasil estreia no remo, tiro esportivo, vôlei sentado e outras modalidades. De Londres, Ana Gabriella Sales.
Kátia: E aqui no Distrito Federal, Luciano, nove centros olímpicos promovem atividades de esporte e lazer para cerca 25 mil alunos. Do total, cerca de 300 pessoas têm algum tipo de deficiência.
Luciano: E já tem muita gente treinando de olho nas Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
Kátia: Como Heitor, um garoto de 18 anos que vamos conhecer na reportagem de Carla Wathier.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Pelo menos quatro vezes na semana, Sr. José Joaquim Araújo leva o filho Heitor para os treinos de tênis de mesa no Centro Olímpico do Gama, cidade que fica a 30 quilômetros de Brasília. Por causa de um problema de nascença, os membros inferiores e superiores do Heitor não se desenvolveram. O garoto usa uma cadeira de rodas doada por um programa local, financiado com recursos do SUS, Sistema Único de Saúde. Ela custa, em média, R$ 3 mil e é adaptada para a prática do esporte. Todo orgulhoso, o pai, José Joaquim, afirma que a limitação física não é um empecilho para o filho de 18 anos.
José Joaquim Araújo: É um menino feliz, nunca se queixou da vida, nunca me perguntou o porquê da situação dele. Até eu fico envaidecido que ele é convidado nas escolas para falar um pouco do dia a dia dele, de como ele se supera, e isso serve até de estímulo para aqueles pessimistas.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): No tênis de mesa, Heitor tem de sobra concentração, agilidade e coordenação motora. Hoje, ele ocupa o 3º lugar no ranking nacional do esporte. E o grande sonho do garoto é participar das Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
Atleta - Heitor: É o meu sonho representar o meu país, mostrar para o meu país que deficiente é campeão em tudo. Não só no esporte, na vida.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Heitor divide a rotina entre a escola, faz o primeiro ano do Ensino Médio, o inglês e os treinos de tênis de mesa. Não é moleza, não. A mãe, a pedagoga Gorete Lima de Araújo, se menciona.
Pedagoga - Gorete Lima de Araújo: O médico falou: “Seu filho não tem nenhuma esperança, porque todos os membros dele são atrofiados. Então, a tendência é ele atrofiar mais. Não posso lhe dizer nem quantos anos ele vai viver”. E, hoje, ver o meu filho com 18 anos, competindo, superando barreiras e mais barreiras, na realidade, é orgulho mesmo.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Para o ex-jogador de basquete Pipoca, que coordena os centros olímpicos no Distrito Federal, além de ser uma importante ferramenta de inclusão social, o esporte muda a vida não só do atleta, mas da família também.
Ex-Jogador de Basquete - Pipoca: A partir do momento que essa pessoa começa a interagir com todo tipo de profissionais, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, com os professores, coordenadores, outras pessoas, acaba libertando essa pessoa, e a família também.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): E é assim que o Heitor se sente.
Atleta - Heitor: Eu me sinto feliz, mas eu estou mostrando para as pessoas que deficiente ou não deficiente, não há limites para se superar.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): E, além da vontade de participar de uma Paralimpíada, Heitor tem outros planos na vida profissional: quer se formar em Direito e ser um juiz, mas sem abandonar o tênis de mesa.
Atleta - Heitor: Eu vou conciliar os dois. Dá para conciliar os dois, porque o esporte e o estudo é o fundamental; sem os dois, a gente não é nada.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Alguém duvida que ele vá conseguir? De Brasília, Carla Wathier.
Luciano: Noticiamos, ontem, aqui na Voz do Brasil, Kátia, que a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, vai selecionar 12 mil voluntários para testar se as empresas de internet rápida no Brasil realmente estão oferecendo um serviço de qualidade.
Kátia: E quem for selecionado, Luciano, vai receber um aparelho que será colocado no modem de internet para medir a velocidade da conexão, por exemplo.
Luciano: Em menos de um dia de anúncio, mais de 16 mil pessoas já se inscreveram para participar. Quem tem mais informações é a jornalista Taissa Dias, que está aqui conosco, ao vivo, no estúdio da Voz do Brasil. Boa noite, Taissa.
Repórter Taissa Dias (ao vivo): Boa noite, Luciano. Boa noite, Kátia. É isso mesmo. Para vocês terem ideia, o e-mail aqui da Voz do Brasil recebeu várias mensagens de pessoas que querem participar dessa iniciativa da Anatel, como o Israel Pinheiro Filho e a Irene Maia de Araújo. Também via Twitter da Voz do Brasil, chegaram mensagens pedindo mais informações de como ser voluntário da Anatel para testar a banda larga, como a do Marcos, de Natal, no Rio Grande do Norte.
Kátia: Taissa, como a Anatel vai selecionar esses voluntários?
Repórter Taissa Dias (ao vivo): As 12 mil pessoas que vão participar dessa primeira etapa do levantamento, Kátia, têm que ter um contrato de banda larga no próprio nome. Ao se candidatar, vão ter que fornecer dados pessoais e do serviço que recebem. A partir daí, a Anatel vai analisar os perfis dos voluntários e dos contratos para fazer a escolha. Isso é para garantir que todas as prestadoras e regiões sejam monitoradas.
Luciano: E qual é o caminho para se inscrever como voluntário para testar banda larga para a Anatel?
Repórter Taissa Dias (ao vivo): É bem simples, Luciano. Basta preencher o formulário que está na página www.brasilbandalarga.gov.com.br.
Kátia: Taissa, mas tem gente que não pode participar, não, não é?
Repórter Taissa Dias (ao vivo): É mesmo, Kátia. Quem trabalha nas empresas que vão ser monitoradas não podem se candidatar. São elas: Oi, NET, Telefônica Vivo, GVT, Algar, CTBC, Embratel, Sercomtel e Cabo Telecom.
Luciano: E até quando estão abertas as inscrições?
Repórter Taissa Dias (ao vivo): Não existe um prazo definido, Luciano, porque essa é a primeira etapa do projeto; significa que as pessoas podem continuar se cadastrando. Quem não for escolhido agora, pode participar das próximas fases do levantamento. A ideia é que haja uma renovação de 20% dos voluntários a cada ano.
Kátia: Quem ainda tem dúvidas pode acessar, então, a página criada pela Anatel que trata justamente desse assunto. É www.brasilbandalarga.com.br.
Repórter Taissa Dias (ao vivo): E lá, Kátia, tem um ferramenta muito interessante, onde a gente pode medir a velocidade da conexão que estamos usando. Basta clicar no link ‘teste de velocidade’, na barra que fica à esquerda da tela.
Kátia: Obrigada, Taissa Dias, pelas informações, ao vivo, aqui na Voz do Brasil.
Luciano: Não conseguiu anotar? No nosso Twitter, vamos postar, agora, o link. Acesse twitter.com/avozdobrasil.
Kátia: Sete e vinte.
Luciano: Música, dança, teatro, bordados. O Bumba-Meu-Boi do Maranhão, ou pabulagem, é uma manifestação do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno da morte e ressurreição de um boi.
Kátia: E os grupos que se dedicam a essa arte receberam, hoje, o título de Patrimônio Cultural do Brasil.
Luciano: A entrega foi feita no 2º Fórum Bumba-Meu-Boi do Maranhão, Patrimônio Cultural do Brasil, em São Luís.
Kátia: Durante o evento, também foi instalado o Comitê Gestor da Salvaguarda do Bumba-Meu-Boi, que vai atuar para garantir a preservação e a continuidade dessa manifestação cultural.
Luciano: No Programa Bom Dia, Ministro de hoje, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, fez um balanço sobre a Lei de Acesso à Informação, que completou três meses de vigência.
Ministro Jorge Hage: De acordo com o ministro, já foram feitos quase 29 mil pedidos: 84% foram respondidos.
Luciano: Jorge Hage citou alguns casos em que os pedidos foram negados, mas o cidadão recorreu e conseguiu a informação.
Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União - Jorge Hage: Houve um pedido em que o cidadão queria acesso à relação detalhada dos armamentos comercializados por empresas brasileiras a outros países, comércio de armas.
Repórter Kátia Sartório: Do Ministério da Defesa, no caso?
Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União - Jorge Hage: Exatamente. Discriminando o nome do fabricante, do comprador, o volume e os valores desde o ano de 1990. Em um primeiro momento, o acesso foi negado, ao argumento de que o documento era sigiloso. Houve recurso. Esta posição de negativa foi revista no próprio Ministério da Defesa. Revisto o posicionamento e enviado e-mail convidando o solicitante para comparecer à Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, com local, data e hora agendados por telefone. O solicitante compareceu à Secretaria de Produtos de Defesa e recebeu esclarecimentos e 1.572 cópias dos documentos que ele queria sobre venda de armamentos, pelo Brasil, a outros países. Então, há vários pedidos assim, que têm encontrado uma resistência no servidor de primeiro nível, digamos assim, porque ainda, talvez, esteja receoso de não incidir em nenhum erro. E aí, quando chega no grau do recurso, o ministro da área defere.
Kátia: E o ministro Jorge Hage explicou, ainda, como a Lei de Acesso à Informação facilita a vida do cidadão, que tem interesse em saber, por exemplo, como funcionam os serviços públicos nas áreas de saúde, educação e até os Correios.
Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União - Jorge Hage: Se ele vai a um posto de saúde ou a um hospital público e é mal atendido, ele pode requerer a lista de médicos, enfermeiras e auxiliares que deveriam estar de plantão naquele dia e não estavam, provavelmente, se ele foi mal atendido. Muda que ele pode pedir, em uma escola, se as coisas não estão funcionando, a lista de responsáveis, de diretores, de encarregados da merenda escolar, para, a partir daí, ele denunciá-los por mau atendimento. Muda, por exemplo, a vida de uma pessoa que solicitou, é um exemplo interessante que eu tenho aqui, a relação dos carteiros da Empresa de Correios e Telégrafos, que deveriam estar trabalhando no seu município e não estavam. Aqui está a pergunta: “Quantos carteiros existem no posto de atendimento de São Miguel dos Campos, em Alagoas?”. Foi um pedido de um cidadão à ECT, a Empresa de Correios e Telégrafos. Um outro pediu à Empresa de Correios e Telégrafos: “Desejo saber o que significa ‘entrega não efetuada por motivos operacionais’”, ou seja, ele mandou uma carta ou uma encomenda e recebeu ela de volta com essa expressão, “entrega não efetuada por motivos operacionais”. Ele quer saber o que é isso, “motivos operacionais”. Por que não entregaram a minha carta?
Repórter Kátia Sartório: O que faltou?
Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União - Jorge Hage: O que faltou. Ele tem direito a saber tudo. Essa lei, portanto, é um instrumento da maior utilidade para o cidadão comum.
Luciano: A íntegra do programa está em www.ebcservicos.ebc.com.br.
Kátia: Também vamos colocar, neste momento, o link para o vídeo do Bom Dia, Ministro no nosso Twitter. Acesse twitter.com/avozdobrasil.
Luciano: Você ouviu, hoje, na Voz do Brasil.
Kátia: Taxa de juros para famílias é a menor já registrada.
Luciano: O orçamento previsto para o ano que vem é de R$ 2,14 trilhões.
Kátia: Força Nacional de Segurança Pública vai continuar nos estados do Pará, Mato Grosso e Bahia.
Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Kátia: Nós voltamos amanhã. Uma boa noite.
Luciano: Fique, agora, com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.