02/05/2013 - A Voz do Brasil

A VOZ DO BRASIL - 02.05.13

Apresentadora Kátia Sartório: Mais de 84 laboratórios são credenciados para produzir 4.300 próteses dentárias por mês.

Apresentador Luciano Seixas: 0800 vai tirar dúvidas de médicos do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica sobre procedimentos e diagnósticos.

Kátia: Quem perdeu o prazo pode enviar a declaração do Imposto de Renda a partir de hoje pagando multa.

Luciano: Quinta-feira, 02 de maio de 2013.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Olá, boa noite! Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Acesse agora em www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Kátia: Um sorriso bonito, Luciano, além de fazer bem à autoestima e ao convívio com as outras pessoas significa saúde.

Luciano: Com certeza, Kátia. Manter a saúde bucal em dia evita uma série de doenças, como infecções e até mesmo câncer de boca.

Kátia: Por isso, o governo federal criou, em 2004, o Programa Brasil Sorridente, que conta, por exemplo, com laboratórios regionais de próteses dentárias e o tratamento sai de graça pelo Sistema Único de Saúde.

Luciano: E a oferta de próteses, as conhecidas dentaduras, Kátia, vai aumentar. O Ministério da Saúde liberou recursos para o credenciamento de 84 novos laboratórios e reajustou o valor repassado a outros 32 laboratórios de todo o país.

Kátia: Ao todo, 22 estados foram contemplados com mais de R$ 9 milhões para o financiamento da produção de próteses dentárias.

Repórter Leonardo Meira (São Paulo-SP): O motorista Cláudio Gonçalves fica à vontade na cadeira do dentista. Depois de ter feito o tratamento dentário, a qualidade de vida dele melhorou.

Motorista - Cláudio Gonçalves: A minha mastigação ficou muito boa e o meu sorriso, pra mim, ficou maravilhoso.

Repórter Leonardo Meira (São Paulo-SP): Cláudio é um dos brasileiros beneficiados com pelo Programa Brasil Sorridente. Desde 2003, já passa de 94 milhões o número de pessoas atendidas por meio dessa iniciativa. Umas das principais frentes de ação do Brasil Sorridente são as próteses dentárias, o número desses aparelhos disponibilizados pelo SUS aumentou 125% entre 2010 e 2012, passou de 183 mil para mais de 413 mil unidades. A especialista em prótese dentária, Marina Guedes, destaca os principais benefícios do tratamento.

Especialista em Prótese Dentária - Marina Guedes: Principalmente a questão mastigatória, né? Uma melhora na saúde geral da pessoa, tendo dentes para mastigar, com certeza isso melhora. E também na parte estética, né, a autoestima, os nossos pacientes podem sorrir mais tranquilos, né, que é um grande ganho com o uso dessas próteses novas.

Repórter Leonardo Meira (São Paulo-SP): No final do mês passado, o Ministério da Saúde liberou mais de R$ 9 milhões para o cadastramento de 84 novos laboratórios que produzem próteses dentárias, e isso vai aumentar o número de laboratórios conveniados e gerar uma ampliação na produção de próteses de mais de quatro mil por mês. O Brasil Sorridente conta com mais de 22 mil equipes de saúde bucal espalhadas pelo país, em 4.903 municípios. Só em 2012, os investimentos passaram de R$ 760 milhões. São 954 centros de especialidades odontológicas em 784 municípios, com serviços que envolvem tratamentos de canal, de gengiva, pequenas cirurgias, implantes, instalação de aparelho e diagnóstico, com ênfase no câncer bucal. De São Paulo, Leonardo Meira.

Luciano: A meta do governo é levar médicos às regiões mais pobres e carentes do Brasil e fazer com que esses profissionais conheçam na prática as reais necessidades da população brasileira.

Kátia: E agora, Luciano, médicos que participam do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, Provab, passam a contar com o número 800, que vai permitir trocar informações com profissionais mais experientes, sem ter que sair dos postos de atendimento.

Luciano: O novo canal de comunicação faz parte da estratégia Telessaúde Brasil Redes, e vai auxiliar os profissionais a tirar dúvidas sobre procedimentos ou obter uma segunda opinião de especialistas. Gláucia Gomes.

Repórter Gláucia Gomes (Brasília-DF): A partir de agora, os médicos que fazem parte do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, Provab, contam com um número 0800 para tirar dúvidas sobre procedimentos e diagnósticos com médicos especialistas. O médico Ricardo Ramos trabalha em Planaltina de Goiás e acredita que a ferramenta vai agregar muito conhecimento.

Médico - Ricardo Ramos: Isso é uma ferramenta muito ágil na disseminação do conhecimento, principalmente para a gente do Provab, que está ali no..., às vezes tem assuntos que demandam um conhecimento maior. Então eu acho que é uma ferramenta que facilita muito o aprendizado e o compartilhamento da informação, né?

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Ao ligar para o número 0800-6446543, o médico é atendido por um profissional que confirmará o seu cadastro na plataforma de Telessaúde ou na lista haja dos médicos Provab 2013. Em seguida, o médico tem acesso a uma equipe qualificada, composta por médicos especialistas em medicina de família e comunidade. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, diz que a ferramenta vai possibilitar um tratamento de qualidade à população.

Ministro da Saúde – Alexandre Padilha: O 0800 é mais um instrumento para dar apoio a esse médico que está na periferia de uma grande cidade ou no município distante do interior, a ter um acompanhamento de médicos especialistas. Através do 0800, esse médico, antes de encaminhar para o especialista de cardiologia, de endocrinológica, gastrologista, um neurologista, ele pode conversar com esse especialista para tratar melhor o paciente que ele já está cuidando, tirar dúvidas. Se for encaminhar, o que pode ser feito antes do encaminhamento, pra cuidar melhor da pessoa ali na periferia da grande cidade ou no pequeno município no interior.

Repórter Gláucia Gomes (Brasília-DF): O nº 0800-6446543 funciona de segunda a sexta-feira, das oito da manhã às cinco e meia da tarde. De Brasília, Gláucia Gomes.

Kátia: 26.034.621; Esse é o número exato de declarações de Imposto de Renda enviadas à Receita Federal dentro do prazo, que terminou na última terça-feira.

Luciano: E quem perdeu o prazo pode enviar a declaração a partir de hoje, mais vai pagar multa, como explica o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir.

Supervisor Nacional do Imposto de Renda - Joaquim Adir: Quem perdeu o prazo deve entregar a declaração o quanto antes para evitar que a multa seja maior, que a multa é de 1% ao mês sobre o imposto devido. Cada mês que passa, cresce mais a multa.

Kátia: Os programas de preenchimento e envio da declaração estão na página da Receita Federal na internet.

Luciano: O primeiro lote de restituições vai ser pago no dia 17 de junho. Vão ser priorizados idosos, pessoas com deficiência, e quem tem doenças graves.

Kátia: Mais informações em www.receita.fazenda.gov.br.

Luciano: Sete e oito.

Kátia: O programa Ciência sem Fronteiras quer atrair jovens talentos brasileiros e estrangeiros para desenvolver pesquisas aqui no Brasil e ajudar no desenvolvimento científico e tecnológico do país.

Luciano: As inscrições estão abertas até o dia 20 deste mês.

Repórter João Pedro Neto (Brasília-DF): A pesquisadora Fernanda Werneck tem 31 anos e completou o doutorado sobre a evolução da biodiversidade em uma universidade nos Estados Unidos, ela passou cinco anos pesquisando ecossistemas como o Cerrado e a Caatinga. Depois de completar o curso, Fernanda Werneck conseguiu uma bolsa de pesquisa no Programa Atração de Jovens Talentos, uma modalidade do Ciência sem Fronteiras.

Pesquisadora - Fernanda Werneck: Quando eu fui fazer o meu doutorado no exterior, a minha motivação sempre foi adquirir novos conhecimentos, novas perspectivas de análises, de abordagens biológicas, mas com o objetivo de retornar. Eu sempre quis retornar ao Brasil, porque tanto é que a minha pesquisa de campo sempre foi feita na América do Sul. Então, nesse contexto, não é, o programa Ciência sem Fronteiras e a Bolsa Jovens Talentos facilitou muito.

Repórter João Pedro Neto (Brasília-DF): Esse é o segundo ano do programa atração de jovens talentos, as oportunidades são para pesquisadores com doutorado em áreas como engenharia, tecnologia da informação, petróleo e gás, biodiversidade e produção agrícola. A ideia do programa é atrair jovens pesquisadores de talento, brasileiros ou estrangeiros, que moram no exterior, para desenvolverem projetos de pesquisa em instituições aqui no país, como explica o coordenador técnico do Programa Ciência sem Fronteiras do CNPq, Émerson Willer.

Coordenador Técnico do Programa Ciência sem Fronteiras do CNPq - Émerson Willer: Trazendo esses jovens doutores para o Brasil, você vai estar incrementando o sistema de ciência, tecnologia e inovação brasileira.

Repórter João Pedro Neto (Brasília-DF): Os pesquisadores recebem ainda dinheiro para desenvolver a pesquisa, além de auxílio para deslocamento e instalação na cidade onde vai estudar, como explica o coordenador Émerson Willer.

Coordenador Técnico do Programa Ciência sem Fronteiras do CNPq - Émerson Willer: O nível “A” é um nível para atrair realmente pesquisadores destacados, de grande talento. Esse pesquisador vai receber, durante os 36 meses de projeto, R$ 7 mil por mês, que serve de bolsa, mais um auxílio de R$ 20 mil como auxílio pesquisa por ano de projeto. A gente está oferecendo também o nível “B”, que seria uma bolsa de R$ 3.700,00 e essa bolsa de R$ 3.700.00 vai ser paga mensalmente durante também os 36 meses de projeto. E, além da bolsa, ele vai receber um auxílio pesquisa de R$ 10 mil por ano de projeto.

Repórter João Pedro Neto (Brasília-DF): Também é possível ter uma quota assistencial de bolsa de iniciação científica, no caso do pesquisador aceitar orientar estudantes que estão fazendo graduação na mesma área. O coordenador técnica do Programa Ciência sem Fronteiras, Émerson Willer, afirma que o governo trabalha para estimular a fixação desses pesquisadores no Brasil.

Coordenador Técnico do Programa Ciência sem Fronteiras do CNPq - Émerson Willer: Nós vamos tentar trabalhar no sentido de fixá-los no Brasil, para que eles sejam contratados, que eles sejam absorvidos ao quadro de funcionários dessa instituição, tá, de pesquisa, universidade ou empresa. E, dessa forma, a gente pretende realmente repatriar os cérebros que a gente perdeu nos últimos anos.

Repórter João Pedro Neto (Brasília-DF): As inscrições para o programa vão estar abertas até o dia 20 de maio, para se candidatar a uma das bolsas é preciso apresentar o projeto de pesquisa por meio de um formulário no site do Programa Ciência sem Fronteiras: www.cienciasemfronteiras.gov.br. De Brasília, João Pedro Neto.

Kátia: Em abril desse ano, Luciano, anunciamos aqui na Voz do Brasil que os moradores de empreendimentos do “Minha Casa, Minha Vida”, que ganham até R$ 1.600,00 por mês, vão poder colocar piso em todos os cômodos da residência sem pagar nada por isso.

Luciano: E além do piso, Kátia, o programa traz outra novidade, que deve facilitar a vida da população. Agora, os projetos do “Minha Casa, Minha Vida” podem prever, por exemplo, a construção de creches, escolas e postos de saúde próximos às residências.

Kátia: A medida também vale para os locais em que as unidades habitacionais já foram entregues.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): No Condomínio Jardim Mangueiral, a 20km de Brasília, estão sendo construídas 10 mil unidades do “Minha Casa, Minha Vida 2”, cinco mil já estão prontas e 2.300 famílias já se mudaram. A dona de casa Miriam Alves é uma das novas moradoras do condomínio, ela conta que está feliz por ter saído do aluguel, mas explica que enfrenta problemas com a falta de posto de saúde e uma escola para o filho. Qual é a maior dificuldade por aqui?

Dona de Casa - Miriam Alves: Saúde e educação, escola, porque são distantes, não temos isso aqui. Quando precisamos, é São Sebastião. Então temos que procurar ao redor daqui ou então no plano piloto.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Mas a partir de agora preocupações como a de D. Miriam vão ser solução. Isso porque os projetos do Programa “Minha Casa, Minha Vida” passam a ser contratados juntos com equipamentos sociais, como, por exemplo, escolas, postos de saúde e delegacias. A nova regra vai permitir que as famílias recebam assistência com maior agilidade, como explica o Secretário-Adjunto da habitação do Distrito Federal, Rafael Oliveira.

Kátia: O Programa “Minha Casa, Minha Vida” vem para poder solucionar o problema de moradia para a população de mais baixa renda no país. Então, lógico que, com isso, você tem que vir também com os serviços públicos, não adianta você constituir somente a solução habitacional se você não garantir que os serviços públicos vão chegar junto a essa população também.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): As empresas construtoras precisam elaborar o projeto que deve ser aprovado pela prefeitura. De acordo com a diretora do Departamento de Produção Habitacional do Ministério das Cidades, Maria do Carmo Avesani, depois da conclusão das obras cabe à prefeitura assumir a responsabilidade pela manutenção e segurança dos equipamentos.

Diretora do Departamento de Produção Habitacional do Ministério das Cidades - Maria do Carmo Avesani: Como é que a gente vai saber se precisa de um equipamento de saúde, se precisa de equipamento de educação, se precisa de equipamento de assistência social? O município, ele tem que fazer esse diagnóstico. Então ele tem lá um grupo, que é formado pelo município, que envolve as diversas áreas de educação, saúde. Esse grupo faz a análise de qual impacto que esse empreendimento de habitação está gerando e, então, se tem um diagnóstico de quais são os equipamentos que seriam necessários.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): No Programa “Minha Casa, Minha Vida 2”, mais de um 1,3 milhão moradias já foram contratadas. Até 2014, a meta é atingir 2,4 milhões de casas e apartamentos em todo o Brasil. De Brasília, Mara Kenupp.

Luciano: Só na última década, o aumento da taxa de mortalidade em acidentes com motos cresceu 244%, o que representa nos dias de hoje 1/3 das mortes no trânsito.

Kátia: Ao mesmo tempo, nenhum outro item vendeu tanto no mercado nacional quanto a motocicleta. No mesmo período em que a frota de automóveis duplicou, a de moto aumentou seis vezes.

Luciano: Por isso, foi lançada essa semana uma campanha pelo Ministério das Cidades com o objetivo de alertar motociclistas e motoristas sobre a urgente necessidade de reduzir os acidentes de trânsito. A repórter
Graziela Mendonça traz as informações.

Repórter Graziela Mendonça (Brasília-DF): Os acidentes envolvendo motocicletas são cada vez mais frequentes nas cidades brasileiras. Hoje, 1/3 das mortes no trânsito envolvem motos, o índice subiu 244% em 10 anos. Para tentar reduzir as estatísticas, o Ministério das Cidades, por meio do Departamento Nacional de Trânsito, Denatran, lançou a campanha “Moto, é preciso saber usar, é preciso respeitar”. Segundo dados do Denatran, a maioria das vítimas tem entre 20 e 39 anos, geralmente do sexo masculino. Jovens como Rafael Fernandes, de 28 anos, que sofreu um acidente de moto em setembro do ano passado. Ele teve uma lesão medular e, hoje, está em cadeira de rodas. Para Rafael, a imprudência no trânsito custou caro.

Motociclista Acidentado - Rafael Fernandes: Eu voltando de uma cidade vizinha da casa de um amigo, por imprudência minha, segurando com uma mão só no guidão da moto, fui ultrapassar um carro, acelerei, peguei uma saliência de asfalto, a minha moto me jogou contra o acesso de uma loja, tinha duas colunas de mármore, me jogou contra a porta da loja, acabei fraturando a vértebra T6, foi que me impediu de hoje... de hoje estar aqui na cadeira de rodas. Eu consigo viver naturalmente, mas com esse problema que poderia não ter acontecido se eu estivesse com mais cuidado, segurando com duas mãos.

Repórter Graziela Mendonça (Brasília-DF): Por ser um veículo mais frágil, a moto oferece mais risco ao motociclista, grande parte dos acidentes são fatais. Por isso, um dos focos da campanha é incentivar o uso de equipamentos de proteção, como, por exemplo, o capacete. A coordenadora de educação do trânsito do Denatran, Maria Cristina Hoffmann, explica a necessidade do uso dos equipamentos de segurança.

Coordenadora de Educação do Trânsito do Denatran - Maria Cristina Hoffmann: No trânsito nós precisamos dividir um espaço público que é de todos, então, tanto o condutor do veículo do transporte maior, do ônibus, do caminhão, do ciclista, todos precisamos aprender a dividir esse espaço, e como a moto é muito frágil no trânsito, ela também precisa respeitar os outros veículos e ser respeitada pelos outros veículos. O alerta para o motoqueiro é que ele precisa usar os equipamentos de segurança, é necessário ele se proteger fisicamente o corpo, como a própria moto também, principalmente utilizando a antena corta-pipa, luvas, uma vestimenta adequada, para que ele se proteja no trânsito.

Repórter Graziela Mendonça (Brasília-DF): A campanha vai até 17 de maio. Para conferir o material acesse: www.paradapelavida.com.br. De Brasília, Graziela Mendonça.

Kátia: Sete e dezoito.

>> Embrapa, 40 anos.

Luciano: Milhões de brasileiros do semiárido brasileiro tem contado com a ajuda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, para aprenderem técnicas de como melhorar a produção agrícola.

Kátia: O projeto ensina a construir pequenas bibliotecas com livros e outros materiais para agricultores e suas famílias.

Luciano: A reportagem Isabela Azevedo foi até Petrolina, em Pernambuco, conhecer a iniciativa.

Repórter Isabela Azevedo (Petrolina-PE): A seca, desafio diário dos produtores do semiárido brasileiro, especialmente dos mais pobres. Para enfrentá-la, uma poderosa arma: o conhecimento. Uma ação da Embrapa, inserida no Plano Brasil sem Miséria, leva livres técnicos e infantis à escola, sindicatos e lojas de produtos rurais. São as minibibliotecas, que ensinam produtores e assistentes técnicos como melhorar o sistema de produção. Cada kit é formado por 120 publicações impressas, além de CDs e DVDs com programas de rádio e de TV. O colégio Dom Antônio Malan, localizado na área rural de Petrolina, em Pernambuco, foi um dos atendidos pelo projeto. Com as publicações, as crianças aprendem como ajudar os pais no campo e formas de preservar a natureza.

Estudante: Eu já li sobre suínos, né, para o pai ler também. Ele leu como melhorar a criação e adquirir uma forma de fazer a alimentação dos porcos. Ajudei, ajudei o meu pai, que além de eu aprender, o meu pai também conhece e não vai ficar só para ele, vai passar para outros.

Repórter Isabela Azevedo (Petrolina-PE): E não só as crianças que aprendem com os livros boas práticas agropecuárias. Os pais também se beneficiam desse conhecimento. É o caso de Ana Paula Soares, de 35 anos, mãe da Ana Clara, de oito anos. A moradora da zona rural de Petrolina cria galinhas, cabras, entre outros animais.

Ana Paula Soares: Enquanto eu puder revisar, que a gente numa sabe tudo, a gente lê, mas muita coisa passa por despercebido e você tem que revisar, eu vou pegar livros novos e vou continuar pegando os livros que eu já peguei também, que eu preciso.

Repórter Isabela Azevedo (Petrolina-PE): O Projeto Minibibliotecas começou no semiárido em 2003, atualmente, já existem duas mil minibibliotecas na região do semiárido. A coordenadora do programa Brasil sem Miséria. na Embrapa, Sueny Almeida, explica o objetivo de ações como esta.

Coordenadora do Programa Brasil sem Miséria na Embrapa - Sueny Almeida: A inclusão produtiva, que é o grande objetivo aí no espaço rural, é exatamente de dar condições para essas famílias, elas não apenas sobreviverem com recurso da transferência de renda, mas criar condições efetivas para elas se reintroduzirem no sistema de produção.

Repórter Isabela Azevedo (Petrolina-PE): Para conhecer outros projetos da Embrapa inseridos no Brasil sem Miséria basta acessar: www.brasilsemmiseria.gov.br. De Petrolina, em Pernambuco, Isabela Azevedo.

Kátia: E ainda falando em educação, a presidenta Dilma Rousseff enviou hoje, ao Congresso Nacional, uma nova proposta para destinar recursos do petróleo para a educação.

Luciano: O objetivo é fazer com que todos os royalties do pré-sal sejam aplicados exclusivamente na área de educação.

Kátia: Os recursos correspondem a uma espécie de compensação financeira paga pelas empresas que exploram o petróleo na camada do pré-sal.

Luciano: A presidenta destacou a importância da medida nesta quarta-feira, Dia do Trabalho, durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV.

Presidenta da República - Dilma Rousseff: Um governo só pode cumprir bem o seu papel se tiver vontade política e se contar com verba suficiente. Por isso, é importante que o Congresso Nacional aprove nossa proposta de destinar os recursos do petróleo para a educação.

Kátia: Em dezembro do ano passado, o governo federal enviou ao Congresso uma medida provisória propondo que os royalties do pré-sal fossem destinados para a educação, ciência e tecnologia.

Luciano: Mas no mês passado os parlamentares suspenderam a tramitação da medida provisória até que o Supremo Tribunal Federal decida sobre a constitucionalidade da proposta.

Kátia: Como a validade da medida termina no dia 12 de maio, a Presidência da República resolveu enviar um novo texto ao Congresso Nacional, como citou a presidenta.

Presidenta da República - Dilma Rousseff: O Brasil vai continuar usando instrumentos eficazes para ampliar o emprego, o salário e o poder de compra do trabalhador. Mas a partir de agora vai privilegiar como nunca um instrumento que mais amplia o emprego e o salário, a educação.

Luciano: A camada pré-sal está localizada no fundo dos oceanos e se refere ao conjunto de rochas formadas por sal petrificado. Abaixo deste espesso sal está o petróleo.

Kátia: Até o dia 31 de maio estão abertas as inscrições para que novas empresas de software ou ligadas a serviços de tecnologia da inovação possam apresentar projetos.

Luciano: Pois é, Kátia. É o Programa Start-Up Brasil. O secretário de políticas de informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Virgílio Almeida, explica.

Secretário de Políticas de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Virgílio Almeida: O Projeto Start-Up Brasil visa financiar empresas inovadoras, empresas nascentes, empresas que tenham até três anos de idade e que tenham assim uma característica tecnológica avançada. E isso, em geral, são empresas criadas por jovens e pessoas também mais experientes, mas que querem rapidamente lançar um novo produto, um novo serviço na área de tecnologia da informação.

Kátia: Para preencher o formulário acesse: www.mcti.gov.br.

Luciano: Começou nesta quarta-feira a primeira etapa da campanha de vacinação. A maioria dos estados brasileiros deve vacinar os rebanhos.

Kátia: Até o fim do mês, o Rio Grande do Sul e o Paraná, todos os estados do sudeste e centro-oeste, Bahia, Paraíba, Ceará, Maranhão, Tocantins e Acre vacinam seus rebanhos contra a febre aftosa.

Luciano: Mais quatro estados do Nordeste que também iam vacinar o gado este mês tiveram as datas da campanha alteradas pelo Ministério da Agricultura, por causa da estiagem prolongada.

Kátia: No sertão e agreste de Pernambuco e no Rio Grande do Norte a vacinação contra a febre aftosa foi transferida para o mês de junho.

Luciano: E em Alagoas e Sergipe, os produtores devem imunizar o rebanho contra a febre aftosa no mês de julho.

Kátia: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.

Luciano: Mais 80 quatro laboratórios são credenciados para produzir 4.300 próteses dentárias por mês.

Kátia: 0800 vai tirar dúvidas de médicos do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica sobre procedimentos e diagnósticos.

Luciano: Quem perdeu o prazo pode enviar declaração do Imposto de Renda a partir de hoje, pagando multa.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Siga a Voz do Brasil no twitter: twitter.com/avozdobrasil. Nós voltamos amanhã. Boa noite.

Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.