20 de agosto de 2018 - poder executivo

Destaques da Voz do Brasil: Anunciadas novas medidas para solucionar conflitos em Roraima. Homens da Força Nacional estão a caminho da capital e cidade de fronteira no estado. Nós conversamos com exclusividade com o ministro da Casa Civil. E ele detalha ações para acolher imigrantes e deslocar venezuelanos para outros estados. Depois de mobilização no sábado, campanha de vacinação contra a pólio e o sarampo alcança 50% da meta. Mais de 5,7 milhões de crianças foram imunizadas.

20 de agosto de 2018 - poder executivo

Destaques da Voz do Brasil: Anunciadas novas medidas para solucionar conflitos em Roraima. Homens da Força Nacional estão a caminho da capital e cidade de fronteira no estado. Nós conversamos com exclusividade com o ministro da Casa Civil. E ele detalha ações para acolher imigrantes e deslocar venezuelanos para outros estados. Depois de mobilização no sábado, campanha de vacinação contra a pólio e o sarampo alcança 50% da meta. Mais de 5,7 milhões de crianças foram imunizadas.

VOZ200818.mp3

Duração:

Publicado em 21/08/2018 11:39


Apresentador Nasi Brum: Em Brasília, 19h.

 

"Está no ar A Voz do Brasil. As notícias do Governo Federal que movimentaram o país no dia de hoje".

 

Apresentadora Gabriela Mendes: Olá. Boa noite.

 

Nasi: Boa noite para você que nos acompanha em todo o país.

 

Gabriela: Segunda-feira, 20 de agosto de 2018.

 

Nasi: E vamos ao destaque do dia.

 

Gabriela: Anunciadas novas medidas para solucionar conflitos em Roraima.

 

Nasi: Homens da Força Nacional estão a caminho da capital e cidade de fronteira no estado.

 

Gabriela: E nós conversamos com exclusividade com o ministro da Casa Civil.

 

Nasi: Ele detalha ações para acolher imigrantes e deslocar venezuelanos para outros estados.

 

Gabriela: E você também vai ouvir na Voz do Brasil de hoje.

 

Nasi: Depois de mobilização no sábado, campanha de vacinação contra a pólio e sarampo alcança 50% da meta.

 

Gabriela: Mais de 5,7 milhões crianças foram imunizadas. Rosamélia de Abreu.

 

Repórter Rosamélia de Abreu: A meta do Ministério da Saúde é vacinar 11 milhões de crianças de um ano a menores de cinco anos.

 

Nasi: Na apresentação da voz do Brasil, Gabriela Mendes e Nasi Brum.

 

Gabriela: E para assistir a gente, ao vivo, na internet, basta acessar www.voz.gov.br.

 

Nasi: O governo vai mandar mais 120 homens da Força Nacional para reforçar a segurança na fronteira entre Roraima e a Venezuela.

 

Gabriela: Esta é apenas uma das nove medidas que vão ser adotadas para solucionar os conflitos entre brasileiros e imigrantes venezuelanos, que tiveram mais um capítulo neste fim de semana, no município de Pacaraima.

 

Nasi: As novas ações foram definidas ontem, depois de uma reunião de emergência entre o presidente Michel Temer e ministros.

 

Repórter Eduardo Biagini: Dos 120 militares da Força Nacional que vão ser enviados, 60 viajaram nesta segunda-feira para Roraima, os outros 60 devem chegar ao estado ainda esta semana. Entre as novas medidas anunciadas pelo governo, também está o envio de 36 voluntários da área da saúde, que vão entender os imigrantes venezuelanos em parcerias com hospitais universitários. A chamada interiorização dos imigrantes, que é quando eles são encaminhados para outros estados, vai ser intensificada. Segundo o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, a situação em Pacaraima está mais calma, sem perspectivas de novas delitos. No sábado, moradores da cidade atacaram barracas e abrigos dos imigrantes. De acordo com as autoridades locais, nenhum venezuelano está ferido. Etchegoyen afirmou que o governo está atendo à segurança dos brasileiros em Roraima e que as medidas vão reduzir o impacto da entrada dos imigrantes sobre a população local.

 

Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional - Sérgio Etchegoyen: Nós temos medidas na área social, o refinamento das questões, por exemplo, de saúde, de vacinação, eventual ampliação de abrigos, aceleração da construção de outros abrigados, o estabelecimento de comunicações mais confiáveis e mais efetivas, porque lá tem um problema de internet, e internet todo o sistema jurídico, judicial, por exemplo, está apoiado em cima de internet. O controle que a Polícia Federal faz das fronteiras, a comunicação. Todas as medidas visam assegurar a segurança e o bem-estar da população de Roraima, obviamente, dando o tratamento digno que merece qualquer imigrante e/ou refugiado, de acordo com a lei de imigração brasileira.

 

Repórter Eduardo Biagini: Desde o início, o governo tem acompanhado de perto a situação dos imigrantes venezuelanos, que buscam ajuda no Brasil fugindo da crise econômica e social da Venezuela. O presidente Michel Temer já fez duas visitas ao estado para anunciar ações. Entre as medidas já realizadas estão o controle e triagem dos imigrantes, a construção de instalações para abrigá-los e a interiorização. Os investimentos do governo nas ações já foram de mais de R$ 200 milhões. O ministro Sérgio Etchegoyen voltou a afirmar que o governo não vai fechar a fronteira com a Venezuela.

 

Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional - Sérgio Etchegoyen: O fechamento da fronteira é impensável porque é ilegal. Nós temos que cumprir a lei, e a lei brasileira de imigração determina o acolhimento de refugiados e imigrantes nessa situação. Além disso, é uma solução que não ajuda em nada a questão humanitária. O governo está profundamente preocupado em garantir a integridade, o bem-estar dos brasileiros e de atender os venezuelanos, mas não vai, para isso, admitir o cometimento de crimes como aconteceram ali. Essas pessoas serão responsabilizadas, serão chamadas à responsabilidade. O governo do estado, a Polícia Federal, o Ministério Público, toda a estrutura, no cometimento de um crime, vai se mobilizar.

 

Repórter Eduardo Biagini: Etchegoyen afirmou que o Exército já vem fazendo patrulhamento na região de fronteira, mas para atuar como polícia fazendo abordagens, revista e eventuais prisões, necessita de um decreto de garantia da lei e da ordem, que só pode ser solicitado pelo governo de Roraima. Reportagem, Eduardo Biagini.

 

Gabriela: E nós vamos continuar falando sobre a situação em Roraima daqui a pouquinho, ainda nesta edição.

 

Nasi: Um dia de mobilização para imunizar crianças de um e até cinco anos contra a paralisia infantil e o sarampo.

 

Gabriela: Para isso, todos os postos de saúde do país abriram as portas no último sábado para o Dia D de Vacinação.

 

Nasi: Mobilização que deu resultado. Segundo o Ministério da Saúde, a campanha nacional atingiu a metade do público-alvo.

 

Gabriela: Cinquenta e um por cento das crianças, ou seja, mais de 5,7 milhões meninos e meninas foram imunizados até agora.

 

Nasi: E a meta é chegar a 11 milhões até o final do mês.

 

Repórter Rosamélia de Abreu: O choro é quase inevitável na hora de tomar a vacina, mas os pais sabem que é por uma boa causa. Laís Helena, de três anos, ficou desconfiada assim que chegou ao posto de saúde da Ceilândia, onde ocorreu a abertura do Dia D da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e Sarampo, no Distrito Federal. Para a mãe da menina, Joseane Neves Melo, manter a Carteira de Vacinação da Laís em dia é prioridade.

 

Entrevistada - Joseane Neves Melo: Por uma boa causa, né? É muito importante fazer a vacinação, né? Não pode deixar de vacinar nossos filhos, né?

 

Repórter Rosamélia de Abreu: Mas tem quem não chore na hora de receber a agulhada, é o caso de Arthur, também de três anos. Para alívio da mãe, Raquel da Silva, que vê na vacina uma proteção para o filho.

 

Entrevistada - Raquel da Silva: Eu acho importante atualizar as vacinas para não correr o risco de ter as doenças, né?

 

Repórter Rosamélia de Abreu: Em todo o Brasil, mais de 36 mil postos de saúde ficaram abertos nesse sábado. Com a campanha, o Ministério da Saúde tem como meta evitar o retorno da pólio e do sarampo, doenças já erradicadas no Brasil. As crianças receberam uma gotinha que protege contra a poliomielite, doença conhecida também como paralisia infantil, e uma dose injetável da vacina que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, como explica a diretora de Vigilância Epidemiológica do Distrito Federal, Maria Beatriz Ruy.

 

Diretora de Vigilância Epidemiológica - Maria Beatriz Ruy: São vacinas muito seguras, são vacinas que são muito testadas. E o máximo que pode acontecer para a vacina do sarampo é de ficar uma vermelhidão local, mas, mais do que isso, não tem nenhum tipo de reação adversa.

 

Repórter Rosamélia de Abreu: Quem ainda não levou as crianças para se vacinar tem até o dia 31 de agosto. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 11 milhões de crianças de um ano a menores de cinco anos. Com produção de Nei Pereira, reportagem, Rosamélia de Abreu.

 

Gabriela: Entre os estados com melhor cobertura vacinal neste momento estão Rondônia, seguido por Amapá, Amazonas e Espírito Santo.

 

Nasi: E entre as coberturas mais baixas destacando-se os estados do Rio de Janeiro, Pará e Roraima.

 

Gabriela: escolher a hora de ter filhos com segurança e com apoio de uma equipe médica é importante para a mulher e a sua família.

 

Nasi: E o Sistema Único de Saúde pode te ajudar a encontrar o momento certo, por meio do planejamento familiar.

 

Gabriela: Na reportagem de Gabriela Noronha você vai saber mais sobre essa política que ajuda as mulheres antes da gravidez por meio dos métodos contraceptivos.

 

Nasi: E quem também auxilia quem quer se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis.

 

Repórter Gabriela Noronha: A estudante de psicologia Maria Luiza Alves tem 23 anos e faz acompanhamento com o ginecologista desde os 15. Este ano ela decidiu trocar a pílula anticoncepcional pelo dispositivo intrauterino, o DIU, um pequeno aparelho que é colocado no útero da mulher para impedir a gravidez. Segundo ela, o uso do DIU, além de melhorar a qualidade de vida, lhe dá sua mais segurança.

 

Estudante - Maria Luiza Alves: É claro que que ele tem que ser associado ao uso do preservativo, porque ele não previne de DSTs, mas no quesito de contracepção eu não tenho do que reclamar, ele me dá muito mais segurança.

 

Repórter Gabriela Noronha: A oferta do DIU de cobre de forma gratuita faz parte da Política Nacional de Planejamento Familiar do Ministério da Saúde. O Sistema Único de Saúde oferece também outros métodos para prevenir a gravidez, como pílula, anticoncepcional injetável, preservativos feminino e masculino, além disso, disponibiliza métodos definitivos como laqueadura ou ligadura de trompas para as mulheres, e a vasectomia para os homens. Segundo, Ceres Nunes de Resende, chefe da unidade de saúde da Mulher do Hospital Universitário de Brasília, o planejamento é importante para dar autonomia às famílias.

 

Chefe da unidade de saúde da Mulher - Ceres Nunes de Resende: Então, um planejamento familiar, ele inclui não só evitar a gravidez, mas distribuir o conhecimento para a paciente ou o parceiro para que eles possam, juntos, definir a melhor época para eles constituírem a sua prole, né?

 

Repórter Gabriela Noronha: A coordenadora de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Mônica Neri, explica que o planejamento familiar é uma decisão que deve ser tomada em conjunto com o profissional de saúde e que também é importante para evitar doenças sexualmente transmissíveis.

 

Coordenadora de Saúde da Mulher - Mônica Neri: Muitas vezes a mulher escolhe um método, mas que para o perfil dela o profissional pode perceber o risco de ela não aderir bem. Qualquer que seja o método, o benefício do método tem que ser sempre maior do que o risco ou algum risco que esse método possa ter.

 

Repórter Gabriela Noronha: Os métodos contraceptivos estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios, então marque uma consulta para descobrir, junto com um profissional de saúde, qual é o melhor método para você. Reportagem, Gabriela Noronha.

 

Gabriela: E você vai ouvir ainda nesta edição.

 

Nasi: Todos os detalhes das ações do governo para solucionar conflitos em Roraima.

 

Gabriela: Nós conversamos com exclusividade com o ministro da Casa Civil, que detalha todas as ações para acolher imigrantes venezuelanos.

 

Nasi: Preservar uma vegetação nativa dentro de uma propriedade, além de ajudar o meio ambiente é também uma obrigação.

 

Gabriela: De acordo da lei, pelo menos uma parte da propriedade deve ficar ao natural. E quanto maior a área, maior deve ser também a proteção ambiental.

 

Nasi: E o governo tem um jeito de apoiar os produtores a manter as áreas protegidas.

 

Gabriela: É o chamado pagamento por serviços ambientais, que você vai conferir como funciona agora.

 

Repórter Nei Pereira: Apreciar o som da natureza é o programa ideal para vem vai à Chácara 14, que fica Planaltina, distante cerca de 50 quilômetros do centro de Brasília. Lá, a vegetação nativa do cerrado está intacta e a água cristalina corre pelos vales. Água pura que abastece a propriedade e enche o lago, usado para a criação de peixes e até de tartarugas. De tão preservada, a área atrai uma grande variedade de aves silvestres, como patos selvagens e jaçanãs. O responsável por esse paraíso ecológico é o especialista em informática, Gilmar Pio Fernandes, um apaixonado por natureza desde a infância.

 

Especialista em informática - Gilmar Pio Fernandes: Toda a parte de preservação da mata, da mata ciliar tem uma ligação muito forte com a água, que junto da mata tem os pássaros, os animais, todos eles têm que ser preservados. Então, é uma coisa que eu não sei explicar, desde criança eu sempre tive essa ligação com a natureza, de proteger.

 

Repórter Nei Pereira: A propriedade do Gilmar tem 15 hectares, dos quais dez estão preservados com plantas nativas e ele conta com um apoio financeiro para manter parte da área protegida, isso ocorre por meio do Pagamento por Serviços Ambientais, o PSA, ele está previsto no Código Florestal Brasileiro e a remuneração pode ser feita por órgãos de governos e por instituições privadas, como empresas, fundações e associações. Além de dinheiro, o produtor também pode receber descontos em impostos ou benfeitorias em sua propriedade ou na comunidade. O pagamento é um incentivo para que o produtor rural preserve mais do que o mínimo exigido pela legislação, é o que afirma Raimundo Deusdará Filho, diretor do Serviço Florestal Brasileiro.

 

Diretor do Serviço Florestal Brasileiro - Raimundo Deusdará Filho: Ele agrega, dentro da sua propriedade, mais uma possibilidade de renda e mais uma possibilidade de inclusão de uma gestão de produção agrícola em harmonia com o meio ambiente.

 

Repórter Nei Pereira: Um dos programas que remunera os donos de terras é o Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas. Hoje já são quase 40 projetos em todo o Brasil que ajudam na qualidade da água, como detalha o especialista em recursos hídricos da Coordenação de Implementação de Projetos Indutores da agência, Rossini Sena.

 

Especialista em recursos hídricos - Rossini Sena: Então, os produtores se identificam, se organizam e procuram normalmente a Secretaria de Meio Ambiente daquela prefeitura e dizem que têm interesse em ser parceiros e receber pelo serviço ambiental. Após receber certificação, os parceiros, digamos, que vão investir, como é o caso da ANA e outros parceiros, começam a executar as ações da melhoria, do plantio, do cercamento de nascentes, da melhoria das estradas rurais, e todas essas atividades, elas vão levar à melhoria da água daquela região.

 

Repórter Nei Pereira: O pagamento por serviços ambientais faz parte de um conjunto de medidas que o Brasil propôs para cumprir as metas do Acordo de Paris, compromisso internacional para diminuir as consequências do aquecimento global. Reportagem, Nei Pereira.

 

Nasi: As negociações para a construção de uma linha de transmissão de energia na região Norte estão avançando.

 

Gabriela: Parte do chamado Linhão deve passar por uma terra indígena, o que pode atrasar o processo de licenciamento ambiental.

 

Nasi: Numa reunião, hoje, no Palácio do Planalto, entre representantes de diversos ministérios e o presidente da República, Michel Temer, foi apresentada uma proposta que pode resolver o problema.

 

Gabriela: O licenciamento deve ser feito por partes.

 

Nasi: O repórter, Pablo Mundim, que está no Palácio do Planalto, tem, ao vivo, mais informações. Uma boa noite, Pablo.

 

Repórter Pablo Mundim (ao vivo): Boa noite, Nasi. Boa noite, Gabriela. Boa noite, ouvintes na Voz do Brasil. Após reunião entre o presidente Michel Temer e ministros do governo aqui no Palácio do Planalto, ficou decidido que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o Ibama, vai liberar, de forma fracionada, licença ambiental que autoriza a construção das obras do Linhão de Tucuruí, que vai permitir a integração do estado de Roraima com o Sistema Elétrico Nacional. Ao todo, são 700 quilômetros de rede de transmissão, que ligam a capital Boa Vista, em Roraima, até a cidade de Manaus, no Amazonas. Destes, pouco mais de cem quilômetros passam dentro de uma terra indígena. Segundo a presidente do Ibama, Suely Mara Vaz Guimarães de Araújo, a autorização será para construção de cerca de 600 quilômetros que passam fora da terra indígena, com previsão de liberação ambiental até o final de setembro.

 

Presidente do Ibama - Suely Mara Vaz Guimarães de Araújo: A proposta apresentada na reunião é uma proposta, tendo em vista, viabilizar o procedimento do licenciamento ambiental, é uma separação da área dos 123 quilômetros da linha de transmissão que passa pela terra indígena. O empreendedor, ele faria o requerimento de licença de instalação de imediato, pedindo um fracionamento do processo e o Ibama daria prosseguimento na parte externa à terra indígena, né? No trecho inicial e o trecho posterior à terra indígena.

 

Repórter Pablo Mundim (ao vivo): Ainda segundo a presidente do Ibama, o governo vai dialogar com os índios uaimiris-atroaris, que vivem no território por onde deve passar parte da linha de transmissão. Por se tratar de área indígena e de preservação é necessário compensação e reparação aos índios, explica Suely Guimarães.

 

Presidente do Ibama - Suely Mara Vaz Guimarães de Araújo: A ideia é consultar os indígenas, é conversar com os indígenas e fazer a construção do PBA indígena da forma mais participativa com eles que for possível, a Funai é que vai conduzir isso, não é o Ibama.

 

Repórter Pablo Mundim (ao vivo): Atualmente Roraima é o único estado brasileiro que não está interligado ao Sistema Elétrico Nacional. A construção do chamado Linhão é essencial para impedir os apagões frequentes no estado, onde boa parte da energia consumida vem da Venezuela. Ao vivo, Pablo Mundim.

 

Gabriela: E nós voltamos a falar sobre a situação em Roraima. Entre as ações definidas, ontem, pelo Governo Federal está o envio de uma comissão de servidores ao estado para avaliar detalhes técnicos para colocar em prática novas medidas.

 

Nasi: A repórter Luana Karen viajou junto a essa comitiva e traz, ao vivo, de Boa Vista, as últimas informações. Uma boa noite, Luana.

 

Repórter Luana Karen (ao vivo): Boa noite Nasi. Boa noite, Gabriela. E boa noite a todos os ouvintes da Voz do Brasil. Nós viajamos juntos à equipe de técnicos de pelo menos nove ministérios e estamos chegando nesse exato instante em Boa Vista, Roraima. Ainda hoje eles se reúnem com a equipe do Governo Federal que já está no estado acompanhando a situação dos imigrantes venezuelanos. A vinda dessa equipe do Governo Federal é mais uma dentre as várias ações que já foram feitas para o estado, com o intuito de acompanhar as medidas de atendimento aos imigrantes. Eles terão uma reunião ainda hoje para continuar os trabalhos de avaliação do que está sendo feito e amanhã partem para Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. Outra missão dos técnicos é iniciar a implantação das medidas determinadas pelo Presidente Michel Temer ontem na reunião da Alvorada. Neste domingo o Presidente Michel Temer determinou o deslocamento de 36 voluntários da área da saúde para o estado, onde vão atender os imigrantes venezuelanos em parceria com hospitais universitários. Eu vou acompanhando tudo por aqui e amanhã eu volto com todas as informações. Ao vivo, de Boa Vista, Roraima, Luana Karen.

 

Gabriela: E desde o início da chegada dos venezuelanos, o governo tem realizado ações e medidas para garantir a segurança e bem-estar da população local e dos imigrantes.

 

Nasi: Sobre essas ações, do jornalista Eduardo Biagini conversou agora há pouco com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, vamos ouvir.

 

Repórter Eduardo Biagini: Ministro, eu queria que o senhor desse um balanço de todas as ações do governo, que o governo já fez desde o início dessa crise migratória lá em Roraima.

 

Ministro-chefe da Casa Civil - Eliseu Padilha: Pelos nossos registros, já passaram cerca de 127 mil venezuelanos desde o início de 2017 até o agora no dia 30 de julho. Mais da metade dessa população saiu imediatamente. E, pelos registros que a gente tem, nós devemos ter internalizados no Brasil coisa de 50... entre 50 e 60 mil venezuelanos. Por que digo entre? Porque esses números não são precisos porque eles saem pelas fronteiras que nós temos com a Argentina, que temos o Uruguai ou saem por voos também. Ao passo que quando nós formos analisar quantos ficaram lá em Roraima, entre Boa Vista e Pacaraima, nós temos cerca de 12 mil venezuelanos neste momento. Desses 12 mil, nós estamos com processos de abrigamento de 4,5 mil abrigados, 6 mil deverão ficar abrigados ainda este mês e estamos analisando a construção de um outro abrigo para cerca de 500 ou 600 venezuelanos próximo à Pacaraima. Todo o abrigamento que nós temos hoje, ele corresponde, em princípio, à demanda que nós tínhamos programado. O que está acontecendo é que a demanda tem sido maior do que foi programada e está ficando mais gente lá em Roraima do que nós imaginávamos. Então, estamos agilizando o nosso processo de interiorização para regularizar esse fluxo.

 

Repórter Eduardo Biagini: Ministro, o senhor falou agora de interiorização, quantos venezuelanos já foram enviados para o interior do país nesse processo aí pelo governo?

 

Ministro-chefe da Casa Civil - Eliseu Padilha: Nós estamos incrementando o processo de interiorização, e, com isso, nós teremos, esta é a pretensão, até o final do mês nós teremos o deslocamento de Roraima para o Rio Grande do Sul e para o Paraná de cerca de mil novos venezuelanos que adentram, que vêm para esse sistema de interiorização. Eles vêm, têm toda a acolhida e têm um processo de adaptação à realidade local, inclusive, para que eles possam buscar uma ocupação coerente com a sua habilitação pessoal. Mas lá em Roraima há uma prestação de serviços, isso é muito importante, que está sendo elogiada pela ONU. A Acnur, que é o órgão da ONU que cuida dessa questão de refugiados e abrigamento, ela tem parceria conosco lá e diz que as instalações e o tratamento que estão sendo oferecidos aos venezuelanos aqui no Brasil é superior àquilo que se vê em outros... outras situações congêneres pelo mundo afora. Estes abrigos, eles têm a ordem do nosso sistema militar, eles têm assistência médica diária, eles têm as três refeições, eles têm um kit de higiene que recebem, recebem um kit também de abrigamento propriamente dito, que é a sua própria cama e uma manta ou um cobertor para que se possa cobrir durante a noite. Enfim, é parte do governo uma atenção para essas pessoas tenham um tratamento digno.

 

Repórter Eduardo Biagini: Ministro, só para deixar claro, essa situação, né, de venezuelanos que estão entrando no Brasil, isso se trata de uma questão humanitária, o governo não como se negar a receber esses venezuelanos aqui no Brasil, é isso?

 

Ministro-chefe da Casa Civil - Eliseu Padilha: O Brasil é signatário de pactos internacionais em que somos obrigados a cumprir o que nos comprometemos em receber os venezuelanos para o abrigamento, na medida que eles venham na condição de refugiado. E também não podemos ignorar que eles estão literalmente tendo um problema de nutrição, de fome lá na Venezuela, que buscam abrigo aqui no Brasil e nós temos, com essa Operação Acolhida, nós temos dado a eles aquele tratamento que era sonhado, com três refeições durante o dia, ter o abrigo para o pernoite, e lá está o Ministério do Trabalho fazendo com que se tenha a carteira de trabalho para eles poderem buscar uma ocupação, lá está o Ministério da Saúde para aplicando as vacinas e dando tratamento de saúde, lá está o Ministério da Segurança com a Polícia Federal, que dá a eles a documentação hábil para que eles possam adentrar ao território nacional. Enfim, há toda uma estrutura do governo que procura dar uma atenção humanitária a esses venezuelanos que deixam o seu país em decorrência da fome, em decorrência da falta até de nutrição absoluta pela a qual eles estão passando.

 

Repórter Eduardo Biagini: Perfeito. Ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, muito obrigado pela sua entrevista aqui na Voz do Brasil.

 

Ministro-chefe da Casa Civil - Eliseu Padilha: Eu é que agradeço. Muito obrigado.

 

Gabriela: E nós ficamos por aqui. Boa noite.

 

Nasi: Uma boa noite para você.

 

"A Voz do Brasil, Governo Federal".