22 de março de 2018

Destaques da Voz do Brasil: Governo consegue suspender tarifação do aço brasileiro pelos Estados Unidos. Depois de mais uma queda na taxa de juros, vamos falar do impacto dessa redução. Comprar, mas com responsabilidade. Pesquisa aponta que os brasileiros estão cuidando melhor das finanças. E hoje é Dia Mundial da Água. A gente preparou uma reportagem especial pra mostrar que os cuidados com esse bem devem ser de todos.

22 de março de 2018

Destaques da Voz do Brasil: Governo consegue suspender tarifação do aço brasileiro pelos Estados Unidos. Depois de mais uma queda na taxa de juros, vamos falar do impacto dessa redução. Comprar, mas com responsabilidade. Pesquisa aponta que os brasileiros estão cuidando melhor das finanças. E hoje é Dia Mundial da Água. A gente preparou uma reportagem especial pra mostrar que os cuidados com esse bem devem ser de todos.

VOZ220318.mp3

Duração:

Publicado em 23/03/2018 13:10


Apresentador Nasi Bum: Em Brasília, 19h.

 

"Está no ar a Voz do Brasil. As notícias do Governo Federal que movimentaram o país no dia de hoje".

 

Apresentadora Gabriela Mendes: Olá, boa noite.

 

Nasi: Boa noite para você que nos acompanha em todo o país.

 

Gabriela: Quinta-feira, 22 de março de 2018.

 

Nasi: E vamos ao destaque do dia.

 

Gabriela: Governo consegue suspender tarifação do aço brasileiro pelos Estados Unidos. Paula de Orte.

 

Repórter Paola De Orte: O representante de comércio dos Estados Unidos disse que o governo vai suspender a imposição de tarifas para os países com que o governo está negociando.

 

Nasi: Você também vai ouvir na Voz do Brasil de hoje.

 

Gabriela: Depois de mais uma queda na taxa de juros, vamos falar do impacto dessa redução. Nei Pereira.

 

Repórter Nei Pereira: Com a redução da Selic, fica mais barato fazer empréstimos, financiamentos, compras parceladas no crediário e usar o cartão de crédito.

 

Nasi: Comprar, mas com responsabilidade. Pesquisa aponta que os brasileiros estão cuidando melhor das finanças. Pablo Mundim.

 

Repórter Pablo Mundim: Sete em cada dez pessoas afirmam que mudaram algumas de suas prioridades com relação a dinheiro.

 

Gabriela: E hoje é o Dia Mundial da Água.

 

Nasi: A gente preparou uma reportagem especial para mostrar que os cuidados com esse bem devem ser de todos.

 

Gabriela: Hoje, na apresentação da Voz do Brasil, Gabriela Mendes e Nasi Brum.

 

Nasi: E para assistir a gente, ao vivo, na internet, basta acessar www.voz.gov.br.

 

Gabriela: A indústria siderúrgica brasileira, que produz metais pesados como o aço e a alumínio, ficou mais leve nessa quinta-feira.

 

Nasi: Isso porque os Estados Unidos anunciaram, hoje, que vão suspender a aplicação de tarifas para a importação dessa matéria-prima.

 

Gabriela: A medida, que poderia afetar nossa indústria, começa a valer amanhã, como explica a correspondente da Voz do Brasil em Washington, Paola De Orte.

 

Repórter Paola De Orte: O representante de comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, fez o anúncio durante um depoimento ao Comitê de Finanças do Senado Norte-Americano. Ele disse que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acredita que alguns países deveriam ser isentos da aplicação de tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio. O representante disse que o governo vai suspender a imposição de tarifas para os países com que o governo está negociando. A lista inclui Brasil, União Europeia, Austrália, Argentina, Coreia do Sul, Canadá e México. Para todos os outros países que não estão nessa lista, as tarifas passam a valer a partir de amanhã. O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil, Marcos Jorge de Lima, comentou a decisão.

 

Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil - Marcos Jorge de Lima: Nós estamos no caminho certo, no caminho do diálogo, e estaremos atuando continuamente para excluirmos em definitivo essa imposição ao nosso aço e ao alumínio do Brasil. Então, a partir da publicação da medida é que nós teremos condição de verificar, com exatidão, quais são os caminhos dentro desse processo de recurso, tanto por parte do governo brasileiro como também pelas indústrias que estarão se manifestando, pedindo a exclusão dessa aplicação de medida contra o aço e alumínio nos Estados Unidos.

 

Repórter Paola De Orte: Segundo o representante de comércio norte-americano, uma das razões para isentar o Brasil das novas tarifas é que o país exporta aço semiacabado para os Estados Unidos, produto empregado como insumo na indústria do aço norte-americano. O representante também disse que, para os Estados Unidos, é uma grande vantagem ter um bom relacionamento com a região sul-americana, sobretudo com Brasil e Argentina. De Washington, nos Estados Unidos, Paola De Orte.

 

"Economia - Direto ao Ponto".

 

Nasi: Vai ficar cada vez mais barato comprar a prazo sem preocupação com o aumento abusivo de preços ao longo das prestações.

 

Gabriela: Isso porque a Taxa Selic, que foi anunciada ontem pelo Banco Central, caiu mais uma vez. É a menor da história.

 

Nasi: Um reflexo da inflação baixa e da melhora da economia. O repórter Nei Pereira explica para a gente.

 

Repórter Nei Pereira: Com a redução da Selic fica mais barato fazer empréstimos, financiamentos, compras parceladas no crediário e usar o cartão de crédito. Combinada com inflação baixa, a queda da taxa básica de juros facilita o consumo, o que ajuda na recuperação econômica. Em uma loja de móveis de um shopping de Brasília as vendas vêm aumentando desde o ano passado. O gerente da loja, Daniel Caetano, diz que a tendência é que os clientes continuem comprando.

 

Gerente de Loja de Móveis - Daniel Caetano: Isso aí vai dar um pico muito grande de vendas, né? O consumidor vê que realmente está acontecendo, né? Ele sentir que realmente o juro está caindo, né, automaticamente as vendas vão só aumentar, né?

 

Repórter Nei Pereira: Uma taxa de juros Selic baixa como está agora faz com que o empresário deixe de aplicar o dinheiro no mercado financeiro e invista no setor produtivo, aquecendo a economia com compra de máquinas e equipamentos e geração de emprego. Com a queda dos juros e a recuperação econômica, a estudante Raíssa Maia de Souza, que passa as manhãs distribuindo currículos no comércio de Brasília, tem esperança de conseguir um trabalho.

 

Estudante - Raíssa Maia de Souza: Tentando conseguir um emprego para poder ajudar a pagar a faculdade. Atualmente tem muita pessoa desempregada, né? Agora muitas pessoas vão conseguir um emprego, se Deus quiser. É uma esperança muito grande.

 

Repórter Nei Pereira: Depois que o Banco Central diminuiu a Selic, o Banco do Brasil anunciou redução das taxas de juros para as pessoas físicas e empresas. Segundo o economista José Luiz Pagnussat, a tendência é que outras instituições sigam nessa linha.

 

Economista - José Luiz Pagnussat: O consumidor pode ficar atento que todas as taxas de juros vão ter uma redução, mesmo que pequena. Os empréstimos daqui para frente vão ser com juros um pouco menores do que vinham sendo praticados até então.

 

Repórter Nei Pereira: A queda da Selic impacta também as contas públicas, já que o governo passa a emitir títulos com juros mais baixos e, assim, o dinheiro pode ser usado em benefício da população. O Banco Central sinalizou que na próxima reunião, em maio, deverá fazer mais redução na taxa básica de juros. Reportagem, Nei Pereira.

 

Gabriela: E já que estamos falando de economia aquecida e consumidor otimista, você sabia que o brasileiro anda controlando melhor os gastos?

 

Nasi: É isso, Gabriela. Muita gente vem cuidando das finanças, seguindo aquela velha regrinha: não gastar mais do que ganha.

 

Gabriela: E você, como que está planejando suas contas? O Banco Central dá boas dicas na reportagem de Pablo Mundim.

 

Repórter Pablo Mundim: Recessão, desemprego, inflação. O brasileiro sabe que o pior da crise já passou. Mas nos últimos anos não foram poucos os desafios. E com o orçamento mais curto muitos consumidores mudaram os hábitos financeiros. Uma realidade já que é comum para Ana Maria de Jesus Souza. Professora da rede pública de ensino de Brasília, ela sabe que para economizar é preciso cortar gastos supérfluos.

 

Professora - Ana Maria de Jesus Souza: Comprar roupas além do que a gente necessita, saídas demais, né, para muitos restaurantes, porque quem não ganha muito bem não tem como ir a restaurante duas, três vezes na semana.

 

Repórter Pablo Mundim: Assim como a Ana Maria, sete em cada dez pessoas afirmam que mudaram alguma de suas prioridades com relação a dinheiro por causa da crise econômica. É o que revela uma recente pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil. O levantamento também mostra que mais de 80% dos entrevistados pretendem manter esse hábito em 2018. Estatística que não surpreende a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

 

Economista-Chefe do SPC Brasil - Marcela Kawauti: Existia alguma esperança de que a crise tivesse um efeito educativo, no sentido de que o consumidor de fato saísse dessa crise com uma mudança nos hábitos, com uma visão diferente da economia e da forma como ele lida com o dinheiro.

 

Repórter Pablo Mundim: A pesquisa também mostra que mais da metade das pessoas passaram a evitar gastos com bens supérfluos, como atividades de lazer, e agora pesquisam o melhor preço antes de irem às compras. Na prática, essa é exatamente a receita para quem pretende economizar, como explica a chefe do Departamento de Promoção de Cidadania Financeira do Banco Central, Elvira Cruvinel.

 

Chefe do Departamento de Promoção de Cidadania Financeira do Banco Central - Elvira Cruvinel: Prepare seu orçamento, faça às suas contas, verifique realmente quanto você ganha e quanto você gasta, e nesse momento você deve verificar se está tendo despesas que não precisam acontecer. Supérfluos, desperdícios que não devem acontecer jamais, você deve então eliminá-los da sua vida financeira.

 

Repórter Pablo Mundim: E para ajudar os consumidores, o Banco Central disponibiliza um site, o cidadaniafinanceira.bcb.gov.br. Lá é possível encontrar dicas como de usar melhor o seu dinheiro e aprender a economizar. Reportagem, Pablo Mundim.

 

Nasi: O presidente Michel Temer esteve no Rio de Janeiro na noite de ontem, onde se reuniu com o comando da intervenção federal no estado.

 

Gabriela: O interventor, o general Braga Netto, passou ao presidente Michel Temer detalhe de todas as ações de segurança e da área social já realizadas.

 

Nasi: Temer voltou a falar da verba de R$ 1 bilhão para as ações de segurança, que deve ser liberada ainda esta semana.

 

Gabriela: O presidente afirmou que o governo está dedicado a trazer mais segurança aos brasileiros.

 

Presidente Michel Temer: Nós resolvemos enfrentar este tema aqui no Rio de Janeiro mediante a intervenção cooperativa que nós fizemos com o governador Pezão, mas também, vocês sabem, que nós estamos enfrentando esta questão em todo o Brasil, na medida em que criamos o Ministério da Segurança Pública e nomeamos o ministro Raul Jungmann para esta tarefa, que a ela se dedica com muita intensidade. Nós estamos atendendo a uma das principais preocupações hoje de todo o povo brasileiro. A segurança pública ocupa o primeiro lugar nas preocupações daqueles que vivem no nosso país. Por isso que nós estamos dedicando, entre tantas atenções especiais, uma atenção especialíssima para o tema da segurança pública.

 

Nasi: E para garantir este R$ 1 bilhão para as ações no Rio de Janeiro que o presidente Michel Temer anunciou, o governo teve que remanejar o orçamento deste ano.

 

Gabriela: Funciona como as contas de casa. Quando se tem um gasto a mais e a renda é a mesma, é preciso alterar, tirar o dinheiro destinado para aquele gasto e usar para outro fim.

 

Nasi: Os detalhes desse remanejamento foram apresentados hoje, pelo Ministério do Planejamento.

 

Repórter Paulo La Salvia: O governo vai remanejar R$ 1 bilhão do orçamento deste ano para cobrir os custos da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Entre outras ações, o dinheiro vai ser utilizado para a compra de armas, veículos e combustível. O secretário de Orçamento do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, George Soares, prevê que este valor pode ser liberado já a partir da próxima semana.

 

Secretário de Orçamento do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - George Soares: O crédito para o Rio, que vai ser uma medida provisória, ele está em elaboração por enquanto na Presidência da República, que é o solicitante desse crédito, vai vir para o Ministério do Planejamento, e aí será encaminhado para o presidente da República fazer a publicação. Tudo está correndo o mais rápido possível.

 

Repórter Paulo La Salvia: Para garantir este valor para a intervenção federal, o Governo Federal fez um novo contingenciamento, isto é, bloqueou mais R$ 2 bilhões do orçamento deste ano. Este congelamento é uma forma de prevenção para garantir os recursos. Isso porque alguns projetos que garantiriam mais recursos ainda não foram aprovados pelo Congresso. Um deles é o que muda a cobrança feita junto às empresas. Atualmente elas pagam um valor que varia sobre a receita bruta no lugar de recolher 20% sobre a folha de pagamento dos funcionários contratados. São 54 setores econômicos que obedecem esta regra e o governo quer reduzir para apenas quatro. Com o bloqueio de R$ 2 bilhões desta quinta-feira, são agora R$ 18,2 bilhões congelados, que podem ser liberados durante o ano caso as receitas se confirmem. O secretário George Soares explicou como este valor se divide nas contas do governo.

 

Secretário de Orçamento do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - George Soares: Nós vamos ter R$ 10,6 bilhões da Eletrobrás, R$ 1 bilhão da intervenção no Rio e R$ 6,6 bilhões para fazer crédito. É o que a gente vai fazer de realocações que mudou.

 

Repórter Paulo La Salvia: O governo também fez uma reestimativa do crescimento da economia com o aumento de 2,97% no lugar dos 3% previstos anteriormente. O PIB é o conjunto de bens, serviços e riquezas produzidas pelo país durante um ano. Reportagem, Paulo La Salvia.

 

Gabriela: 19h13 em Brasília.

 

Nasi: Hoje é o Dia Mundial da Água.

 

Gabriela: E nós aproveitamos as discussões do Fórum Mundial para reforçar que a preservação desse bem tão precioso é uma missão de todos.

 

Nasi: O Departamento Nacional de Trânsito anunciou, hoje, a suspensão da medida que muda o modelo de placa padrão para veículos aqui no Brasil.

 

Gabriela: A repórter Raquel Mariano está, ao vivo, aqui no estúdio e tem mais informações. Boa noite, Raquel.

 

Repórter Raquel Mariano (ao vivo): Boa noite, Gabriela. O Contran, o Conselho Nacional de Trânsito, suspendeu por 60 dias o início da implantação do novo modelo de placas de veículos que será adotada pelo Brasil e por todos os países do Mercosul. A mudança nas placas começaria no dia 1º de setembro para os novos emplacamentos. O diretor do Denatran, Maurício Alves, disse que esse adiamento atende ao pedido das empresas que fabricam as placas.

 

Diretor do Denatran - Maurício Alves: Para atender a solicitação, o apelo dos estampadores de placas do nosso país. Entendendo o temor de que alguns estados poderiam ter o trabalho prejudicado, nós determinamos a criação de um grupo de trabalho para melhor disciplinarmos na norma, mas estaremos dentro em breve implantando em nosso país.

 

Repórter Raquel Mariano (ao vivo): De acordo com o Denatran, esta decisão deve ser publicada no Diário Oficial até segunda-feira. A nova placa de carro terá selos federais e chips de identificação fabricados pela Casa da Moeda. As placas terão componentes que permitem a identificação automática do veículo, como o QR Code. Nasi, Gabriela.

 

Nasi: Obrigado, Raquel Mariano, pelas informações, ao vivo, aqui na Voz do Brasil.

 

"Momento Social".

 

Gabriela: A dona Maria da Penha Sartori mora no Espírito Santo e recebe o BPC. Ela quer saber quais os benefícios de ser inscrita no Cadastro Único.

 

Nasi: O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, responde.

 

Gabriela: Daqui a pouquinho a gente vai ouvir essa reportagem.

 

"Fórum Mundial da Água - Compartilhando Ideias e Soluções".

 

Nasi: Hoje é o Dia Mundial da Água.

 

Gabriela: E o mundo se encontra em Brasília no maior evento sobre águas, um espaço para trocar ideias e apresentar soluções.

 

Nasi: Milhares de pessoas de 150 países estão mostrando suas invenções. Andando pelos corredores, o que não faltam são projetos inovadores.

 

Gabriela: E nesse dia especial houve espaço também para a criançada. Além de conscientizar os adultos, o fórum também ensina os pequenos a economizar.

 

Repórter Pablo Mundim: Uma solução que caiu do céu. Por que não usar a água da chuva e economizar? Foi assim que nasceu a engenhoca do paulista Edilson Urbano: uma cisterna fácil de fazer e com baixo custo de produção. Ele garante que toda a cisterna pode ser feita com, no máximo, R$ 300.

 

Inventor da Cisterna - Edilson Urbano: A gente gastar a água da chuva e poupar a água potável, né? Então, tem um filtro de entrada, tem um sistema para descartar o início da chuva, para não remexer a sujeira que fica sedimentada no fundo, que faz a limpeza a superfície da água. Um pouquinho de cloro para matar a bicharada toda, né? E é todo protegido contra a dengue, então tem tela na entrada, tem tela na saída. Tudo isso pode variar de preço, desde zero até uns R$ 300.

 

Repórter Pablo Mundim: E o que dizer da ideia do Ricardo Aldana, de Bogotá, na Colômbia. Ele desenvolveu um sistema que reaproveita a água usada no banho. Após descer pelo ralo, a água é armazenada em garrafas pets instaladas abaixo do piso. Depois, é usada na descarga. Uma economia de 40% no final do mês.

 

Inventor - Ricardo Aldana: É uma economia realmente valiosa. O mais significativo é que ajuda o meio ambiente, ajuda a recuperar a água.

 

Repórter Pablo Mundim: Ideias e soluções que estão presentes no Oitavo Fórum Mundial da Água. E neste dia especial em que se comemora o Dia Internacional da Água, brincadeiras de criança ensinam como cuidar deste bem. Calieu de Siqueira, de nove anos, aprendeu direitinho a lição.

 

Estudante - Calieu de Siqueira: Eu aprendi que você não pode desperdiçar água. Tem que economizar o máximo possível para tentar ajudar o planeta a se recuperar.

 

Repórter Pablo Mundim: Você vai ensinar para o seu pai e para a sua mãe como é que faz para economizar a água?

 

Estudante - Calieu de Siqueira: Aham.

 

Repórter Pablo Mundim: Como é que você falar para eles?

 

Estudante - Calieu de Siqueira: Por exemplo, quando for fazer a barba ou escovar o dente, você não pode deixar a torneira ligada, porque em cinco minutos você gasta 12 litros de água.

 

Repórter Pablo Mundim: Mas nem todo mundo tem acesso a esse bem. Levantamento da Organização Mundial da Saúde aponta que mais de 2 bilhões de pessoas no mundo não têm água potável em casa. No Brasil a cobertura é superior a 82%. E para Ângela Ortigara, oficial das Nações Unidas para o Programa Mundial de Avaliação dos Recursos Hídricos, os projetos apresentados no fórum podem ajudar o mundo a preservar este bem.

 

Oficial das Nações Unidas para o Programa Mundial de Avaliação dos Recursos Hídricos - Ângela Ortigara: Um dos projetos que serve como exemplo no Brasil é o Cultivando Água Boa. São as soluções verdes. A melhoria do uso do solo, da agricultura, ela melhorou a qualidade da água, a quantidade da água para os produtores agrícolas e ajudou a barragem de Itaipu a aumentar a sua vida útil.

 

Repórter Pablo Mundim: Doze por cento de toda a água doce do planeta estão no Brasil. É a maior reserva do mundo. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, lembra que falar da preservação da água é falar de todo o equilíbrio ecológico e de todo ecossistema.

 

Ministro do Meio Ambiente - Sarney Filho: Não podemos separar a água de floresta, nós não podemos separar rio de proteção de suas margens. O mundo hoje, com quase 8 bilhões de habitantes, já retira da natureza, no seu dito processo civilizatório, mais do que a natureza pode repor. Dessa forma, a gente tem que cuidar para que haja o equilíbrio ecológico.

 

Repórter Pablo Mundim: E sabe a ideia do Edilson, lá no começo da matéria? Ele também criou um site ensinando o passo a passo de como construir a cisterna para captar água da chuva. O endereço é sempresustentavel.com.br, e é de graça. Reportagem, Pablo Mundim.

 

Nasi: E uma das maneiras de garantir o abastecimento de água para a população é proteger e recuperar as nascentes e os rios.

 

Gabriela: O governo tem ações nesse sentido. Uma delas é um aplicativo que permite que as pessoas saibam onde estão as nascentes próximas a elas e ajudem na recuperação.

 

Nasi: E agora essa ferramenta tem uma novidade: o Banco do Brasil vai abrir uma conta para quem quiser depositar dinheiro para financiar ações de preservação desses locais.

 

Repórter João Pedro Neto: Se envolver diretamente com a recuperação do meio ambiente. Essa é a proposta do Plantadores de Rios. Pelo aplicativo, as pessoas encontram nascentes próximas da localidade onde estão, verificam o estado de preservação e podem se colocar à disposição para recuperar. Aí na outra ponta é feito o contato com os produtores e os dois definem as ações a serem desenvolvidas. É o que explica o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.

 

Ministro do Meio Ambiente - Sarney Filho: E a pessoa entra num aplicativo, na hora que ela olha, ela pode saber onde têm nascentes perto dela, em quilômetros ao redor dela, e ela pode adotar uma nascente. Ó, essa nascente aqui precisa de plantio de árvore ou precisa de uma cerca.

 

Repórter João Pedro Neto: E no Dia Mundial da Água, o programa ganhou reforço. A Fundação Banco do Brasil assinou um termo de compromisso e vai abrir uma conta para receber recursos destinados ao Plantadores de Rios. Segundo o presidente da Fundação, Asclépio Soares, invés de apoiar uma área específica, o dinheiro vai ser usado em projetos de recuperação e proteção de áreas de preservação permanente.

 

Presidente da Fundação Banco do Brasil - Asclépio Soares: A fundação abriu uma conta corrente para que esses recursos sejam direcionados para lá e de uma maneira com o mais alto grau de comprometimento com a clareza, com a ética, nós possamos fazer chamadas públicas para aplicar esses recursos em atividades finalísticas.

 

Repórter João Pedro Neto: Outro reforço vem do Instituto Espinhaço, organização sem fins lucrativos que atua na preocupação e conservação ambiental. De acordo com Luiz Oliveira, presidente do instituto, a organização vai usar as informações do aplicativo para recuperar ainda mais nascentes e cursos d'água.

 

Presidente do Instituto Espinhaço - Luiz Oliveira: Com o Plantadores de Rios, na verdade nós vamos até a propriedade, pequenas, médias e grandes propriedades, nós restauramos as áreas desses proprietários gratuitamente, nós produzimos a muda e plantamos a muda para o proprietário.

 

Repórter João Pedro Neto: São mais de 1,7 milhão de nascentes cadastradas no Plantadores de Rios. De acordo com o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Raimundo Deusdará, o programa é importante para envolver toda a sociedade na preservação do meio ambiente.

 

Diretor-Geral do Serviço Florestal Brasileiro - Raimundo Deusdará: Independente das ações do estado, do município, da União e das ONGs, eu pessoalmente quero ajudar. Aí ele se relaciona direta com o produtor, essa é uma relação privada, e faz a sua contribuição. "Eu estou fazendo a minha parte, eu estou adotando nascente. Sou Plantadores de Rios".

 

Repórter João Pedro Neto: Por enquanto o aplicativo está disponível apenas para usuários do sistema Android. É só ir na loja virtual e procurar por "Plantadores de Rios". Reportagem, João Pedro Neto.

 

Nasi: 19h22.

 

"Momento Social".

 

Gabriela: Agora, sim, nós vamos ouvir a dúvida da dona Maria da Penha Sartori, e o ministro do Desenvolvimento Social Osmar Terra é quem responde.

 

Ouvinte da Voz do Brasil - D. Maria da Penha Sartori: Olá, ministro. O meu nome é Maria da Penha Saradela Sartori. Eu tenho 76 anos, recebo o BPC e gostaria de quais os benefícios que são incluídos no Cadastro Único?

 

Ministro do Desenvolvimento Social - Osmar Terra: Dona Maria da Penha, essa inscrição no Cadastro Único para todas as pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada é importante para que os idosos e as pessoas com deficiência possam participar de outros programas sociais do Governo Federal. O Minha Casa, Minha Vida tem um desconto, a tarifa social de energia elétrica, conforme o consumo, pode ter um desconto de até 65% do valor e o próprio Bolsa Família. Além disso, essas informações irão nos ajudar a conhecer melhor as pessoas que fazem parte do BPC para que possamos desenhar melhor ainda as políticas sociais para esse público. Para atualizar as informações é necessário levar ao CRAS, o Centro de Referência de Assistência Social do seu município, documentos pessoais do beneficiário e de toda a família.

 

Nasi: O BPC é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Mais de 4,5 milhões de pessoas recebem o benefício no valor de um salário mínimo.

 

Gabriela: O Operador Nacional do Sistema vai realizar, na próxima segunda-feira, uma reunião com as empresas responsáveis pelo sistema afetado pela queda de energia na tarde de ontem.

 

Nasi: Todas as regiões do país foram afetadas, em especial estados do Norte e Nordeste.

 

Gabriela: A falha na distribuição de energia começou por volta das 4h da tarde de ontem. O Operador do Sistema informou também que toda a energia foi restabelecida às 9h da noite.

 

Nasi: O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse hoje que houve uma falha na subestação de Xingu, ligada à Usina de Belo Monte, no Pará, responsável pela distribuição da maior parte da energia no Sudeste.

 

Gabriela: Segundo o ministro, não há risco de desabastecimento.

 

Ministro de Minas e Energia - Fernando Coelho Filho: Nós não temos risco de desabastecimento, acho que é importante a gente falar. O diretor Barata e a ONS já se manifestou por diversas sobre isso, que nas previsões do PDE está um crescimento estimado de 3,8% e a ONS tem expectativa para poder suportar pelos próximos anos até um crescimento de 5%. Nós temos geração contratada aí no futuro para poder atender esse crescimento, que a gente espera que ele possa se confirmar.

 

Gabriela: E essas foram as notícias do Governo Federal.

 

Nasi: Uma realização da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

 

Gabriela: Com produção da Empresa Brasil de Comunicação.

 

Nasi: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite.

 

Gabriela: Uma boa noite para você e até amanhã.

 

"Brasil, ordem e progresso".