22 de agosto de 2018 - poder executivo

Destaques da Voz do Brasil: Mais de 47 mil novos postos de trabalho são gerados em julho. No acumulado do ano, Brasil gera mais de 440 mil empregos com carteira assinada. Brasil antecipa meta de redução na emissão de gases de efeito estufa. Universidades federais vão receber recursos para desenvolver pesquisas para combate à obesidade. E as novas práticas podem ser levadas para melhorar atendimento no SUS.

22 de agosto de 2018 - poder executivo

Destaques da Voz do Brasil: Mais de 47 mil novos postos de trabalho são gerados em julho. No acumulado do ano, Brasil gera mais de 440 mil empregos com carteira assinada. Brasil antecipa meta de redução na emissão de gases de efeito estufa. Universidades federais vão receber recursos para desenvolver pesquisas para combate à obesidade. E as novas práticas podem ser levadas para melhorar atendimento no SUS.

VOZ220818.mp3

Duração:

Publicado em 23/08/2018 10:55


Apresentador Nasi Brum: Em Brasília, 19h.

 

"Está no ar A Voz do Brasil. As notícias do Governo Federal que movimentaram o país no dia de hoje".

 

Apresentadora Gabriela Mendes: Olá. Boa noite.

 

Nasi: Boa noite para você que nos acompanha em todo o país.

 

Gabriela: Quarta-feira, 22 de agosto de 2018.

 

Nasi: E vamos ao destaque do dia.

 

Gabriela: Mais de 47 mil novos postos de trabalho são gerados em julho.

 

Nasi: No acumulado do ano, o Brasil gera mais de 440 mil empregos com Carteira assinada.

 

Gabriela: Números foram divulgados agora há pouco pelo Ministério do Trabalho.

 

Nasi: E você também vai ouvir na Voz do Brasil de hoje.

 

Gabriela: Brasil antecipa a meta de redução da emissão de gases de efeito estufa. Nei Pereira.

 

Repórter Nei Pereira: Para o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, o combate ao desmatamento foi um dos responsáveis por esse resultado.

 

Nasi: Universidades federais vão receber recursos para desenvolver pesquisas para combate à obesidade.

 

Gabriela: E as novas práticas podem ser levadas para melhorar atendimento no SUS. Pablo Mundim.

 

Repórter Pablo Mundim: Vão ser R$ 10 milhões para o desenvolvimento de pesquisa, extensão e formação de trabalhadores na atenção básica.

 

Nasi: Hoje, na apresentação, Gabriela Mendes e Nasi Brum.

 

Gabriela: E para assistir a gente, ao vivo, na internet, basta acessar www.voz.gov.br.

 

Nasi: Gases de efeito estufa são aqueles que contribuem para aumentar o calor na superfície do planeta.

 

Gabriela: Esse fenômeno é chamado de aquecimento global e pode ter efeitos como o derretimento de geleiras, e, consequentemente, o aumento do nível dos oceanos.

 

Nasi: Numa situação extrema, cidades à beira-mar poderiam ser engolidas pelas águas.

 

Gabriela: E para evitar que isso aconteça, quase 200 países se comprometeram, em 2015, a emitir menos gases de efeitos estufa.

 

Nasi: Um dos principais é o dióxido de carbono, que é resultado da queima de combustíveis e também das queimadas em florestas.

 

Gabriela: E o Brasil anunciou hoje que já conseguiu cumprir uma meta de redução desse gás, prevista para daqui a dois anos.

 

Repórter Nei Pereira: O Brasil deixou de soltar na atmosfera mais de 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono nos últimos dois anos. O número equivale às emissões anuais das cinco maiores economias da União Europeia. A meta era chegar a esse valor só em 2020. A informação foi apresentada pelo ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, na Semana do Clima da América Latina e Caribe, nesta quarta-feira, em Montevidéu, no Uruguai. Para o ministro, o combate ao desmatamento foi um dos responsáveis por esse resultado.

 

Ministro do Meio Ambiente - Edson Duarte: A queda do desmatamento, aliado às áreas de conservação, as que foram mantidas, as que são sendo criadas e mais os dados do Cadastro Ambiental Rural, fazem com que o Brasil acontece resultados na redução das suas emissões de gases de efeito estufa. O Brasil reafirma o seu protagonismo na Agenda Internacional Climática, na Agenda Internacional Ambiental.

 

Repórter Nei Pereira: De acordo com o monitoramento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe, a área desmatada no cerrado caiu 38% em 2017, em comparação com 2015. Já a redução do desmatamento na Amazônia foi de 28% entre 2016 e 2017. De acordo com o ministro do Meio Ambiente, o Brasil continua trabalhando para cumprir os compromissos do Acordo de Paris. A meta brasileira é reduzir em 37% as emissões até 2025. O ministro Edson Duarte ressalta que os números mostram que é possível se desenvolver sem promover o desmatamento.

 

Ministro do Meio Ambiente - Edson Duarte: A agricultura vem batendo recorde de produtividade, de produção, de resultados no setor, entretanto, é possível, sim, combater ilegalidade, manter nossas florestas em pé, manter a nossa contribuição climática não só para o planeta, mas para o Brasil também. O que está acontecendo no Brasil é um salto gigantesco para fazer com que o país se consolide como uma grande nação, se não a maior nação no que diz respeito ao desenvolvimento econômico, social e ambiental.

 

Repórter Nei Pereira: O Acordo de Paris foi aprovado por 195 países em 2015 para reduzir emissões de gases de efeitos estufa. Reportagem, Nei Pereira.

 

Nasi: E a preservação significa mais qualidade de vida para a população no futuro.

 

Gabriela: Além disso, também gera impactos econômicos nas áreas preservadas.

 

Nasi: É que o Brasil, com sua diversidade de florestas, fontes de águas e animais das mais diversas espécies, vem atraindo turistas para os chamados passeio ecológicos.

 

Gabriela: Para se ter uma ideia, só no ano passado nossos parques nacionais receberam quase 11 milhões de turistas.

 

Repórter Márcia Fernandes: Esse é o som de uma das sete maravilhas da natureza, as cataratas do Iguaçu, na divisa entre o Brasil e Argentina. As quedas d'água estão localizadas no Parque Nacional do Iguaçu, na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. O parque é considerado Patrimônio Mundial Natural pela Unesco e é o segundo mais visitado do país. No ano passado recebeu quase 2 milhões de visitantes de 166 países. A jornalista Gabriela Macioszek é de Curitiba, e foi conhecer o parque. Ela venceu o medo de altura que disse que o passeio valeu a pena.

 

Jornalista - Gabriela Macioszek: Pela trilha você consegue ver as cataratas de longe, e aí você vai vindo, é um passeio muito bonito. Por mais que eu fiquei muito nervosa porque eu tenho medo de altura, mas foi lindo.

 

Repórter Márcia Fernandes: Além de receber turistas que querem conhecer as cataratas, como a Gabriela, ou fazer trilhas e praticar esportes radicais, o local também é habitado por várias espécies em extinção, como a onça pintada e o jacaré do papo amarelo. Atrações é o que não faltam, garante o chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Ivan Baptiston.

 

Chefe do Parque Nacional do Iguaçu - Ivan Baptiston: Além das cataratas, o parque oferece essa floresta, essa biodiversidade, esse conhecimento e essa conexão com a natureza selvagem, né?

 

Repórter Márcia Fernandes: O Paquero Nacional do Iguaçu é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, responsável por mais de 300 unidades de conservação federais em todo o país. E uma pesquisa ICMBio apontou que no ano passado foram registradas 10,7 milhões visitas em parques de conservação no Brasil. Esse número resultou em um impacto positivo na economia. Os visitantes gastaram cerca de R$ 2,2 bilhões nos municípios próximos às unidades de conservação. Só em hospedagem foram gastos mais R$ 610 milhões, já na alimentação, R$ 430 milhões. Francisco Cartaxo é superintendente de um shopping que fica perto do Parque Nacional do Iguaçu, ele conta que é possível observar no dia a dia como o turismo movimenta do comércio.

 

Superintendente de shopping - Francisco Cartaxo: A gente vê as cataratas sempre com muito público, com muita visitação e o shopping acompanhando toda essa evolução, ou seja, direto no consumo aqui dos nossos lojistas.

 

Repórter Márcia Fernandes: O assessor da Coordenação-Geral de Uso Público e Negócios do ICMBio, Thiago Beraldo, acredita que os parques ajudam tanto na conservação na natureza, quanto no crescimento da economia.

 

Assessor da Coordenação-Geral de Uso Público e Negócios do ICMBio - Thiago Beraldo: É muito lucrativo para o município ter uma unidade de conservação, ter um parque e receber visitantes, porque isso gera um efeito multiplicar na economia.

 

Repórter Márcia Fernandes: O estudo do ICMBio revela ainda que a cada R$ 1 investido nos parques nacionais, R$ 7 retornam para a economia. Além disso, as unidades ajudaram a criar 80 mil empregos diretos em 2017. Reportagem, Márcia Fernandes.

 

Nasi: Quando a gente liga a TV para assistir aquele programa favorito, não sabe por onde o sinal precisa passar para chegar até ali.

 

Gabriela: É porque nas principais cidades do país estão as grandes emissoras, as geradoras de programação.

 

Nasi: Em algumas capitais ou cidades tem emissoras afiliadas, que pegam a programação das maiores, mas também reproduzem conteúdo local.

 

Gabriela: Já nos pequenos municípios, existem ainda as retransmissoras, que não produzem conteúdo, mas que transmitem o conteúdo produzido por essas outras TVs.

 

Nasi: E foi por isso que o governo anunciou que vai diminuir o prazo para que essas retransmissoras coloquem esse conteúdo no ar. Isso significa a garantia de sinal e de acesso à informação pela TV em todos os cantos do país.

 

Repórter Bruna Saniele: Desburocratizar para levar telejornais, novelas, desenhos, programas de variedade e todo o tipo de informação de forma mais rápida para os municípios mais remotos do pais. Esse é o objetivo de um decreto que vai facilitar a concessão de autorizações e de renovações das cerca de 10 mil retransmissoras que atuam no Brasil, ou seja, em menos tempo mais conteúdo vai chegar um número maior de pessoa. O anúncio foi feito no Congresso Brasileiro de Radiodifusão pelo Presidente Michel Temer. Para o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, a mudança desfaz uma injustiça com o setor.

 

Ministro da Ciência Tecnologia Inovação e Comunicações - Gilberto Kassab: Hoje eu dizia ao presidente, justificando algumas semanas atrás a importância dessa medida, nós temos um prazo médio de seis anos para a aprovação das RTVs primárias, o que penaliza demais a rádio confusão brasileira. Com essa medida, em breve, nós reduziremos esses seis anos para quatro mês.

 

Repórter Bruna Saniele: O novo decreto também deverá prever que cada emissora utilize um único canal em todo o estado. Para o diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Abert, Christian Lobato Flores, as novas regras vão oferecer programação mais diversificada para quem está no interior do país.

 

Diretor-geral da Abert - Christian Lobato Flores: Com a desburocratização você facilita na simplificação, torna mais ágil esse processo e leva à população mais informação e mais diversas fontes de informação de televisão aberta.

 

Repórter Bruna Saniele: Na abertura do Congresso o Presidente da República, Michel Temer, destacou a importância das rádios e as emissoras de televisão para levar informação ampla para toda a população.

 

Presidente Michel Temer: Exatamente essa circulação de ideias e de informações que constrói sociedades verdadeiramente democráticas e que cada pessoa pode formar livremente suas próprias convicções.

 

Repórter Bruna Saniele: Além de ampliar o acesso a canais de televisão, o governo está facilitando a mudança de rádios AM para a frequência FM. Até o momento, 90% das rádios AM do país, mais de 1,6 mil emissoras, já solicitaram a migração, o que significa mais qualidade de som na transmissão do rádio. Reportagem, Bruna Saniele.

 

Gabriela: E agora há pouco, o presidente Michel Temer assinou o decreto que nós falamos, que muda as regras para as retransmissoras de TV.

 

Nasi: Essa era uma reivindicação antiga das empresas de TV e para a população, moderniza e garante melhor qualidade do serviço.

 

Gabriela: Após a assinatura, o presidente Temer destacou a diminuição da burocracia e a segurança jurídica que o decreto oferece ao setor de radiodifusão.

 

Presidente Michel Temer: O que mais de chamou a atuação foi que nós estamos sempre em busca da chamada segurança jurídica em todas as relações contratuais, e essa relação, de alguma maneira, é uma relação contratual de geradores, transmissores, retransmissores, né? Então, isso dá uma muita segurança jurídica, é o que eu pude verificar no decreto, e isso tem sido uma tônica do nosso governo.

 

Nasi: O Brasil criou, em julho, mais de 47 mil empregos com carteira assinada.

 

Gabriela: Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, divulgados, hoje, pelo Ministério do Trabalho.

 

Nasi: A jornalista Helen Bernardes está aqui no estúdio com a gente e detalha esses números. Boa noite Helen.

 

Repórter Helen Bernardes (ao vivo): Boa noite, Nasi. Boa noite, Gabriela. E boa noite a você, ouvinte na Voz do Brasil. Olha só, no mês de julho o Brasil gerou 47.319 empregos com Carteira assinada. O saldo positivo é resultado do número de admissões menos as demissões durante o mês. E no acumulado de todo o ano já foram gerados até agora mais de 440 mil novas vagas. Sobre isso a gente também vai conversar, ao vivo, agora com o ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, que está na linha. Boa noite, ministro.

 

Ministro do Trabalho - Caio Vieira de Mello: Boa noite. Boa noite a todos os ouvintes.

 

Repórter Helen Bernardes (ao vivo): Ministro, conta para gente a que o senhor atribui esse resultado aí, no mês de julho?

 

Ministro do Trabalho - Caio Vieira de Mello: É, o mês de julho nós temos, a pedido do governo, nós estamos incrementando programas de incentivo, e esses programas, eles acabam se transformando em vagas, em contratações diretas e formais. A que mais contratou foi o setor de agricultura, seguido setor de serviços e construção civil, que contrataram. As unidades federativas onde ocorreram mais contratos foi São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Pará. E até para incentivar esse tipo de contrato formal, o Ministério lança hoje o Comitê de Estudos Avançados sobre o Futuro do Trabalho, onde nós vamos discutir a formação profissional e também as modificações do trabalho, tudo no intuito de visar um aprimoramento do trabalhador, um aumento da contratação formal.

 

Repórter Helen Bernardes (ao vivo): Ministro, e já pensando então nesse futuro, nessas contribuições que o governo vai receber aí, dos trabalhadores com relação a esse futuro no emprego, o que a pessoa que está nos ouvindo agora, que está desempregado, o que é que ele pode esperar para os próximos meses? Temos aí um cenário favorável para a geração de novos postos de trabalho?

 

Ministro do Trabalho - Caio Vieira de Mello: Eu acredito com firmeza nessa condição, de novos postos de trabalho, e temos aí também, que pode o trabalhador brasileiro ter acesso hoje à Escola do Trabalhador. E basta entrar na Escola de Trabalhador que ele vai... nós temos 23 cursos profissionalizantes que vão qualificar o trabalhador para a busca do emprego. O trabalhador qualificado é o trabalhador que tem o emprego facilitado. E basta entrar no sítio do Ministério do Trabalho, da Escola do Trabalhador, ele tem certificação, concluído o curso, pela Universidade de Brasília.

 

Repórter Helen Bernardes (ao vivo): Obrigada, então, ministro Caio Vieira de Mello, ministro do Trabalho, que conversou com a gente ao vivo. Boa noite, ministro.

 

Ministro do Trabalho - Caio Vieira de Mello: Boa noite a todos.

 

Gabriela: E, Helen, ontem a gente falou aqui na Voz do Brasil sobre o trabalho intermitente, que também está gerando empregos com Carteira assinada. Em julho também houve geração nessa modalidade de trabalho?

 

Repórter Helen Bernardes (ao vivo): Teve sim, viu, Gabriela? Só para lembrar o trabalho intermitente, ele foi aprovado durante a reforma trabalhista. E nessa modalidade o empregado pode trabalhar em dias alterados ou por algumas horas e é remunerado por período trabalhado. No mês de julho houve um saldo positivo de mais de 3,4 mil novos postos de gerados, quase 5 mil pessoas foram admitidas nessa modalidade com mais de 1,5 mil desligamentos. Nasi.

 

Nasi: Obrigada, Helen Bernardes, pelas informações aqui na Voz do Brasil.

 

Gabriela: E como o ministro acabou falar com a gente, o Ministério do Trabalho está recebendo contribuições dos brasileiros sobre o futuro do trabalho.

 

Nasi: A iniciativa é do Comitê de Estudos Avançados, que quer abrir diálogo direto com a população sobre o tema.

 

Gabriela: As propostas recebidas vão ser analisadas pelo comitê e o resultado pode servir de base para novas políticas na área.

 

Nasi: De início, o Ministério delimitou três assuntos para a discussão: novas tecnologias, impacto dessas tecnologias no mercado de trabalho e políticas promovam a inclusão de trabalhadores no processo de transformação.

 

Gabriela: As contribuições devem enviadas no e-mail: futurodotrabalho@mte.gov.br.

 

Nasi: E você vai ouvir ainda nesta edição.

 

Gabriela: Universidades federais vão receber recursos para desenvolver pesquisas para combate à obesidade.

 

Nasi: E essas novas práticas podem ser levadas para melhorar o atendimento no SUS.

 

Gabriela: Ontem nós mostramos aqui, na Voz do Brasil, como funcionam os Centros de Referência Especializados de Assistência Social, os Creas.

 

Nasi: Nesses locais, qualquer pessoa que estiver passando por uma situação difícil tem atendimento de um especialista.

 

Gabriela: Hoje, você vai saber como funciona outro sistema de atendimento social do Governo Federal, os Centros POP.

 

Nasi: É, e neles a especialidade é o atendimento das pessoas em situação de rua.

 

Repórter Cleide Lopes: São inúmeras as razões que levam uma pessoa a abandonar tudo e viver nas ruas. No caso de Michele Carter de 27 anos, que nasceu Wallace, a não aceitação pela família da sua identidade sexual fez com que ela adotasse as ruas de Brasília como morada há quatro anos.

 

Entrevistada - Michele Carter: Não sou feliz na minha casa. Eu não me encaixo na minha família.

 

Repórter Cleide Lopes: Uma pesquisa publicada pelo Ipea, com base em dados de 2015, mostra que o Brasil tem mais de 100 mil pessoas vivendo nas ruas, como Michele. Ela frequenta diariamente o Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua, na região central de Brasília. Os Centros POP são locais em que a pessoa em situação de rua recebe apoio para se alimentar, fazer higiene pessoal, guardar pertences e até providenciar documentos pessoais, além de acesso a outros serviços e políticas públicas do Governo Federal, como explica Maria Yvelonia, diretora substituta de Proteção Social Especial do Ministério do Desenvolvimento Social.

 

Diretora substituta de Proteção Social Especial - Maria Yvelonia: Nossas equipes ofertam os serviços de acordo da necessidade e algumas das pessoas que estão em situação de rua e que nos procuram precisam de encaminhamento para o mundo do trabalho, por vezes precisam acessar a política de saúde, a política de educação, e nós fazemos os encaminhamentos.

 

Repórter Cleide Lopes: O maranhense Fernando Lopes, de 45 anos, já teve uma família, desajustes o levaram a abandonar a casa, a mulher e a filha de 14 anos. Depois de perambular por quase todos os estados, há três meses frequenta a unidade de Belo Horizonte. Para Fernando o Centro Pop representa o apoio para começar a sonhar com uma vida melhor.

 

Entrevistado - Fernando Lopes: Minha meta mesmo é arrumar um serviço, e aqui para mim é só uma passagem. E agora estou aqui tentando de novo e eu vou conseguir, que eu sou filho de Deus.

 

Repórter Cleide Lopes: Os Centros Pop acolhem jovens, adultos, idosos e até famílias, e podem acessados de forma espontânea ou por encaminhamento do Serviço Especializado em Abordagem Social. Reportagem, Cleide Lopes.

 

Gabriela: Mais de metade da população brasileira está com sobrepeso.

 

Nasi: É um problema que traz riscos à saúde e que nem sempre consegue ser resolvido sem ajuda.

 

Gabriela: Para ampliar o tratamento da obesidade, o Ministério da Saúde está com edital aberto para incentivar universidades públicas e privadas a desenvolverem projetos de pesquisa e formação de profissionais do SUS.

 

Repórter Pablo Mundim: Praticamente 20% da população brasileira é obesa e mais da metade tem sobrepeso. Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, e divulgados pelo Ministério da Saúde. O governo tem adotado medidas e ações para reduzir esse percentual, uma delas é o apoio e o incentivo às universidades públicas e privadas a desenvolverem projetos com ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade no Sistema Único de Saúde, o SUS. Vão ser R$ 10 milhões para o desenvolvimento de pesquisa, extensão e formação de trabalhadores na atenção básica, como explica a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa.

 

Coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição - Michele Lessa: São projetos voltados para o SUS e estratégias que podem apoiar as equipes de saúde a ter uma melhor atenção a essas pessoas e suas famílias, que são mais efetivas no cuidado da obesidade.

 

Repórter Pablo Mundim: Nos casos mais extremos, a cirurgia bariátrica é uma das soluções para a perda de peso. Esse tipo de procedimento aumentou mais de 220% no SUS entre 2008 e 2017. O médico e professor de cirurgia bariátrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Manoel Roberto Trindade, explica em que situação essa cirurgia é recomendada.

 

Médico e professor - Manoel Roberto Trindade: O paciente que tem índice de massa corporal acima de 35 quilos por metro quadrado de corpo e se tiver alguma comorbidade como pressão alta, apneia do sono, gordura no fígado, diabetes, índices tipos dois, ele está indicado a fazer a cirurgia bariátrica.

 

Repórter Pablo Mundim: Para a nutricionista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Cássia Regina de Aguiar, alimentação saudável e balanceada, além da prática de atividades físicas ainda são o melhor remédio para combater a obesidade.

 

Nutricionista - Cássia Regina de Aguiar: Reeducação alimentar, mudança de estilo de vida, conscientização sobre o problema, né? Que a obesidade é uma doença que exige cuidado para a vida inteira.

 

Repórter Pablo Mundim: A chamada pública do Ministério da Saúde vai até a dia 16 de setembro e está disponível no: www.cnpq.br. Reportagem, Pablo Mundim.

 

Nasi: Brasil e Colômbia vão trocar informações sobre como têm atuado em relação aos imigrantes venezuelanos.

 

Gabriela: Os dois países têm recebido diariamente grande número de cidadãos da Venezuela, que saem de lá em função na crise econômica e política.

 

Nasi: Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que cumpre agenda na Colômbia, o acordo prevê também a segurança nas fronteiras.

 

Ministro da Segurança Pública - Raul Jungmann: Nós tratamos de acordos para nós enfrentarmos os chamados delitos transnacionais, relativos a tráfico de drogas, tráfico de armas e também combate ao crime organizado a ser feito entre as nossas polícias. Acertamos também a assinatura a respeito de informações sobre migrações. Hoje o Brasil lida com a questão venezuelana das migrantes lá no estado de Roraima, e, eles aqui lidam num número muito maior com o mesmo problema. Então, nós queremos tratar conjuntamente as informações sobre essas migrações.

 

Gabriela: E essas foram as notícias do Governo Federal.

 

Nasi: Uma realização da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

 

Gabriela: Com produção da Empresa Brasil de Comunicação.

 

Nasi: Fique agora com o Minuto do TCU, e, em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite.

 

Gabriela: Uma boa noite e até amanhã.

 

"A Voz do Brasil, Governo Federal".