26 de julho de 2018 - poder executivo

Destaques da Voz do Brasil: Cooperação para desenvolver áreas de meio ambiente e aviação. Acordos assinados pelo Brasil durante reunião do Brics, na África do Sul. E durante encontro ficou definido que novo banco do Brics vai ter escritório regional no país. Mais mulheres trabalhando no campo. E lavouras com mais tratores e acesso à internet. Panorama do setor agropecuário foi revelado hoje pelo IBGE. Leilão concede à iniciativa privada distribuidora de energia do Piauí. Além de investimentos, empresa deve oferecer menor preço nas tarifas.

26 de julho de 2018 - poder executivo

Destaques da Voz do Brasil: Cooperação para desenvolver áreas de meio ambiente e aviação. Acordos assinados pelo Brasil durante reunião do Brics, na África do Sul. E durante encontro ficou definido que novo banco do Brics vai ter escritório regional no país. Mais mulheres trabalhando no campo. E lavouras com mais tratores e acesso à internet. Panorama do setor agropecuário foi revelado hoje pelo IBGE. Leilão concede à iniciativa privada distribuidora de energia do Piauí. Além de investimentos, empresa deve oferecer menor preço nas tarifas.

VOZ260718.mp3

Duração:

Publicado em 27/07/2018 11:07


Apresentador Nasi Brum: Em Brasília, 19h.

 

"Está no ar A Voz do Brasil. As notícias do Governo Federal que movimentaram o país no dia de hoje".

 

Apresentadora Gabriela Mendes: Olá. Boa noite.

 

Nasi: Boa noite para você que nos acompanha em todo o país.

 

Gabriela: Quinta-feira, 26 de julho de 2018.

 

Nasi: E vamos ao destaque do dia. Cooperação para desenvolver áreas de meio ambiente e aviação.

 

Gabriela: Acordos assassinados pelo Brasil durante reunião do Brics na África do Sul.

 

Nasi: E durante o encontro ficou definido que novo banco do Brics vai ter escritório regional do país. Luana Karen.

 

Repórter Luana Karen: Ficou definida a instalação de uma sede regional do novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics, em São Paulo, e de um escritório do banco em Brasília.

 

Gabriela: E você também vai ouvir na Voz do Brasil de hoje.

 

Nasi: Mais mulheres trabalhando no campo.

 

Gabriela: E lavouras com mais tratores e acesso à internet.

 

Nasi: Panorama do setor agropecuário foi revelado hoje, pelo IBGE.

 

Gabriela: Leilão concede à iniciativa privada distribuidora de energia do Piauí.

 

Nasi: Além de investimentos, empresa deve oferecer menor preço nas tarifas, Márcia Fernandes.

 

Repórter Márcia Fernandes: Segundo a Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, isso deve resultar em uma redução de 8,5% do valor da conta de luz para o consumidor.

 

Gabriela: Hoje, na apresentação da Voz do Brasil, Gabriela Mendes e Nasi Brum.

 

Nasi: E para assistir a gente, ao vivo, na internet, basta acessar www.voz.gov.br.

 

Gabriela: Os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se reuniram hoje, em Joanesburgo, na África do Sul, na 10ª Cúpula do Brics.

 

Nasi: Os países assinaram acordos em entendimento nas áreas de meio ambiente e aviação civil.

 

Gabriela: A reunião teve como tema os desafios de integrar novas tecnologias aos processos de produção.

 

Repórter Luana Karen: Um mundo sem barreiras, em que as distâncias geográficas já não são mais relevantes para a interação e integração dos povos. Esse é o mundo tenho a Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0, principal tema da décima edição da cúpula de chefes de Estado e de Governo do Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O Presidente Michel Temer citou o grupo como espaço privilegiado para discutir os desafios trazidos pela Quarta Revolução Industrial.

 

Presidente Michel Temer: O Brics, pelo peso de nossos países nos fluxos globais de comércio e de capitais, é espaço privilegiado para examinarmos o alcance dessa revolução. O fundamental é que estejamos continuamente atualizados diante de uma realidade em permanente mutação.

 

Repórter Luana Karen: Michel Temer disse que o Brasil está se preparando para essa nova fase de produção industrial e afirmou que as respostas aos desafios propostos pela chamada Indústria 4.0 são a qualificação da mão de obra e o trabalho conjunto dos países.

 

Presidente Michel Temer: Os recursos humanos são decisivos, profissionais, empreendedores, pesquisadores, estudantes, formuladores de políticas públicas, todos temos que estar preparados para um mundo mais veloz e mais flexível, um mundo no qual o ativo maior de um país é a capacidade de seus cidadãos, de assimilarem conhecimentos e articulá-los de forma pertinente, ágil e criativa. É essa capacidade que traz vantagens competitivas em ciência, tecnologia, inovação. Outra resposta é mais integração. Com os nossos sócios do Mercosul, resgatamos a ideia do livre mercado, que movia o bloco desde sua origem. Estamos eliminando barreiras ao invés de erguê-las. E retomamos ou abrimos novas frentes de negociação econômico-comercial.

 

Repórter Luana Karen: A 10ª Cúpula do Brics resultou na assinatura de um documento sobre meio ambiente, que propõe a cooperação entre os cinco países em áreas como a qualidade do ar, biodiversidade, mudança climática e implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Foi firmado ainda um acordo de aviação regional proposto pelo Brasil, que prevê trocar experiências para a estruturação de uma malha área mais eficiente dentro de cada país do Brics. E ficou definida a instalação de uma sede regional do novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics, em São Paulo, e de um escritório do banco em Brasília. De Joanesburgo, na África do Sul, Luana Karen.

 

Nasi: E o Brasil pediu à China o fim da sobretaxa ao açúcar e à carne de frango que são exportados aos chineses.

 

Gabriela: Os assuntos foram discutidos pelo Presidente Michel Temer durante reunião com o presidente chinês, Xi Jinping.

 

Nasi: O imposto maior sobre produtos que saem daqui já está afetando as nossas exportações.

 

Repórter Luana Karen: O açúcar brasileiro que chega à China paga atualmente taxas de 90%, isso porque há pouco mais de um ano o governo chinês elevou a alíquota de importação com uma taxa extra de 40%. Em junho deste ano, o governo chinês também passou a aplicar taxa extra à carne de frango brasileira. Com impostos mais altos, os produtos brasileiros se tornaram mais caros no mercado chinês, o que leva à diminuição das exportações. Os envios de açúcar brasileiro para a China caíram 86% entre 2016 e 2017. No encontro com o presidente da China, Xi Jinping, na manhã desta quinta-feira, o Presidente Michel Temer pediu menos barreiras para a carne de frango e para o açúcar do Brasil.

 

Presidente Michel Temer: Não só ontem, conversas muito oportunas durante o jantar, mas especialmente agora com o presidente Xi Jinping, pedimos a ele que deixe um pouco de lado uma sobretaxa que houve em relação ao frango e ao açúcar, né, para que nós pudéssemos aumentar as nossas exportações.

 

Repórter Luana Karen: Outro tema da conversa entre Michel Temer e o presidente chinês foi a soja, principal produto da pauta das exportações do Brasil para a China. Só nos primeiros seis meses deste ano foram enviados quase 36 milhões de toneladas do grão. O Brasil quer agora aumentar as exportações de soja processada.

 

Presidente Michel Temer: Queremos mandar os elementos processados, ou seja, óleo de soja e farelo de soja, o que, naturalmente, permite a industrialização no nosso país.

 

Repórter Luana Karen: A Câmara de Comércio Exterior Brasileira, a Camex, elaborou estudos que podem ser usados para auxiliar eventuais discussões na Organização Mundial do Comércio sobre as taxas adicionais aplicadas pela China ao frango e ao açúcar do Brasil. De Joanesburgo, na África do Sul, Luana Karen.

 

Gabriela: E o Presidente Michel Temer se reuniu ainda com o presidente da África do Sul.

 

Nasi: Eles trataram do incremento nas relações comerciais entre os dois países.

 

Gabriela: A Cepisa, a Companhia Enérgica do Piauí, foi concedida à iniciativa privada.

 

Nasi: Além de investimentos, a empresa vencedora do leilão deve reduzir a conta de luz para os cerca de 1,2 milhão consumidores piauienses.

 

Repórter Márcia Fernandes: Vencedora do leilão, a empresa Equatorial Energia vai pagar cerca de R$ 95 milhões ao governo, além disso, se comprometeu a aumentar o capital da Cepisa, a Companhia Enérgica do Piauí, em mais de R$ 710 milhões para financiar novos investimentos. Como parte do critério de escolha da vencedora do leilão, a empresa abriu mão do aumento tarifário que a Cepisa teve no ano passado. Segundo a Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, isso deve resultar em uma redução de 8,5% no valor da conta de luz para o consumidor. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ronaldo Fonseca, afirma que, com a concessão, o fornecimento de energia do Piauí deve melhorar.

 

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República - Ronaldo Fonseca: A iniciativa privada está somando com o governo paro melhorar a vida das pessoas, dos usuários ali do estado do Piauí. O governo pretende exatamente melhorar o serviço para a população e dar ao usuário a possibilidade de ter uma energia mais barata.

 

Repórter Márcia Fernandes: A Cepisa é responsável pela distribuição de energia elétrica para cerca de 1,2 milhão consumidores. Ela atende a 224 municípios do Piauí. O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, destacou que a empresa vencedora do leilão tem experiência na distribuição de energia na região.

 

Ministro de Minas e Energia - Moreira Franco: É uma empresa que já conhece a região, ela fornece para o Maranhão, fornece para o Pará. E no Maranhão vem tendo um desempenho excepcional. Eu espero que a população do Piauí, o piauiense possa, daqui para frente, começar a ter uma energia de mais qualidade, uma energia com um preço mais justo e um serviço com mais eficiência, usando todo o potencial do estado para que a energia passe a ser efetivamente um vetor, um fator de crescimento econômico, de geração de emprego e renda para o piauiense.

 

Repórter Márcia Fernandes: A Cepisa foi a primeira das seis distribuidoras de energia sob a administração da Eletrobras a ser concedida. O leilão de outras quatro distribuidoras está marcado para 30 de agosto. Elas estão localizadas nos estados de Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas. Já o leilão da Companhia Enérgica de Alagoas está suspenso pela justiça. Reportagem, Márcia Fernandes.

 

Gabriela: O sarampo mata e a vacina é a única maneira de prevenir a doença.

 

Nasi: Esse é o recado que o Ministério da Saúde quer passar com mais uma campanha de vacinação contra o sarampo, que começa a semana que vem.

 

Gabriela: E a atenção deve ser redobrada porque a doença voltou a aparecer em alguns estados do país.

 

Repórter Pablo Mundim: Em poucos segundos e o pequeno Joaquim, de apenas um ano, já está protegido contra o sarampo. São duas doses, aos 12 e 15 meses. Com a Carteira de Vacina em dia, a mãe, Camila Borges de Oliveira, de Brasília, sabe o quanto é importante prevenir.

 

Entrevistada - Camila Borges de Oliveira: Ah, como todas as vacinas, né, tanto pensando nele individualmente, para ele não adoecer, quanto no coletivo, né? Para que essas doenças parem de voltar.

 

Repórter Pablo Mundim: Mas nem todo mundo tem esta consciência. No ano passado, 20 estados e o Distrito Federal não alcançaram a meta de imunizar 95% das crianças contra o sarampo. Atualmente o Brasil enfrenta dois surtos da doença, em o Roraima e no Amazonas, e há casos confirmados em outros quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rondônia. E para garantir que a doença não se espalhe, a prevenção é fundamental, como explica o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.

 

Ministro da Saúde - Gilberto Occhi: Fazemos sempre um apelo, principalmente, aos pais, aos avós, aos tios, aos responsáveis, ao seu amigo que está aqui ao seu lado, àquelas pessoas com quem você convive e até mesmo aquelas pessoas com quem você não convive. É importante que, ao andar na rua, ao entrar num supermercado, num shopping, você ver uma criança com um responsável, mais ou menos dessa faixa etária, faça essa pergunta: "Já levou seu filho para vacinar?".

Repórter Pablo Mundim: Além das crianças, os adultos também devem tomar a vacina. O Ministério da Saúde orienta que pessoas com até 29 anos devem tomar duas doses, de 30 a 49 anos uma dose, acima dos 50 anos não precisam se vacinar, porque, provavelmente já tiveram contado com a doença. A vacina é segura e não faz mal. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Osnei Okumoto, ressalta que o ministério está encaminhado em combater a doença as notícias falsas.

 

Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde - Osnei Okumoto: As pessoas podem buscar o site do Ministério da Saúde, lá temos todas as informações, inclusive, estão colocando, né, perguntas e respostas, para que as pessoas possam estar ali recebendo todas as informações verdadeiras e mostrando que a vacinação, ela é extremamente segura e que realmente só traz benefícios para as pessoas que estão sendo imunizadas.

 

Repórter Pablo Mundim: O Ministério da Saúde oferece gratuitamente para todos os estados do país as vacinas de tríplice viral e a treta viral, que protegem contra o sarampo, rubéola, caxumba e varicela. As vacinas estão disponíveis ao longo de todo o ano nos postos de saúde. Este ano a Campainha Nacional de Vacinação acontece de 6 a 31 de agosto, e público-alvo serão as crianças de um ano a menores de cinco anos. Reportagem, Pablo Mundim.

 

Nasi: Cada vez mais as mulheres são responsáveis por produzir os alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.

 

Gabriela: E o campo está cada vez mais automatizado com máquinas e acesso à internet.

 

Nasi: Daqui a pouco vamos dar os detalhes do Censo Agropecuário do IBGE.

 

Gabriela: A política no Brasil para o tratamento de pessoas infectadas pelo vírus HIV é reconhecida mundialmente.

 

Nasi: É, e todo esse tratamento é oferecido de graça pelo SUS.

 

Gabriela: E desde o ano passado,, os pacientes estão recebendo um medicamento que é considerado um dos mais eficazes e com efeitos colaterais reduzidos.

 

Repórter Paulo La Salvia: Já utilizado nos Estados Unidos e na Europa, o dolutegravir foi inserido no tratamento de HIV/Aids pelo Sistema Único de Saúde no começo o ano passado. Durante este período também foi feito um estudo da eficácia do dolutegravir, isso a partir do cruzamento de informações junto a mais de 103 mil pacientes no Brasil. O resultado foi apresentado nesta semana na Holanda, onde ocorre a 22ª Conferência Internacional de Aids. A conclusão é que o dolutegravir foi 42% mais eficaz em praticamente zerar a carga viral nos infectados. Além dessa vantagem, outra foi a rapidez com o que isso ocorreu, de acordo com Adele Benzaquen, diretora do Departamento de Vigilância Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

 

Diretora do Departamento de Vigilância Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis HIV/Aids e Hepatites Virais - Adele Benzaquen: Essa velocidade é que todos nós buscamos. Então, você tem uma pessoa vivendo com HIV, quanto mais rápido ela ficar com carga viral indetectável, ela não transmite o HIV.

 

Repórter Paulo La Salvia: Atualmente, 577 mil pessoas estão em tratamento antirretroviral no Brasil. Desse universo, 122 mil pacientes utilizam o dolutegravir. Ele só é contraindicado para portadoras de HIV/Aids que estão grávidas ou para aqueles que têm tuberculose. Nos outros casos o medicamento também diminui os efeitos colaterais do uso, de acordo da médica infectologista do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal, Valéria Paes.

 

Médica infectologista - Valéria Paes: No sistema anterior era utilizado um esquema relacionado a tonturas, alterações do sono, insônia, isso gerava bastante dificuldade, né, de convencer o paciente a manter o uso adequado da medicação.

 

Repórter Paulo La Salvia: O Ministério da Saúde estima que existem no Brasil 876 mil pessoas vivendo HIV/Aids. Para este público o SUS fornece de graça os medicamentos antirretrovirais na rede pública de saúde no país. Reportagem, Paulo La Salvia.

 

Nasi: Um retrato do campo no Brasil.

 

Gabriela: É o Censo Agro 2017, que teve os resultados iniciais divulgados hoje, pelo IBGE.

 

Nasi: Os dados comparam a situação do ano passado com a do último censo realizado em 2006.

 

Gabriela: Nesses 11 anos, por exemplo, o número de mulheres no campo cresceu.

 

Nasi: Os agricultores também estão mais automatizados, o número de tratores cresceu quase 50% no período.

 

Repórter Jackson Segundo: Denise Cardoso é presidente de uma cooperativa que reúne mais de 270 agricultores rurais do semiárido baiano. Eles trabalham principalmente com as frutas da caatinga, como o umbu e o maracujá, que estão vendidas para todo o Brasil. O diferencial, 70% dos associados da cooperativa são mulheres.

 

Presidente de cooperativa - Denise Cardoso: Quando, em 2004, a gente resolve fundar a cooperativa para justamente trabalhar essa questão do beneficiamento das frutas nativas, e, culturalmente quem fazia isso eram as mulheres. Os homens não acreditavam que isso pudesse ter um retorno financeiro.

 

Repórter Jackson Segundo: E não é só na cooperativa de Denise que as mulheres têm se destacado no campo. Em 11 anos, de 2006 a 2017, o número de estabelecimentos com produtores mulheres aumentou de 12% mais de 18%, já o número de homens caiu. Os dados são do Censo Agro 2017, divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE. O levantamento mostrou que o Brasil tem mais de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários que ocupam uma área total de mais de 350 milhões de hectares. Também foi feito um recorte por estados. O Distrito Federal, por exemplo, continua como grande produtor de soja, milho, suínos e de aves. O empresário Jaime Fraga, está na avicultura há mais de 30 anos e há 22 escolheu o lugar como sede de sua empresa.

 

Empresário - Jaime Fraga: Daqui a gente consegue mandar produto para qualquer lugar do Brasil com muita facilidade. Então, rapidamente, olhando no mapa, Brasília, realmente é muito bem localizada, por exemplo, por isso o Juscelino escolheu aqui para montar a capital.

 

Repórter Jackson Segundo: Essa é a décima edição do Censo Agro e a primeira em que a coleta de dados foi inteiramente digital, feita por meio de dispositivos que usavam GPS, e entre outras coisas, mostravam a posição do recenseador e os endereços dos estabelecimentos a serem visitados. O supervisor de disseminação do IBGE do Distrito Federal, Pedro Franco, explica que essas máquinas ajudam evitar fraudes.

 

Supervisor de disseminação do IBGE - Pedro Franco: Então, por exemplo, se um recenseador mal-intencionado quisesse fazer o questionário em casa, inventar um questionário, isso é totalmente impossível, porque ele tem que ser realizado diretamente na fazenda, e ele vai ser registrado onde o questionário foi enviado.

 

Repórter Jackson Segundo: O Censo Agro 2017 mostrou ainda que mais de 15 milhões de brasileiros trabalham no campo, 1,5 milhão a menos do que havia em 2006. Cada estabelecimento emprega aproximadamente três pessoas. Outro dado mostrado é que o número de jovens no campo caiu, enquanto o de pessoas com mais de 45 anos aumentou. E o setor agropecuário está mais automatizado, de 2006 a 2017 o número de tratores cresceu quase 50% e chegou a 1,2 milhão unidades no país. A maior alta, no entanto, foi no acesso à internet, que subiu mais de 1.700% nos 11 anos. Com locução de Jackson Segundo, reportagem, Raíssa Lopes.

 

Gabriela: E como ouvimos agora há pouco, o número de jovens agricultores diminuiu.

 

Nasi: Um dos desafios para manter o Brasil como grande produtor de alimentos é evitar esse êxodo rural, mantendo os mais jovens no campo.

 

Gabriela: Para isso, o governo desenvolve políticas públicas para que o pequeno agricultor seja estimulado a permanecer no meio rural e produzir.

 

Nasi: E com o crédito rural o produtor encontra a oportunidade que precisa para crescer.

 

Repórter Nei Pereira: De cada 100 brasileiros, somente 15 vivem na zona rural, de acordo com o IBGE, e essa minoria é a responsável pela produção de 70% dos alimentos que vão para a mesa dos brasileiros. Para que o país mantenha esse ritmo, é preciso fixar as pessoas no campo, principalmente os jovens. E um atrativo para isso é uma linha de financiamento para a compra de terras. Por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário é possível a liberação de até R$ 140 mil. O agricultor tem um prazo de três anos para pagar a primeira prestação e 25 anos para quitar o empréstimo. Para a subsecretária de Reordenamento Agrário da Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Raquel Santori, o programa é uma oportunidade para os jovens do campo.

 

Subsecretária de Reordenamento Agrário - Raquel Santori: A gente sabe que existe um grande processo de êxodo no meio rural. Então, o Estado Brasileiro precisa, cada vez mais, prover oportunidades e projetos e programas para que o jovem entenda que o rural é o melhor lugar para se viver.

 

Repórter Nei Pereira: O foi o Programa Nacional de Crédito Fundiário que levou o agricultor Junior Osório Valti, de 25 anos, a permanecer no campo, em Santa Teresa, no Espírito Santo, com o crédito liberado, comprou 15 hectares de terras, onde planta café.

 

Agricultor Junior - Osório Valti: A terra é em área boa, tudo certinho, lugar bom de trabalhar. Se você ficar num lugar só fica batendo, batendo, e não sai do lugar, não tem como, então a gente tem que procurar melhoras. E esse programa foi a melhora para nós.

 

Repórter Nei Pereira: O programa conta com duas linhas de crédito, uma delas é para inscritos no Cadastro de Programas Sociais do Governo Federal, das regiões Norte e Nordeste, com renda anual de R$ 20 mil, os juros são de 0,5% ao ano. A outra linha é destinada a quem tem renda de até R$ 40 mil por ano, nesse caso os juros são de 2,5%. O crédito pode servir também para quem quer aumentar área, como destaca Raquel Santori, da Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário.

 

Subsecretária de Reordenamento Agrário - Raquel Santori: A gente também permite o acesso e a aquisição para quem tem pouca terra.

 

Repórter Nei Pereira: Quem tem interesse em comprar terras por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário deve procurar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de sua cidade. Reportagem, Nei Pereira.

 

Gabriela: E na semana em que a Lei da Agricultura Familiar completa 12 anos, a Voz do Brasil apresenta uma série de reportagens especiais sobre a vida de quem trabalha no campo.

 

Nasi: Hoje vamos mostrar que o agricultor familiar não é só aquele que planta em pequenas propriedades rurais.

 

Gabriela: A definição alcança também aqueles que vivem em comunidades remanescentes de quilombos e os pescadores artesanais.

 

Nasi: E na reportagem de hoje você vai conhecer um desses pesquisadores.

 

Repórter Raquel Mariano: O pescador Valdir Silva de Castro mora em Ilha Grande, no Piauí. Quando criança, os pais dele, dona Maria e seu Antônio, tinham uma pequena plantação de hortaliças e pescavam. Os dois conseguiram garantir a renda da família com a venda de manjubas pelo PAA, o Programa de Aquisição de Alimentos. O governo compra os alimentos direto do produtor, evitando os atravessadores. Segundo Valdir, uma grande vantagem para quem vive na pesca artesanal.

 

Pescador - Valdir Silva de Castro: Bem mais atrativo do que a venda realmente a varejo, né? Até porque se a gente já estava produzindo uma cota X, a gente já sabia que ia receber aquela cota, não ficava na incerteza, o que todo mundo sofre muito com a questão da pesca, que tem chamado os atravessadores. Os atravessadores, eles pegam o peixe, ainda mais quando está num período de alta produção, e botam o preço lá em baixo.

 

Repórter Raquel Mariano: Desde pequeno Valdir ajudava os pais na colônia de pescadores e ele quer continuar na atividade. No ano passado ele se formou o curso de engenharia da pesca. E não parou por aí, ele atravessou o país e foi parar na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, para fazer mestrado em recurso pesqueiro. Ele diz que eles anos de estudo trazem conhecimentos importantes para aplicar na comunidade.

 

Pescador - Valdir Silva de Castro: O pescador, pelo intuito e já pela cultura, no decorrer da vivência, ele sabe a rede, malha quatro vai pegar determinado tipo de peixe. E aí, para nós, que já estudou um pouco mais na parte da confecção de aparelhos, a gente já sabe determinar qual a rede, realmente, qual o tipo de malha. Então, aí foi útil com a minha vivência, que foi muita com a parte acadêmica e ficou muito, muito bom essa ligação entre os dois elos.

 

Repórter Raquel Mariano: Os produtos comprados de agricultores familiares, pescadores artesanais, assentados da reforma agrária, comunidades indígenas e demais povos e comunidades tradicionais pelo PAA são usados para formação de estoques estratégicos. Parte dos alimentos também é distribuída a restaurantes populares, bancos de alimentos e cozinhas comunitárias. Reportagem, Raquel Mariano.

 

Gabriela: E essas foram as notícias do Governo Federal.

 

Nasi: Uma realização da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

 

Gabriela: Com produção da Empresa Brasil de Comunicação.

 

Nasi: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite.

 

Gabriela: Uma boa noite para e até amanhã.

 

"A Voz do Brasil, Governo Federal".