15/03/2013 - Ministra Gleisi Hoffmann fala sobre investimentos em logística
15/03/2013 - Ministra Gleisi Hoffmann fala sobre investimentos em logística
O Bom Dia, Ministro desta sexta-feira, 15/03/13, entrevistou a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann. No programa, a ministra falou sobre o Programa de Investimento em Logística: Portos, sobre as principais medidas para os aeroportos brasileiros e projetos em rodovias e ferrovias.
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Publicado em 12/12/2016 18:20
APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo o Brasil. Começa agora mais uma edição do Programa Bom Dia, Ministro, o programa que tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Aqui no estúdio da EBC Serviços, hoje, a Ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil da Presidência da República. Obrigada, Ministra, pela presença e seja bem-vinda. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Obrigada. Bom dia, Kátia. Bom dia a todas as emissoras que compõe a rede. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Na pauta do programa de hoje, os projetos de infraestrutura, as principais medidas para aeroportos, para rodovias e ferrovias. A Ministra Gleisi Hoffmann já está aqui, pronta para conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, vamos a São Paulo. A primeira emissora a participar com a gente é a Rádio Bandeirantes, de São Paulo, onde está Ana Neri. Olá, Ana Neri. Bom dia.REPÓRTER ANA NERI (Rádio Bandeirantes / São Paulo - SP): Bom dia a você também, Kátia. Muito bom dia, Ministra. E, aqui em São Paulo, estamos vivendo uma situação caótica no Porto de Santos, nos últimos dias, filas quilométricas de congestionamento nas rodovias que cortam as cidades do litoral, e essa cena, Ministra, a senhora deve ter observado também, tem se repetido quase todos os dias, por causa do excesso de veículos comerciais que vão carregar ou descarregar no Porto de Santos. Muitos terminais estão trabalhando acima da capacidade, e, por isso, os caminhões acabam esperando na rodovia e isso provoca quilômetros de congestionamento. Além do próprio problema no porto, com esse excesso aí de caminhões, isso causa transtornos também para o cidadão comum da região da Baixada Santista, que também enfrenta transtornos para trafegar pela região. O Sindicato das Agências de Navegação Marítima informou que, por causa de todo esse problema relacionado ao congestionamento, já houve prejuízo de mais de R$ 50 milhões. E a nossa pergunta, Ministra, é sobre os investimentos. O que pode ser feito, primeiramente a curto prazo, para acabar com esse problema que tem atingido, nos últimos dias, a Baixada Santista, e a longo prazo também, o que pode ser feito para melhorar a situação do Porto de Santos, Ministra? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia, Ana. Bom dia a todos os ouvintes de São Paulo. É um prazer muito grande falar com você e com todos os ouvintes. Exatamente por conta desse problema dos gargalos que nós temos nos portos, e Santos é o porto mais importante do país e nós acompanhamos essa situação, é que a presidenta resolveu fazer um programa, um plano de logística portuária, e mandamentos para o Congresso a MP 595, que reorganiza o sistema portuário brasileiro, buscando eficiência, eficácia e baixa do custo Brasil em relação aos portos. Nós pretendemos, com Santos, ampliar a capacidade. Hoje, Santos já opera com seis milhões de toneladas de déficit de capacidade. Em 2015, 2016, 2017, essa situação tende a piorar, se nós não fizermos nada. Então, a MP que nós mandamos ao Congresso, ela tem por objetivo exatamente dar condições do porto melhorar a sua capacidade e também nós termos outros terminais portuários que possam ajudar Santos a escoar a produção. Para você ter uma ideia, nós vamos licitar ou renovar, com a ampliação de investimentos em Santos, 26 terminais portuários. Dois desses terminais são novos, 24 são existentes. Alguns desses terminais poderão ser prorrogados os seus contratos, mas terão que investir para melhorar a capacidade. E vamos fazer isso tirando a outorga, deixando mais barato para o operador portuário poder investir mais. Ou seja, não tem que pagar o Estado Brasileiro para operar o terminal. Nós queremos que ele mostre um plano de investimento, diga quanto que vai movimentar e que essa movimentação seja crescente. Além disso, nós vamos investir no acesso portuário. Para Santos e Vitória, são mais de R$ 1 bilhão em acesso rodoviário e acesso ferroviário, e garantir a dragagem do porto por um período de dez anos. Isso tudo sem mexer em direitos trabalhistas, fortalecendo o porto e firmando um contrato de gestão com o Docas. Nós queremos que a administração portuária seja cada vez mais eficiente. Então, além de fazer um contrato de gestão, que já está sendo construído no Ministério do Planejamento, junto com a Secretaria de Portos, nós também criamos o Conaportos, que é uma comissão de todos os intervenientes no porto dos órgãos públicos, Receita Federal, Anvisa, Polícia Federal, para que esses órgãos possam atuar de maneira organizada, conjunta e mais célere, para liberar a carga e para fazer com que os terminais realmente possam escoar a produção. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ana Neri, da Rádio Bandeirantes de São Paulo, você tem outra pergunta? REPÓRTER ANA NERI (Rádio Bandeirantes / São Paulo - SP): Tenho, sim. Só para a gente focar, então, Ministra, a curto prazo, esse problema aí de dez, 20 quilômetros de congestionamento pode ser resolvido como? E esse um bilhão que a senhora falou, a respeito aí de investimentos no acesso portuário, será investido agora? Quanto tempo deve ter início essas obras para a melhoria do acesso ao Porto de Santos? Quando deve melhorar a situação, efetivamente, para quem trabalha aqui e para quem mora na região de Santos? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Ana Neri, nós queremos começar esses investimentos esse ano. Para isso, nós dependemos que a MP 595 seja aprovada no Congresso Nacional, para que nós possamos regulamentar as licitações, tanto para a dragagem marítima, para a dragagem do canal, com os berços do porto, como também para fazer a parte de investimentos rodoviários e ferroviários, que estão no PAC, uma parte, com recursos do Orçamento Geral da União, e a outra parte no Plano de Investimento em Logística, que foi lançado, recentemente, pela presidenta, que são as concessões. Em aprovando a medida provisória em maio, nós queremos, já a partir de junho, começar os processos licitatórios. E queremos que no final de 2013, início 2014, nós já tenhamos obras no Porto de Santos e em outros portos do país. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ana Neri, da Rádio Bandeirantes de São Paulo pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Lembrando que a nossa convidada de hoje é a Ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil. Ministra, vamos agora a Manaus, Amazonas, conversar com a Rádio Amazonas FM. quem está no comando é Patrick Motta. Olá, Patrick. Bom dia. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Bom dia, Kátia Sartório, senhoras e senhores ouvintes, e bom dia, Ministra Gleisi Hoffmann. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia. É um prazer estar falando com você e com todos os ouvintes de Manaus e do Amazonas. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Ministra Gleisi, temos observado a importância que o governo federal tem dado às estradas, ferrovias, aeroportos, como forma de presença do Estado e crescimento da economia das regiões. Aqui no Amazonas, nós continuamos isolados do resto do país por terra, devido a diversos obstáculos causados no passado, mas, principalmente, por determinados nomes que ocuparam o Ministério do Meio Ambiente. Atualmente, temos a certeza que o nosso sonho de ver a BR-319 novamente trafegável irá se tornar realidade. Por isso, eu pergunto, Ministra: o governo federal também tem esse sonhou ou esse sonho é apenas nosso aqui do Amazonas? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Olha, nós temos o compromisso de estruturar os acessos, a infraestrutura e a logística desse país, para que a gente tenha desenvolvimento. É claro que a região do Amazonas, a Amazônia é uma região muito peculiar. Nós temos a maior reserva florestal, a biodiversidade, as questões ambientais, e isso, ao invés de ser um problema, tem que ser um diferencial. É um diferencial para a região e é um diferencial para o país, mas também não deve levar a um processo de isolamento. Então, os investimentos em logística, os investimentos em rodovias, eles estão, sim, no plano do governo para serem contemplados. Eu sei que a BR-319, ela é importante, está sendo olhada pelo governo, olhada pelo PAC. A Ministra Miriam Belchior tem acompanhado todo este processo de investimentos, e também agora, com a integração do Programa de Investimentos e Logística, com certeza, nós teremos avanço. Na questão portuária, por exemplo, nós queremos licitar um novo terminal de contêiner, o que a gente está chamando de Porto Novo de Manaus, que é muito importante para a região, principalmente em relação à Zona Franca, que, cada vez mais, demanda escoamento de produção e precisa de uma logística mais eficiente. Então, o fato de termos, nessa região, uma referência de preservação e conservação ambiental, não quer dizer que nós não estejamos determinados, com todos os cuidados necessários a isso, a levar, sim, investimentos de infraestrutura e de logística, integrando a região.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Patrick Motta, da Rádio Amazonas FM, você tem outra pergunta para a Ministra Gleisi? REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Temos, sim, Kátia Sartório. Ministra, e nosso interesse aqui também na Amazônia, particularmente no nosso estado, o Amazonas, é o Programa de Investimento em Logística Portos, do governo federal. Pergunto: desses R$ 54,4 bilhões disponíveis. O que está previsto para o Amazonas e demais estados da Amazônia Brasileira, Ministra? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Olha, nós temos um investimento grande aí previsto para a região. Por exemplo, o Porto de Manaus, que nós queremos fazer a licitação, que é um terminal voltado a terminais de contêiner, em razão da Zona Franca de Manaus, deve ter investimentos superiores a R$ 1, 5 bilhão, pelo menos, é o estudo preliminar. Claro que agora, com os estudos da Sep, que são estudos mais detalhados, mais voltados para fazer a licitação, e a Sep já pediu isso, encomendou, ela publicou a relação de portos e terminais portuários a serem listados, nós vamos ter os valores mais definidos. Mas, com certeza, nós teremos grandes investimentos, não só aí no Amazonas, mas também teremos investimentos no Pará, teremos investimentos no Maranhão. Enfim, é uma região... A região Norte e a região Nordeste são as regiões que vão ter um volume grande de investimentos, porque é onde nós precisamos melhorar a infraestrutura e a logística para o escoamento da nossa produção. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Patrick Motta, da Rádio Amazonas FM, pela participação com a gente. Ministra, vamos agora conversar com a Rádio Difusora de Paranaguá 1460 AM, lá de Paranaguá, no Paraná. Elísio Júnior, bom dia. Elísio Júnior? Daqui a pouco, a gente tenta, mais uma vez, falar com a Rádio Difusora de Paranaguá no Bom Dia, Ministro. Nós temos, hoje, a participação da Ministra Gleisi Hoffmann, ela que é Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Ministra, vamos então falar com Itajaí, Santa Catarina, a Rádio Luz do Amanhã 98,3 FM, onde está Israel Waltrick. Olá, Israel. Bom dia. REPÓRTER ISRAEL WALTRICK (Rádio Luz do Amanhã 98,3 FM / Itajaí - SC): Olá. Bom dia. Bom dia a toda a equipe da EBC Serviços e um bom dia especial à Sra. Ministra Gleisi Hoffmann. Receba os cumprimentos aqui do povo de Itajaí. É um imenso prazer conversar com a Exma. Ministra nesta manhã. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia, Israel. Para mim também é um prazer estar conversando com você e todos os ouvintes aí de Itajaí e de Santa Catarina. REPÓRTER ISRAEL WALTRICK (Rádio Luz do Amanhã 98,3 FM / Itajaí - SC): Que bom. Sra. Ministra, a nossa primeira pergunta, seguindo a nossa vocação maior aqui em Itajaí, é com relação aos investimentos nos portos do Brasil. Referente a estas ações, qual a estimativa do governo quanto a prazo para que esses pacotes e medidas surtam efeito prático na cadeia logística em nosso país? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Olha, Israel, e aí é uma região importante, não é, uma região que tem tido um desenvolvimento no setor portuário importante, não só para o Sul do país, mas também para fazer a interligação e a movimentação de mercadorias com outras regiões. Nós queremos que esses investimentos comecem a ser operados agora nesse ano. Então, assim que nós terminarmos, pelo Congresso Nacional, a apreciação e a avaliação da MP 595, que é a MP dos portos, que reestrutura o sistema portuário brasileiro, nós já queremos começar o processo licitatório. Nós vamos ter 159 terminais para licitar ou prorrogar contratos com base no novo modelo, ou seja, mais investimento, mais movimentação com menor custo. Aí em Itajaí são dois terminais, e eles já estão em estudo, para que possamos ter o edital colocado na praça para essa licitação até junho. Além dos terminais, nós temos também os investimentos em acesso portuário. Investimentos em rodovias e ferrovias que cheguem até os portos e também a manutenção e aprofundamento da dragagem dos canais de acesso. Isso tudo está sendo trabalhado com a Sep, com os órgãos da área de portos para que a gente possa agilizar. Então, o nosso compromisso e a determinação da presidenta Dilma é que esses processos comecem agora, ainda no primeiro semestre de 2013, e que nós já possamos ter realidade em obras no final de 13 e início de 14. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Israel Waltrick, da Rádio Luz do Amanhã, de Itajaí, Santa Catarina, pela participação no Bom Dia, Ministro. Agora sim, Ministra, vamos falar com a Rádio Difusora de Paranaguá. Elísio Júnior, bom dia. Está nos ouvindo agora? REPÓRTER ELÍSIO JÚNIOR (Rádio Difusora de Paranaguá 1460 AM / Paranaguá - PR): Bom dia. Estou, sim. Primeiramente, bom dia, Ministra. E aqui em Paranaguá, no litoral do Paraná, a pergunta que todos fazem é a questão de investimentos em infraestrutura no litoral paranaense. Foi anunciado, na última semana, a questão de investimentos no aeroporto de Paranaguá, que não é um aeroporto de grande porte, ele é um aeroporto de pequeno porte, mas que estava desativado há muito tempo. O governo federal vem fazendo investimentos no aeroporto, temos também o nosso porto, que é um dos maiores escoadores do mundo. Temos outros programas de investimento já em cronogramas realizados para o litoral paranaense, que depende muito também de verbas do governo federal, Ministra? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia, Elísio. Bom dia a todos os ouvintes da Difusora. É um prazer muito grande estar falando com vocês. Com certeza, o governo tem, sim, os seus planos de investimento para o Paraná e para a região litorânea. O Porto de Paranaguá é um dos portos mais importantes do Brasil e precisa ser fortalecido. Quando foi lançado o Plano de Investimento e Logística, além de relacionar os terminais que serão licitados no porto, que terão seus contratos prorrogados, exigindo-se mais investimentos e maior movimentação, o governo federação também, assim como fez para outros portos, disse o quanto iria investir de Orçamento Geral da União no Porto de Paranaguá. São R$ 860 milhões só para aprofundamento e dragagem do canal de acesso e dos berços do Porto de Paranaguá. Nós estamos resolvendo um problema relacionado, agora, ao Ministério Público e aos índios que habitam regiões de Paranaguá e das ilhas próximas ao porto, e tão logo isso seja resolvido, nós já vamos colocar essa licitação na praça. Além disso, são mais de R$ 120 milhões para acesso ao porto, acesso rodoviário e ferroviário. Como você sabe, a BR-277 é concedida e a parte de acesso ao porto ficou sem ter os investimentos necessários. Isso já está no PAC, já está em estudo, e nós queremos também fazer a licitação dessas obras durante este ano. E o aeroporto era uma necessidade. Ele é pequeno, mas ele é importante para integrar a logística, a infraestrutura logística que nós temos na região do litoral. Então, a nossa equipe já esteve no estado do Paraná, uma equipe da Secretaria de Aviação Civil, junto com o Banco do Brasil, que está coordenando esse processo de investimento, fazendo o levantamento das necessidades de investimentos, e nós devemos ter agora, até o final de março, também uma avaliação de quanto será necessário ao Porto de Paranaguá. Além disso, nós estamos prevendo também investimentos nas praias do litoral. A engorda da Praia de Matinhos, estamos aguardando o projeto do governo do estado, para que a gente possa aportar recursos. E também a ferrovia, que nós estamos planejando e já começa a ser uma realidade, porque já está com o estudo publicado, que é de Maracaju, Cascavel, descendo até o Porto de Paranaguá. Então, isso tudo, com certeza, vai trazer uma melhora considerável ao porto, a Paranaguá e à logística paranaense. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Elísio Júnior, da Rádio Difusora de Paranaguá, no Paraná, pela participação no Bom Dia, Ministro, o programa que tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Ministra Gleisi Hoffmann, vamos agora conversar com a Rádio Nativa 740 AM, de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, onde está José Augusto Valerão. Olá, José augusto Valerão. Bom dia. REPÓRTER JOSÉ AUGUSTO VALERÃO (Rádio Nativa 740 AM / Rio Grande - RS): Olá, bom dia. Bom dia, Ministra Gleisi Hoffmann. É um prazer estar participando desse Programa Bom Dia, Ministro. Nós aqui, que completamos 61 anos agora, no dia de ontem, é um privilégio representar a região nesse bate-papo tão importante, nessa entrevista que nos traz aqui perspectivas de melhoria de infraestrutura para a nossa cidade e para a nossa região. Ministra, o polo naval de Rio Grande já é uma realidade e um dos grandes polos navais do Brasil. Somando-se a isso, nós temos um outro polo naval, que está começando, na cidade de São José do Norte, que é separado aqui somente pelo Canal Miguel da Cunha, ou seja, pela Lagoa dos Patos, aonde deságua no mar. Uma coisa muito importante que nós precisamos e seria vital para o crescimento, não só do polo naval, mas de ambas as cidades, seria a ligação a seco entre Rio Grande e São José do Norte, e isso poderia ser feitos, e há estudos dando conta que poderia ser através de um túnel ou através de uma ponte. Um túnel, os estudos dão conta que seria possível fazê-lo em uma distância de 800 metros; a ponte já seria mais difícil, em função de não atrapalhar a saída e entrada das plataformas de petróleo, pois teria que ser muito alta. Há algum estudo, poderemos ter, em breve, uma ligação a seco entre Rio Grande e São José do Norte, aqui no Sul do Brasil, Ministra? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia, José Augusto. É um prazer estar falando com você e com todos os ouvintes da Rádio Nativa. Há estudos, sim. A Sep tem feito um estudo cauteloso de cada porto, tem se baseado em discussões dos portos, mas ainda não há uma definição. Isso tudo é considerado em relação a custo/benefício, o que vai trazer de retorno para o porto e também o que vai trazer de retorno para a região e para o escoamento da produção. Então, em cima do Plano Nacional de Logística Portuária e do PDZ, que é o Plano de Zoneamento de cada porto, a Secretaria de Portos está fazendo uma avaliação dos investimentos necessários. Além de investimentos em terminais, como eu já falei, as novas licitações, e aí no Porto de Rio Grande, nós temos seis terminais que devem ser licitados ou ter os seus contratos prorrogados, também está fazendo um estudo de investimentos mais efetivos e de maior alcance, ou grandes, dentro dos portos, além, é claro, dos acessos rodoviários e ferroviários. Essa é uma obra que é uma obra cara, é uma obra que vai exigir um grande investimento e, portanto, ela tem que ser estudada para saber se esta obra realmente vai melhorar a situação do porto ou se teria alternativas. Então, eu não tenho ainda uma resposta para te dar sobre a efetividade, sobre se vai acontecer ou não, mas tenho para te dizer que está em estudo, sim, está em avaliação. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, José Augusto Valerão, da Rádio Nativa 740 AM, de Rio Grande, Rio Grande do Sul, pela participação. E lá do Sul, Ministra, agora nós vamos lá para a Bahia, vamos conversar com Salvador, a Rádio Excelsior AM, de Salvador, onde está Edson Santarini. Olá, Edson. Bom dia. Edson Santarini? REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Oi, eu estou ouvindo. Olá, tudo bem? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Tudo bem.REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Bom dia. bom dia a todos. Bom dia, Ministra. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia. É um prazer estar falando com você e com todos os ouvintes em Salvador. REPÓRTER EDSON SANTARINI (Rádio Excelsior AM / Salvador - BA): Ministra, eu queria fazer uma pergunta, vou fazer duas em uma. A primeira é a seguinte: qual a relação desses investimentos em logística com os eventos Copa do Mundo e Olimpíadas? Existe essa relação ou são investimentos separados? A outra pergunta: para que os estados e as cidades sejam contempladas com esse dinheiro novo, esses projetos ainda vão acontecer ou esses projetos já estão, por exemplo, em apreciação, em estudos? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Olha, primeiro, a questão de Copa e Olimpíada. É claro que nós temos uma preocupação muito grande com os investimentos em infraestrutura e adequação do país para receber esses grandes eventos, mas isso já são intervenções que nós tomamos decisão lá atrás, principalmente voltadas aos aeroportos, aos estádios e também à mobilidade urbana, ou seja, nas cidades onde vão acontecer esses eventos. Esses investimentos de logística, que é o Plano de Investimento em Logística, lançado pela presidenta, com início em agosto, que colocou ao país o que nós íamos investir em rodovias e ferrovias; depois, em dezembro, colocou o que nós pretendemos investir e modificar em marco regulatório de portos e aeroportos; eles têm, como foco, melhorar os investimentos em infraestrutura no Brasil e sua logística, independente dos grandes eventos. Ou seja, nós queremos que esse país seja competitivo, tenha redução no seu custo e realmente possa ter um desenvolvimento continuado e sustentável, e, para isso, precisa grandes investimentos. Em relação aos projetos, eles já são uma realidade do ponto de vista de estudo, para que possam ser licitados. Por exemplo, as ferrovias e as rodovias, nós já estamos mais adiantados. As rodovias, os leilões devem começar agora em abril, março, abril, que devemos publicar os primeiros editais de concessão, que são rodovias importantes que integram todo o país. E as ferrovias, nós estamos finalizando estudos, fazendo consultas públicas, conversando com investidores, para que também possamos, ainda em maio, junho, iniciarmos os processos de concessão, portanto, de publicação dos editais. E os portos, no que se trata terminais portuários, a nossa meta também é junho iniciar os primeiros editais de licitação. Iniciaríamos com Santos e com Pará e, na sequência, nós teríamos os outros terminais. E para aeroportos, em agosto, a gente deve soltar o leilão, o edital de leilão dos dois aeroportos, de Confins, em Minas Gerais, e do Galeão, no Rio de Janeiro. E os 270 aeroportos regionais, nós também estamos fazendo o levantamento ‘in loco’, a nossa equipe está indo em todos os estados, já deve ter passando pela Bahia, fazendo o levantamento dos investimentos necessários. E também, tão logo tenhamos os estudos, faremos as consultas públicas e iniciaremos as licitações. Se não conseguirmos iniciar todas esse ano, pelo menos uma parte considerável nós vamos fazer em 2013 e vamos começar investimentos no final de 13 e início de 14. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Edson Santarini, da Rádio Excelsior AM, de Salvador, muito obrigada pela participação. Ministra, eu queria aproveitar e perguntar para a senhora, já que estamos falando em portos, esta Medida Provisória 595, a chamada MP dos Portos, vai ou não vai privatizar os portos brasileiros? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Não vai, Kátia, por um simples motivo: a operação portuária, no Brasil, já é privada. Ou seja, o que nós temos é a gestão pública do complexo portuário. Eu diria, é um condomínio; assim como em um prédio você tem um síndico, o Estado, hoje, seja ele estado-membro ou a União, é síndico do complexo portuário, mas as operações nos portos brasileiros é operação privada. Então, nós não estamos falando em privatização com a MP dos Portos, nós estamos falando em mudança de modelo para fazer a licitação, tornando ela mais barata, mais atrativa, colocando investimentos, e também de abrir mais investimentos para a iniciativa privada, para o que nós chamamos de terminais privados, ou seja, aqueles terminais que atuam fora do porto, e que hoje nós já temos 129 terminais atuando assim no Brasil.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: A grande preocupação é dos trabalhadores. Com esse texto, se for aprovado no Congresso Nacional, eles perdem algum direito trabalhista?MINISTRA GLEISI HOFFMANN: De jeito nenhum. Foi uma preocupação muito grande do governo, da presidenta Dilma, para que o direito dos trabalhadores fosse preservado. Nós não fizemos nenhuma alteração, nenhuma mudança do que era a Lei 8630, a lei anterior, a MP, para o que nós estamos colocando agora a apreciação do Congresso Nacional. Continuam os órgãos nos portos públicos, a contratação de trabalhadores avulsos, assim como também continua a contratação de trabalhadores por regime CLT. Nós temos um compromisso, e isso é básico, que é exatamente observar a legislação trabalhista e defendê-la. Então, os trabalhadores podem ficar extremamente tranquilos, porque nós não estamos mexendo em direitos trabalhistas. E a MP de Portos está sendo uma oportunidade para a gente discutir alguns avanços, como, por exemplo, a capacitação dos trabalhadores nos portos organizados. É uma reivindicação, nós já temos contato com o Pronatec, com o Sistema S, e estamos construindo, junto com o Congresso e com um grupo de trabalhadores, uma proposta para melhorar a capacitação, assim como também estamos discutindo a Convenção 137, da OIT, para que a gente possa ver aonde vamos avançar, em termos de ter uma aposentadoria, de ter uma renda mínima, que seria algo parecido a um seguro-desemprego para aquele trabalhador portuário que é avulso e que, muitas vezes, fica sem ser chamado ao trabalho e que, portanto, não pode ter dificuldades para a sua sobrevivência. Então, eu queria reafirmar isso, porque é muito importante e tem gerado muita confusão e desinformação. O governo não está mexendo com o direito dos trabalhadores, estamos preservando esse direito e aproveitando esse momento de modernização do setor portuário também para levar benefícios ao conjunto dos trabalhadores que atuam nesse setor.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministra. Eu sou Kátia Sartório, e estamos, hoje, com a Ministra Gleisi Hoffmann, ela é a Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República e ela responde a perguntas de âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, vamos agora a Curitiba, no Paraná, conversar com a Rádio Difusora 590 AM, de Curitiba. Irajá Baran, bom dia. Irajá, não estamos escutando você. Você pode aumentar o retorno, por gentileza? REPÓRTER IRAJÁ BARAN (Rádio Difusora 590 AM / Curitiba - PR): Agora sim. Muito bom dia. bom dia, Ministra.APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada.REPÓRTER IRAJÁ BARAN (Rádio Difusora 590 AM / Curitiba - PR): A minha pergunta é em relação aí a previsão do início dos projetos e da ampliação da BR-101, ligando Santa Catarina ao Porto de Paranaguá, Ministra. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Olha, esse é um projeto que está em estudo. Bom dia, Irajá, em primeiro lugar. Bom dia a todos os ouvintes da Rádio Difusora. Esse é um projeto que está em estudo no Dnit, estamos fazendo essa avaliação, é um projeto que tem um impacto grande para a região e é um projeto que também tem, do ponto de vista financeiro, uma exigência grande de aplicação de recursos. Eu diria a você que talvez um dos principais entraves para a gente realizar esse projeto sejam as questões relativas ao licenciamento ambiental. O governo do estado do Paraná tem falado sobre ele com o governo federal, a empresa de planejamento e logística, comandada pelo Bernardo Figueiredo, tem acompanhado, no Dnit, esses estudos e também feito a interlocução com o governo do estado, mas nós ainda não temos uma previsão de início para que isso comece a se tornar realidade. Nós temos que vencer, primeiro, as avaliações sobre impacto ambiental e também sobre a viabilização econômica e financeira dessa obra. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, então, a Irajá Baran, da Rádio Difusora 590 AM, de Curitiba, no Paraná, pela participação no Bom Dia, Ministro. E de lá vamos à Goiânia, Ministra, vamos falar com a Rádio Difusora 640 AM, de Goiânia, Goiás, onde está Edson Rodrio. Bom dia, Edson. REPÓRTER EDSON RODRIO (Rádio Difusora 640 AM / Goiânia - GO): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra. Bom dia a todos. Ministra, a minha pergunta, o meu questionamento é sobre corrupção. Nós temos aí e assistimos o país inteiro, estados, municípios, a própria União, investimentos, e toda obra pública, Ministra, ela é muito cara. Cara além do normal. Se uma pessoa vai construir uma obra privada, ela tem um determinado custo; quando diz que é pública, aquilo ali praticamente dobra de valor. E a gente vê o dinheiro público escorrer pelo ralo de uma forma contumaz, e parece que não há, assim, um caminho para frear isso, é ferrovia, portos, aeroportos, a gente acompanha diariamente isso. O governo está preocupado em cercar esse desenfreio, já com aporte de tanto dinheiro sendo investido, Ministra? E de que forma isso pode se dar? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia, Edson. Bom dia a todos os ouvintes da Difusora. É um prazer muito grande estar falando com os ouvintes de Goiânia. Olha, o governo tem um compromisso muito claro com a boa aplicação do recurso público, tanto no PAC, quando nós fazemos a aplicação direta, com obras que são licitadas pelo Poder Público e recebem Orçamento Geral da União, como nesse Programa de Investimento e Logística, em que nós fazemos a concessão da obra, para que o privado possa realizá-la e explorá-la depois, com a regulação do Estado Brasileiro. Nós temos uma preocupação grande e estamos, já nesse Programa de Investimento e Logística, atuando desde antes do início das obras com o Tribunal de Contas da União e com a Controladoria-Geral da União também. Ou seja, nós temos todos esses estudos que nós estamos fazendo já com a participação e o acompanhamento de técnicos do Tribunal de Contas da União, para valorar as obras, para saber o quanto elas custam, qual é o retorno que o empresário vai ter e de que maneira a gente pode fazer a fiscalização. É um conjunto de obras grandes, mas é um conjunto necessário para o desenvolvimento do país. Nós temos que enfrentar esses desafios de resolver os gargalos logísticos, e essa preocupação de ter uma boa aplicação e de ter cuidado com o recurso público e com os recursos que estão sendo investidos é uma preocupação presente nos nossos atos. Por isso, a presença do Tribunal de Contas da União, de forma preventiva, nos acompanhando, e também da Controladoria-Geral da União. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Edson Rodrio, da Rádio Difusora 640 AM, de Goiânia, Goiás, pela participação com a gente nessa rede de emissoras. Lembrando que essa entrevista, a íntegra dessa entrevista está em: www.ebcservicos.com.br. Ministra Gleisi Hoffmann, eu queria aproveitar e perguntar quais são as melhoras que essa medida provisória, a chamada MP dos Portos, não é, vai trazer para a operação portuária? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Primeiro, é em relação ao porto organizado, ou o chamado porto público que tem operação privada. Nós vamos melhorar a forma de licitação dos terminais que operam. Hoje, para um privado operar um porto público, a licitação é por maior outorga, ou seja, é por maior volume de recursos que ele dá ao porto em termos de aluguel, em termos de um prêmio, para que ele possa operar aquele serviço. Nós estamos mudando isso, nós não queremos arrecadar recursos, nós queremos que quem for investir no porto público possa investir com maior movimentação e ter um menor custo para quem precisa movimentar as cargas nos portos. Isso, com certeza, vai melhorar a infraestrutura, a capacidade portuária e vai dinamizar o serviço. Além disso, nós estamos instalando a Conaportos, que é a Comissão Nacional das Autoridades Portuárias. Nós queremos que todos os entes públicos, Receita Federal, Anvisa, Polícia Federal, atuem de maneira unificada, integrada, para dar celeridade. O que não pode é, muitas vezes, uma carga passar por vários entes federados ou demorar. Então, isso é um compromisso do governo. A outra coisa são os investimentos em acessos, que são R$ 6,4 bilhões para acessos portuários, ferroviários, rodoviários e também para acesso aquaviário, canal de acesso. E isso, Kátia, se soma a um recurso já colocado pelo PAC, que são R$ 8,4 bilhões em investimentos nos portos brasileiros com recursos diretos do Orçamento da União. E a outra coisa é um regime diferenciado de contratação de docas e um contrato de gestão. Então, nós achamos que isso vai melhorar muito o ambiente do porto organizado e melhorar também a capacidade de escoamento de produção. Além disso, nós estamos autorizando os terminais de uso privado a movimentarem cargas de terceiro. Hoje, nós já temos 129 terminais atuando no Brasil, e nós achamos que, com essa liberação, nós podemos aumentar esses terminais, principalmente nas regiões que, hoje, são mal servidas de estrutura portuária, como é o caso da região Norte e da região Nordeste, que, cada vez mais, vão escoar a produção do Centro-Oeste e da própria região, que cresce muito, seja produção agrícola, seja produção mineral, seja produção industrial. Então, nós tratamos essa medida como uma medida que está destravando a logística portuária, ou seja, está destravando o sistema, para que ele tenha maior competitividade, nós queremos estimular a concorrência, e, portanto, uma redução significativa do custo Brasil. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministra. Vamos agora, então, a Recife, Pernambuco, conversar com a Rádio Boas Novas 580 AM, a Rede Brasil de Recife. Élida Régis, olá, bom dia. REPÓRTER ÉLIDA RÉGIS (Rádio Boas Novas 580 AM / Recife - PE): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra. Ministra, quais os benefícios que os portos da região Nordeste, em especial, terão com a implantação desse novo programa? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia, Élida. Bom dia a todos os ouvintes de Recife. É um prazer muito grande falar com vocês. Nós vamos ter, sim, investimentos nos portos não só aí Recife, Porto de Suape, que nós temos quatro terminais que devem ser licitado, cinco ao todo, um novo terminal, mas também vamos ter investimentos na Bahia, no Porto Sul, vamos ter investimentos em Itaqui, vamos ter investimentos nos portos do Ceará. Enfim, é um volume de investimentos para melhorar a qualidade dos portos e também para incentivar investimentos em terminais de uso privado, par aumentar a capacidade de escoamento e da nossa produção. Como eu falei recentemente, não tem lógica que nós tenhamos um volume grande de produção, principalmente agrícola, que já se faz na região norte do Nordeste brasileiro e na região Centro-Oeste descendo toda para os portos do Sul e do Sudeste; por isso nós temos, hoje, filas em Santos, fila em Paranaguá, porque nós não damos conta do crescimento dessa produção. O fortalecimento do sistema portuário do Nordeste e do Norte do país, com certeza vai melhorar o escoamento da produção. Então, o investimento nos portos da região vão ser investimentos exatamente para melhorar a logística integrada do país. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Élida Régis, da Rádio Boas Novas AM, de Recife, pela participação com a gente no Bom Dia, Ministro. Lembrando que a nossa convidada de hoje é a Ministra Gleisi Hoffmann, Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Ela participa conversando com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, vamos agora a Campo Grande, Mato Grosso do Sul, falar com a Rádio Capital FM, de Campo Grande. Raul Ratier, bom dia. REPÓRTER RAUL RATIER (Rádio Capital FM / Campo Grande - MS): Muito bom-dia. É um prazer enorme ouvir vocês, inclusive a Dra. Gleisi, não é, que conviveu muito tempo aqui com a gente. E é um prazer também fazer perguntas para ela. Ministra, um bom dia para a senhora. E vendo aqui a relação de portos, não é, que vão ser beneficiados com estes 54,4 bilhões de investimentos. Só 4 para nós aqui já ficava bom, viu, Ministra? O porto de Corumbá foi um dos portos mais importantes do Brasil numa época passada, e de repente ele ficou para trás. Ficou para trás, porque não houve investimento. E nós queríamos saber se há alguma previsão de investimento no porto de Corumbá e no porto de Porto Murtinho, e dizendo para a senhora também que com relação a aeroportos, não é, o aeroporto aqui de Campo Grande, o Antônio João, estava sofrendo aí uma reforma, e semana agora foi suspensa esta reforma. Nós gostaríamos de saber se a ministra sabe disso e o que pode ser feito para que seja feito uma reforma adequada aqui no Aeroporto Antônio João. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia, Raul Ratier. Bom dia a todos os ouvintes de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, é um prazer muito grande estar falando com vocês, tenho um carinho muito especial pelo Mato Grosso do Sul, tive oportunidade de conviver aí por vários anos com a população, também trabalhando no Governo do Estado. Olha, nós não prevímos investimentos nessa fase aos portos de Corumbá e Porto Murtinho. A priori não tem um investimento programado. Isso, entretanto, Raul, não impede que nós façamos essa discussão, que a Secretaria de Portos possa avaliar e saber como esses portos poderiam se integrar a malha de navegação, a malha de transporte de mercadorias fluviais. Então, com certeza, quando nós discutirmos cabotagem, quando nós avançarmos na discussão sobre trânsito interno e até internacional com a parte hidroviária, a gente deve chegar a esses portos. Então, quero dizer isso para você. Em relação ao Aeroporto de Antônio João, eu não posso te dar uma resposta agora, porque eu não tenho informação pela suspensão. Estou sabendo aqui por você, mas eu vou conversar com a Infraero, com a Secretaria de Aviação Civil, para saber o que efetivamente aconteceu, e pedir para que a gente possa dar uma resposta, tanto a você como também ao Estado, enfim, aos órgãos públicos e a população de Mato Grosso do Sul. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada pela participação, Raul Ratier, da Rádio Capital FM, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ministra, vamos agora a Santos, a São Paulo, conversar com a Rádio Rock 102,1 de Santos, onde está Paulo Schiff. Bom dia, Paulo! REPÓRTER PAULO SCHIFF (Rádio Rock 102,1 / Santos - SP): Bom dia. Bom dia para a Ministra Gleisi Hoffmann, bom dia para os ouvintes. A minha pergunta, Ministra, é em relação aos efeitos no planejamento de longo prazo da Medida Provisória que regula, que muda, altera a regulação portuária, a Medida Provisória 595. Hoje nós temos uma planta de portos no Brasil, com capacidade de expansão, tanto por aumento da extensão dos cais, como também por aumento da produtividade em função de novas tecnologias. Nessa planta a gente pode projetar para 20, 30 anos, os acessos, para melhorar a qualidade dos acessos, para melhorar o custo dos acessos, principalmente acessos ferroviários. Se a gente vai ter novos portos, mesmo tendo essa capacidade de ampliação, a gente perde essa capacidade de planejamento, perde até a capacidade de focar este planejamento dos acessos e investimentos nos acessos, nos portos atuais. Essa é a pergunta. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom-dia Paulo. É um prazer estar falando com você, com todos os ouvintes aí em Santos. Nós não pensamos assim. Nós pensamos que o Brasil vai crescer cada vez mais, produzir cada vez mais, e necessitar cada vez mais de uma infraestrutura e de uma logística integrada. Hoje, nós já estamos operando em Santos, com 6 milhões de toneladas de déficit. Ou seja, o porto operou 102 milhões de toneladas em 2012 e tinha capacidade para operar 96 milhões de toneladas, por isso a gente vê as filas, a gente vê os problemas se avolumando, acontecendo. O Porto de Santos é um porto da maior importância, vai continuar sendo e vai ter crescente essa importância para o escoamento de produção do Brasil. Então, investir nos acessos do porto é fundamental. Então, investir ali no Ferroanel, investir no acesso que leva as rodovias até o Porto de Santos, é um compromisso nosso. Isso está no PAC, está no Programa de Logística Ferroviária, que está sendo coordenado pela EPL, assim também como ter um contrato de longo prazo, são 10 anos que nós estamos planejando, para fazer a dragagem, aprofundamento de canal, e melhorar o acesso do Porto de Santos. Nós conseguimos uma vitória recente, que foi tirar um navio do canal de acesso, que há mais de 30 anos estava lá, e fazia com que os navios, um navio afundado, fazia com que os navios tivessem que fazer desvio para poder aportar em Santos. Então, são medidas que nós queremos fazer e estamos fazendo, para destravar. Isso não tem nada de contraditório em você ampliar a capacidade portuária para o resto do país. Nosso país tem dimensões continentais, 8 mil quilômetros de costa. Nós não podemos ter como referência de escoamento da produção apenas a infraestrutura e o sistema portuário da região Sul e Sudeste, sob pena de nós causarmos tumulto e impacto para a vida dessas regiões, como estamos vendo agora com a questão de movimentação de caminhões em excesso, com navios parados. Nós precisamos, sim, melhorar a capacidade dos portos que estão na região Sul e Sudeste, deixá-los cada vez com mais avanço tecnológico, com mais investimentos e também ampliar a capacidade no restante do país. O plano que nós lançamos é um plano que foi baseado no plano de logística portuária, feito pela Universidade Federal de Santa Catarina, em parceria com outras instituições, e também com ajuda e avaliação da estruturadora de projetos brasileiros do BNDES. Ou seja, nós prevemos a nossa capacidade portuária até 2030. Então, todos os investimentos que nós estamos fazendo tem como foco nós termos respostas a essa capacidade demandada. Só para você ter uma ideia, hoje os portos brasileiros têm capacidade de 370 milhões de toneladas, os portos organizados de movimentação, 370 milhões de toneladas. Em 2015 nós já estamos projetando uma movimentação efetiva de 375 milhões. Ou seja, se nós não fizermos nada, nós já não vamos ter capacidade no sistema portuário como um todo, daqui a dois anos. Então, nós não podemos olhar isso e não termos ação. Então, o conjunto de investimentos e o que nós estamos fazendo, considera o território nacional, considera nossa produção agrícola projetada, nossa produção industrial e a nossa produção mineral. Além disso, nós integramos o Plano de Logística Portuária, o PNLP, ao PNLT, Plano Nacional de Logística de Transporte. Que prevê o quanto nós precisamos ampliar a infraestrutura na área de rodovias e ferrovias. Então, quando a Presidenta lançou, em agosto, a concessão de rodovias e ferrovias, ela já lançou com base no plano de transporte, e na integração com portos. Ou seja, nós já sabíamos que para melhorar o escoamento da produção nós precisávamos daquelas ferrovias e precisávamos também liberar os investimentos em portos na costa brasileira. Claro que isso tudo é feito dentro de um planejamento, considerando os investimentos, e considerando retorno. Nada é de maneira aleatória, ou sem ter uma coordenação. A Secretaria de Portos tem sido muito cuidadosa e responsável para exatamente avaliar os investimentos necessários, e poder fazer com que esses investimentos sejam uma realidade e respondam a necessidade de termos um país eficiente e eficaz no escoamento da sua produção. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Paulo Schiff, da Rádio Rock 102,1, de Santos, São Paulo. Você tem outra pergunta? REPÓRTER PAULO SCHIFF (Rádio Rock 102,1 / Santos – SP): Não. Satisfeito com a resposta da Ministra. Obrigado pela participação, pela boa oportunidade. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigado, então, ao Paulo. Ministra, eu queria aproveitar e perguntar para a senhora, porque a gente sabe que os portos de Santos e Paranaguá, eles já estão operando acima das suas capacidades. Essa comissão que está para ser implantada, Comissão Nacional das Autoridades dos portos, ela vai ajudar nesse processo, ou seja, vai diminuir essa burocracia? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Na realidade é esse o objetivo. Nós temos uma experiência muito bem sucedida nos aeroportos, com a Conaportos. Nós reunimos todos os agentes públicos que atuam nos aeroportos. Porque antes tinha uma atuação, mas não tinha uma integração. Então, a Polícia Federal exigia um documento, a Receita exigia outro, a Anvisa outro, e muitas vezes o passageiro, ou as empresas, ficavam a mercê de prestar essas informações de maneira desordenada. Nos portos brasileiros é a mesma coisa, nós já temos o projeto do Porto sem Papel, mas nós avaliamos que o Porto sem Papel só vai ter maior eficácia e eficiência, se nós realmente pudermos organizar os agentes públicos dentro dos portos. Ou seja, fazer com que a Receita Federal, a Polícia Federal, a Anvisa, a Autoridade Portuária, a Marinha, possam cotidianamente conversarem entre si e facilitarem a vida daqueles que estão importando ou exportando mercadorias, para que isso seja mais rápido. Quanto maior o desembaraço no terminal portuário mais rápido é você fazer a transação, o transporte de mercadorias. Portanto, nós achamos que essa medida que é uma medida operacional, administrativa, ela vai ajudar muito. Claro, que ela vai ter que estar conectada, vai ter que estar agregada às medidas de investimento em infraestrutura que eu já falei aqui, que é ampliação da capacidade dos terminais portuários, que é a necessidade de melhorar os acessos, que é a necessidade de termos mais investimentos privados. Portanto, nós apostamos muito nesse conjunto de medidas, apostamos muito na Medida Provisória 595, porque, de fato, ela tem este objetivo, determinado pela Presidenta Dilma, que é de melhorar a eficiência dos portos brasileiros. Temos que fazer a nossa parte como Poder Público, temos sim, e vamos ter metas, prazos, já estamos implantando o Conaportos, já estamos discutindo os contratos de gestão e teremos também metas e prazos para fazermos os investimentos. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Mas já temos uma data para implantação dessa Comissão? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: A Comissão já se reuniu em nível ministerial. Tivemos a primeira reunião em março, vamos ter a segunda reunião no final de março, para começar a implantar as comissões locais. Então, nós queremos que até o final do primeiro semestre, a gente tenha a realidade dessa Comissão articulada nos principais portos brasileiros. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Está certo, Ministra. Ministra, vamos agora à Belo Horizonte, conversar com Patrick Vaz, da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Olá, Patrick, bom dia! REPÓRTER PATRICK VAZ (Rádio Itatiaia / Belo Horizonte - MG): Bom dia. Bom dia, Ministra. Aqui em Minas Gerais, o que nos interessa bastante, um assunto relevante é a duplicação da BR-381, no trecho entre Sabará e João Monlevade, mais conhecida como rodovia da morte, nome dado porque a cada semana são registrados vários gravíssimos acidentes com óbitos, um trecho sinuoso e traiçoeiro. O tema já foi discutido entre o Governo, entre o Governo Federal, deputados, para ver o que pode ser feito, principalmente a duplicação, para que evite cada vez mais tragédias e para acabar de vez com o sofrimento de várias famílias. Que informação a senhora pode trazer para nós, mineiros, sobre a duplicação da BR-381, mais conhecida como rodovia da morte, no trecho entre Sabará, na região metropolitana, e João Monlevade, na região central de Minas Gerais? MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia, Patrick. Bom dia a todos os ouvintes da Rádio Itatiaia, é um prazer muito grande falar com vocês. Eu não tenho aqui os detalhes e a discussão das obras ou da realização de intervenções da BR-381. O que eu tenho aqui hoje são os investimentos que nós faremos pelo Plano de Investimento e Logística, o PIL, que é o plano de concessões, em rodovias que atendem o Estado de Minas Gerais. Então, para você ter ideia, nós vamos trabalhar na 262, que é Espírito Santo/Minas Gerais; na 050, Goiás/Minas Gerais; na 153, Goiás/Minas Gerais; na 262, também, interno Minas Gerais; e na 116, Minas Gerais e 040, Distrito Federal/Goiás/Minas Gerais. Que são rodovias que serão e que terão investimentos do Plano Integrado de Investimento em Logística. Portanto, como concessão, a BR-381 não conta do plano de concessão, eu sei que tem uma discussão sobre ela no DNIT, e também no PAC, eu posso pegar mais informações e depois passar a você, aos ouvintes da Rádio Itatiaia, para que vocês possam acompanhar as intervenções do Governo, em relação a essa BR. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Patrick Vaz, da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte. Você tem outra pergunta para a Ministra? REPÓRTER PATRICK VAZ (Rádio Itatiaia / Belo Horizonte - MG): Não, só tenho a agradecer. Muito obrigado, Ministra. A todos um bom dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Patrick, da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, pela participação. Ministra, para a gente fechar eu queria que a senhora falasse um pouquinho sobre os aeroportos. Nós já temos alternativas para melhorar a prestação de serviço? Até porque a gente está perto de grandes eventos internacionais de esporte, e a gente está sempre questionando a atuação, hoje, dos aeroportos. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Está certo. Temos, sim. Nós fizemos já a concessão de três grandes aeroportos que são importantes para o país: Guarulhos, Aeroporto de Campinas e o Aeroporto de Brasília. E estamos acompanhando muito de perto os investimentos das concessionárias nesses três aeroportos, e elas realmente tem se esforçado muito para que a gente possa ter os investimentos para a Copa do Mundo. E agora, com o Plano de Aeroportos, que foi lançado em dezembro, pela Presidenta Dilma, nós temos também a previsão de mais duas concessões. Galeão, no Rio de Janeiro, e também o de Confins, em Minas Gerais. São aeroportos importantes e que nós queremos, com a concessão, trazer grandes operadoras para melhorar a qualidade dos serviços prestados, e para que a gente possa oferecer ao cidadão, que cada vez mais utiliza aeroporto, essa qualidade. E a Infraero vai participar desse processo. Ou seja, nós vamos conceder, a Infraero participa, exatamente para ganhar expertise, para ganhar conhecimento sobre boas práticas de gestão, e reproduzir isso na rede de aeroportos que ela faz a gestão. E nós estamos também aproveitando para fazer investimentos em aeroportos regionais, são 270 aeroportos que receberão recursos do Governo Federal, para que possam melhorar seus terminais de passageiros, aumentar sua pista de pouso, e com esses investimentos nós podermos levar para essas regiões, para esses aeroportos, voos regulares. E para garantir isso, nós também temos um plano de subsídio para aviação regional. Ou seja, nós queremos que as empresas médias, ou menores, ou mesmo as maiores, tenham uma política de desenvolvimento da aviação regional. E assim, a gente possa interligar o Brasil. Tenho certeza que esse ano nós teremos grandes investimentos e grandes resultados na infraestrutura brasileira. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministra, vamos agora ao Rio de Janeiro, falar com a Rádio Record AM, do Rio, onde está Willian Marques. Olá, Willian, bom dia!REPÓRTER WILLIAN MARQUES (Rádio Record AM/ Rio de Janeiro - RJ): Bom dia, Kátia Sartório. Bom dia, Ministra Gleisi Hoffmann. Obrigado pelo convite, em nome da Rádio Record do Rio de Janeiro. O principal ponto, ou o ponto que gostaríamos de destacar, é se há no projeto algum ponto que contemple o transporte de passageiros no transporte ferroviário e marítimo? Sendo que estes transportes ajudariam a desafogar as rodovias e aeroportos no Brasil, agora, em momentos de grandes eventos. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Bom dia, Willian. Bom dia a todos os ouvintes da Rádio Record, é um prazer muito grande estar falando com vocês no Rio de Janeiro. Essa é uma preocupação do Governo, mas neste programa de logística com foco em portos e rodovias, não foi o foco. O foco mesmo em portos foi terminais de carga, e também em ferrovias, o transporte de cargas, que é uma das coisas que nós temos que responder com a maior celeridade. Nós temos alguns investimentos em terminais portuários para passageiros, aí no Rio nós temos, vamos fazer um pier novo, temos em Santos também, voltados aos grandes eventos. E em termos de passageiros no modal ferroviário, nós temos o TAV, que é o trem de alta velocidade, que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro, e que também será licitado esse ano. Do ponto de vista das demais regiões, e também da ampliação desses investimentos, é um estudo que ainda estamos fazendo. Como melhorar para que a gente possa ter no trem, na ferrovia, e também em portos, melhores acomodações e condições para passageiros. Isso não está fora das nossas preocupações, mas nesse momento, com esse plano, o foco, exceto o TAV, que já era uma preocupação do governo e vai ter investimento, mas o foco é para o transporte de cargas, e para desatar o nó da logística brasileira. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, muito obrigada por sua participação, mais uma vez com a gente aqui no Bom Dia, Ministro. MINISTRA GLEISI HOFFMANN: Eu que agradeço Kátia, aqui ser tão bem recebida, agradeço as perguntas e a participação de toda a rede que esteve aqui com a gente. Muito obrigada, um bom dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministra. E a todos que participaram conosco deste programa meu muito obrigada e até a próxima edição.