15/05/2012 - Tereza Campello detalha ações do Brasil Carinhoso

O Bom Dia Ministro entrevistou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. A ministra falou do programa recém-lançado Brasil Carinhoso, da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio + 20, além do Brasil Sem Miséria.

15/05/2012 - Tereza Campello detalha ações do Brasil Carinhoso

O Bom Dia Ministro entrevistou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. A ministra falou do programa recém-lançado Brasil Carinhoso, da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio + 20, além do Brasil Sem Miséria.

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Publicado em 12/12/2016 18:20

APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo o Brasil. Eu sou Kátia Sartório e começa agora mais uma edição do programa Bom Dia, Ministro. O programa tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Hoje, aqui nos estúdios da EBC Serviços, a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Bom dia, Ministra. Seja bem-vinda. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Kátia. Bom dia a todos. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Na pauta do programa de hoje, o programa recém-lançado Brasil Carinhoso, também a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, além do Brasil sem Miséria. A Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, já está aqui, no estúdio, pronta para conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país neste programa que é multimídia; estamos ao vivo no rádio e na televisão. Ministra, já vamos ao Rio de Janeiro, conversar com a Rádio Tupi, do Rio, onde está Ana Rodrigues. Bom dia, Ana. REPÓRTER ANA RODRIGUES (Rádio Tupi / Rio de Janeiro - RJ): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra Tereza Campello. Ontem, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Brasil Carinhoso, que é um programa que tem o objetivo de beneficiar dois milhões de famílias que vivem em extrema pobreza e, principalmente, uma das metas mais importantes e interessantes desse plano, que eu gostaria de destacar com a senhora, é justamente a oferta de suplementação de vitaminas e, também, a medicação gratuita contra a asma. Esse objetivo específico de tratar e atender a essas crianças dessa geração, qual é o planejamento, a meta desse plano, de atender a essas crianças, especificamente? O que inspirou o governo a dedicar-se a esse aspecto da alimentação e da suplementação de vitaminas para essas crianças? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Ana Rodrigues. Bom dia, ouvintes da Rádio Tupi. Essa é uma pergunta estratégica. O Brasil Carinhoso, na verdade, tem três grandes linhas: uma é de transferência de renda para as famílias pobres, a outra é toda uma área de educação, em especial creches, mas nós também estamos muito preocupados com a saúde e com a suplementação de micronutrientes para crianças. Nessa agenda de saúde, nós estamos distribuindo Vitamina A, que é uma megadose de Vitamina A que será oferecida para as crianças, simultaneamente às campanhas de vacinação. Então, agora, em agosto, quando nós tivermos uma campanha de vacinação, as mães com as crianças até cinco anos já receberão a megadose. Não é mais uma injeção, não é uma aplicação de vacina. É um suplemento alimentar muito importante porque, veja bem, somente com a suplementação dessa Vitamina A nós poderemos reduzir em quase 25% as mortes de crianças no Brasil. Então essa é uma ação muito, muito importante, é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde, e o Brasil distribui a Vitamina A para regiões endêmicas, para crianças muito pobres, mas agora vai para o Brasil todo. A outra ação é a distribuição de sulfato ferroso para combater a anemia de crianças, que é um outro problema importante e grave em crianças de várias classes, mas, em especial, as pobres, mas isso será distribuído nos postos de saúde. E a terceira ação importante... É nas Unidades Básicas de Saúde. A terceira ação importante é o trabalho que nós estamos fazendo no Aqui Tem Farmácia Popular, com distribuição gratuita de remédio para asma. Agora, esse só com receita médica, não é? Nós não queremos que as mães, que as avós façam automedicação com as suas crianças. Tem que ir no médico. Indo no médico, identificando a necessidade, não é, de essa criança ter mesmo asma, é que pode retirar o medicamento de forma gratuita. Junto com isso, eu queria completar, Ana, tem uma outra ação importante que também envolve crianças e suplementação alimentar, que é o aumento da merenda escolar nas escolas. Nós estamos aumentando em 66,7% os recursos para os municípios comprarem merenda escolar. A nossa merenda escolar para creche já melhorou muito. Quando o presidente Lula assumiu, o governo federal não repassava nada para as creches, era zero o repasse para as creches. Agora nós já estamos repassando R$ 1,00 por dia para as crianças, isso é um apoio aos municípios, e a alimentação melhorou muito em creche, inclusive comprando da agricultura familiar. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ana Rodrigues, da Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, você tem outra pergunta? REPÓRTER ANA RODRIGUES (Rádio Tupi / Rio de Janeiro - RJ): Sim, Kátia. O Brasil vai apresentar, Ministra Tereza Campello, uma proposta para que os países apoiem a criação de um piso de proteção socioambiental nos moldes do Bolsa-Verde, que associa a preservação ambiental com as áreas social e econômica. Dentro desse ainda complexo debate da associação de desenvolvimento sustentável com crescimento econômico, como é essa proposta e essa criação desse piso de proteção socioambiental, como ele pode ser aplicado, e as possibilidades dele a partir da Rio+20. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Ana, as pessoas geralmente separam o debate ambiental do debate social quando vão fazer a discussão de preservação do meio ambiente. Nós, no Brasil, acho que temos uma iniciativa muito importante, que é a de juntar essas duas agendas toda vez que a gente discute. Não dá para discutir o ambiental separado do social. Quanto mais pobre a sociedade, mais ela tende a também degradar, não só por pobre, em todos os sentidos, pobre do ponto de vista de educação ambiental, as famílias pobres são jogadas para áreas que são cada vez mais degradadas. Então é melhorar a vida das pessoas. Mas melhorar de forma sustentável é uma ação muito, muito importante. Então a ideia do piso socioambiental tenta juntar essas duas coisas. O Brasil tem uma experiência ótima, que é a experiência do Bolsa-Verde, onde a gente complementa o Bolsa-Família com um repasse de recurso para que as famílias que moram em áreas de preservação, nas nossas florestas, nos ajudem a cuidar dessas florestas, e outros países têm outras experiências muito parecidas. Então nós estamos tentando juntar esses debates e oferecer isso como uma sugestão. Nós queremos melhorar a vida das pessoas, tirar as pessoas da pobreza e, ao mesmo tempo, cuidar do planeta. Como juntar essas duas coisas é o debate que nós estamos querendo implementar com o piso de proteção socioambiental. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório e estamos hoje com a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Ela conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando às emissoras que estão no nosso programa, que querem entrar, pegar a gente no satélite, o nosso sinal está no satélite, no mesmo canal de A Voz do Brasil. Ministra, vamos, agora, à Manaus, no Amazonas, conversar com a Rádio Amazonas FM, onde está Patrick Motta. Bom dia, Patrick. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Bom dia, Kátia Sartório, senhoras e senhores ouvintes. Bom dia, Ministra. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Patrick, bom dia. Bom dia, ouvintes da Rádio Amazonas. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Ministra, sobre o programa Brasil Carinhoso, lançado ontem aí pela presidenta Dilma, chama atenção o número de creches a serem construídas em acordo com prefeituras: mais de 1.500. Como é que ficará essa distribuição de creches em termos regionais, Ministra? Ou seja, por exemplo, quantas devem ser construídas aqui em Manaus? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Patrick, eu estou sem os dados de construção de creches. Nos comprometemos a enviar para vocês na sequência, eu vou solicitar ao nosso Ministro Mercadante, mas eu queria aproveitar e falar um pouco da agenda geral de creches. Além da distribuição, além desse apoio do governo federal para a construção de creches, ontem, no Brasil Carinhoso, nós tomamos algumas atitudes que, na nossa avaliação, vão melhorar muito a oferta de creche, porque você sabe que essa é uma das áreas que nós precisamos ainda avançar no Brasil. Nós já temos todas as nossas crianças do Ensino Fundamental em sala de aula, na pré-escola já estamos chegando perto da universalização; 80% da... Mais de 80% das crianças já estão na pré-escola, mas, nas creches, nós temos 23%, só, das crianças, no Brasil, em creches. Portanto, falta oferta de creches e esse é o grande esforço da presidenta Dilma. Para ajudar a melhorar essa oferta, não só nós ontem assinamos com os prefeitos a construção de mais 1.500 creches, como nós mudamos o custeio das creches, que é uma das preocupações do prefeito. O que é que acontecia antes? A criança, quando entrava em creche, ela só começava a contar... Ela entrava hoje na creche e só começava a contar daqui um ano ou daqui um ano e meio no Censo Escolar. E, com isso, o prefeito ficava sem recursos para custear as suas creches. Então, o que mudou a partir de ontem? Nós passamos a custear, a passar recursos para manutenção, que é o grande gasto em creches, que é o gasto com fraldas, que é o gasto com alimentação, que é gasto para pagar pessoal que tome conta das nossas crianças. E no caso de creche, a gente precisa de mais gente por aluno, certo? As crianças são pequenininhas, precisam de apoio. Portanto, a manutenção dessas creches é muito cara. Agora nós estamos antecipando esses recursos e a grande novidade é que nós decidimos, para as crianças do Bolsa-Família, que são as crianças pobres, passar 50% a mais do dinheiro; dá R$ 1.362,00 a mais, por ano, para cada uma das nossas crianças. E isso vai melhorar muito o atendimento e, nós acreditamos, a oferta de creches. E eu acho que uma questão que tem sido pouco divulgada é que esse recurso vai ser repassado não só para creches públicas, do município, mas para creches conveniadas. Portanto, as instituições privadas que abram novas vagas, que acolham nossas crianças pobres do Bolsa-Família, também poderão receber esses recursos. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Patrick, você tem outra pergunta? REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Sim, Kátia. Sobre a agenda do governo brasileiro na Rio+20, Ministra, a senhora tem dito que não é mais aceitável discutir agendas econômica, ambiental e social de forma separada. Sobre a Amazônia, fala-se muito em preservar a floresta – e nós também pensamos desta forma –, mas é preciso lembrar dos milhares de cidadãos brasileiros que vivem, aqui, na floresta, e também precisam de amparos financeiro e social. Como é que a senhora vê essa situação? E mais, Ministra: para nós, aqui, a Amazônia não é patrimônio da humanidade coisa nenhuma, não. A Amazônia é patrimônio do povo brasileiro, a serviço da humanidade. Eu gostaria que a senhora comentasse isso. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Patrick, não são só milhares, não é? São milhões de pessoas, são 24 milhões de brasileiros que nós temos na Amazônia, contando todos os estados no Bioma Amazônia. E, para nós, é muito importante que essas pessoas tenham... Uma parte delas, grande, é pobre, certo? Dezessete por cento das pessoas que moram nos estados do Norte são extremamente pobres. Para que a gente possa preservar o meio ambiente, nós também precisamos garantir que essas pessoas tenham acesso a bem-estar, tenham acesso à energia, tenham acesso a boas condições de vida e tenham acesso a emprego e renda. Portanto, uma das agendas que nós estamos propondo é, exatamente, casar o social com o ambiental. Tem, como eu já tinha comentado, a proposta que já está em andamento aí, no Estado do Amazonas, no Pará, do Bolsa Verde, que é um Bolsa Família, mais um complemento para que essas pessoas tomem conta da floresta, mais várias outras ações nós estamos desenvolvendo. Como é a agenda de produtos da sociobiodiversidade, nós estamos trabalhando e estimulando um desenvolvimento das nossas cadeias de produtos da sociobiodiversidade, como é a castanha do Brasil, como é a borracha, como são as frutas tropicais, como é o pescado, na Amazônia, que vai viabilizar que essas famílias pobres, e que o conjunto das famílias que moram aí, no Estado do Amazonas e nos estados da Amazônia, possam se desenvolver, possam ter emprego, possam alimentar a sua família, possam viver melhor e, ao mesmo tempo, possam preservar o meio ambiente. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório. A nossa convidada de hoje, a Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ela conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país, neste programa que é multimídia – estamos no rádio e na televisão. Ministra, vamos, agora, a São Paulo conversar com a Rádio Bandeirantes, de São Paulo. Ana Neri, bom dia. REPÓRTER ANA NERI (Rádio Bandeirantes / São Paulo - SP): Bom dia para você, também, Kátia. Bom dia, Ministra. Vamos falar, então, sobre o programa Brasil Carinhoso. Fala-se muito no repasse desse dinheiro, depois de que a Presidenta anunciou, no Dia das Mães, principalmente para famílias do Norte e do Nordeste. O que nós queremos saber é a explicação concreta de como será a concessão deste benefício. As famílias serão as mesmas do Bolsa Família, há um pré-cadastro para o recebimento ou será feito um cadastramento nessas regiões, e para a Região Sul e Sudeste e Centro-Oeste também haverá o benefício? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Ana Neri. Bom dia, ouvintes da Rádio Bandeirantes. O Brasil Carinhoso é para todas as crianças de zero a seis anos, em todo o Brasil. Não só no Norte e Nordeste. Todas as famílias extremamente pobres, independente do estado, que tenham criança de zero a seis anos, são beneficiárias do programa. Aliás, para a área de creche e para a área de saúde, todas as crianças pobres ou não têm direito a vitamina A, tem direito a sulfato ferroso, tem direito às complementações nutricionais e vão estar recebendo o nosso apoio, com a antecipação do Fundeb. As crianças extremamente pobres do Bolsa Família é que receberão essa complementação do Bolsa Família, mas isso vale para o Brasil todo, não só para o Norte e o Nordeste. No Estado de São Paulo, por exemplo, nós temos um milhão de pessoas extremamente pobres, uma parte importante delas já recebe Bolsa Família. São, também, 1,2 milhão famílias no Bolsa Família. Uma parte delas tem criança de zero a seis anos, e receberão, automaticamente, este benefício, que complementa a renda de cada uma das pessoas até R$ 70. Então, quem já está no Bolsa Família não tem que tomar nenhuma providência; já vai receber, a partir de junho, os recursos a mais, se essas famílias receberem... não tiverem, ainda, uma renda, por cada um dos seus membros, de até R$ 70. Então, quem já está no Cadastro Único, quem já está no Bolsa Família, automaticamente, vai receber. As famílias que são extremamente pobres e que a ainda não estão no Bolsa Família, nós estamos fazendo Busca Ativa, com o apoio dos estados, com o apoio dos municípios. Nós queremos que essas famílias extremamente pobres sejam conhecidas do estado, não só para receber rendas, mas para receber o conjunto das outras ações, que envolve qualificação profissional, que envolve, no caso das famílias no campo, o fomento, distribuição de sementes. Quer dizer, são várias ações e, em especial, para as nossas crianças. Então, o Brasil Carinhoso está voltado para todo o Brasil. As famílias têm que estar inscritas no Cadastro Único. Quem recebe o Bolsa Família não tem que tomar nenhuma atitude. O que é o benefício? O benefício, a gente vai complementar a renda dessa família até que chegue em R$ 70 para cada uma das pessoas, se a família tiver criança de zero a seis anos. Então, o que a família, para saber o que vai receber, tem que fazer? Pegar a sua renda no Cadastro Único, o que já recebe com o Bolsa Família, dividir pelo número de pessoas. Se não chegar em R$ 70, vai receber a complementação. Agora, ela não precisa requerer, esse benefício será pago automaticamente. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Ana Neri, da Rádio Bandeirantes de São Paulo? REPÓRTER ANA NERI (Rádio Bandeirantes / São Paulo - SP): Tenho, sim, Kátia. Me desculpa, mas eu vou já incluir duas perguntas, nesta última. Eu só queria saber, em relação ao programa Brasil Carinhoso, se haverá o pedido de uma contrapartida por parte do governo, por exemplo, que as crianças sejam matriculadas em escolas, qual será o requisito que a família terá de cumprir para receber esse valor? E sobre a distribuição de medicamentos, vitamina A, que será na campanha de vacinação, será já na próxima campanha de vacinação que essa vitamina será distribuída? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Isso mesmo, isso mesmo, Ana. Na próxima campanha de vacinação, em agosto, nós já vamos ter distribuição da megadose de Vitamina A. O sulfato ferroso já está disponível nas Unidades Básicas de Saúde, nas nossas UBSs, nos postos de saúde, mas tem que ser com o acompanhamento médico, porque algumas crianças não podem receber essa suplementação. Então, isso tem que passar por uma avaliação do médico, da pessoa responsável pela criança, pelo atendimento de saúde da criança ou pelo médico de saúde da família. No caso do Bolsa Família, nós não temos oferta de creches suficiente para exigir que as famílias coloquem as suas crianças nas creches. Para essa faixa etária, inclusive, é de livre opção da família deixar a criança na creche ou não. Isso acontece com todas as famílias, ricas ou não. Nessa primeira faixa etária, às vezes, a opção da família é deixar com o avô, deixar com a avó, se tem uma pessoa em casa que tome conta. Muitas mães, no entanto, querem colocar as crianças nas creches, precisam colocar a criança na creche para estudar, e é esse esforço que nós estamos fazendo, agora, com o aumento da oferta de creches e de vagas em creches, para as crianças pobres. Então, existe um esforço do governo federal em melhorar o atendimento das crianças, em ofertar creches, até porque isso vai melhorar o desempenho dessas crianças. Na creche, ela vai comer melhor. Na creche, ela vai ter espaço, não só para se alimentar melhor, mas como para se desenvolver melhor. Agora, nós não estamos exigindo contrapartida. As crianças de zero a seis anos são crianças que nós queremos que o seu atendimento, que a sua alimentação melhore. Por isso nós tomamos a decisão de aumentar o recurso dessa família para tirar a família da pobreza, melhorar a situação e o bem-estar dessa família, para que essa criança também seja bem atendida. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. A nossa convidada de hoje é a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Lembrando às emissoras de rádio que o nosso sinal está no satélite, no mesmo canal de a Voz do Brasil. Ministra, vamos a Fortaleza, no Ceará, conversar com a Rádio Cidade AM, de Fortaleza. Messias Pontes. Bom dia. REPÓRTER MESSIAS PONTES (Rádio Cidade AM / Fortaleza - CE): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministra Tereza Campello. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Messias. REPÓRTER MESSIAS PONTES (Rádio Cidade AM / Fortaleza - CE): O governo federal, ele ofereceu a Fortaleza e liberou recursos para a instalação de 80 creches, aqui, na capital, mas somente 17 foram instaladas. Os recursos das outras 63 foram devolvidos para Brasília. No caso... Bem, o que alega a prefeitura é que não tinha terreno. Não seria o caso, Ministra, desse recurso ser encaminhado ao governo do estado, para que as creches fossem bancadas, aqui, pelo governo do estado? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Messias. Esse problema de terreno para a construção de creches é um problema real, não é só um problema de Fortaleza. É um problema de várias cidades no Brasil. Até porque, muitas vezes, onde a gente precisa construir creches... Você precisa construir, não adianta você construir uma creche longe de onde a família está, desse bairro pobre. Portanto, a localização de creches, se a prefeitura está tendo problema, certamente, o governo do estado também terá o mesmo tipo de problema. O problema é de oferta de espaços. Agora, ontem, a medida que a nossa Presidenta tomou, que é a de antecipação de recursos de custeio e viabilizando, inclusive, que as creches conveniadas possam ampliar ofertas para crianças, em especial para as crianças pobres, pode nos ajudar bastante a resolver esse problema. Você pode alugar... Não é só construção de creches que vai poder ser feita, agora. Vocês vão poder... Tanto os municípios quanto as entidades conveniadas vão poder alugar imóveis, certo? Vão poder reformar imóveis. Não precisamos só trabalhar com a ideia de construção de novas creches. Com isso nós pretendemos ampliar. Acreditamos que vamos ampliar a oferta de vagas não só com a construção, porque a construção, além do problema de terreno, tem ainda o tempo de construção, e nós queremos viabilizar que essas creches sejam disponibilizadas, que essas vagas sejam disponibilizadas o mais rápido possível. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório. A nossa convidada de hoje, a Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ela conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, vamos, agora, a Porto Velho, em Rondônia, falar com a Rádio Caiari AM, de Porto Velho, onde está Tais Leite. Bom dia, Tais. REPÓRTER TAIS LEITE (Rádio Caiari AM / Porto Velho - RO): Bom dia. Bom dia, Ministra. Bem, Ministra, eu gostaria de saber sobre o Bolsa Família, se será ampliado para o nosso estado e, também, agora, o novo programa, o Brasil Carinhoso, se também... Como vai beneficiar o estado rondoniense? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom, o estado será beneficiado, certamente, com as três medidas do Brasil Carinhoso. Só lembrando: transferência de renda, que é o aumento do Bolsa Família, garantindo que todas as famílias extremamente pobres, que tenham filhos entre zero e seis anos e onze meses recebam recursos suficientes para que cada membro da sua família tenha, no mínimo, R$ 70 para viver. A segunda medida é a ampliação e o estímulo para a ampliação de vagas em creches. Nós estamos antecipando os recursos do Fundeb. Antes mesmo das crianças contarem no censo escolar, o município que ampliar vagas para creches vai poder receber esse recurso. São R$ 2.700, por ano, por vaga, por criança, que estão sendo antecipados. E, para as crianças do Bolsa Família, nós vamos repassar 50% a mais, que são R$ 1.362 a mais, por ano, por criança, para que essas vagas em creches possam ser bem remuneradas. Esse recurso, inclusive, do Ministério do Desenvolvimento Social, que é um recurso do Brasil sem Miséria para creches, ele não é um recurso preso para a área de educação. As creches vão poder, por exemplo, comprar fraldas. Vão poder custear, não só melhorar a alimentação, melhorar o atendimento das crianças, comprar brinquedo, mas comprar alguns itens, como é o caso de fralda, que a gente não poderia comprar... Não pode comprar, com os recursos da educação. Além, como eu disse, da suplementação de micronutrientes, que é a distribuição de vitamina A, distribuição de sulfato ferroso, melhoria da merenda escolar, que isso vale para o Brasil todo, em especial aí, para a Região Norte, que é uma das regiões onde a tem uma parcela da população pobre muito grande. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. A nossa convidada de hoje é a Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Lembrando que o áudio e a transcrição dessa entrevista vão estar disponíveis ainda hoje, pela manhã, na página da EBC Serviços, na internet. Anote o endereço: www.ebcservicos.ebc.com.br. Ministra, vamos, agora, a Alagoas, Maceió, conversar com a Rádio Difusora AM de Maceió. Marcos Vasconcelos, bom dia. REPÓRTER MARCOS VASCONCELOS (Rádio Difusora AM / Maceió - AL): Bom dia. Bom dia, Ministra Tereza Campello. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Marcos. REPÓRTER MARCOS VASCONCELOS (Rádio Difusora AM / Maceió - AL): Bem, Alagoas... Aqui, em Alagoas, o governo federal, não é? A Presidenta Dilma lançou o projeto das creches. Acontece que os prefeitos não estão tão interessados em ter essas creches, tanto é que, praticamente, poucos projetos foram enviados a Brasília, para ter direito à construção dessas creches, porque os governos dos municípios, eles não estão interessados em manter... Eles alegam que não têm, não dispõem de recursos para manter essas creches. Como é que o governo pode forçar de uma forma... Fazer com que esses prefeitos apresentem projetos, e que essas creches estejam disponíveis para a população de baixa renda? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Marcos, a tua pergunta é muito importante, porque os anúncios que a presidenta Dilma fez ontem, na nossa avaliação, eles resolvem exatamente esse problema. Veja bem, a creche é um período muito curto na vida das nossas crianças. A creche atende crianças entre zero e três anos. Geralmente a criança vai para a creche com quatro meses, seis meses, e fica até os três anos. O que acontecia antes? A gente só... O governo federal só repassava recursos do Fundeb quando a criança entrava no censo escolar. Às vezes a criança entra na creche hoje e só começava a computar no censo escolar daqui a um ano. Então o prefeito abria a vaga e durante um ano ele tinha que custear essa vaga, ele tinha que manter essa vaga somente com recursos do município. Então, o governo federal fez um esforço muito grande para a construção de creches, ofertou as creches do PAC 2, e os prefeitos ficavam preocupados porque iam, iniciavam a construção, mas todo o período de manutenção dessa criança na escola, ele é que iria custear. Então, o que o governo federal fez? Resolveu antecipar os recursos de manutenção. Então além de ofertar a creche, ofertar os recursos para a construção da creche através do PAC 2, nós também estamos repassando recursos antecipados para manter essa criança em sala de aula, ajudar na manutenção, ou seja, recurso para contratar professor, recurso para a alimentação, recurso para material de limpeza, recurso para garantir essa instituição de educação funcionando, essa creche funcionando. Agora nós começamos a repassar esse recurso para creches que não são as creches do PAC 2. As novas vagas em creche que o prefeito resolver abrir, em imóveis que ele alugar, imóveis que ele receber emprestado, ou creches conveniadas, que são creches privadas, algumas de instituições religiosas que sejam conveniadas com o município, também vão poder receber esse recurso. Com isso, nós acreditamos que nós vamos conseguir resolver esse problema e ampliar o número de vagas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Marcos Vasconcelos, da Rádio Difusora AM de Maceió, você tem outra pergunta para a Ministra? REPÓRTER MARCOS VASCONCELOS (Rádio Difusora AM / Maceió - AL): Não, não. Só essa, então. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, então, pela participação. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Obrigada, Marcos. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Nós estamos hoje com a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando que este programa também está na TV NBR, a TV do governo federal, que reapresenta a gravação dessa entrevista ainda hoje, à tarde, e, também no domingo pela manhã, às 7h da manhã. Ministra, eu queria aproveitar e conversar um pouquinho com a senhora sobre qual foi o motivo que o governo tomou para estar priorizando a primeira infância na área social. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Kátia, é superimportante a gente entender o que é que aconteceu. O que é que acontece? O primeiro grande motivo é que é nessa fase que as crianças têm o maior desenvolvimento não cognitivo, ou seja, ela aprende a entender o mundo, ela aprende a se posicionar, ela tem o maior desenvolvimento do seu cérebro, e é a fase onde se a gente não alimentar bem essa criança, se a gente não der afeto, não der carinho, não der estímulo, a gente perde uma oportunidade muito grande. Algumas coisas a gente aprende depois; eu não aprendi a ler numa determinada fase, eu posso aprender em adulto. Agora, algumas coisas se a gente não aprender nessa idade, se a gente não desenvolver nessa idade, a gente não consegue desenvolver mais. Portanto, é fundamental que a gente consiga apostar no desenvolvimento das nossas crianças. Essa fase também é a fase onde a falta de nutrientes, a falta de uma boa alimentação pode prejudicar essa criança para o resto da vida. Portanto, alimentar essa criança, dar estímulo, ajudar essa criança a conhecer o mundo, a se divertir, a brincar, é muito, muito importante, além de afeto, carinho, acolhimento, limpeza, essa criança estar bem cuidada. Então, nós estamos apostando na melhoria do futuro do nosso país, apostando nas nossas crianças. O segundo grande motivo é que é na faixa do zero a seis anos que nós temos a maior parte da nossa população extremamente pobre. A pobreza no Brasil, ela se concentra nas crianças. Por quê? Porque a proteção social para os idosos, ela é muito ampla no Brasil; aposentadoria rural, o benefício de prestação continuada, ele conseguiu alcançar o conjunto dos nossos idosos. Então, ao contrário de outros lugares do mundo, os idosos no Brasil eles estão bem cuidados e eles estão protegidos. Então, a faixa etária no Brasil mais desprotegidas é a das crianças. Então é muito importante que a gente consiga chegar nessas crianças, além do que é nessa faixa também que as crianças ainda não têm cobertura educacional, que é isso que nós estamos garantindo no Brasil Carinhoso. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministra. E para quem ligou agora o rádio, nós estamos hoje com a Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ela responde a perguntas de âncoras de emissoras de rádio de todo o país, neste programa que é multimídia: estamos também na televisão, na TV NBR. Ministra, vamos à Petrolina, em Pernambuco, conversar com Marcelo Damasceno, da Rádio Emissora Rural de Petrolina. Você está ao vivo com a gente, não é, Marcelo? Bom dia. REPÓRTER MARCELO DAMASCENO (Rádio Emissora Rural / Petrolina - PE): Muito bom dia. E bom dia à Ministra Tereza Campello. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Marcelo. REPÓRTER MARCELO DAMASCENO (Rádio Emissora Rural / Petrolina - PE): Ministra, alguns setores da imprensa... Alguns setores falam muito de que é assistencialismo, é mais um oportunismo do governo federal para tentar cooptar forças, é um ano eleitoral. Como que a senhora reage a essas avaliações críticas em cima de um programa dessa natureza e arrojado como é o Brasil Carinhoso? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Eu acho que é... Obrigado pela pergunta, Marcelo. É uma oportunidade da gente explicar, inclusive, os motivos que nos levaram a lançar o Brasil Carinhoso agora. Quando a gente lançou o Bolsa-Família, em 2003, muita gente dizia que o Bolsa-Família era assistencialista, muita gente dizia que ele era eleitoreiro. Nove anos depois, nós conseguimos, hoje, provar com dados objetivos que o Bolsa-Família não só conseguiu aliviar a pobreza de milhões e milhões de brasileiros, como ele garantiu que as nossas crianças passassem a frequentar mais a escola, tivessem melhor desempenho escolar, conseguimos reduzir a desnutrição, em especial no semiárido nordestino, as crianças se alimentam melhor. Ao contrário do que as pessoas diziam que esse dinheiro ia ser mal gasto, está comprovado que o dinheiro que essas famílias recebem, ele vai para alimentação, para material escolar, para medicamentos, portanto, é um dinheiro bem gasto. Quem recebe esse dinheiro são as mães e as mães é que cuidam das crianças, garantem que esses recursos do Bolsa-Família cheguem para as essas crianças. A outra coisa que se dizia é que as pessoas iam receber o Bolsa-Família e não iam querer trabalhar. Também está provado que isso não aconteceu. Exatamente nas cidades do Nordeste, onde mais se tem beneficiário do Bolsa-Família, que o emprego mais cresceu, mostrando que as famílias com o Bolsa-Família tem uma oportunidade de melhorar de vida e ao melhorar de vida começam a trabalhar mais. Muita gente inclusive usou parte do dinheiro do Bolsa-Família para transporte, para procurar emprego, melhorando a sua alimentação, melhorando a sua condição de vida, também conseguir trabalhar melhor. As famílias do Bolsa-Família trabalham, trabalham muito e merecem esse apoio e esse esforço. A pergunta que nós temos que fazer é ao contrário, não é? Podendo melhorar e aliviar a pobreza, garantindo, podendo garantir que essas pessoas saiam da extrema pobreza, a gente deveria esperar o ano que vem? Somente porque é ano eleitoral? Podendo garantir que as crianças vão para a sala de aula, garantir uma maior oferta de vagas, a gente não deveria fazer? O Brasil tem que parar em ano eleitoral? Nós achamos que não. Nós achamos que o Brasil tem que continuar melhorando, que essas famílias têm o direito de sair da extrema pobreza, que essas crianças têm direito a ter novas vagas e, por isso, nós lançamos o Brasil Carinhoso. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Estamos, hoje, com a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que conversa ao vivo com rádios de todo o país, nesta rede que compõe o Bom Dia, Ministro. Ministra, vamos, agora, de Pernambuco, vamos à Paraíba. João Pessoa, Rádio Arapuan FM. Bom dia, Washington Luiz. REPÓRTER WASHINGTON LUIZ (Rádio Arapuan / João Pessoa - PB): Muito bom dia. Meus cumprimentos a todos e meus cumprimentos à Ministra. Ministra, um tema superinteressante, inclusive eu comentei sobre este assunto aqui no programa que apresento, aqui na Rádio Arapuan FM, de seis às oito da manhã... A pergunta é muito simples: se o governo federal não faz, eles criticam; se o governo federal faz, eles também criticam. Só que a Paraíba e o Nordeste estão passando por uma das maiores secas da sua história, há mais de 30 anos que nós não observamos isso, Ministra. E hoje o governo federal, ele vem e implementa uma ação como essa, porque o pobre que está passando fome agora, Ministra, a senhora tem razão, ele não vai querer saber se é ano eleitoral ou não porque a barriga daqueles mais humildes, que estão lá no final da ponta, lá no sertão da Paraíba, no sertão de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, não quer saber se é ano eleitoral. Eles estão passando fome, eles estão passando sede. Então, a Ministra, a senhora está correta nesse projeto, vai contar com o nosso apoio, porque eu volto a repetir: ninguém está criticando a São Pedro porque não caiu chuva. Por quê não emite crítica? Vocês vão perder a fé por causa disso? Em hipótese alguma. Independentemente de política, se é programa eleitoreiro ou não, mas a senhora está sanando a fome daqueles que mais precisam, principalmente, Ministra, daquela criança que não sabe pedir e não sabe clamar, dizer que está passando fome. De tal sorte eu lhe pergunto: para a Paraíba, esse projeto, quantas pessoas devem beneficiar e como? E quando vier à Paraíba, fica aqui o meu convite, tem os meus contatos para que a senhora possa vir aqui no programa e conversar com o nosso público, porque nós defendemos a bandeira de quanto melhor, melhor, e não quanto pior, pior. Muita gente critica, mas não sabe aqueles que estão passando fome e necessidade nesse exato momento porque não tem o que comer. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Washington. Bom dia, ouvintes. Eu acho que você defendeu melhor que eu o motivo da gente estar lançando o Brasil Carinhoso agora. Uma das preocupações da presidenta Dilma de já começar a pagar em junho tem a ver exatamente com a seca. Washington, para você ter uma ideia, 78% das crianças extremamente pobres do Brasil estão no Nordeste, uma parte enorme delas está no semiárido nordestino, que passa por esse momento de muita carência por conta dessa seca que dizem que vai ser a pior seca em 50 anos. Então, um dos motivos do governo federal já começar a pagar imediatamente o aumento do Bolsa-Família é poder melhorar a situação daí, a vida dessas crianças. Muita gente tem dado o seu depoimento para a nossa presidenta, dizendo que mesmo que essa seca, se fosse em outra época, o povo já teria abandonado o semiárido nordestino e já estaria em êxodo. E hoje falta água, mas não falta comida, as pessoas têm conseguido ter acesso mínimo à comida exatamente por conta dos recursos do Bolsa-Família. Então eu acho que esse recurso, esse aumento no Bolsa-Família, junto com a Bolsa-Estiagem, que começa a ser paga também para os nordestinos, agora que são R$ 400 durante esse período de seca, vai ser um alívio importante nesse momento tão grave que vocês vivem. Nós estamos com várias outras medidas para a seca. O governo federal está investindo muito pesado também para ajudar os estados e os municípios com a distribuição de água, infelizmente, através de carros-pipa, que é a única alternativa que nós temos nesse momento para encher nossas cisternas, para tentar melhorar os pequenos reservatórios. E estamos fazendo um esforço grande para tentar identificar outras formas de apoiá-lo. Agora, certamente, esse aumento no Bolsa-Família vai ser muito bem-vindo. Nós estivemos com os governadores dos estados nordestinos e o depoimento deles é exatamente esse. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Washington Luiz, da Rádio Arapuan FM de João Pessoa, você tem outra pergunta? REPÓRTER WASHINGTON LUIZ (Rádio Arapuan / João Pessoa - PB): Não, só deixar claro e dizer, Ministra, que a facilidade que existe de comentar sobre esse assunto é que a gente convive, diariamente, com as circunstâncias que vivem os nossos irmãos aqui no Nordeste. Os meus cumprimentos, me dou por satisfeito e, mais uma vez, fica aqui o nosso registro em nome daqueles que mais precisam, porque só eles sabem o quanto isso vai beneficiá-los. O meu abraço e um bom dia. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Obrigada. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada à participação da Rádio Arapuan FM, de João Pessoa, no Bom Dia, Ministro. Lembrando que o Bom Dia, Ministro é coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Ministra, vamos, agora, a Macapá, no Amapá, conversar com a Rádio Amapá FM, onde está Clay Sam Sarraf. Bom dia, Clay. REPÓRTER CLAY SAM SARRAF (Rádio Amapá FM / Macapá - AP): Bom dia. Bom dia, Kátia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Eu pronunciei certo o seu nome, Clay? REPÓRTER CLAY SAM SARRAF (Rádio Amapá FM / Macapá - AP): Opa. Bom dia, Kátia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Bom dia. REPÓRTER CLAY SAM SARRAF (Rádio Amapá FM / Macapá - AP): Bom dia, Ministra. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você pode fazer a pergunta. REPÓRTER CLAY SAM SARRAF (Rádio Amapá FM / Macapá - AP): A minha pergunta é com relação, Ministra, à estratégia que vocês deverão utilizar para localizar e também para cadastrar e, evidentemente, incluir essas famílias nesses programas sociais, principalmente no que a senhora falou agora há pouco, com relação ao Brasil Solidário, tendo em vista que muitas famílias, principalmente como a gente ouviu o próprio colega aí do Nordeste, aqui no Norte também isso não é diferente. Como fazer, qual a estratégia que será utilizada pelo Ministério para cadastrar essas famílias, Ministra? Bom dia. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia. Bom dia, Clay. Na verdade, as famílias... No caso do estado do Amapá, nós já temos quase 52 mil famílias que são famílias do Bolsa Família, já estão no cadastro único, já recebem recursos e serão beneficiadas as que têm crianças entre zero e seis anos, serão beneficiadas automaticamente. Porque o nosso cadastro único, ele tem informações sobre essas famílias permanentemente, então nós sabíamos quantos filhos essas famílias têm, qual é a idade, não existe nenhuma complicação para que a gente possa estar repassando esses recursos. E, aproveitando para fazer uma complementação das questões que a gente estava levantando anteriormente, esse recurso é passado diretamente à família, em conta bancária, portanto, a família não tem que fazer nada. Isso é mais um motivo para justificar que essa ação é uma ação direta, quer dizer, a família, ela não tem que votar em ninguém, ela não tem que se preocupar com questão política para poder ter acesso a esse benefício. Esse é um dos grandes méritos do Bolsa Família, que ele é impessoal. Então, nós temos ainda que fazer uma busca ativa, porque existem famílias extremamente pobres que estão fora do Bolsa Família. A nossa estratégia para encontrar essas famílias é junto com os municípios, junto com os nossos institutos. No caso do Norte, o Instituto Chico Mendes tem nos ajudado a localizar famílias que são famílias extremamente pobres que estão nas nossas florestas. O Incra também tem nos ajudado a localizar essas famílias. Algumas dessas áreas são áreas importantes, com difícil acesso, em especial no Norte. E, portanto, as famílias extremamente pobres, o que elas têm que fazer? Elas têm que procurar a prefeitura. Nós estamos tentando localizar essas famílias, independentemente de elas estarem nos procurando, mas, vocês conhecendo, as instituições conhecendo famílias extremamente pobres, elas têm que ser levadas à prefeitura para serem cadastradas. Em sendo cadastradas e tendo direito ao Bolsa Família, elas vão receber não só o Bolsa Família tradicional, mas tendo crianças de zero a seis anos, vão estar no Brasil Carinhoso recebendo esse recurso adicional, que tira as famílias da extrema pobreza. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Clay Sam Sarraf, da Rádio Amapá FM, você tem outra pergunta para a Ministra? REPÓRTER CLAY SAM SARRAF (Rádio Amapá FM / Macapá - AP): Kátia, agradecendo a participação aqui do extremo norte do Brasil, agradecer também à Ministra pela atenção dispensada aqui à Rádio Amapá FM. E, para encerrar, perguntar à Ministra quando ela virá ao estado do Amapá, aqui ao extremo norte do Brasil, conhecer, inclusive, esses serviços executados, esses programas sociais executados aqui dentro do nosso estado para saber se, ‘in loco’, se está funcionando, realmente, a contento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Obrigado, Clay. Eu pretendo ir esse ano, de fato, ao Amapá. E obrigado pelo convite. Indo aí, nós, quem sabe, conseguimos falar na rádio também. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, então, à Rádio Amapá FM pela participação com a gente neste programa, no Bom Dia, Ministro, que está no satélite, o sinal do programa está no satélite, no mesmo canal da Voz do Brasil. Ministra, agora vamos à Bahia, Juazeiro, conversar com a Rádio Juazeiro 1190 AM. A pergunta é de Ramos Filho. Bom dia, Ramos. Ramos Filho? REPÓRTER RAMOS FILHO (Rádio Juazeiro 1190 AM / Juazeiro - BA): Agora são oito horas e mais quarenta e quatro minutos. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Está ao vivo. REPÓRTER RAMOS FILHO (Rádio Juazeiro 1190 AM / Juazeiro - BA): Nós estamos voltando com o Programa Sem Fronteiras, aqui na Rádio Juazeiro/RJ WEBTV e, nesse momento, nós estamos em cadeia com a Rádio Nacional, em Brasília, a EBC, a Empresa Brasil de Comunicação, em cadeia com o Programa Bom Dia, Ministro, que, hoje, recebe a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministra Tereza Campello. Ministra Tereza Campello, aqui no Nordeste, em especial na Bahia, nós estamos vivenciando, de acordo com os especialistas, a pior seca dos últimos 47 anos. E a gente gostaria de saber de qual forma o programa Brasil Carinhoso, que foi explanado pela presidente Dilma na noite do último domingo, em comemoração ao Dia das Mães, que é um programa voltado para crianças de zero a seis anos de idade, de que forma esse programa vai trazer benefícios, assistência, para as crianças que estão aqui na região do semiárido nordestino, que nós sabemos que são as mais afetadas pela seca? A Rádio Juazeiro, Ministra, fica aqui em Juazeiro, na divisa com Petrolina, em Pernambuco. Mais uma vez, bom dia. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Ramos. Bom dia, ouvintes da Rádio Juazeiro. Ontem, nós lançamos a ação Brasil Carinhoso, com a nossa presidenta Dilma. Tivemos a alegria de ter, aqui conosco, nesse lançamento, o governador Jaques Wagner, que esteve aqui não só para prestigiar essa ação do governo federal, mas também sabendo que o lançamento do Brasil Carinhoso é uma ação estratégica e fundamental, já que a Bahia não só é o estado que tem o maior número de pessoas extremamente pobres no Brasil como também é o estado que mais tem beneficiários do Bolsa Família. Nós temos um milhão e setecentas e cinquenta mil famílias recebendo o Bolsa Família. São mais de R$ 5 bilhões ao ano de repasses de recursos de transferência do governo federal, agora aumentados também com o Brasil Carinhoso. Eu acho que o Brasil Carinhoso, junto com o Bolsa Estiagem, vai ser uma ação muito importante para auxiliar o estado da Bahia e os estados do Nordeste nesse momento, que é um momento muito difícil para o enfrentamento dessa seca, que, como você disse, vai ser... Todo mundo comenta que vai ser a pior seca dos últimos 50 anos. Então, o aumento dos recursos para essas famílias vai ser um aumento muito expressivo. Nós pretendemos tirar as famílias extremamente pobres que tenham crianças entre zero e seis anos da extrema pobreza a partir de junho. A decisão da presidenta Dilma de iniciar o pagamento imediatamente, com o lançamento, agora no Dia das Mães, tem muito a ver com a situação grave que o Nordeste enfrenta. Portanto, esses recursos vão ser recursos que vão aliviar a situação das famílias que têm criança de zero a seis no Nordeste. Setenta e oito por cento das crianças extremamente pobres no Brasil estão no Nordeste brasileiro, uma grande parte no semiárido. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ramos Filho, você tem outra pergunta para a Ministra? REPÓRTER RAMOS FILHO (Rádio Juazeiro 1190 AM / Juazeiro - BA): Eu gostaria de saber da Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social, é exatamente como as famílias que serão beneficiadas, elas devem proceder para ter acesso ao recurso do programa Brasil Carinhoso? Isso será feito em conjunto com o Bolsa Família, enfim, como as famílias terão acesso a este programa? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom, o aumento do Bolsa Família, ele é um aumento que acontecerá automaticamente. As famílias que já recebem Bolsa Família, que têm filhos entre zero e seis anos, não precisam tomar nenhuma atitude. O governo federal sabe... A não ser que essas crianças não estejam registradas. Se a criança não estiver registrada, a família tem que registrar a criança e ir na prefeitura, com a certidão de nascimento da criança, para que a gente tenha acesso a essa informação. Agora, a maior parte das famílias sabe que, com o seu filho registrado... O Bolsa Família inclusive estimulou que as famílias registrassem essas crianças. Com a criança registrada e com essa criança registrada também no cadastro único, as famílias são beneficiárias tanto do Bolsa Família quanto desse aumento do Bolsa Família, que veio dentro dessa nova ação do governo federal, que é o Brasil Carinhoso. Então, as famílias do Bolsa Família não têm que tomar nenhuma atitude, já vão receber, automaticamente, esse recurso, a não ser que a criança tenha nascido e não tenha sido registrada ainda. As famílias extremamente pobres que têm direito ao Bolsa Família e ainda não recebem, têm que procurar a prefeitura. Nós estamos fazendo um trabalho grande dentro do Brasil sem Miséria, que é a busca ativa, que é encontrar as famílias que são extremamente pobres e que ainda não estão no cadastro único, que ainda não recebem o Bolsa Família. Só lembrando, Ramos, que além do repasse de recursos, o Brasil Carinhoso, como disse a nossa presidenta, também está ofertando um conjunto de nutrientes, para que essas crianças que são crianças, muitas vezes, em situação de insegurança alimentar e com anemia, também possam ser atendidas. Em agosto, nós vamos distribuir mega doses de vitamina A, que permitirão que essas famílias saíam de uma situação de insegurança importante. A distribuição de vitamina A pode reduzir a mortandade infantil em quase 25%, isso é uma ação estratégica, portanto, as famílias têm que vacinar as suas crianças na campanha em agosto, e, ao fazerem isso, vão também receber a vitamina A. E, nos postos de saúde, nós vamos distribuir o sulfato ferroso, que ajuda a combater a anemia. Além disso, nós também estamos melhorando o apoio do governo federal às nossas creches, garantindo a ampliação de vagas, em especial para as crianças do Bolsa Família, antecipando recursos e aumentando os recursos para as creches públicas e para as creches conveniadas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, então, à Rádio Juazeiro AM da Bahia, pela participação em nosso programa. E, agora, vamos a Minas Gerais, Ministra. Vamos conversar com a Rádio Educadora 780 AM, de Uberlândia. A pergunta é de Danilo Caixeta. Bom dia, Danilo. REPÓRTER DANILO CAIXETA (Rádio Educadora 870 AM / Uberlândia - MG): Bom dia. Bom dia, Ministra. Olha, Ministra, muitos municípios das regiões mais pobres de Minas Gerais, como os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, ficaram de fora de boa parte dos investimentos do PAC. Agora, o programa Brasil Carinhoso pretende atingir a extrema pobreza. A minha pergunta é: como garantir que estas regiões mineiras serão contempladas nesse novo projeto do governo federal? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia, Danilo. Bom dia, ouvintes da Rádio Educadora. O Brasil sem Miséria e o Brasil Carinhoso têm uma preocupação especial com o semiárido, que envolve exatamente essa região do norte de Minas. O norte de Minas é uma região, como você disse, de fato, muito pobre, tem características parecidas com as características que nós temos geral no interior do Nordeste brasileiro, estão sendo atendidas pelo Brasil sem Miséria. Nós estamos, no Brasil sem Miséria, com equipes de assistência técnica voltadas para as famílias do rural no norte de Minas. Estamos com várias ações. Agora, as ações que envolvem a estiagem que o Nordeste esta vivendo também vão beneficiar o norte de Minas, com carros-pipas, com Bolsa Estiagem. E, no caso do Brasil Carinhoso, essas famílias extremamente pobres também serão beneficiadas. As famílias que são do Bolsa Família e que tenham filhos entre zero e seis anos de idade, passarão a receber recursos suficientes para que cada membro dessa família saia da extrema pobreza. Portanto, se essa família recebe menos de R$ 70 por pessoa, passará a receber recursos suficientes para que cada pessoa receba mais de R$ 70. Essa é a ação do Brasil Carinhoso para tirar essas famílias da extrema pobreza, famílias que têm crianças entre zero e seis anos. Isso vai beneficiar muito o norte de Minas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. Estamos, hoje, com a Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ela conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministra, vamos ao Maranhão, a São Luís, conversar com a Rádio Educadora de São Luís, onde está Silvan Alves. Bom dia, Silvan. REPÓRTER SILVAN ALVES (Rádio Educadora / São Luís - MA): Bom dia. Bom dia, Ministra. Bom, Ministra, o Maranhão, não é, tem, pelo menos, cerca de cinco municípios, e isso pode ser visto não só aqui no Maranhão, mas em todos os estados da região Nordeste, onde os baixos índices de desenvolvimento humano acabam assustando muitas pessoas. E eu gostaria de saber, diante do lançamento do Programa Brasil Carinhoso, feito, neste domingo, pela presidenta Dilma Rousseff, quais os impactos desse programa, principalmente aqui nos municípios do Maranhão, onde a gente vê ainda muita miséria e muita criança morrendo, principalmente de fome. Obrigado e bom dia, Ministra. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Bom dia. Bom dia, Silvan. Bom dia, ouvintes da Rádio Educadora. O Maranhão é um estado com a maior intensidade da extrema pobreza no Brasil, 25% da população se encontra em situação de extrema pobreza. É muito grave. Uma das nossas grandes preocupações é o estado do Maranhão. E eu tenho certeza que o Brasil Carinhoso, que é uma ação dentro do Brasil sem Miséria, vai ajudar muito o estado, porque uma parte grande dessas famílias têm crianças de zero a seis anos e, com o aumento do Bolsa Família, essas família vão sair da extrema pobreza. Esses recursos a mais, eles vão beneficiar não só as famílias, que sairão da extrema pobreza, como eu disse, quer dizer, cada uma dessas pessoas de famílias pobres que têm crianças de zero a seis anos, vai receber na conta, no cartão do Bolsa Família, recursos a mais que permitirão que eles saíam da extrema pobreza. E, como vocês do Nordeste sabem melhor do que qualquer outra região do país, os recursos do Bolsa Família beneficiam toda a cidade. São mais recursos rodando na cidade, dinamizando o nosso comércio, dinamizando o serviço, melhorando a situação de todo mundo. No caso do Brasil Carinhoso, os principais beneficiários são as famílias com crianças e são as crianças que também são beneficiadas com o aumento de oferta de vagas, com a distribuição de vitamina A, com a distribuição de sulfato ferroso. Portanto, a nossa expectativa é melhorar muito a situação do Maranhão e reduzir drasticamente a situação de extrema pobreza no estado, onde a gravidade é muito grande. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Silvan Alves, da Rádio Educadora, de São Luís, no Maranhão? Silvan? Perdemos o contato com a Rádio Educadora, de São Luís, mas agradecemos a participação em nosso programa. Eu queria aproveitar, Ministra, e perguntar para a senhora quais são as propostas do governo brasileiro, na área social, para levar para a Rio+20? MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Kátia, vamos falar um pouco da Rio+20. A Rio+20 é um evento que acontece no Brasil, em junho, muito importante, não só para que a gente discuta a agenda ambiental, mas que a gente discuta, finalmente, como juntar essas três agendas: a agenda do desenvolvimento econômico, a agenda social e a agenda ambiental. Na nossa avaliação, não tem como a gente fazer esse debate separado. Não tem como ter um desenvolvimento sustentável do ponto de vista ambiental isolando as pessoas e deixando as pessoas em extrema pobreza. Não tem como a gente discutir economia verde sem inclusão social. Essa é a proposta do Brasil, que a gente junte as três agendas e construa uma sociedade onde a população se beneficie e, ao mesmo tempo, preserve o meio ambiente. O Brasil é um dos países que tem mais experiências positivas e bem sucedidas nessa área, como é o caso do Bolsa Verde, que é uma experiência inédita, que tem sido olhada pelo mundo todo, onde a gente está trabalhando com as famílias do Bolsa Família, passando um recurso a mais para essas famílias, que é R$ 100 a mais por mês, além do Bolsa Família, para que essas famílias que moram em florestas, que moram em reservas extrativistas, possam estar nos ajudando a manter a floresta em pé, a cuidar das nossas florestas. Então, nós temos uma agenda muito importante, que é a da Rio+20, que vai nos ajudar a divulgar o que o Brasil tem feito para garantir que a gente preserve também o nosso meio ambiente. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministra Tereza Campello, mais uma vez, obrigada pela sua participação em nosso programa. MINISTRA TEREZA CAMPELLO: Obrigada, Kátia. Obrigada a todos. Estamos às ordens. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: E a todos que participaram conosco do Bom Dia, Ministro, o meu muito obrigada, e até a próxima edição.