19/06/2012 - Ministro da Integração detalha bolsa estiagem e programa Garantia-Safra

O Bom Dia Ministro entrevistou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. No programa, o ministro falou sobre a Bolsa Estiagem e a Garantia-Safra, que começaram a ser pagas nesta segunda-feira, 18. Mais de 113 mil agricultores de 263 cidades de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Piauí e Sergipe que tiveram prejuízo com a estiagem vão receber a primeira parcela do Bolsa Estiagem. Agricultores da Bahia e Minas também terão outro importante apoio com o pagamento da primeira parcela do Garantia-Safra. Serão beneficiados 76.028 agricultores e agricultoras.

19/06/2012 - Ministro da Integração detalha bolsa estiagem e programa Garantia-Safra

O Bom Dia Ministro entrevistou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. No programa, o ministro falou sobre a Bolsa Estiagem e a Garantia-Safra, que começaram a ser pagas nesta segunda-feira, 18. Mais de 113 mil agricultores de 263 cidades de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Piauí e Sergipe que tiveram prejuízo com a estiagem vão receber a primeira parcela do Bolsa Estiagem. Agricultores da Bahia e Minas também terão outro importante apoio com o pagamento da primeira parcela do Garantia-Safra. Serão beneficiados 76.028 agricultores e agricultoras.

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Publicado em 12/12/2016 18:20

APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo o Brasil. Eu sou Kátia Sartório e começa, agora, mais uma edição do programa Bom Dia, Ministro. O programa tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Hoje, aqui nos estúdios da EBC Serviços, o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Bom dia, Ministro. Seja bem-vindo. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Bom dia, Kátia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Na pauta do programa de hoje, a Bolsa-Estiagem, a Rio+20, o projeto São Francisco, as ações emergenciais para as secas e para as chuvas. O Ministro Fernando Bezerra Coelho já está aqui, no estúdio, pronto para conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país neste programa que é multimídia; estamos, ao vivo, no rádio e na televisão. Ministro, vamos à Manaus, à Rádio Amazonas FM, em Manaus, onde está Patrick Motta. Bom dia, Patrick. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Bom dia, Kátia Sartório, senhoras e senhores ouvintes. Bom dia, Ministro. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Bom dia, Patrick. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Ministro, durante a cheia histórica deste ano, aqui no Amazonas, quando as águas do Rio Negro, que banham a cidade de Manaus, atingiram a quota de 29,97m, a preocupação agora é com a vazante, Ministro, que já começou e poderá trazer problemas não só para a capital, mas também para dezenas de cidades do interior do estado. E os R$ 10 milhões em recursos para Manaus e outros R$ 10 milhões para o governo do estado, prometidos pelo governo federal, já foram liberados, Ministro? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Patrick, na realidade, eu estive duas vezes aí em Manaus, na companhia do governador Omar Aziz, fazendo, por recomendação da presidenta Dilma, todo um trabalho de acompanhamento, prestando apoio ao governo estadual e aos governos municipais em enfrentar esse momento mais crítico das cheias aí no estado do Amazonas. O governo federal liberou recursos da ordem de R$ 30 milhões para o governo do estado, R$ 10 milhões para a prefeitura de Manaus; que os recursos se encontrem empenhados no plano de trabalho apresentado pela prefeitura de Manaus e acreditamos que ainda esta semana esses R$ 10 milhões serão liberados para a prefeitura de Manaus. E a presidenta autorizou, além dos R$ 10 milhões que nós tínhamos assumido o compromisso durante a minha visita, mais R$ 20 milhões, totalizando, portanto, R$ 30 milhões para os demais municípios do estado do Amazonas. Desses R$ 70 milhões, mais de R$ 40 milhões já foram liberados e nós deveremos agilizar a liberação dos outros R$ 30 milhões ainda pendentes até o final desse mês de junho. Essa ajuda é importante nesse momento que as pessoas procuram recomeçar as suas vidas, que foram bastante afetadas pela cheia. Mas eu queria destacar uma outra ação, que essa, sim, é ação de prevenção, que é a orientação maior da presidenta, no sentido da gente evitar que essas tragédias se repitam a cada ciclo de cheia. O governo federal, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, reservou uma quota de unidades habitacionais para promover a transferência de famílias que vivem em área de risco. E aí, no estado do Amazonas, o governo do estado apresentou um programa que deverá beneficiar oito mil famílias, portanto, serão oito mil unidades habitacionais que serão contempladas, no sentido delas serem transferidas dos locais onde vivem para poder passar a morar em locais mais seguros. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Patrick Motta, da Rádio Amazonas FM? REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Sim, Kátia Sartório. Ministro, realmente, o senhor veio aqui duas vezes e, numa dessas vezes, anunciou a criação de uma linha especial de crédito para atender os agricultores, os comerciantes, prestadores de serviços, setores da indústria prejudicados pela chuva, contemplando, também, agricultores familiares; isso numa grande cheia envolvida, também. Se o valor anunciado, Ministro, de R$ 350 milhões, não for suficiente, o governo federal poderá liberar uma outra linha de crédito ou não, Ministro? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Patrick, você lembrou muito bem. Durante a reunião do Condel, aí em Manaus, nós anunciamos a liberação de R$ 350 milhões para atender, sobretudo, os pequenos agricultores, aqueles que trabalham na atividade da pesca e também aos comerciantes, as pequenas agroindústrias que foram afetadas com o quadro de cheias. É um juro bastante barato. Você vai tomar o dinheiro para pagar 1% ao ano, três anos de carência, dez para pagar. E, também, quem não for pequeno agricultor, quem não tiver classificado como aquele agricultor ou aquela atividade rural que recebe até dois salários mínimos, poderá pagar o empréstimo com um ano de carência e cinco para pagar e tomar, contratar até R$ 100 mil. As operações já se iniciaram. Nós temos informações do Basa, que é o agente operador desse programa, que nós já estamos contratando mais de R$ 10 milhões nessas operações. É importante que haja mais divulgação por parte das prefeituras, por parte dos poderes públicos estaduais e vocês também, aí, da imprensa, divulgar, para que os empresários, os pequenos agricultores, possam ter acesso a essa linha, que eu reputo como sendo um grande instrumento para esse trabalho de recuperação das atividades produtivas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório e o nosso convidado de hoje é o Ministro Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional. Ele conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país, que fazem parte dessa rede que compõe o Bom Dia, Ministro. Lembrando às emissoras que o sinal dessa entrevista está no satélite, no mesmo canal de A Voz do Brasil. Ministro, vamos, agora, à Canindé de São Francisco, em Sergipe, conversar com a Rádio Amanhecer FM, onde está Tony Correia. Bom dia, Tony. REPÓRTER TONY CORREIA (Rádio Amanhecer FM / Canindé de São Francisco - SE): Bom dia, Ministro Fernando Bezerra. Bom dia, Kátia. Ministro, desde criança, sempre ouvi falar da seca que assolava, aqui, o sertanejo. Hoje eu vivo numa cidade, aqui, do alto sertão sergipano, Canindé de São Francisco, e posso ver de perto o sofrimento do povo na questão da falta de água na região. Eu sei que é com menos intensidade do que em outras cidades, onde a seca é mais forte. Em 2012, estamos acompanhando uma das maiores secas dos últimos 30 anos. Eu acho interessante a iniciativa e as ações do governo federal no tocante à questão da seca, mas eu sei que são medidas paliativas, que não resolvem, apenas amenizam o sofrimento do homem do sertão. Além do programa Bolsa-Estiagem, com um benefício total de cerca de R$ 400,00, pagos em parcelas de R$ 80,00, existem outras ações e medidas mais efetivas para combater os efeitos da seca, e que possam tornar, ao longo do tempo, o sertanejo menos dependente dos governos federal, estadual e municipal, Ministro? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Muito boa pergunta, Tony. Na realidade, as ações voltadas para o enfrentamento da estiagem, elas não se resumem apenas às ações emergenciais, mas em qualquer situação de desastre natural você tem que enfrentar o problema com ações emergenciais. Por exemplo, nós não podemos deixar faltar água para a população que está afetada. A presidenta autorizou prioridade máxima nesse quesito. Inclusive, a Operação Carro-Pipa, que é realizada pelo Exército Brasileiro, já tem mais de 3.300 carros-pipas contratados e a presidenta acabou com aquele ruído, com aquela crítica de que o caminhão rodava 30 dias, ficava parado outros 30 porque o dinheiro não chegava. Ela convocou todo mundo no gabinete dela, inclusive o comandante do Exército, e pagou adiantado. No mês de maio, a gente pagou R$ 68 milhões, ontem pagamos R$ 44 milhões e vamos ampliar o programa na medida da necessidade. Nós estimamos, como já temos mais de 1.200 municípios que estão com reconhecida situação de emergência, no semiárido do Nordeste, nós deveremos chegar, nos próximos 60 dias, a mais de cinco mil carros-pipas contratados. Agora, além do Bolsa-Estiagem, que começou a ser pago ontem, além do Garantia-Safra, além da oferta de milho, são 400 mil toneladas de milho que chega para o pequeno agricultor, para o pequeno criador tentar salvar o seu rebanho, nós temos outras medidas que estão sendo feitas pelo governo federal, que são medidas de caráter estruturante. Por exemplo, o governo federal, desde o PAC 1, desde o governo do presidente Lula, investe na melhoria e na ampliação da infraestrutura hídrica do Nordeste. Entre o PAC 1 e o PAC 2, até o final de 2014, serão R$ 24 bilhões investidos em adutoras, em barragens, em canais de transposição, que vão aproximar a água das populações que vivem no semiárido do Nordeste, que vivem no interior, como é o caso aí de Canindé de São Francisco, em Sergipe. Eu queria destacar também, Tony, que um outro grande programa da presidenta é o Água para Todos. O presidente Lula lançou o Luz para Todos e aí iluminou o Brasil. A presidenta Dilma assumiu o compromisso de levar água boa para todas as famílias brasileiras, sobretudo aquelas que vivem no interior, que vivem no sertão, no agreste. Esse programa pretende universalizar o acesso da água através das cisternas. Serão 750 mil cisternas. Eu acho que você está vendo as cisternas chegarem aí em Sergipe. Nós vamos ter Sergipe como o primeiro estado, vai ser o estado de referência do programa Água para Todos. O programa de cisternas, ainda esse ano, universaliza Sergipe como o primeiro estado brasileiro a ter 100% de cisternas em todas as casas da zona rural. E mais: estamos trabalhando com o governador Marcelo Déda para desenhar um programa de abastecimento de água entre o governo federal e o governo do estado, aonde a gente possa assegurar água de qualidade, água boa que vai chegar a todas as casas do interior. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Tony Correia, da Rádio Amanhecer FM? REPÓRTER TONY CORREIA (Rádio Amanhecer FM / Canindé de São Francisco - SE): Sim, Kátia. Ministro, o Garantia-Safra, ele foi antecipado para o mês de junho para agricultores da Bahia e Minas. O valor total desse repasse é de cerca de R$ 680,00. Por que somente a partir de julho outros municípios poderão ser beneficiados, já que em várias cidades do Nordeste, a exemplo, aqui, de Sergipe, agricultores perderam mais de 50% da produção e necessitavam, nesse momento, desse benefício, Ministro. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Tony, é porque esse trabalho depende da parceria com os governos estaduais e com as prefeituras municipais. Como você lembrou bem, a partir de ontem iniciamos o pagamento do Garantia-Safra. Foram 76 mil pequenos produtores rurais de Minas Gerais e da Bahia que começaram a ser assistidos. Eles vão receber R$ 136,00 em cinco parcelas, totalizando R$ 680,00. Mas, em julho, nós esperamos atender a 800 mil pequenos produtores em todos os estados do Nordeste brasileiro, incluindo o norte de Minas Gerais. A gente está aguardando são os laudos de perda, as notificações de perdas que são encaminhadas pelas empresas de assistência técnica dos governos estaduais, para que a gente possa processar o pagamento. E o pagamento é feito através do CadÚnico, é feito através dos programas sociais do governo federal, junto à Caixa Econômica Federal. Esse mês foi no dia 18 e, no próximo mês de julho, quando sai o pagamento do Bolsa-Família, vai sair, também, o pagamento da Garantia-Safra e o pagamento do Bolsa-Estiagem. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Estamos, hoje, com o Ministro Fernando Bezerra Coelho, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país no Bom Dia, Ministro, que é coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Ministro, vamos, agora, a Maceió, Alagoas, conversar com a Rádio Gazeta 1260 AM, de Maceió. Rogério Costa, bom dia. REPÓRTER ROGÉRIO COSTA (Rádio Gazeta 1260 AM / Maceió - AL): Bom dia. Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Fernando Bezerra. A todos da rede a nossa cordial saudação. É claro que quem está com fome, com sede ou desabrigado precisa de socorro. Mas, Ministro, o projeto Canal do Sertão, aqui em Alagoas, foi lançado há cinco gestões atrás, pelo governo do estado, em 1992. E é dada uma importância fundamental à conclusão dessa obra, que atinge 40% dos municípios alagoanos, beneficia quase um milhão de pessoas quando começar a operar e são mais de 250 quilômetros de extensão, ou seja, uma obra que está dentro do PAC, uma obra importante, estratégica para Alagoas. Já se vão cinco gestões, cinco governos, 20 anos, e a obra ainda não terminou. Nós sabemos que a obra está caminhando, aqui, em Alagoas, porém, muito lentamente. O que o senhor poderia dizer a respeito dessa obra, que poderia minimizar e até resolver, em algumas situações, o problema da estiagem, da dificuldade do nosso povo, do sertanejo, com relação ao acesso à água? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Rogério, eu não sei qual foi a última vez que você esteve na obra. Eu estive na obra recentemente, com o governador Teotônio Vilela. A obra está a pleno vapor. E nós vamos entregar o trecho 1 do canal do sertão alagoano agora, no final de dezembro, inclusive já começando a contemplar as pequenas comunidades que vivem ao longo do canal, levando sistemas de abastecimento de água simplificado e iniciando um programa de irrigação, como é o projeto de Pariconha, ali, no alto sertão alagoano, onde centenas de famílias serão contempladas com lotes, através da atividade de irrigação, gerar emprego e gerar renda. Eu acho que vale a pena a gente marcar uma próxima visita, lhe convidar, para você ver que lá estão trabalhando mais de mil pessoas, nos três lotes de obra, e nós estamos dedicando muita atenção a essa obra. Como você falou, é uma obra prometida há muitos governos, desde 1992, quando surgiu o projeto, mas ela, de fato, saiu do papel, Tony, quando o Presidente Lula chegou ao governo federal. E a Presidenta Dilma, já no PAC 2, autorizou a terceira etapa do canal do sertão alagoano. Nós já vamos com quase cem quilômetros de canal, que serão implantados. O projeto, como um todo, você já se referiu, são 250 quilômetros até o final chegar, ali, na altura de Arapiraca, para poder, então, integrar outras áreas do Estado de Alagoas ao programa de desenvolvimento regional. Mas vale a pena, Tony, Rogério... Vale a pena, Rogério, você dar um pulinho lá, na obra, para constatar que ela está em ritmo bastante acelerado. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Rogério Costa, da Rádio Gazeta 1260 AM, de Maceió, você tem outra pergunta? REPÓRTER ROGÉRIO COSTA (Rádio Gazeta 1260 AM / Maceió - AL): Tenho. Tenho, sim. O Ministro Fernando Bezerra deve lembrar que, em 2010, Alagoas e Pernambuco foram atingidos em cheio por uma catástrofe que inundou, destruiu cidades, matou pessoas, deixou desabrigados. Enfim, as casas que foram prometidas aos favelados ainda não foram entregues. No município de Rio Largo, aqui, na Grande de Maceió, um escândalo: foram presos o prefeito, foram emitidos mandados de prisão contra os dez vereadores da Câmara Municipal, empresários, profissionais liberais. Enfim, ao todo, 18 pessoas, sob a acusação de utilização da situação de emergência vivida pelas cidades. Já que os entraves burocráticos e legais seriam facilmente vencidos, essas pessoas, elas teriam, supostamente, subvalorizado, incorporado, desapropriado e vendido a uma empresa uma área equivalente a 300 campos de futebol, com o aval, inclusive, dos vereadores, e sem licitação. Para, 21 dias depois, reavaliar essa área com o valor 30 vezes maior, para fins de IPTU. Esse tipo de episódio, e com relação às casas, à entrega das casas aos desabrigados, como aprender, Ministro, diante de uma situação como essa, para que fatos dessa ordem não se repitam? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Rogério, aí só tem um remédio: é punir, punir e punir, no sentido da gente dar um exemplo, para evitar esses desvios de conduta por parte de agentes públicos. Na realidade, você coloca um tema importante: o programa de habitação, tanto em Alagoas quanto em Pernambuco, ele, de fato, tem uma certa morosidade pela dificuldade do acesso a áreas para se construir em locais seguros. Aquelas casas que foram destruídas, no caso aí, de Alagoas, são 18 mil casas que estão sendo construídas; em Pernambuco, são 16 mil casos. E a propriedade da terra, como nós conhecemos, está muito concentrada na mão dos donos de usinas de açúcar. Então, a dificuldade de você adquirir essas áreas, desapropriar essas áreas, levou a uma certa demora, uma certa morosidade na construção das casas. Mas já têm casas sendo entregues, não só em Pernambuco como em Alagoas, e centenas de famílias já começam a ser beneficiadas. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório. Estamos, hoje, com o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Lembrando que a gravação dessa entrevista ainda vai estar disponível hoje, não é? Hoje, à tarde, e também no domingo, às sete horas da manhã, na TV NBR, a TV do governo federal. Ministro, vamos a Petrolina, em Pernambuco, conversar com a Rádio Grande Rio AM, de Petrolina. A pergunta é de Francisco José. Bom dia, São Francisco. REPÓRTER FRANCISCO JOSÉ (Rádio Grande Rio AM / Petrolina - PE): Muito bem. Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro da Integração... APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Francisco? Francisco, você pode aumentar o seu retorno, por gentileza? REPÓRTER FRANCISCO JOSÉ (Rádio Grande Rio AM / Petrolina - PE): Oi. Oi. Tudo bem, Kátia? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Não estamos ouvindo. REPÓRTER FRANCISCO JOSÉ (Rádio Grande Rio AM / Petrolina - PE): Está ouvindo, agora? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Melhorou, melhorou. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Estou lhe ouvindo, Chico, pode falar. REPÓRTER FRANCISCO JOSÉ (Rádio Grande Rio AM / Petrolina - PE): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho. Prazer conversar do Bom Dia, Ministro, e com o nosso conterrâneo. Ministro, o Nordeste em peso – em especial, aqui, a nossa região – passa, realmente, esse momento difícil, que é com relação a estiagem, e essas medidas do governo federal são medidas paliativas e que são importantes para esse momento, porque é aquela velha história: quem está com fome não pode esperar. Mas a minha pergunta é bem parecida com o colega aí, do Gazeta de Alagoas, em relação ao canal do sertão, aqui, em Petrolina, aqui, em Pernambuco. E a oposição tem cobrado muito, Ministro, exatamente, a conclusão dessa obra, quando o governo federal vai concluir. Porque, realmente, é uma obra de uma importância. O tamanho, o senhor conhece muito bem. Os governos, os últimos governos têm fechado os olhos para essa obra. Então, eu queria que o senhor pudesse colocar para Petrolina, para o Vale do São Francisco, qual é a perspectiva da conclusão das obras. E a outra pergunta seria em relação à transposição, que é um sonho, aqui, dos nossos irmãos, aqui, da nossa região, também em relação à conclusão da transposição. Há uma perspectiva, esse sonho poderá realizado, ainda no governo Dilma Rousseff, Ministro Fernando Bezerra? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Francisco, primeiro, levar o meu braço a você, a todos da Rádio Grande Rio aí, de Petrolina, poder estar aqui, concedendo esta entrevista para você e toda a sua grande audiência, em Petrolina e na região. Chico, em relação ao canal do sertão pernambucano, essa é uma obra importante, como todos nós sabemos, do ponto de vista da geração de emprego e renda, que é para a área de irrigação. O canal do sertão pernambucano pretende irrigar, aproximadamente, 80 mil novos hectares, entre a Bahia e o Estado de Pernambuco. A Presidenta Dilma já autorizou a liberação de recursos para a conclusão dos projetos e dos estudos de viabilidade. Uma obra de um projeto de irrigação dessa dimensão, ela demanda, de fato, muitos estudos. Só para lhe dar uma ideia, o canal do sertão pernambucano já consumiu mais de 25 milhões em realização de estudos, de projeto básico, de pedologia, de todos os levantamentos necessários para que a gente possa chegar até ao projeto executivo e, a partir daí, tomar a decisão para a construção da obra propriamente dita. Eu estou muito animado. Nós temos uma proposta para um programa de irrigação para o Nordeste brasileiro, que se chama o programa Mais Irrigação. A Presidenta Dilma vem apoiando. Estamos concluindo as negociações com o Ministério da Fazenda, o Ministério do Planejamento. E eu espero ter a alegria, nos próximos dias, da gente poder anunciar um programa que vai consumir mais de R$ 3 bilhões e viabilizar a irrigação de mais de 200 mil novos hectares e se transformar em um grande instrumento de desenvolvimento regional. E, finalmente, Chico, em relação às obras da transposição, no dia de amanhã, o Exército brasileiro vai estar aí, fazendo uma pequena solenidade, que é a entrega, já, das obras do trecho de captação do eixo Norte, na cidade de Cabrobó. Assinalando, portanto, um novo ciclo na obra. A partir de agora, a gente vai começar a entregar etapas da obra. A obra vai começar a entrar em fase de entrega. Então, a primeira entrega é essa que ocorre aí, já, amanhã. É um trecho importante. É um trecho que pega a água do Rio São Francisco e joga na primeira estação elevatória. E, a partir daí, a gente vai viver esse momento novo das obras da transposição. Temos ainda muitos problemas a enfrentar. Você viu aí, o caso da Construtora Delta. Ela está lá, no lote 6 do eixo norte, mas nós estamos resolvendo. Eu nós queremos reiterar, aqui, o nosso compromisso com a presidenta Dilma. Toda a nossa equipe está mobilizada, animada, trabalhando duro para entregar o eixo leste, no final de 2014, e o eixo norte, até meados de 2015. Portanto, esses são os grandes marcos de entrega da obra da transposição, que vai beneficiar 12 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará. Essa obra é fundamental. Ela vai assinalar um novo momento no programa de integração de bacias. Inclusive, Chico, vamos estar lá na Rio+20, o Ministério da Integração apresentando essa obra, falando do trabalho que a gente está tendo, os cuidados em relação à preservação dos achados arqueológicos. Inclusive, o maior sucesso lá, Chico, é uma preguiça gigante que existia aí, no sertão, há mais de 12 mil anos. E essa preguiça está em bom estado de conservação, e a quantidade de criança e escolas públicas do Rio que têm Aparecido no estande do Ministério da Integração é impressionante. Mas isso tudo é para poder dizer que a gente alia crescimento, desenvolvimento, com o conceito de sustentabilidade, com o conceito da preservação da nossa história, das nossas raízes culturais. É isso que a gente quer com a obra da transposição: aproximar a água daqueles que precisam da água, no interior do Nordeste. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Francisco José, da Rádio Grande Rio AM, de Petrolina, você tem outra pergunta para o Ministro? Perdemos o contato com o Francisco José, da Rádio Grande Rio AM, de Petrolina, que participou conosco do Bom Dia, Ministro. Ministro, então, vamos, agora, a João Pessoa, na Paraíba, conversar com a Rádio Corrêa 98 AM. A pergunta é de Pollyana Sorrentino. Bom dia, Pollyana. REPÓRTER POLLYANA SORRENTINO (Rádio Correio 98 FM / João Pessoa - PB): Bom dia. Bom dia, Ministro. Bom dia a todos. Apesar das fortes chuvas que caem, hoje, no litoral da Paraíba, o sertão ainda sofre com a estiagem, tendo em vista que 91% dos municípios paraibanos estão em estado de emergência. Quais os investimentos do governo federal que os paraibanos pode esperar, Ministro, neste período de dificuldades? E quanto será investido na Paraíba? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Pollyana, você colocou bem uma situação que o Nordeste todo vai vivenciar. Nós vamos ter chuvas no litoral do Nordeste. No que nós chamamos da zona da mata do Nordeste, que vai, ali, desde o litoral do Rio Grande do Norte, desce até a Bahia. Mas no semiárido, no interior, nós vamos continuar convivendo com esse quadro de seca. Eu gostaria de destacar aí, para a Paraíba, é uma grande obra, que é uma obra complementar à obra da transposição do São Francisco. Como você sabe, Pollyana, o eixo leste, que faz a captação da água no São Francisco, ali, na altura de Floresta, em Pernambuco, vai levar a água até a cidade de Monteiro, aí na divisa entre Pernambuco e Paraíba. E lá, em Monteiro, passa o rio Paraíba. Aí, a água do São Francisco vai chegar na calha do rio Paraíba, e a gente vai pegar essa água e, através da obra chamada Vertente Litorânea. Grave esse nome: Vertente Litorânea. É uma obra de R$ 800 milhões. A Presidenta Dilma deve ir aí, em julho, dar ordem de serviço para começar essa importante obra que é financiada pelo PAC. E a água vai sair por uma extensão de quase 400 quilômetros de canal, e vai levar a água para bem pertinho aí, de João Pessoa, levando a água do São Francisco para a região metropolitana de João Pessoa, resolvendo o programa de água de Campina Grande, resolvendo o programa de água de todo o brejo da Paraíba. Portanto, é uma obra estruturadora, é uma obra importante, que vai garantir segurança hídrica para o Estado da Paraíba, garantindo, portanto, a possibilidade de impulsionar ainda mais o desenvolvimento desse estado. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Pollyana Sorrentino, da Rádio Correio 98 AM, de João Pessoa, você tem outra pergunta? REPÓRTER POLLYANA SORRENTINO (Rádio Correio 98 FM / João Pessoa - PB): Eu gostaria de saber qual a previsão para a conclusão desta obra que o ministro acabou de citar, que deve beneficiar tanto os paraibanos. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Olha, Pollyana, nós estamos trabalhando na expectativa de concluir essa obra em 36 meses. Todo o nosso esforço é para que a grande parte do programa ou do projeto da Vertente Litorânea possa ser entregue ainda na gestão, na primeira gestão da Presidenta Dilma. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório. O nosso convidado de hoje, o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando o que áudio e a transcrição dessa entrevista vão estar disponíveis, ainda hoje, pela manhã, na página da EBC Serviços, na internet. Anote o endereço: www.ebcservicos.ebc.com.br. Ministro Fernando Bezerra, vamos, agora, a Mossoró, no Rio Grande do Norte. A Rádio Difusora de Mossoró. Jota Nobre, bom dia. REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora / Mossoró - RN): Olha, bom dia, Ministro. Bom dia, Kátia. Eu quero dizer que, inclusive, nós estamos ao vivo. A Rádio Difusora, no programa Jota Nobre, no Comando Geral, está ao vivo com o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. A pergunta que eu faço, Ministro, é relacionada, justamente, à seca, que o Nordeste vive sempre seca. Não é constante, mas ela sempre, vez por outra, volta aqui, e é uma realidade na nossa região. Nós estamos, aqui, no semiárido nordestino, no sertão nordestino, e eu pergunto: a transposição das águas do Rio São Francisco, que é um programa secular, como também a barragem, aqui, uma das barragens do Rio Grande do Norte, que foi bastante comentada, também, muitos anos, em campanhas sempre era prometida, e ela saiu no papel, a Barragem de Santa Cruz. Mas só que, muitas vezes, o projeto sai do papel, a barragem é feita, e quem mora nas proximidades, vendo a barragem, não tem como usufruir, porque não tem a irrigação. Eu pergunto: com o Rio São Francisco e com barragens que são construídas, são edificadas, qual o projeto voltado, justamente, para irrigar, para levar ao homem do campo a oportunidade de ter o seu sustento daquela água? Porque, muitas vezes, ele está vendo, está pertinho, mas não pode ganhar absolutamente nada. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Bom dia, Jota Nobre. É uma alegria poder estar falando com você. Na realidade, você está se referindo ao Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi. Nós vamos dar a ordem de serviço desse projeto agora, no mês de julho. Vai beneficiar quatro mil hectares aí nessa região. É um projeto que está no programa de irrigação do governo federal, com recursos do PAC garantido. Nós tivemos que fazer toda uma negociação com a igreja, com os sindicatos de trabalhadores rurais, com os movimentos organizados, para garantir prioridade no assentamento aos pequenos agricultores. E, portanto, acreditamos que essa negociação foi bem concluída, todos estão entendendo a importância desse projeto. Irrigação é prioritária, como ponto de vista de oferecer dinamismo à economia do interior do Nordeste, mas também queremos conciliar esse dinamismo, esse desenvolvimento econômico com a preservação dos interesses sociais, sobretudo dos pequenos agricultores. E aí, no caso, em Santa Cruz do Apodi, pela defesa que esses pequenos agricultores têm por parte da igreja. Então isso teve a intermediação do ministro Gilberto Carvalho e de outras autoridades estaduais. Chegamos, portanto, a um bom termo e nós vamos dar início. Portanto, o papel não fugiu, a obra não desapareceu, é uma obra importante, vamos investir mais de R$ 250 milhões nesse projeto de irrigação. E o Rio Grande do Norte vai, sim, receber a água do Rio São Francisco. Ela vai receber através do eixo Norte. É a água que sai de Cabrobó, atravessa o estado de Pernambuco, passa pelo estado do Ceará, entra pela Paraíba e aí cai no Rio Piranhas-Açu e chega aí até o Rio Grande do Norte. Portanto, a nossa expectativa é que as águas do São Francisco cheguem ao Rio Grande do Norte, aí por volta do primeiro semestre de 2015. Enquanto isso, o governo federal vem fazendo uma série de outros investimentos, como, por exemplo, o Sistema Adutor Alto Oeste aí no Rio Grande do Norte, uma outra obra do PAC que já está em fase de conclusão, que vai beneficiar muitas cidades, que estão vivenciando o problema do colapso de água. E uma outra obra, que é importante para o Rio Grande do Norte, que vai servir de pulmão das águas do Rio São Francisco, é a Barragem de Oiticica, que nós estamos concluindo todas as revisões do orçamento e todos os projetos, para que a gente possa fazer a licitação agora no mês de agosto. É uma barragem de mais de R$ 300 milhões e uma barragem que faz parte do programa da transposição do Rio São Francisco. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Jota Nobre, da Rádio Difusora de Mossoró, você tem outra pergunta para o Ministro? REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora / Mossoró - RN): Ministro, eu agradeço a participação, que inclusive está aqui ao vivo com a gente, apenas torcer que, na verdade, todos os projetos sejam concretizados e que o nordestino, que muitas vezes passa por dificuldades, vendo realmente a obra, mas sem poder usufruir. Vamos torcer, não é, Ministro, que, na verdade, as coisas possam fluir, possam sair de forma positiva e que todos nós possamos sair ganhando. Obrigado, Ministro. Um abraço. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Um grande abraço, Jota. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Hoje estamos com o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que participa conversando com âncoras de emissoras de rádio de todo o país neste programa que é multimídia: estamos no rádio e na televisão. Ministro, vamos a Jequié, na Bahia, conversar com a Rádio Povo AM de Jequié. A pergunta de Jussiara Oliveira. Bom dia, Jussiara. REPÓRTER JUSSIARA OLIVEIRA (Rádio Povo AM / Jequié - BA): Bom dia, Kátia. Bom dia ao Ministro Fernando Bezerra. Dizer também que o Bom Dia, Ministro está sendo, está ao vivo aqui na rádio Povo AM de Jequié, no jornal Primeira Página, na apresentação do Fábio Silva. Ministro, o senhor falava agora há pouco sobre a questão do projeto do São Francisco. E no início desta obra, desta grande obra, houveram muitos protestos de pessoas e também de órgãos ambientais contrários a este empreendimento. De lá para cá, com a continuidade das obras, essas pessoas e os órgãos já se conscientizaram da importância dela para as pessoas que sofrem com a seca, ou ainda os protestos e as liberações ambientais ainda estão trazendo problemas e empecilhos para a conclusão dessa obra? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Jussiara, muito boa pergunta. Na realidade eu acho que hoje tem consenso, até porque nesse quadro de seca que o Nordeste está enfrentando, ninguém mais questiona a razão da obra. A gente precisa de água e a principal fonte de água do Nordeste é o Rio São Francisco. E mais: nós estamos mostrando que no custo da obra, que são R$ 8,2 bilhões, quase R$ 1 bilhão é para compensação ambiental. Isso, sem falar no programa de revitalização da bacia do São Francisco, que aí sem falar no programa de revitalização da Bacia do São Francisco, que aí na Bahia foi fortemente contemplado, com programas de saneamento básico. Só para lhe dar um número, nós estamos tocando um programa pela Codevasf, que é o órgão vinculado ao Ministério da Integração, que vai investir em saneamento básico, na calha do São Francisco, R$ 2,1 bilhões. E a Bahia é o estado mais bem contemplado, com diversos sistemas de saneamento que estão em implantação. Eu diria, Jussiara, que agora chegou a hora também da gente pegar a água do São Francisco e levar para muitas cidades da Bahia. Afinal de contas, o Rio São Francisco corta todo o território baiano. A presidenta Dilma vem fazendo isso. Eu vou citar dois exemplos: a Adutora do Feijão, que está levando a água para resolver o problema aí na região de Irecê. Vou citar o outro exemplo. Eu estive aí agora, há 20 dias atrás, com o governador Jaques Wagner, Adutora do Algodão, que vai tirar Guanambi do colapso d’água, lá em Caetité. Eu estive em Caetité, Caetité vai ficar sem água, mas não vai ficar mais porque nós vamos levar a Adutora de Guanambi até Caetité, na Bahia. Portanto, são duas grandes intervenções importantes. Agora, a melhor notícia para a Bahia é a decisão da presidenta de autorizar os estudos do eixo sul da transposição, ou seja, o Programa de Integração de Bacias tem o eixo leste e o eixo norte. E, agora, vai ter também o eixo sul. A água vai sair ali na altura do lago de Sobradinho e nós vamos fazer um grande canal para poder chegar com a água de São Francisco até a região metropolitana de Salvador. Portanto, é um projeto que vai ser contratado ainda esse ano, os estudos vão ser realizados no período de 18 meses, e nós acreditamos que ainda neste primeiro mandato da presidenta Dilma a gente tenha condições de dar início, a erguer esse grande projeto de recursos hídricos que vai significar um novo marco no desenvolvimento da Bahia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Jussiara Oliveira, da Rádio Povo AM de Jequié, na Bahia, você tem outra pergunta? REPÓRTER JUSSIARA OLIVEIRA (Rádio Povo AM / Jequié - BA): Sim, Kátia. Dessa vez com relação ao Bolsa-Estiagem. Ministro, aqui na Bahia já são 250 municípios em estado de emergência. Gostaria de saber do senhor o seguinte: quais os critérios adotados para que as pessoas que estão prejudicadas com a seca, em especial nestes 250 municípios, elas tenham acesso ao Bolsa-Estiagem e se todos esses agricultores prejudicados receberão este benefício? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Com certeza, Kátia. O Bolsa-Estiagem são para aqueles pequenos produtores... Jussiara, desculpa, Jussiara. O Bolsa-Estiagem são para aqueles pequenos produtores que não foram contemplados pelo Garantia-Safra. Como você sabe, o Garantia-Safra é um seguro agrícola, que é pago pelo governo federal, pelo governo estadual, pelos governos municipais e pelo próprio produtor. No Nordeste nós estimamos que tenha 800 mil pequenos produtores que são assistidos pelo Garantia-Safra. Mas têm muitos pequenos produtores que por uma razão ou outra o município não aderiu, ele próprio não quis aderir ao programa, e nós estamos estimando que sejam mais de 400 mil pequenos produtores rurais. Para esses pequenos produtores é que nós vamos ter o Bolsa-Estiagem. O Bolsa-Estiagem já começou a ser pago a partir de ontem. E o primeiro estado a ser beneficiado foi o estado da Bahia. Então nós estamos pagando, ontem, desde ontem, há 113 mil pequenos produtores rurais, que vão receber em cinco parcelas de R$ 80, totalizando, portanto, R$ 400. Os critérios, ser pequeno agricultor, que tenha uma renda inferior a dois salários mínimos e que esteja vivendo no município que esteja em situação de emergência, reconhecida pelo governo federal através da Secretaria Nacional de Defesa Civil. Portanto, esses são os critérios mais importantes para o programa. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, estamos com o Ministro Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional, que participa conversando com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministro, vamos agora à Rádio Nacional AM aqui de Brasília, onde está Válter Lima. Bom dia, Válter. REPÓRTER VÁLTER LIMA (Rádio Nacional AM / Brasília - DF): Olá, Kátia. Bom dia para você. Bom dia também ao Ministro. A minha pergunta é essa, Ministro: como é planejar a logística em um país de tamanho continental, onde quando não está enfrentando a estiagem severa, o país enfrenta a inundação? Isso nos 12 meses do ano. Nessa logística, eu continuo perguntando ao senhor, a população é preparada para o enfrentamento dessa situação adversa que enfrenta todos os anos? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Olha, muito boa pergunta, Válter. Na realidade a gente tem que cada vez mais educar a nossa população para esse conceito da prevenção. A população precisa ser alertada a tempo e a hora, nós vamos continuar convivendo com os problemas de eventos extremos, sobretudo com esse problema do aquecimento global. A pauta dos desastres naturais tem chegado com muita força na pauta dos governos, seja os governos federais, estaduais ou municipais. A Secretaria Nacional de Defesa Civil vem realizando um intenso programa de capacitação, de treinamento e de sensibilização por parte da população. Vou dar aqui alguns números. Esse ano, nós já estamos captando mais de 6 mil agentes públicos, agentes comunitários de saúde, agentes de Defesa Civil, procurando fazer um trabalho de integração com a Defesa Civil dos estados e dos municípios. Estamos também levando esse tema as escolas, é preciso sensibilizar as escolas. Sábado passado eu fui visitar o município do Cabo, lá em Pernambuco, porque foi atingido por um forte deslizamento, inclusive ocorreu óbito. E nós vimos lá um programa que é feito pela Prefeitura Municipal, que chega até as escolas públicas, no sentido de alertar as crianças de como ela deve se comportar quando de fortes chuvas ou na ocorrência de inundações. Portanto, eu acho que essa questão de preparação da população, ela é muito, muito importante. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, vamos agora a Colinas, em Tocantins, conversar com a Rádio Boas Novas FM. A pergunta é de Arnaud Ferreira. Bom dia, Arnaud. REPÓRTER ARNAUD FERREIRA (Rádio Boas Novas FM / Colinas - TO): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. Ministro, a pergunta que eu tenho para fazer é com relação ao Projeto São Francisco. O projeto é um projeto de integração do Rio São Francisco com as bacias hidrográficas do sertão nordestino, que prevê aí a transferência de águas para abastecer os rios e açudes da região Nordeste, que possuem aí poucas águas durante o período de seca. Existe algum estado, Ministro, que vai ser mais contemplado com esse projeto? Existe um ou alguns estados que serão mais contemplados do que os outros da região Nordeste do país? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Não. Todos os que participam desse projeto... Eu diria que, nessa primeira etapa, são os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Então, todos vão receber a água do São Francisco e a água do São Francisco se integra ao sistema de recursos hídricos de cada um desses estados, que irá tirar proveito, primeiro, para o consumo humano, levando segurança hídrica para 12 milhões de pessoas, e, em um segundo momento, para a dessedentação de animais e também para possíveis projetos de irrigação. Agora, eu queria aproveitar, Arnaud, para lhe falar que, segunda-feira, eu vou estar aí em Tocantins, vou estar aí em Palmas, com o governador Siqueira Campos. Por decisão da presidenta Dilma, o Programa Água para Todos, ele vai ser nacionalizado, ele vai chegar a outros estados brasileiros, afora os estados do Nordeste e do norte de Minas Gerais. Nós já levamos para o Amazonas, levamos para o Rio Grande do Sul e o terceiro estado a ser contemplado é Tocantins. Nós vamos investir, aí em Tocantins, mais de R$ 80 milhões em um forte programa de implantação de cisternas e de sistemas de abastecimento de água simplificado, que vai beneficiar a população do interior do estado do Tocantins. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro Fernando Bezerra Coelho, vamos agora ao Rio de Janeiro, conversar com a Rádio Record AM, do Rio. Willian Marques, bom dia. REPÓRTER WILLIAN MARQUES (Rádio Record AM / Rio de Janeiro - RJ): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Fernando Bezerra. Antes de mais nada, obrigado pelo convite, por convidar o jornalismo da Rádio Record do Rio de Janeiro para participar desse programa que é ao vivo em todo o país, Kátia. Bom, Ministro, observamos as campanhas positivas no governo, em conjunto com o Ministério, com o seu Ministério, Ministro. Em uma visão nacional, será que esse momento político e essas campanhas podem não ser concretizadas ou serem retaliadas pela oposição e até mesmo criticada, sendo rotulada como o governo da presidenta Dilma como um governo assistencialista, Ministro? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Não, eu não creio, Willian. Na realidade, é porque no momento da dificuldade, no momento da emergência, você não tem escolha, você tem que enfrentar a situação com ações emergenciais. E aí, como elas aparecem muito na mídia, nos jornais, na televisão, nos rádios, fica parecendo de que o governo só trabalha com ações emergenciais, o que não é verdade. Por exemplo, vamos falar aí da questão do Rio de Janeiro, em relação a tudo que ocorreu no estado do Rio, em função dos deslizamentos aí na região serrana do Rio de Janeiro, dos problemas que ocorreram aí em Angra, até mesmo aí na região metropolitana do Rio de Janeiro. O governo tem liberado grandes recursos para o governo do estado, para algumas prefeituras, que são para obras, digamos assim, de reconstrução. Mas tem importantes obras de prevenção que o governo federal também vem viabilizando. E eu queria chamar a atenção para um programa de prevenção que a presidenta Dilma vem recomendando, que deverá beneficiar fortemente o estado do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Espírito Santo, que são os estados que, de forma recorrente, são atingidos por problemas de inundação, de trombas d'água, e que causam severos prejuízos na infraestrutura urbana, causando, inclusive, óbitos, e que é o que nós queremos evitar. Então, eu repito: as obras de prevenção, elas também estão sendo realizadas com muita força, obras de macrodrenagem, obra de contenção de cheias, trabalho que nós fizemos na Baixada Campista, no sentido de conter as águas que chegam, pelo Paraíba do Sul, naquela região. Tudo isso são obras importantes e evidentemente que merecerão o reconhecimento das populações, sobretudo as populações que sofrem. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Willian Marques, da Rádio Record AM, do Rio de Janeiro, pela participação no nosso programa. E vamos agora a Lages, em Santa Catarina, a Lages, conversar com a Rádio Clube AM 690, de Lages. Flávio Fernandes, bom dia. REPÓRTER FLÁVIO FERNANDES (Rádio Clube AM 690 / Lages - SC): Bom dia. Bom dia a todos os ouvintes. E a primeira pergunta que eu já quero lançar para o Ministro Fernando Bezerra é com relação à questão da estiagem. Nós pudemos acompanhar, aqui no estado de Santa Catarina, que a questão da estiagem trouxe grandes efeitos na economia do estado. Então, em nome de todos os produtores, enfim, os produtores rurais, as pessoas ligadas à parte agrícola do estado, eu gostaria de saber quais são os projetos para prevenir esse tipo... A questão da estiagem e os efeitos dela, consequentemente. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: É, na verdade, Flávio, nós estamos enfrentando a recorrência de quadros de seca aí em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, e eu falava, há pouco, da decisão da presidenta Dilma de estender o Programa Água para Todos, que é um programa que visa, justamente, oferecer instrumentos de convivência da população no momento da falta de água ou no momento da ocorrência da estiagem, para outros estados brasileiros. Nós já chegamos ao Rio Grande do Sul e, certamente, vamos chegar aí em Santa Catarina. E o programa prevê intervenções na área de implantação de cisternas, na construção, sobretudo, que é muito demandado, aí em Santa Catarina, que são as pequenas barragens, para que o pequeno criador, sobretudo de suínos, o criador de aves, ele possa ter a água para poder atender às necessidades da sua atividade produtiva, porque o problema no Sul não é nem a água para beber. Essa água de beber, o pequeno agricultor tem. Ele não tem e ele se ressente é da água como instrumento de promoção da sua atividade produtiva. Então, nós temos um programa de pequenas barragens, que é o que está sendo demandado da gente, e nós vamos chegar aí em Santa Catarina, em parceria com o governo do estado e com os governos municipais, investindo fortemente através dessa ação de construção de pequenas barragens. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, e estamos, hoje, com o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país, neste programa que é multimídia: estamos no rádio e na televisão. Ministro, vamos agora ao Pará, a Santarém, conversar com a Rádio Rural de Santarém. Keliane Tomé, bom dia. REPÓRTER KELIANE TOMÉ (Rádio Rural de Santarém AM / Santarém - PA): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Keliane? Keliane, você pode aumentar o seu retorno, por gentileza? REPÓRTER KELIANE TOMÉ (Rádio Rural de Santarém AM / Santarém - PA): Melhorou um pouquinho? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Sim, melhorou bastante. Obrigada. Pode fazer a pergunta. REPÓRTER KELIANE TOMÉ (Rádio Rural de Santarém AM / Santarém - PA): Está me ouvindo agora? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Sim, pode fazer a sua pergunta. REPÓRTER KELIANE TOMÉ (Rádio Rural de Santarém AM / Santarém - PA): Bom dia, Ministro. Apesar de nós estarmos banhados por dois grandes rios, o Tapajós e o Amazonas, aqui no município de Santarém, a falta de água é um problema constante. Esse Programa Água para Todos, ele tem previsão de beneficiar o estado do Pará, em especiais aqui no município de Santarém? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Com certeza, Keliane. Eu estive aí recentemente, até para acompanhar a questão das cheias aí no estado do Pará. E nós, certamente, além do apoio que estaremos levando ao governo do estado e a algumas prefeituras no sentido de liberar recursos para ações de reconstrução e de assistência à população, estamos discutindo, sim, a inclusão do estado do Pará, assim como fizemos com o estado do Amazonas, dentro do Programa Água para Todos. Porque quando ocorre esse período de cheia, as populações que vivem próximas dos rios terminam não tendo acesso à água de qualidade, e é preciso reservar uma água boa, em cisternas, para que ela possa atravessar aquele momento mais crítico, quando ela praticamente fica privada de ter acesso a uma água boa por período de 60, chegando mesmo até 90 dias. Portanto, estamos discutindo essa questão da inclusão do estado do Pará dentro do Programa Água para Todos. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro Fernando Bezerra Coelho, vamos agora a São Paulo, conversar com a Super Rádio Tupi, de São Paulo. A pergunta é de Reinaldo Alves. Bom dia, Reinaldo. REPÓRTER REINALDO ALVES (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): Bom dia. Bom dia, Ministro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Reinaldo? REPÓRTER REINALDO ALVES (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): Bom dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nós não estamos escutando o Reinaldo Alves. REPÓRTER REINALDO ALVES (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): Olá, muito bom dia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Agora sim, Reinaldo. Obrigada. Bom dia. REPÓRTER REINALDO ALVES (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): Eu posso fazer a pergunta? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Pois não, pode fazer. REPÓRTER REINALDO ALVES (Super Rádio Tupi / São Paulo - SP): Quantas famílias serão beneficiadas neste programa do Água para Todos? MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Nós estamos estimando, Reinaldo, que nós vamos atender a, aproximadamente, um milhão de famílias. São aquelas famílias que serão contempladas com as cisternas e as famílias que serão também contempladas com sistemas de abastecimento de água simplificado, que são comunidades de até 50 casas, 50 habitações por sistemas de abastecimento de água simplificado. E, além dos sistemas de água simplificado, além das cisternas, nós vamos atuar também com perfuração de poços e com a implantação de kits de irrigação comunitária, que visa poder oferecer a perspectiva de geração de emprego e renda às comunidades do interior. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, voltamos ao Nordeste. Vamos a Salgueiro, em Pernambuco, conversar com a Rádio Salgueiro FM. Paulo Barbosa, bom dia. REPÓRTER PAULO BARBOSA (Rádio Salgueiro FM / Salgueiro - PE): Bom dia. Bom dia, Kátia. Bom dia ao Ministro Fernando Bezerra Coelho. Ministro, nós aqui em nossa região, estamos vivendo, sem dúvida, um momento difícil. E, ontem, 600 trabalhadores, aproximadamente, estiveram fazendo um protesto na área de trabalho, realmente, da empresa carioca, aqui nos canteiros de obras da transposição, reivindicando que trabalhadores da região pudessem ser contratados por essas empresas, já que, na roça, no trabalho da agricultura, não está tendo o que fazer. E eles alegam que as empresas estão trazendo pessoas de outras localidades e não aproveitando a mão de obra aqui da região. Uma outra pergunta, Ministro, é com relação aos Lotes Três, aqui em Salgueiro, e o Lote Quatro, que fica em Penaforte, aqui no Ceará, nas proximidades de Penaforte, se esses lotes vão reiniciar e quando. E com relação também ao que está sendo feito até agora para conter essa questão da seca em nossa região. Nós sabemos que as providências aí com relação à construção de cisternas, esse apoio, também, que o governo está dando, em dinheiro, é importante, mas não seria também, Ministro, importante um programa que pudesse trazer poços aqui para toda a região, para atender a esses agricultores? Que era alguma coisa de imediato. As cisternas, a gente sabe que são importantes, mas a longo prazo. De imediato, não atendem, não é, àquele anseio do nosso agricultor, do nosso sertanejo, Ministro. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Muito bem, Paulo. É um prazer estar falando com você. Eu vou começar pela última pergunta. Na realidade, o programa vai beneficiar a implantação e a recuperação de milhares de poços artesianos. Só para você ter uma ideia, de forma emergencial, são mais de R$ 60 milhões, que vão permitir a recuperação e a instalação de poços que já estão perfurados. Você sabe que é muito comum, aí no Nordeste, sobretudo em prefeituras, perfurar o poço e, por uma razão ou outra, o poço tem uma vazão baixa, ou a água é um pouco pesada, é um pouco salgada, o poço, portanto, não foi instalado, mas, nesse momento crítico de falta d’água, é importante ter qualquer água, porque mesmo a água pesada, a água salobra, ela é importante para os animais. Então, só de recuperação e instalação de poços, vão ser mais de 2.800 poços contemplados em todos os estados do Nordeste. E nós vamos perfurar e instalação novos poços. É um programa dentro do Água para Todos, já celebramos convênios. Só esse ano, Paulo, para você ter uma ideia, mais de R$ 1 bilhão, dentro do Água para Todos, entre o componente de cisternas, sistemas de abastecimento de água simplificado e perfuração de poços. Portanto, esses poços estão sendo agilizados, contratados pelos governos do estado. Aí para a nossa região, a região do sertão central do Salgueiro, a Codevasf, lá de Petrolina, a 3ª Superintendência Regional, agora no mês de junho, licitou 800 poços, para poder atender aos sessenta e poucos municípios da área de atuação só da Codevasf em Pernambuco. Em relação à questão dos trabalhadores que realizaram o protesto, o Ministério da Integração tem acompanhado isso. A recomendação nossa é que se dê prioridade ao trabalhador do local, da área que está sendo beneficiada pela obra. Eu pediria a sua compreensão também, porque, no meio desse protesto, tem situações que precisam ser diferenciadas. São trabalhadores que acionaram a empresa em reclamações trabalhistas, muitas vezes, indevidas, e é evidente que, quem contrata, busca selecionar, ter o melhor trabalhador possível. Nesse quadro de seca que nós estamos enfrentando, é importante que a gente acelere todas as obras públicas. Essa é a recomendação da presidenta Dilma: abrir frentes de serviço para que as pessoas que ficaram liberadas pela não ocorrência das atividades agrícolas possam ter a perspectiva de faturar um salário e poder levar o dinheiro para dentro de casa. Aí mesmo em Salgueiro, nós estamos trabalhando de noite na obra do Lote Oito da transposição, você sabe disso, que são as construções das estações elevatórias um, dois e três, que vai levar água ao Ceará, que vai levar água à Paraíba e ao Rio Grande do Norte. Eu vou fazer uma visita aí em Salgueiro, agora em julho, para ver esse trabalho noturno. Eu tenho recebido as fotografias, e nós estamos com 800 pessoas mobilizadas só nesse Lote Oito. Agora os Lotes Três e Quatro, que é a outra pergunta sua, eles estão, digamos assim, em fase de contratação, que nós chamamos do saldo remanescente da meta um do eixo norte. Essa meta um do eixo norte vai pegar os saldos remanescentes do Lote Um, Dois, Três e Quatro, que vai deixar a água desde Cabrobó e vai deixar a água na cidade de Jati, no Ceará. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, vamos rapidamente a Montes Claros, em Minas Gerais, conversar com a Rádio 100,3 FM, de Itatiaia, Montes Claros, Minas Gerais. Rogeriano Cardoso, bom dia. Pode fazer a sua pergunta. REPÓRTER ROGERIANO CARDOSO (Rádio 100,3 FM Itatiaia / Montes Claros - MG): Bom dia. Bom dia, Ministro Fernando Bezerra Coelho. Eu falo da Rádio Itatiaia, em Montes Claros, no norte de Minas. Ministro, eu gostaria que você explicasse um pouco sobre o investimento, o investimento da Pasta para reduzir os efeitos da seca no norte de Minas Gerais, e em relação à operação do carro-pipa para minimizar essa seca que vem alastrando-se no norte de Minas Gerais. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Olha, Rogeriano, eu poderia falar de duas grandes ações: as ações estruturantes e as ações emergenciais. Como ação estruturante, eu destacaria, aí para o norte de Minas Gerais, a construção de duas grandes barragens, a barragem de Congonhas e a barragem de Jequitaí. São obras que vão demandar, as duas obras, mais de R$ 600 milhões. São obras que estão no PAC. Eu tive a oportunidade de estar com o governador Anastasia e receber dele o testemunho de que essas duas grandes obras já justificariam toda a gestão da presidenta Dilma para o norte de Minas Gerais, porque são obras que vão abrir a perspectiva de desenvolvimento na área da irrigação, na área da oferta de água para a população de todo o norte de Minas Gerais, evitando o colapso em diversos sistemas de abastecimento de água. Eu poderia destacar também, ainda como ação estruturante, a questão do Programa Água para Todos, que chega com muita força aí no norte de Minas Gerais. Nós vamos universalizar as cisternas para as comunidades rurais de Minas Gerais. Estamos trabalhando em parceria com a Copasa, em parceria com a Rural Minas, em parceria com as prefeituras municipais, através da ação da Codevasf aí em Montes Claros, onde nós estamos com diversas ações no sentido de aproximar a água daqueles que moram no interior de Minas Gerais. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro Fernando Bezerra Coelho, queremos agradecer, mais uma vez, a sua participação no Bom Dia, Ministro. MINISTRO FERNANDO BEZERRA COELHO: Eu é que agradeço a você, Kátia. Foi uma alegria participar do seu programa. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Ministro. E a todos que participaram conosco dessa rede, o meu muito obrigada, e até o próximo programa.