22/03/2012 - Ministro Aldo Rebelo faz balanço das obras nos estádios da Copa de 2014
22/03/2012 - Ministro Aldo Rebelo faz balanço das obras nos estádios da Copa de 2014
O programa Bom dia, Ministro recebeu o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. No programa, o Ministro fez um balanço das obras nos estádios que irão receber os jogos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 e falou sobre o programa Bolsa-Atleta.
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Publicado em 12/12/2016 18:20
APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Olá, amigos em todo o Brasil. Eu sou Kátia Sartório e começa agora mais uma edição do programa Bom Dia, Ministro. O programa tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Hoje, aqui nos estúdios da EBC Serviços, o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Bom dia, Ministro, seja bem-vindo. MINISTRO ALDO REBELO: Bom dia, Kátia. Bom dia aos ouvintes e bom dia, também, aos telespectadores. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Na pauta do programa de hoje, o balanço das obras nos estádios que vão receber os jogos da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014 e o programa Bolsa-Atleta. O Ministro do Esporte já está aqui, no estúdio, pronto para conversar com âncoras de emissoras de rádio de todo o país neste programa que é multimídia: estamos no rádio e na televisão. Ministro, vamos à São Paulo, conversar com a Rádio Estadão ESPN, onde está Lucas Lagatta. Bom dia, Lucas. REPÓRTER LUCAS LAGATTA (Rádio Estadão ESPN / São Paulo - SP): Nós estamos aqui, na Rádio Estadão ESPN, agora, aqui, em rede, aqui, para transmitir uma entrevista do Ministro Aldo Rebelo, Ministro do Esporte, ao programa Bom Dia, Ministro. Ministro, bom dia ao senhor. Eu queria que o senhor falasse um pouco para a gente dessa controvérsia envolvendo a Lei Geral da Copa e o Código Florestal. Eu acho que o senhor foi o relator do Código Florestal na Câmara dos Deputados, na primeira versão, que depois foi alterada pelo Senado. Isso pode atrapalhar os planos aí em relação à Copa do Mundo? MINISTRO ALDO REBELO: Não creio, porque a Lei Geral da Copa configura compromissos, obrigações que o Brasil assumiu como todos os outros países candidatos a sediar a Copa do Mundo. E são compromissos anteriormente assumidos por todos os países que sediaram a Copa - África do Sul, Alemanha, Japão, Coreia, França, Estados Unidos -, e compromissos assumidos também pelos países que sediarão a Copa do Mundo depois do Brasil, no caso a Rússia e o Qatar. Portanto, são compromissos que, ao longo de todas as copas, os países assumem. O Brasil transformou esses compromissos num Projeto de Lei, enviou ao Congresso, com essas garantias, e no Congresso, naturalmente, foi submetido a um processo de discussão e na hora da votação outra matéria também muito importante, que é o Código Florestal, apoiado por lideranças do Congresso, também estava na pauta. E a negociação é sobre a votação dessas duas matérias. No caso do Código há debate sobre o conteúdo, mas no caso da Lei Geral da Copa não há propriamente polêmica em torno do conteúdo, a não ser uma interpretação sobre o significado da suspensão do Estatuto do Torcedor para a permissão de venda de bebida dentro dos estádios. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Lucas Lagatta, da Rádio Estadão ESPN, você tem outra pergunta? REPÓRTER HAISEM ABAKI (Rádio Estadão ESPN / São Paulo - SP): Bom, aqui é o Haisem Abaki, da Rádio Estadão ESPN. Só para uma outra questão, aqui, com o ex-deputado Aldo Rebelo, deputado que é Ministro do Esporte, em relação ainda a essa questão das obras, não é? O senhor diz que está superado esse episódio que aconteceu com a Fifa, que gerou um mal-estar envolvendo a Fifa e o governo, e o interlocutor continua sendo mesmo o secretário-geral? MINISTRO ALDO REBELO: A visita que nós recebemos foi do presidente da Fifa, do Sr. Blatter. Nós recebemos os pedidos sucessivos de desculpas dos dirigentes da Fifa, inclusive do secretário-executivo, e a questão do secretário-geral é um problema da Fifa, não é uma questão do governo brasileiro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório e o nosso convidado de hoje é o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando às emissoras que o nosso sinal, o sinal dessa entrevista, está no satélite, no mesmo canal de A Voz do Brasil. Ministro, vamos agora ao Rio de Janeiro, conversar com a Rádio MEC 800 AM, do Rio, onde está Clarissa Brandão. Bom dia, Clarissa. REPÓRTER CLARISSA BRANDÃO (Rádio Mec 800 AM / Rio de Janeiro - RJ): Bom dia, Kátia Sartório. Bom dia, Ministro Aldo Rebelo. Ministro, aqui no Rio de Janeiro as obras do Maracanã foram paralisadas em agosto e em setembro do ano passado. Primeiro, os trabalhadores cruzaram os braços depois de um operário sofrer um acidente de trabalho durante a execução da obra e, depois, eles decidiram parar alegando que o consórcio vencedor da licitação não cumpriu promessa de dar plano de saúde e vale-alimentação aos funcionários. Aí eles entraram num acordo, as obras voltaram a andar, como já está sendo dito aí, como a gente falou na abertura do programa de hoje, e, dito isso, eu pergunto se o governo está de olho, também, nessas questões trabalhistas, para evitar que problemas como esses repitam e o cronograma das obras atrasem novamente. MINISTRO ALDO REBELO: O governo acompanha o cumprimento de toda a legislação do país, não apenas a relacionada com o direito do trabalho, a legislação ambiental, a legislação de segurança. Toda essa legislação tem relação com o interesse, com a fiscalização, mais do que o governo, que o estado brasileiro faz em todas as obras, inclusive nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo. Eu visitei recentemente o estádio do Maracanã, vi que as obras estão compatíveis com o cronograma adotado, tivemos a exposição do vice-governador do Rio de Janeiro, do engenheiro-chefe das obras do Maracanã. Portanto, temos uma atitude de muito otimismo em relação às possibilidades de entrega das obras do Maracanã dentro do prazo previsto. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Clarissa Brandão, da Rádio MEC, você tem outra pergunta? REPÓRTER CLARISSA BRANDÃO (Rádio Mec 800 AM / Rio de Janeiro - RJ): Tenho, sim. Tenho, sim. Uma polêmica que tem sido recorrente aqui, em relação às obras do Maracanã, e, na verdade, mais pensando no próprio Mundial, é a questão das cadeiras cativas. Essas cadeiras foram vendidas para complementar o orçamento da construção do Estádio do Maracanã na Copa de 1950, e, em troca de um valor calculado hoje em torno de R$ 50 mil, os compradores teriam direito, de acordo com o contrato, a lugares cativos para qualquer evento ocorrido dentro do estádio. E, com a reforma, muitos donos dessas cadeiras temem perder o direito de assistir aos jogos durante a Copa de 2014. O governo já definiu o que vai fazer em relação a esse impasse? MINISTRO ALDO REBELO: O governo não tem uma relação com essa polêmica, com essa disputa judicial, porque o Estádio do Maracanã é um estádio... É próprio do estado do Rio de Janeiro. Há, também, cadeiras cativas em outros estádios privados e essas negociações foram concluídas, preservando os direitos dos construtores e os direitos daqueles que tinham adquirido essas cadeiras no momento da construção. Portanto, isso é uma questão que deve ser resolvida e não afeta e nem influi na construção do estádio. Depois que o estádio estiver pronto, provavelmente a Justiça resolverá essa demanda. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada à Rádio MEC 800 AM pela participação nessa rede de emissoras que compõe o Bom Dia, Ministro. Lembrando que o nosso programa, o Bom Dia, Ministro, está no satélite, no mesmo canal de A Voz do Brasil. Ministro Aldo Rebelo, vamos agora à Manaus, no Amazonas, conversar com a Rádio Amazonas FM. Patrick Motta, bom dia. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Bom dia, Kátia Sartório. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você pode aumentar o seu retorno, Patrick, por gentileza? REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Olá. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Agora, sim. Melhorou, obrigada. REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Agora sim, vamos lá. Bom dia, Kátia Sartório, senhoras e senhores ouvintes, e bom dia, Ministro. Ministro, o senhor esteve recentemente em visita às obras aqui da Arena Amazônia, em Manaus. Na avaliação do senhor, a arena da Amazônia está dentro do cronograma ou alguma coisa ainda o preocupa, Ministro? MINISTRO ALDO REBELO: Não, a arena estava dentro do cronograma e continua dentro do cronograma. Os atrasos, quando acontecem nessas obras, mesmo a de Porto Alegre, são, estatisticamente, insignificantes. Nós temos outras obras de mobilidade, também na cidade de Manaus, para acolher a Copa e os turistas. O governador Omar Aziz e o prefeito Amazonino têm se empenhado, junto com o governo federal, e acho que Manaus tem e terá, na época da Copa, todas as condições para acolher o evento e se credenciar com o seu estádio, que é um estádio multiuso, a acolher outros eventos nacionais e internacionais importantes do nosso calendário cultural, comercial, de negócios e serviços, não apenas do Brasil, mas do mundo inteiro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Patrick? REPÓRTER PATRICK MOTTA (Rádio Amazonas FM / Manaus - AM): Sim, Kátia Sartório. Ministro, gostaríamos da reflexão do senhor sobre o que iremos colocar agora. O que parecia dificílimo, Ministro, que é trazer uma Copa do Mundo para o Brasil, parece que não foi tão difícil assim. Agora, o que parecia menos complicado, ou seja, realizar a Copa com a união de todos, governo, entidades, classe política, empresários, enfim, aparenta uma enorme torre de babel, onde ninguém se entende. E o pior, Ministro: o tempo vai passando. E o senhor, o que pensa sobre tudo isso, hein? MINISTRO ALDO REBELO: Que não há polêmica, nem torre de babel. Os agentes importantes, os entes que contam para fazer a Copa do Mundo, o governo federal, os governos estaduais, as prefeituras, a própria Fifa e o Comitê Organizador Local, todos estão empenhados no mesmo sentido, no mesmo objetivo. Agora, tem gente que nunca acreditou e nem acredita no Brasil. É o complexo de vira-lata, de que nos falava Nelson Rodrigues. Em todos os governos, em todas as épocas da história do Brasil, há pessoas que não acreditam no país, que acham que nós somos um fracasso civilizatório, que nada aqui deu certo, nada dá certo e nada dará certo. Mas essa é uma minoria que, de tanto pessimismo, não tem influência nem na construção do país e nem naquilo que é feito. A cidade mesmo que o senhor vive, essa grande metrópole encravada no coração da selva, nas margens esquerdas desse grande Rio Negro, é uma prova do vigor civilizatório do nosso país. Os portugueses construíram, aí em Manaus, ainda pelos idos de 1500, um forte na beira do Rio Negro. Depois, a cidade de Manaus foi construída como uma metrópole. Os senhores têm aí, construído no início do Século XX ou fim do Século XIX, um dos dez mais belos teatros do mundo. Então, isso foi feito por gente que acreditava no país, que acreditava no Amazonas, que acreditava em Manaus. O Pedro Teixeira, quando pegou as suas canoas e foi de Belém até Quito, no Equador, nos idos de 1700, também acreditava que a ousadia valia a pena. Então eu acho que a Copa do Mundo é muito importante, mas, perto do que já fez o Amazonas, perto do que já fez Manaus, a Copa do Mundo, perto do que já fez o Brasil, não é a obra nem mais complicada, nem mais difícil. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Esse é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório e o nosso convidado de hoje é o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Lembrando que o conteúdo dessa entrevista estará disponível, em áudio e a transcrição, ainda hoje pela manhã, na página da EBC Serviços, na internet. Anote o endereço: www.ebcservicos.ebc.com.br. Ministro, vamos, agora, à Curitiba, no Paraná, conversar com a Rádio Difusora 590 AM, de Curitiba. A pergunta é de Irajá Baran. Bom dia, Irajá. REPÓRTER IRAJÁ BARAN (Rádio Difusora 590 AM / Curitiba - PR): Bom dia. Bom dia, Ministro. Eu queria saber, Ministro, em relação à situação da Arena da Baixada, o estádio, aqui, de Curitiba, que deve sediar alguns jogos da Copa do Mundo e que, segundo informações, é o estádio com as obras mais atrasadas. Como o senhor avalia essa situação, Ministro? MINISTRO ALDO REBELO: Eu visitei o Estádio da Baixada, o estádio do Atlético Paranaense, e as obras são as mais simples de todos os doze estádios que estão em construção e em reforma no país. As garantias foram oferecidas pela prefeitura municipal de Curitiba, pelo governo do estado do Paraná. O governo federal disponibilizou os recursos via o BNDES, eu vi o empenho da própria diretoria e do presidente do Atlético Paranaense. Então eu não vejo motivo para desconfiança, nem descrença, em relação à possibilidade de realização da Copa do Mundo em Curitiba. E Curitiba sediará a segunda Copa do Mundo no Brasil. Já foi sede da Copa do Mundo de 1950, o que fez com relativo sucesso, com êxito, e creio que realizará também com êxito, agora, a Copa do Mundo de 2014. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Irajá Baran, da Rádio Difusora de Curitiba, você tem outra pergunta? REPÓRTER IRAJÁ BARAN (Rádio Difusora 590 AM / Curitiba - PR): Ainda em relação à Arena da Baixada, o secretário estadual de Assuntos para a Copa disse, em uma entrevista há poucos dias, aqui em Curitiba, Ministro, que se as verbas do governo federal não chegassem, o município também bancaria. O senhor acredita que vai haver atraso em relação às verbas? MINISTRO ALDO REBELO: Eu não creio, porque esses recursos, se forem os empréstimos do BNDES, são realizados sob garantia. Todas as garantias que o banco exige de qualquer tomador, exigirá também do consórcio ou dos responsáveis pela construção do estádio do Atlético. Eu sei que em todos os casos esses empréstimos são concedidos mediante garantia. E os dirigentes do Atlético e os responsáveis pela construção são pessoas experientes, que, naturalmente, têm consciência disso e agirão com o espírito e a responsabilidade de quem assume um cargo de sediar a Copa do Mundo, como é o caso do estádio do Atlético, do estado do Paraná e da prefeitura de Curitiba. Eu estou tranquilo quanto ao êxito do empreendimento aí no Paraná. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigada, Irajá Baran, da Rádio Difusora 590 AM, de Curitiba, que participa com a gente do Bom Dia, Ministro. O nosso convidado de hoje é o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Ministro, vamos, agora, conversar com a Rádio Difusora de Mossoró, do Rio Grande do Norte, onde está Jota Nobre. Vocês estão ao vivo com a gente, não é isso, Jota? Bom dia. REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora / Mossoró - RN): É verdade. Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. Nós estamos ao vivo, o programa Jota Nobre, do Comando Geral, de oito às onze, aqui na Difusora, e nós estamos ao vivo com o Ministro. Ministro, a pergunta que eu faço é voltada justamente para as obras aqui do Estádio Machadão. Os trabalhadores pararam, agora no início da semana já voltaram ao trabalho, mas o que preocupa é justamente isso: não é apenas um fato isolado do Rio Grande do Norte. O país inteiro, a gente observa que os trabalhadores estão, em alguns momentos, parando, depois retornando. Isso também tem preocupado ou dentro do cronograma de vocês está tudo dentro da normalidade? Não haverá nenhum problema de continuidade, vamos ter a Copa independente dessas paralisações, ou não? MINISTRO ALDO REBELO: Quando nós acolhemos a Copa do Mundo, prezado Jota Nobre, queridos ouvintes de Mossoró, e da gloriosa terra do índio Poti, muito bom dia. Quando nós acolhemos a Copa do Mundo, nós sabíamos que o direito de greve vigorava e vigora no país. Então, não pode ser nada estranho para quem constrói, para quem tem obras no Brasil, a presença desse direito, extensivo também aos trabalhadores das obras dos estádios. Visitei também a Arena das Dunas, ou seja, o estádio que está sendo construído na bela cidade de Natal, aí no Rio Grande do Norte. E vi também que as obras são compatíveis com o calendário. E acho que isso nos tranquiliza porque também no Rio Grande do Norte nós já fizemos coisas mais importantes do que a Copa. Com todo o respeito pela Copa do Mundo, com todo o respeito pelo belo estádio que está sendo construído em Natal, o Rio Grande do Norte e Natal já fizeram e já construíram projetos muito mais difíceis e complicados. Então, eu creio que com o empenho do governo federal, da governadora do Rio Grande do Norte, da Prefeitura de Natal, das empresas responsáveis pela construção, a cidade de Natal terá não apenas o seu estádio para celebrar a Copa do Mundo de 2014, ampliará o seu investimento em transporte público. A presidente Dilma já inaugurou o novo aeroporto do Rio Grande do Norte, um aeroporto de nível internacional, os investimentos em hotelaria também serão ampliados e eu creio que Natal e o Rio Grande do Norte terão, depois da Copa do Mundo, uma herança muito boa para o seu desenvolvimento turístico, social, cultural e econômico. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Jota Nobre, da Rádio Difusora de Mossoró, você tem outra pergunta? REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora / Mossoró - RN): Olha, só agora com relação propriamente à cidade. Mossoró é uma cidade com praticamente 300 mil habitantes, tem aqui um estádio, o Professor Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão, que está interditado grande parte, mas que o governo do estado está agora com um projeto de começar uma reforma no início agora do mês de abril, e deixando o estádio com capacidade para 18 mil pagantes. Uma ampliação do estádio, vai passar por uma reforma praticamente completa. A pergunta que eu faço é se dentro dessa reforma, um estádio moderno, se Mossoró poderia entrar, vamos dizer, como uma sub-sede de uma seleção, até para realizar os seus treinamentos aqui, se isso passa também pelo Ministro, pelo seu Ministério, em conseguir colocar Mossoró no cenário também da Copa do Mundo? MINISTRO ALDO REBELO: Jota, a cidade de Mossoró merece, não apenas por esta razão que você anunciou, um estádio digno. Eu conheço Mossoró de passagens do meu tempo de estudante e passagens mais recentes e, de fato, reconheço o grande progresso da cidade desde que aí fui a primeira vez, há mais de 30 anos, na faculdade de agronomia. Portanto, eu acho que se estiver credenciada, porque houve um credenciamento anterior junto ao Comitê Organizador Local e à Fifa, para as cidades que desejassem acolher previamente as seleções classificadas para a Copa do Mundo. É preciso verificar se há essa inscrição de Mossoró, o que a cidade cumpriu do caderno de encargos que o Comitê Organizador da Copa recomenda, para poder responder definitivamente sobre essa possibilidade. Mas a priori, eu sei que Mossoró tem todas as condições para acolher, desde que tenha se credenciado e ofereça as garantias que o Comitê Organizador da Copa exige. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, estamos hoje com o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Ele conversa com emissoras de rádio de todo o país neste programa que é multimídia: estamos ao vivo no rádio e na televisão. Ministro, vamos agora à Recife, em Pernambuco, conversar com a Rádio CBN, de Recife. Jofre Melo, bom dia. REPÓRTER JOFRE MELO (Rádio CBN / Recife - PE): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Rebelo. O senhor esteve recentemente aqui em Recife, fazendo uma visita à nossa arena aqui em Pernambuco, e a pergunta que eu quero fazer com o senhor, a primeira delas pelo menos, é com relação à infraestrutura de transporte, obras viárias que estão programadas aqui para Recife, por exemplo. A gente percebe um atraso muito grande, principalmente na liberação de recursos, o famoso legado da Copa que a gente espera com tanta ansiedade aqui, e fica todo esse trâmite burocrático com relação a recursos, muitas licitações, também indenizações por desapropriar algumas áreas, aqui, justamente no corredor que vai ligar a Agamenon Magalhães, zona norte e zona sul da capital pernambucana. Com relação às obras viárias por aqui, o senhor acha que pode haver algum atraso, como está havendo na construção dos estádios? MINISTRO ALDO REBELO: Boa parte dos investimentos, Jofre, previstos para a Copa do Mundo, já estavam inscritos em melhorias da mobilidade urbana, do transporte, da infraestrutura, muito antes de nós tomarmos conhecimento de que realizaríamos uma Copa do Mundo no Brasil. Metrópoles como Recife, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Rio, todas as que acolherão a copa já demandavam melhoria de transportes muito antes de nós acolhermos a Copa do Mundo. São responsabilidades distribuídas entre a prefeitura dessas cidades, os governos estaduais, o governo federal. Eu estive longamente com o governador Eduardo Campos, testemunhei o enorme esforço realizado pelo governo do estado de Pernambuco, não apenas no caso do estádio e das obras de infraestrutura, sobrevoamos inclusive essas obras e achei que todas elas estão de acordo com os investimentos previstos e coordenadas pelo esforço comum do governo federal e do governo de Pernambuco. No caso do estádio que está sendo construído na grande Recife, nós temos, talvez, o maior projeto urbano que a Copa do Mundo traz para as capitais, porque não é apenas o estádio, é um complexo residencial, comercial, cultural, todo ele construído a partir do estádio que está sendo construído em São Lourenço. Portanto, eu acho que Pernambuco, que já deu cabo de tarefas muito mais difíceis, muito mais árduas, Pernambuco, novamente, dará um exemplo ao Brasil de organização, de capacidade de realização no episódio da Copa do Mundo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Jofre Melo, da Rádio CBN de Recife, você tem outra pergunta? REPÓRTER JOFRE MELO (Rádio CBN / Recife - PE): Sim, Kátia. O Ministro... Com relação a essa polêmica da liberação de bebidas nos estádios, ficou agora a cargo de cada estado-sede dos jogos liberar ou não. Pernambuco já sinalizou de que aqui vai seguir a orientação do governo federal e liberar a venda de bebidas. A gente observa, pelo menos é um caso particular aqui em Pernambuco, permita-me, que a venda de bebidas não está associada à violência. O que acontece aqui são problemas pontuais no entorno dos estádios, é a chegada, é a saída. Tendo uma infraestrutura de chegada e de saída, que certamente nós teremos na Copa, o senhor acha que a bebida vai ter algum problema? Eu acredito que não. MINISTRO ALDO REBELO: Bebida sempre pode ter ou não algum problema. É o abuso da bebida gera violência, problemas de saúde, desagregação de amizades, de famílias, de tudo. Então, bebida é alguma coisa que, quem usa, deve usar com muita moderação. Daí o Poder Público tem esses cuidados relacionados com a saúde e com a segurança. A questão é que nós temos um evento, que é o caso da Copa do Mundo, que exige de todos os que se candidatam, o Brasil não precisava se candidatar, era uma opção dele, mas todos os países que se candidataram à Copa do Mundo, todos eles assinaram esse compromisso. Antes do Brasil, assinaram e cumpriram: Alemanha, Estados Unidos, França, Japão, Coreia, África do Sul. E os próximos que sediarão a copa: Rússia, Catar, também assinaram esses compromissos de permitir, durante esses eventos, dentro dos estádios, de forma controlada, a venda de bebidas. O governo enviou esse projeto suspendendo durante esse período uma lei proibindo essa venda nos estádios. A nossa interpretação é que suspendendo essa lei nacional ficam suspensas as leis estaduais também, porque a norma nacional, a lei nacional, subordina a lei estadual. Essa é a nossa interpretação. Há quem interprete de forma diferente. Nós só ficaremos sabendo depois que a lei for aprovada. Mas é um compromisso, como é assumido também na Fórmula 1, no caso não só apenas da venda de bebida, mas da velocidade. O Brasil traz a Fórmula 1 para dentro do país e vai colocar um guarda de trânsito para multar os corredores por velocidade? Não, o senhor ultrapassou o excesso de velocidade permitida no país, não pode fazer isso. Então, se é um evento internacional, as regras são regras internacionais que todos os países acolhem, se desejarem, ou, senão, abrirão mão do evento, o que também é normal. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, estamos hoje com o nosso convidado, o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Ministro, vamos agora a Fortaleza, no Ceará, conversar com a Rádio Verdes Mares de Fortaleza. Nilton Sales, bom dia. REPÓRTER NILTON SALES (Rádio Verdes Mares / Fortaleza - CE): Bom dia, Kátia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nilton, você pode aumentar o retorno para a gente, por gentileza? REPÓRTER NILTON SALES (Rádio Verdes Mares / Fortaleza - CE): Vamos lá. Chegou aí melhor? APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Não está bom o retorno, não. Tenta melhorar de novo, Nilton, por favor. REPÓRTER NILTON SALES (Rádio Verdes Mares / Fortaleza - CE): Vamos ver. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nilton? REPÓRTER NILTON SALES (Rádio Verdes Mares / Fortaleza - CE): Oi. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você pode fazer a sua pergunta. Não, perdemos o contato com o Nilton Sales. A nossa produção vai tentar novamente daqui a pouco conversar com a Rádio Verdes Mares de Fortaleza, no Ceará. E vamos agora então, a Salvador, na Bahia. Rádio Educadora 107,5 FM de Salvador. Gustavo Castellucci, bom dia. REPÓRTER GUSTAVO CASTELLUCCI (Rádio Educadora 107,5 FM / Salvador - BA): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro. Na verdade, a minha pergunta vai ser fora desse tema da Copa do Mundo. Recentemente, Ministro, o senhor visitou o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa em São Paulo, que é mantido pela prefeitura. Sabemos que é um centro de excelência, mas sabemos também que não temos outros, como esse, distribuídos nas outras regiões do Brasil ou em outros estados do país. Existe um pensamento, depois dessa visita, de propagar centros olímpicos por outras grandes potências como o Nordeste, como o Centro-Oeste, como a Região Sul também? MINISTRO ALDO REBELO: Sim, Gustavo. Mas para que não seja feita nenhuma injustiça, eu conheço o centro olímpico de São Paulo, mas visitei um centro olímpico na infraestrutura, nos equipamentos, com a mesma dimensão e com a mesma sofisticação do Centro Olímpico de São Paulo, em Manaus. O Centro Olímpico de Manaus pode não ter atualmente a mesma utilização que tem o de São Paulo, mas o Centro Olímpico de Manaus dispõe de instalações, de área construída, no nível de qualquer centro olímpico do mundo. E será, naturalmente, visto pelo governo como uma referência importante para a preparação das Olimpíadas de 2016. Nós pretendemos, junto com as universidades, com as Forças Armadas, construir ou ampliar instalações olímpicas para 2016. Essa é uma preocupação nossa. Recentemente construímos na Bahia um centro de treinamento para Judô, que se situa também entre os melhores do mundo. E esse é o compromisso do governo e o objetivo, já que também sediaremos as Olimpíadas de 2016, e, além de uma grande acolhida para os Jogos Olímpicos, nós também temos como objetivo a conquista de medalhas que ponham o Brasil num nível mais elevado como potência olímpica. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Gustavo Castellucci, da Rádio Educadora de Salvador, você tem outra pergunta? REPÓRTER GUSTAVO CASTELLUCCI (Rádio Educadora 107,5 FM / Salvador - BA): Tenho sim, Kátia. Sobre a Bolsa-Atleta, Ministro, tivemos um aumento, um incremento, na verdade, de 36%, que é um incremento considerável do ano passado para cá, em relação a investimentos na Bolsa-Atleta. Temos mais quatro anos até a olimpíada realizada aqui no país. Esse é um projeto que deve crescer ainda mais? MINISTRO ALDO REBELO: Nós já ampliamos o programa Bolsa-Atleta do ano passado para este ano, pretendemos ampliá-lo ainda mais com a criação de novas categorias, como o Bolsa-Pódio, para os atletas de alto rendimento, já habilitados para a conquista de medalhas em competições oficiais internacionais. Vamos criar também a bolsa para o treinador, porque o atleta protegido não é apenas na sua sobrevivência; ele precisa do técnico, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo. São equipes multidisciplinares que devem acompanhar o atleta nas competições de áudio rendimento e, também, são necessidades que nós vamos contemplar com a ampliação do Bolsa-Atleta e a criação do Bolsa-Técnico. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório e estamos com o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Ministro, vamos agora tentar novamente conversar com a Rádio Verdes Mares de Fortaleza, no Ceará. Nilton Sales, bom dia. REPÓRTER NILTON SALES (Rádio Verdes Mares / Fortaleza - CE): Agora vamos ver se dá certo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Vamos ver. REPÓRTER NILTON SALES (Rádio Verdes Mares / Fortaleza - CE): Sr. Ministro Aldo Rebelo, bom dia. Jornalista Kátia. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Bom dia. REPÓRTER NILTON SALES (Rádio Verdes Mares / Fortaleza - CE): Bom dia também. Bom, é sabido que alguns países lá na Europa, eles resolveram esse problema da bebida da seguinte maneira: só é permitido vender bebida no intervalo das partidas. Por que é que aqui o Brasil não sugere esse esquema? MINISTRO ALDO REBELO: Cada país, Nilton... Bom dia, queridos ouvintes da nossa Verdes Mares, de Fortaleza e do Ceará. Cada país encontrou uma solução particular. No caso da Inglaterra, por exemplo, não é somente a questão do intervalo, é também uma quota, ou seja, cada torcedor recebe, na entrada do estádio, um cartão limitando a aquisição de bebidas. A solução dos Estados Unidos, me parece que não impõe limite nenhum. A da Alemanha também não traz o detalhe desses limites. A questão do Brasil é discutir essa legislação permanente, sobre a conveniência de permitir ou não e em que circunstância, a venda de bebida, se, por exemplo, continua permitindo ou proíbe durante o Carnaval, durante os espetáculos que são realizados nos estádios, mas que não são partidas de futebol, limita a aquisição de bebida. Isso para quem pode, excluindo, naturalmente, os menores, as crianças, os adolescentes. Isso tudo, o Brasil vai tratar, como já tem tratado. O nosso problema é, durante esse evento da Copa, encontrar uma solução que cumpra o compromisso que Brasil assinou. O Brasil não tem como contornar um compromisso que assinou com outros países e que precisa cumprir para continuar sendo respeitado como um país sério e cumpridor dos compromissos que assume no plano internacional, sejam eles políticos, diplomáticos ou comerciais, como é esse caso. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nilton Sales, você tem outra pergunta? Nilton? Está difícil, hoje, conversar com a Rádio Verdes Mares. Nilton? Daqui a pouco, a gente tenta, mais uma vez, o contato. Vamos, então, a Porto Alegre, Ministro, ao Rio Grande do Sul, falar com a Rádio Gaúcha AM. A pergunta é de Leandro Staudt? É isso, Leandro? Bom dia. REPÓRTER LEANDRO STAUDT (Rádio Gaúcha AM / Porto Alegre - RS): Bom dia. Bom dia a todos. Bom dia, Ministro. Bom, o senhor segue disposto a não conversar com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ou esse episódio já está superado, ou o senhor tem algum outro contato, já, para fazer essa negociação, os acertos que têm que ser feitos com a Fifa? MINISTRO ALDO REBELO: Sabe que eu não tenho pensado nesse assunto, prezado Leandro? Nós respondemos a uma carta, depois da frase do secretário-executivo, depois houve pedido de desculpa do presidente da Fifa, depois o presidente da Fifa viajou para o Brasil, houve, aqui, reuniões com o presidente da Fifa e, depois, entregamos esse caso do secretário-geral nas mãos do presidente da Fifa. Portanto, não é um assunto do governo brasileiro. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Leandro? REPÓRTER LEANDRO STAUDT (Rádio Gaúcha AM / Porto Alegre - RS): Bom, o senhor tem mostrado muito otimismo, muita tranquilidade em relação ao andamento das obras, não é, das ações que têm que ser feitas, no Brasil, em preparação para a Copa das Confederações, que já é no ano que vem, em 2013, e também para a Copa do Mundo de 2014. Em relação a tudo que está em andamento, o que mais lhe preocupa com relação aos preparativos? Tem alguma preocupação com obras, alguma preocupação em relação à legislação? É a Lei Geral o que mais preocupa o governo neste momento? MINISTRO ALDO REBELO: Leandro, eu vou lhe dizer uma coisa, para você e para os ouvintes do Rio Grande do Sul, de todo o Brasil. O meu otimismo é uma homenagem que eu presto aos antepassados. Um pessimista jamais teria construído o Rio Grande do Sul, o Mato Grosso, o Amazonas, o Ceará, o Rio Grande do Norte, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro. A construção do nosso país foi obra de pessoas que acreditaram que era possível vencer desafios, e grandes desafios. Imagine que eu estive em Cuiabá, há uns dois meses, e aquela cidade foi fundada por paulistas que chegaram naqueles sertões, lá na fronteira com a Bolívia, nos idos de mil quinhentos e tanto, começo dos mil e seiscentos. A mesma coisa em Manaus; aí no Rio Grande do Sul, de tantas peleias, de tantas guerras, de tanto esforço para construir um estado avançado, moderno, progressista. Aí tem gente que acha que nós não vamos fazer a Copa do Mundo, que nós vamos nos atrapalhar com meia dúzia, uma dúzia de estádios. Sinceramente, o Brasil já fez, e tenho absoluta confiança de que fará, coisas muito maiores, muito mais difíceis, muito mais importantes do que a Copa do Mundo. Eu sei que a Copa do Mundo é muito importante, ela tem um grande significado para o Rio Grande do Sul, para as 12 capitais, para os 12 estados e para o Brasil, mas é preciso dizer e assinar que o Brasil e o Rio Grande do Sul já fizeram coisas muito mais importantes e mais difíceis. Nós vamos fazer e cumprir essa grande tarefa de sediar a Copa, e não creio que enfrentaremos dificuldades maiores para realizá-la. É apenas trabalho, e muito trabalho. Agora, quem pensar que vai fazer uma Copa do Mundo e uma Olimpíada sem trabalho, aí é melhor desistir. É muito trabalho, mas não tem mistério, não tem segredo e não tem sacrifício que se compare ao que já foi feito pelos nossos antepassados para nos entregar o país, as capitais e os estados que nós temos hoje. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. Estamos, hoje, com o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Lembrando que este programa tem o sinal no satélite, no mesmo canal da Voz do Brasil. Ministro, vamos, agora, a Anápolis, aqui pertinho, em Goiás, conversar com a Rádio São Francisco 670 AM. Nilton Pereira, bom dia. REPÓRTER NILTON PEREIRA (Rádio São Francisco / Anápolis - GO): Bom dia para você também. Bom dia, Ministro. Prazer falar com o senhor. A pergunta que eu queria colocar, Ministro, é claro que, além da competição em si, dos jogos da Copa do Mundo, eu queria saber que impacto a Copa vai provocar na economia nacional como um todo, no sentido globalizado. O que vai significar, para o Brasil, a realização desse evento no aspecto econômico, Ministro? MINISTRO ALDO REBELO: Bom dia, Nilton. Bom dia aos queridos ouvintes de Goiás e da nossa progressista Anápolis. A Copa do Mundo já gerou, já está, efetivamente, criando, no Brasil, um ambiente favorável ao seu desenvolvimento econômico, turístico, científico, tecnológico. São milhares de empregos, não apenas nos estádios que estão sendo construídos, milhares de empregos nas cidades que podem acolher a pré-temporada das seleções, milhares de empregos de engenheiros, estágios para estudantes de engenharia nas obras de infraestrutura urbana que estão sendo construídas em todo o Brasil. A Copa do Mundo gerará em torno de 300 mil empregos temporários, mais de 300 mil empregos permanentes e acrescentará ao crescimento da economia brasileira um percentual médio de 0,4% até o ano de 2019. Essa é a nossa previsão. E gerou, em todos os países que acolheram a Copa, os mesmos efeitos positivos que já está gerando no Brasil, a Copa do Mundo. Nós estamos sendo acompanhados pelo mundo inteiro. O mundo inteiro acompanha a Copa: 3,5 bilhões a quatro bilhões de telespectadores, durante o mês da Copa do Mundo, estarão ligados diretamente no Brasil; centenas de milhares de turistas fotografando, filmando, transmitindo imagens das nossas capitais e do nosso país para os seus familiares, para os amigos em todo o mundo. A nossa engenharia submetida à prova de construir os estádios mais modernos do planeta, não apenas em construção civil, em sustentabilidade ambiental, em funcionalidade comercial. O estádio de Fortaleza já sedia três secretarias de estado, quando ainda não tinha nem a sua metade construída. Então a ciência, a saúde pública, a Sociedade Brasileira de Cardiologia faz um acordo com o Ministério do Esporte para difundir a prática de atividade física preventiva para a população. Então, eu acho que nós, em todas as esferas, temos grandes vantagens em realizar a Copa do Mundo, e é por essa razão que é o evento mais disputado do planeta. O presidente dos Estados Unidos deseja a Copa do Mundo, o governo chinês quer a Copa do Mundo, os países árabes querem a Copa do Mundo, e o Brasil, que é o único país que participou de todas as Copas do Mundo, o único país que ganhou cinco vezes a Copa do Mundo, e ganhará a sexta, em breve, o Brasil, que ofereceu os maiores astros a esse esporte universal, vai, com muito orgulho, com muita honra e com muita responsabilidade, acolher esse grande evento do nosso planeta Terra. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Nilton Pereira, da Rádio São Francisco, de Anápolis, você tem outra pergunta? REPÓRTER NILTON PEREIRA (Rádio São Francisco / Anápolis - GO): Só mais uma participação, se você me permite. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Com certeza. REPÓRTER NILTON PEREIRA (Rádio São Francisco / Anápolis - GO): Eu queria saber do Ministro se esses percalços que surgiram, alguns problemas com um retardamento nas obras, se isto pode definir ou pode ensejar uma modificação na planilha, no projeto, na estratégica de governo para a preparação, principalmente dos estádios, Ministro? MINISTRO ALDO REBELO: Nilton, nós sabemos que, no nosso país, que nós amamos, respeitamos e queremos muito, porque é um país de muitas virtudes, nós também temos os nossos problemas civilizatórios. Um deles é o do atraso. A gente atrasa até para sair de casa para o cinema, para o restaurante, é correndo que o menino vai para a aula, está certo? Fica esperando um se aprontando, que não terminou. Então, isso é uma coisa da nossa cultura, mas tudo funciona. Se você comparecer a um galpão preparatório de uma escola de samba no Rio de Janeiro, em São Paulo, você aposta que não vai ter desfile nenhum, mas, quando é no dia do desfile, a escola está lá, bonita, pontual, organizada. Então, essa é uma característica do nosso povo e da nossa civilização. Até reunião ministerial também atrasa no Brasil. A única coisa que não atrasa no Brasil, sabe o que é? Partida de futebol. Na hora exata, está lá o juiz, os 11 jogadores de um lado, os 11 jogadores do outro, não atrasa um minuto. O juiz apita, começa tudo. Então, como é um torneio de futebol, eu acho que o atraso será muito menor, que nós entregaremos as obras essenciais, que são as obras dos estádios, as de mobilidade urbana e um ou outro atraso não vai comprometer a Copa, porque, agora mesmo, Recife recebeu 750 mil turistas. Eu não vi, na televisão, se queixando. Deve ter tido problema de hospedagem, deve ter tido problema de transporte, deve ter faltado o táxi, o metrô, o ônibus, mas todos foram ao Carnaval de Recife e Olinda. Em número, só em uma cidade, maior do que todos os turistas estrangeiros que virão para a Copa do Mundo. Então, eu acho que nós... Claro, se dissermos: “Não, não vamos ter problema nenhum”, nós estaremos faltando com a verdade. Um pequeno problema ou outro, teremos, mas, no essencial, cumpriremos a tarefa de realizar a Copa do Mundo. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. Eu sou Kátia Sartório, e estamos, hoje, com o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Ele conversa com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Ministro, vamos, agora, a Várzea Grande, em Mato Grosso, conversar com a Rádio Alternativa FM, de Várzea Grande. Davi de Paula, bom dia. REPÓRTER DAVI DE PAULA (Rádio Alternativa FM / Várzea Grande - MT): Bom dia, Kátia Sartório, e bom dia, Ministro Aldo Rebelo. Receba aí, viu, Ministro, o abraço da nossa população da Grande Cuiabá. MINISTRO ALDO REBELO: Obrigado. Um bom dia. REPÓRTER DAVI DE PAULA (Rádio Alternativa FM / Várzea Grande - MT): O senhor esteve, recentemente, aqui em Cuiabá, e, é claro, acompanhou de perto os andamentos das obras da Arena Pantanal. O senhor, inclusive, conversou com o governador Silval Barbosa, e aí fica aquela pergunta, né: qual é a avaliação que o senhor faz do andamento das obras da Arena Pantanal? Estamos dentro do prazo? Como o senhor avalia? Bom dia. MINISTRO ALDO REBELO: Bom dia. Bom dia, Várzea Grande. Bom dia ao Mato Grosso. Bom dia a Cuiabá. Bom dia, Davi. A minha avaliação é de que nós entregaremos a obra dentro do prazo que foi determinado. O governador Silval, a prefeitura de Cuiabá e o governo federal têm trabalhado em sintonia. Quando há um problema, nós nos falamos por telefone. O governo federal presta todo o apoio de que dispõe ao governo do Mato Grosso. E nós temos... A semana... O mês passado, quando eu fui, a última vez, a Cuiabá, Davi, eu fiquei hospedado em um hotel que eu nunca tinha frequentado em Cuiabá. Perguntei: “Mas esse hotel é de quando?”. Era um hotel inaugurado há 15 dias ou há um mês, um hotel de padrão internacional. Há investimentos em Cuiabá, não apenas em infraestrutura urbana, não apenas no estádio. Há investimentos também em hotelaria. Setores do comércio e da construção de hotéis em São Paulo dizem que Cuiabá é um destino importante para depois da Copa, de turismo, um destino para convenções, para congressos, feiras, eventos. E acho que Cuiabá já se beneficia do fato de sediar a Copa do Mundo e terá as obras essenciais concluídas para a realização do evento. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Você tem outra pergunta, Davi de Paula? REPÓRTER DAVI DE PAULA (Rádio Alternativa FM / Várzea Grande - MT): Inclusive, agora, recentemente, o governo publicou o edital das obras de mobilidade urbana, inclusive já está ocorrendo, é claro, as mudanças no horário de expediente em alguns órgãos, até em virtude de que vai haver, inclusive, rotas alternativas, não é? Quer dizer, serão as obras de mobilidade urbana. E aí, também, uma outra pergunta: quais os pontos que estão dificultando o andamento das obras nos estados? É a burocracia na liberação dos recursos ou é mesmo a questão de gestão, Ministro? MINISTRO ALDO REBELO: Há vários atritos, ou seja, há um coeficiente de atrito distribuído por fatores diversos. Às vezes, atrasa o recurso, porque o contrato para a liberação exige o cumprimento de determinadas cláusulas, documentos, garantias, que nem sempre são arranjados no tempo exato. Há a liberação dos órgãos e o licenciamento das obras pelo patrimônio histórico, por exemplo, pelos órgãos ambientais. Os órgãos ambientais se distribuem pelo município, que precisa licenciar, o estado que precisa licenciar, e, às vezes, também, o órgão ambiental da União, do governo federal, também precisa fazer o licenciamento das obras. E nem sempre a burocracia desses órgãos e nem sempre a boa vontade acompanha a determinação de cumprir os prazos. Há o Ministério Público, também, que nem sempre compreende que é preciso combinar a razão da preservação com a razão do desenvolvimento, do crescimento do país, que o crescimento também é um fator importante de democratização, de melhoria da qualidade de vida. Nem sempre as limitações e o conhecimento dos promotores alcançam essa dupla função das obras que são feitas pelo país. Então, isso tudo, às vezes, gera um atraso pequeno, mas nada disso, até hoje, impediu que as obras fossem feitas no Brasil. Então, elas sempre são realizadas, e o que acontece é que, às vezes, há um pequeno atraso. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro Aldo Rebelo, vamos, agora, a Vitória, no Espírito Santo, conversar com a Rádio Redesim Sat. José Roberto, bom dia. REPÓRTER JOSÉ ROBERTO (Rádio Redesim Sat / Vitória - ES): Bom dia, Kátia. Bom dia, Ministro Aldo Rebelo. Ministro, muita conversa acontece sobre as obras, muita conversa sobre Fifa, inspeção, muita conversa sobre Comitê Organizador. Se acontecer alguma coisa que comprometa a Copa, o que acontecerá com o Brasil perante a Fifa? Enfim, a Copa corre perigo ou não no Brasil? MINISTRO ALDO REBELO: Eu não levo em conta essa hipótese. Não trabalho, portanto, com a hipótese da Copa do Mundo correr qualquer tipo de risco no Brasil. Não há esse ambiente, esse estado de espírito. A última vez que estive em Vitória, com o governador Casagrande, com o prefeito de Vitória, prefeitos das cidades vizinhas, de Vila Velha, entre outras, o que eu vi foi um empenho muito grande na construção do estádio, a valorização dos equipamentos de esporte de alto rendimento no Espírito Santo e, mesmo sem ser sede da Copa do Mundo e sem ser sede das Olimpíadas, eu vi o estado plenamente sintonizado com o espírito olímpico e com o espírito da Copa do Mundo e um grande entusiasmo. O Espírito Santo sediará, aliás, um seminário sobre a Copa do Mundo, por esses dias. Recebi um convite pessoal do governador Casagrande. Portanto, eu acho que não podemos trabalhar com uma hipótese tão fantasiosa, tão improvável e tão inverossímil como essa do Brasil ter algum problema que inviabilize a Copa do Mundo entre nós. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Este é o Programa Bom Dia, Ministro. O nosso convidado de hoje, o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Vamos, agora, conversar com a Rádio CBN, aqui de Brasília. Nara Lacerda, bom dia. REPÓRTER NARA LACERDA (Rádio CBN/Brasília / Brasília - DF): Bom dia. Bom dia, Ministro. Bom dia a todos. Ministro, ontem, o governo, mais uma vez, não conseguiu levar à votação a Lei Geral da Copa lá no Congresso Nacional, por causa da crise entre o Palácio do Planalto e a base aliada no Congresso. O senhor já esteve no Congresso Nacional antes de ocupar o Ministério. Como o governo pretende levar a negociação com os pares do senhor, anteriormente, lá no Congresso Nacional? Porque a votação da Lei Geral da Copa é um assunto urgente para a boa realização do Mundial aqui no Brasil e, até mesmo, para os preparativos. Como fica essa questão, Ministro, depois da derrota de ontem lá no Congresso? MINISTRO ALDO REBELO: Olha, no Congresso, ninguém escapou de derrota até hoje, nem o governo militar. O que o governo militar fazia era fechar o Congresso, o que também não é solução para nada. Então, o Congresso é uma instituição do Estado Brasileiro, da democracia. E o Congresso, às vezes, toma decisão ou decisões que contrariam o governo. Isso aconteceu no governo do presidente Lula, do Fernando Henrique, do Geisel, do Itamar Franco, do Collor. Ah, o Collor, coitado. Isso aí foi a situação mais extrema: o Congresso tirou o mandato do presidente. Então, isso é uma coisa previsível na relação entre as instituições do Brasil. Então, o governo tem que negociar, encontrar um caminho, votar e resolver a questão dessa forma. Mas eu gostaria, como a pergunta é de Brasília, de cumprimentar o Distrito Federal, de cumprimentar Brasília, pelo estádio que está construindo. Daria orgulho ao presidente Juscelino, ao patriarca da Independência, José Bonifácio, que primeiro sonhou em transferir a capital para essa região do Brasil, ao presidente Floriano Peixoto, que mandou a primeira missão, a Missão Cruls, para localizar a construção de Brasília. É claro que se dependesse dos pessimistas nem o José Bonifácio tinha pensado em fazer Brasília nem a Missão Cruls tinha chegado por aqui, nem o Juscelino tinha desembarcado e, muito menos, o estádio teria sido feito. Mas Brasília também constrói um belo estádio e sediará, creio que com muito sucesso, a Copa do Mundo de 2014. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Ministro, vamos, agora, a Teresina, no Piauí, conversar com a Rádio Pioneira AM. Gil Costa, bom dia. REPÓRTER GIL COSTA (Rádio Pioneira AM / Teresina - PI): Bom dia. Bom dia, Ministro. É um prazer em participar desse debate com o senhor. Ministro, é o seguinte: primeiro, parabéns pelo trabalho que o senhor vem realizando para que as coisas deem certo nessa Copa do Mundo que vai ser sediada no nosso país. Ministro, eu quero fazer duas perguntas ao senhor, se o senhor me permite. A primeira seria saber do senhor se o senhor tem conhecimento sobre a construção de um estádio, alguns que foram feitos pelo ex-Ministro, na cidade de Parnaíba, no litoral piauiense. Eu estou na capital, nós estamos a quase 300 quilômetros do nosso litoral, aqui no Piauí. Então, a cidade de Parnaíba, apesar de não ser subsede da Copa do Mundo, mas poderia ser um ponto de apoio turístico para aqueles turistas que irão para a cidade de Fortaleza. Nós temos, aqui, um entroncamento muito interessante, que compreende Jericoacoara, os Lençóis Maranhenses e o Delta do Parnaíba, como cidades históricas que poderiam ser visitadas por esses turistas. Esse estádio foi provocado no Ministério dos Esportes através do deputado Osmar Júnior, que é do PCdoB, quando Orlando Silva ainda era Ministro. E nós estamos a esperar isso, porque a cidade de Parnaíba poderia receber esses turistas, apesar de não ser subsede. Seria um grande desenvolvimento, também, para o nosso litoral. Eu pergunto ao senhor: o senhor tem conhecimento desse projeto? E o que tem, de concreto, com relação a isso? MINISTRO ALDO REBELO: Bom dia, Gil. Bom dia aos ouvintes de Teresina e do glorioso estado do Piauí. Nós temos investimentos e projetos para incorporar o Piauí à preparação dos Jogos Olímpicos de 2016. Nenhum estado brasileiro, nenhum, ficará fora dos benefícios gerados pela realização das Olimpíadas no Brasil. As Olimpíadas serão, fisicamente, no Rio de Janeiro, mas a preparação das Olimpíadas e os efeitos positivos da presença dos Jogos Olímpicos no Brasil, o governo federal assegura que distribuirá por todos os estados, por todos os 26 estados e pelo Distrito Federal. E o Piauí dispõe e disporá de investimentos necessários para cumprir, também, o seu papel, não apenas na preparação dos jogos, mas como destino turístico, não apenas o litoral, destino de turismo histórico, de Campo Maior, da Batalha do Jenipapo e de outros episódios da história do Brasil que o Piauí acolheu com heroísmo. Então... Aliás, tenho uma visita marcada para o Piauí dentro desse cronograma de levar para o estado, também, investimentos da área do esporte. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Que pena, Ministro Aldo, acabou o tempo. O nosso programa está terminando, e eu gostaria de convidá-lo, mais uma vez, a participar conosco do Bom Dia, Ministro. Obrigada pela sua participação hoje. MINISTRO ALDO REBELO: Um abraço, Kátia. Muito obrigado pela sua paciência e pela paciência dos ouvintes. E um bom dia também. APRESENTADORA KÁTIA SARTÓRIO: Obrigado, Ministro Aldo Rebelo, do Esporte, que foi o nosso convidado de hoje no programa. E a todos que participaram conosco dessa rede, o meu muito obrigada e até a próxima edição.