25/08/10 Política Nacional de Segurança Alimentar entra em vigor nesta quarta
25/08/10 Política Nacional de Segurança Alimentar entra em vigor nesta quarta
Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional será instituída por meio de Decreto que será assinado hoje pelo presidente Lula durante a 18ª. Reunião Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nesta quarta-feira. O assunto foi um dos temas do programa Bom dia, Ministro, nesta quarta-feira. Em entrevista para âncoras de emissoras de rádio de todo o país, a ministra do Desenvolvimento Social Márcia Lopes também destacou que 77% das familias que recebem Bolsa Família, já estão trabalhando. Márcia Lopes lembrou também que as famílias tem até o dia 31 de outubro para atualização dos dados do Bolsa Família.
25-08-10-bom-dia-ministro-marcia-lopes-des-soc-e-combate-a-fome.mp3
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Publicado em 12/12/2016 18:20
APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Olá, você, em todo o Brasil, eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais uma edição do programa Bom Dia, Ministro. O programa tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Hoje no programa a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes. Bom-dia Ministra seja bem-vinda. MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia, Luciano prazer. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: No programa de hoje a Ministra vai falar sobre a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que será instituída por meio de decreto, que será assinado hoje pelo Presidente Lula, durante a 18ª Reunião Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o CONSEA. A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional define a forma de gestão, financiamento, avaliação e controle social, com o objetivo de assegurar o direito à alimentação adequada e saudável, conforme previsto na Constituição Federal e também na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional. A política integrará programas de diversos setores garantindo o acesso a alimentos, a água, respeitando os aspectos regionais, étnicos e culturais, priorizando as populações em situação de insegurança alimentar e nutricional e envolvendo os governos federal, estaduais e municípios e também organizações de sociedade civil. A Ministra Márcia Lopes começa agora a conversar ao vivo com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. E a gente começa com a Rádio Tupi AM, do Rio de Janeiro, Ana Rodrigues, bom-dia Ana. REPÓRTER ANA RODRIGUES (Rádio Tupi / Rio de Janeiro - RJ): Bom-dia, Luciano, bom-dia amigos do programa Bom Dia, Ministro, bom-dia Ministra Márcia Lopes. Nós gostaríamos de destacar principalmente na importância desse decreto como o ministério e o governo vão integrar as ações juntamente com os governos estaduais e municipais nessa responsabilidade de garantir a alimentação de qualidade à população? MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia, Ana. Bom-dia, aos ouvintes de Rádio Tupi do Rio de Janeiro e de todo o Brasil. Bem, na verdade esta ação ela vem de decisão do Presidente Lula, que todos se lembram quando ele assumiu o governo ele coloca o Fome Zero como uma convicção sua de que era necessário urgente e possível enfrentar a questão da fome no Brasil. E assim, desde 2003 nós estamos empenhados, todos do Governo Federal, todos os ministérios e não só, mas também os governos estaduais e municípios. Todas as vezes que Presidente Lula recebe os prefeitos em Brasília, todas as vezes que nós vamos aos estados, conversamos com os governadores, nós tratamos dessa questão. Quer dizer, a questão de alimentação ela é um direito fundamental inalienável de cada cidadão brasileiro. Tanto é que nós conseguimos depois de alguns anos inserir no art. 6º de Constituição, através de uma projeto de emenda constitucional, alimentação como direito fundamental. E por isso, este decreto ele estabelece essa relação com os estados, e municípios. Uma relação de corresponsabilidade, seja na realização das conferências, seja na organização da rede de serviços, na área da segurança alimentar nutricional também na participação do financiamento, das ações, para fazer chegar a toda a população brasileira esta política que trata da produção dos alimentos, do abastecimento, do acesso, da qualidade, da educação alimentar em todo o Brasil. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Alguma outra pergunta, Ana? REPÓRTER ANA RODRIGUES (Rádio Tupi / Rio de Janeiro - RJ): É justamente, se esse decreto ele é um aperfeiçoamento ou é uma segunda etapa do programa Fome Zero? MINISTRA MÁRCIA LOPES: Na verdade, ele já é o avanço mesmo daquilo que nós inicialmente chamamos como Fome Zero. O Fome Zero ele se constituiu numa estratégia de integração de todas as ações que dizem respeito à alimentação. Quer dizer, imediatamente o presidente aumentou o valor de alimentação escolar, nós ampliamos todas as metas da construção das cisternas, porque água também é garantia, é segurança alimentar e nutricional, hoje mais de 400 mil cisternas construídas no semi-árido, é a questão dos restaurantes populares, o fortalecimento da agricultura familiar a vigilância nutricional. Então, cada ministério ele realiza uma parte do Fome Zero e agora esta lei que institui, que instituiu em 2006 a Política de Segurança Alimentar e Nutricional ela exige o aperfeiçoamento, o aprimoramento, e de fato a organização da segurança alimentar em todos os municípios e isso significa o que Fome Zero deu certo, e que é uma realidade hoje no Brasil. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Este é o programa Bom Dia, Ministro, hoje com a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes e que conversa ao vivo com âncoras de rádio de todo o país. A participação agora de André Barros, da Rádio FM Sergipe, em Aracaju Sergipe. Bom-dia André. REPÓRTER ANDRÉ BARROS (Rádio FM Sergipe / Aracaju - SE): Bom-dia. Bom-dia Ministra Márcia Lopes, prazer mais uma vez participar do programa. Ministra, nós estamos no Nordeste e o Nordeste brasileiro sem dúvida alguma precisa ser visto ainda de forma diferenciada pelos governos. Eu pergunto: Essa nova Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional tem alguma programação específica para os estados, para a região, no caso em Sergipe o que está previsto pra gente aqui, para minimizar esses problemas da fome? MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia André. Bom-dia aos ouvintes de Rádio Sergipe, de todo o Brasil. Bem, André você sabe que desde o início do governo também o Presidente Lula é conhecedor da realidade do Nordeste do Brasil, do Norte, é muito decidido a enfrentar a questão da fome, e da pobreza, vivida por esta população particularmente, decidiu investir muito em termos de recursos financeiros. Então, desde 2003 esses recursos vêm aumentando, o nosso ministério, por exemplo, que executava um orçamento de seis bilhões para todo o Brasil hoje executa 40 bilhões e mais de 50% desse recurso chega às regiões Nordeste e Norte do Brasil. E agora, cada vez que nós tomamos uma decisão de organizar um sistema nacional como é este de segurança alimentar e nutricional nós estamos ampliando as ações, na área de alimentação, por exemplo, na área de produção, hoje nós compramos 800 mil litros de leite do semi-árido brasileiro, desta região, que compõe aí 10 estados e particularmente o Nordeste é muito presente nisso, nós estamos ampliando a implantação, a construção das cisternas que faz chegar água às comunidades, nós estamos expandindo a rede de assistência social com implantação, com a expansão dos Centros de Referência da Assistência Social dos CRAS, dos centros especializados dos CREAS, que têm assistentes sociais, psicólogos, para atender às famílias, o Bolsa Família ele está ainda expandindo de acordo com a necessidade, e com o critério de seleção das famílias, então, esses recursos, já estão chegando no Nordeste e a cada ano nós estamos expandindo. E agora, com a área de segurança alimentar sendo organizada mais ainda, os governos estaduais e os governos municipais têm essa responsabilidade, de melhorar cada dia mais as condições e a qualidade da vida da população, na educação alimentar, na implantação de programas, que contribuam para a produção dos alimentos, para o barateamento dos alimentos, quanto mais nós produzirmos e envolvemos a comunidade nisso, e aí os pequenos agricultores têm um papel fundamental, a valorização da agricultura familiar, nós teremos sem dúvida a melhoria da qualidade de vida, com a participação da sociedade, de todas as prefeituras envolvidas. Isso é fundamental para que a gente continue melhorando os nossos indicadores. Mais de 30 milhões de brasileiros já saíram da condição de pobreza, e o Nordeste e o Norte do Brasil são expressões muito importantes disso. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Alguma outra pergunta, André? REPÓRTER ANDRÉ BARROS (Rádio FM Sergipe / Aracaju - SE): Eu gostaria de saber de Ministra Márcia Lopes, o Bolsa Família, ministra, é um programa de sucesso. Aqui no Nordeste, por exemplo, não fosse o Bolsa Família a situação seria muito mais complicada para esses trabalhadores que precisam realmente dessa ajuda desse incentivo à vida digamos assim, do Governo Federal. A previsão para o próximo ano é de aumentar o Bolsa Família, manter essa média de investimento, ou redução, como que a senhora está analisando esse atual momento? MINISTRA MÁRCIA LOPES: Olha, da parte do Presidente Lula jamais no Brasil as coisas serão reduzidas, ao contrário, nós devemos sempre pensar na ampliação para alcançarmos a universalização dos direitos da população brasileira. Nós começamos, antes de 2003, o programas de transferência de renda chegaram no máximo a 5 milhões de famílias, mas o IBGE já dizia, já afirmava que tinha no Brasil, que havia no Brasil 11 milhões e 100 mil famílias em situação de pobreza, portanto, assim o que programa começou, nós iniciamos o processo de inclusão das família no cadastro único, nós melhorarmos muito o cadastro único, que não era unificado, e aí começamos a identificar às famílias. Hoje chegamos a 12 milhões e 600 mil famílias, até dezembro concluiremos mais 100 mil, até janeiro chegaremos a 12 milhões e 900 mil famílias porque essa é a estimativa o que IBGE fazem relação ao número de população. Aí em Sergipe nós temos 226 mil 673 famílias, em Aracaju, 32.753. E de acordo com as novas estimativas, da população, nós teremos um Censo agora, então, nós entendemos que com o resultado do Censo nós vamos avaliar o perfil das famílias, as condições de renda, e aí dar ao programa o tamanho que ele tem que ter para de fato chegar a todas as famílias, esta é uma orientação clara do presidente, e da própria sociedade brasileira. Os governadores, os prefeitos, as prefeitas já não admitem mais que as famílias não estejam no programa Bolsa Família, porque não é só a renda, e nós sabemos disso, é a garantia da permanência das crianças na escola, é a garantia da atenção à saúde, do cuidado com a vacinação, com a gestante com as Mães Nutrizes, é a inclusão dessas famílias em projetos de inclusão produtiva. Então, é um conjunto de ações que nós temos em todo o Brasil que está mudando de fato a realidade, a qualidade de vida dessas famílias. Então nós, sempre que necessário, nós vamos ampliar e isso obviamente depende também da posição e da determinação dos governantes, da visão política, do compromisso, que os governantes tenham. E felizmente nós temos um presidente muito determinado, preocupado, e absolutamente comprometido com a justiça, e com a distribuição de renda no nosso país. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Estamos entrevistando a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes, a nossa convidada de hoje no nosso programa Bom Dia, Ministro transmitido EBC Serviços no mesmo canal da Voz do Brasil. E agora a participação da Rádio Capital AM de São Paulo capital, com Cid Barbosa bom-dia Cid. REPÓRTER CID BARBOZA (Rádio Capital AM / São Paulo - SP): Muito bom-dia. Bom-dia a Ministra Márcia Lopes. Ministra a senhora entende que o programa Bolsa Família ele vai expandir, ele vai alcançar mais famílias?. Na visão das pessoas, não fica a impressão de que o programa na verdade ele deveria ir encolhendo à medida em que fosse alcançado o sucesso, a que ele se propõe, no sentido de inclusão social no sentido de atenção à saúde, inclusive até na questão da escolaridade das crianças e dos jovens. MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia Cid bom-dia ouvintes da Rádio Capital e de todo o Brasil. Cid, na verdade, o Bolsa Família, ele se constitui num serviço público como tantos outros serviços públicos no Brasil. Quer dizer, o país demorou muito para entender que sem a inclusão das famílias, sem o acesso das famílias as suas necessidades fundamentais como é a alimentação, como é o cuidado dos pais com as crianças, para garantir que elas possam para ir para a escola, que elas tenham roupas adequadas que elas tenham calçado, material escolar. Situações que embora parecem óbvias nós sabemos que no Brasil isso não acontecia, quer dizer demorou muito tempo para o Estado entender que é da responsabilidade dele prover ações condições de vida mínima aos cidadãos brasileiros, já que durante muitos anos nós não tivemos crescimento no Brasil, nós não tivemos expansão do emprego , do trabalho, nós não tivemos a valorização que deveria ter, não é? Aos trabalhadores da área rural para que tivessem a produção, o incentivo para permanecer na terra. Então, o Bolsa Família ele é essa transferência de renda, necessária, no tempo que for, no sentido de que as famílias possam de fato ter as suas condições de vida garantidas. Nós podemos nos lembrar que lá em 2002 o Presidente Lula falava que elevaria o salário mínimo para 100 dólares, à época era em torno de 42 dólares, e nós ficávamos admirados porque nós não entendíamos ainda como chegaria a 100 dólares e hoje está mais de 230 dólares e é uma condição, tem sido fundamental a elevação do salário mínimo, a elevação do emprego no Brasil, foram criados, serão criados até dezembro 14 milhões de empregos a mais, nós saímos de 28 milhões, vamos chegar a 42 milhões de empregos formais no Brasil. E as famílias do Bolsa Família também trabalham, 77% das famílias estão em alguma atividade, formal, com carteira assinada, ou informal, e nós já, já saíram do programa 4 milhões e 800 mil famílias, ou porque melhoraram a renda, ou porque mudaram de cidade e foram incluídas em outras atividades que também alteraram a sua renda, ou famílias cujo os filhos cresceram e aí a família saiu do programa, por várias razões, e cada vez o que IBGE nós aponta uma estimativa da população nós temos a obrigação de incluir novas famílias. Sem dúvida esse é um processo dinâmico, eu conheci esses dias no Baixo Sul da Bahia algumas cooperativas em que as famílias estavam devolvendo o cartão porque a renda melhorou e criou uma estabilidade, porque nem sempre a família, às vezes ela tem um trabalho, melhora a renda dela, mas às vezes é um trabalho temporário, então ela não pode também ficar nessa instabilidade de ter a renda um mês, outro mês não. Então, ela tem o direito de permanecer no programa por dois anos fazemos a atualização cadastral estamos fazendo agora, inclusive, em São Paulo 145.694 famílias precisam fazer essa atualização cadastral por enquanto só 38.700 fizeram, temos até 31 de outubro para isso, exatamente para que a gente possa monitorar o programa, e verificando as condições de vida das famílias e a suas necessidades de permanência ou não, no programa. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Alguma outra pergunta Cid? REPÓRTER CID BARBOZA (Rádio Capital AM / São Paulo - SP): Em relação a esta questão do dólar e o salário ministra, é consenso praticamente de que na verdade existe aí um problema de sobrevalorização do real em relação ao dólar. Isso não coloca aí também uma certa distorção nesse crescimento do salário mínimo em relação ao dólar? MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bem, na verdade nós temos não só um contexto obviamente nacional, internacional, mas a verdade é que nós temos um crescimento da economia real, reconhecido, nós temos tido esse crescimento, e nós temos tido uma estabilização, na economia brasileira, nós temos buscado, o Presidente Lula, todos os especialistas na área, entendem isso, que hoje há de fato uma estabilidade muito maior, nós conhecíamos todos os indicadores de Risco Brasil, de todas as ameaças o que Brasil vivia em relação a qualquer crise, qualquer decisão do Brasil. E hoje não, então, nós entendemos que seja o salário mínimo, seja ampliação de empregos, seja, a dinâmicas da economia no seu sentido amplo de maior envolvimento, maior distribuição de renda, quer dizer é isso que tem determinado que inclusive, a média, nós tivemos um aumento de média, de rendimento de toda a população brasileira. E isso obviamente tem interferido nesse processo de desenvolvimentos e das próprias condições do Brasil em enfrentar seus dilemas é claro que nós temos muito desafios pela frente, é por isso, temos que estar sempre vigilantes em todos os processos de implementação das políticas públicas, de articulação com o governos, com os municípios, com as realidades diferentes, as realidades brasileiras que são muito distintas não é, em serem tratadas de acordo com as suas demandas, com suas especificidades. Mas não há dúvida de que a nossa história, a nossa posição hoje e as projeções para o Brasil são bastante otimistas em todos os sentidos. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Você está ouvindo o programa Bom Dia, Ministro hoje recebendo a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes e a EBC Serviços disponibiliza o sinal dessa entrevista para todas as emissoras de rádio do país, via satélite, no mesmo canal da Voz do Brasil. O áudio da entrevista também é disponibilizado hoje ainda pela amanhã na página da Secretaria de Imprensa da Presidência da República na internet. O endereço é: www.imprensa.planalto.gov.br E agora a participação do Rio Grande do Norte, Rádio Difusora de Mossoró com a pergunta de Jota Nobre. Bom-dia Jota. REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora de Mossoró / Mossoró - RN): Bom-dia. Bom-dia Ministra Márcia Lopes, ministra nenhum programa de qualquer governo é unanimidade, não é totalmente, vamos dizer, unânime, sempre tem alguém que critica. É evidente que a senhora na qualidade de ministra tem observado e fazendo de repente uma autocrítica algumas falhas que podem ser corrigidas, eu pergunto: qual seria o ponto falho do programa? MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia, Jota. Bom-dia aos ouvintes da Rádio Difusora e de todo o Brasil. Bem, nós fazemos a gestão, coordenamos várias políticas do Governo Federal, particularmente a Política Nacional de Assistência Social, estamos implantando o Sistema Único de Assistência Social, exatamente para organizar essa rede socioassistencial em todo o Brasil, em todos os municípios brasileiros, a própria assistência social sempre foi uma área muito mal interpretada, como benemerência, como favor, enfim, assistencialismo. E o que nós estamos fazendo hoje com todos os nossos programas, é exatamente organizá-los para que os municípios façam planejamento, para que os municípios conheçam de perto a realidade das famílias, da área urbana, da área rural e assim também acontece com o programa Bolsa Família, que chega hoje para 12 milhões e 600 mil famílias, temos ainda um conjunto de famílias que não estão recebendo, beneficiárias, não são ainda beneficiárias do programa, ou porque não tiveram acesso ao próprio cadastro único, ou porque não foram identificadas pelos profissionais que atuam, que cuidam, que coordenam o programa. Você sabe que cada município tem uma coordenação do programa Bolsa Família, ele deve atualizar o cadastro deve acompanhar as famílias, através do Centro de Referência da Assistência Social, dos CRAS. E a outra política que nós coordenamos é a Política Nacional da Segurança Alimentar e Nutricional. E junto com o Governo, uma série de outras áreas da igualdade racial, da política para as mulheres, de outros programas na área de direitos humanos, que nós participamos também. Em relação especificamente ao programa Bolsa Família, um dos maiores desafios é fazer com que todos os municípios capacitem bem as suas equipes, tenha uma estrutura local para fazer as visitas domiciliares, para motivar as famílias a participar das atividades oferecidas no centro de referência, seja na área de inclusão produtiva, de mobilização, de orientação às famílias. Nós temos ainda um grande desafio, porque nós criamos no cadastro único, um campo específico para informar se há crianças no trabalho infantil ou não, em todos os municípios nós temos hoje recursos para atender todas as crianças que estejam porventura no trabalho infantil, no entanto, nós ainda não conseguimos chegar a todas essas crianças. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) indica que há ainda mais um milhão de crianças, um milhão e duzentos mil crianças no trabalho infantil, nós estamos fazendo um grande apelo aos municípios para que insiram no cadastro único a informação dessas crianças e, portanto este também é um dos desafios, além, das particularidades de cada município. Um programa funcionando num município com 10 milhões de habitantes tem os desafios, o programa que funciona num município, as vezes muito pequeno, uma comunidade ribeirinha, municípios que tem comunidade indígena, quilombola, também tem o desafio no sentido de envolver, chegar, de se aproximar dessas famílias para inseri-las em outras atividades, como eu disse, o programa Bolsa Família não visa só o repasse do recurso para a família, mas a inclusão dessa família em todos os programas necessários à melhoria da sua qualidade de vida. Por isso temos aí o desafio da gestão, é o maior desafio porque há vontade política, há recurso para isso, nós estamos convencidos de que programa Bolsa Família de fato mudou a realidades de milhões de famílias, até porque integra com uma série de outros programas, e temos o desafio mesmo da gestão, do acompanhamento das famílias, da isenção das famílias em outras atividades, da localização, as vezes de famílias que moram muito longe, do espaço urbano, e assim vamos cuidando disso, no cotidiano aqui do nosso trabalho, o contato com os prefeitos, têm sido intensificado, nós acreditamos que quanto mais organizada uma prefeitura, quanto mais a equipe estiver acompanhando esse trabalho, e também os governos estaduais, mais nós vamos aprimorar este trabalho, e o atendimento às famílias em todo o Brasil. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Alguma outra pergunta Jota Nobre? REPÓRTER JOTA NOBRE (Rádio Difusora de Mossoró / Mossoró - RN): Eu pergunto à Ministra nós estamos no ano de eleição, e é lógico que as atenções elas muitas vezes são desviadas, por exemplo, que tipo de fiscalização vocês estão planejando para evitar que algum município, que alguma prefeitura mude o foco do programa com o fim eleitoreiro. MINISTRA MÁRCIA LOPES: Olha Jota, como você mesmo disse, pode haver algumas situações, em algum município do Brasil, que não corresponda com as exigências do programa. Para isso nós temos, primeiro um 08007072003, que é um telefone que nós estamos abertos para todas as informações, denúncias, reclamações, críticas, observações, que qualquer brasileiro, brasileira possam fazer. Temos também uma cooperação-convênio com todos os Ministérios Públicos do país. Tive a oportunidade de me reunir uns dias atrás com todos os promotores de cada, de todos os estados do Brasil para renovar esta cooperação que temos. Então, o Ministério Público, de todos os estados, inclusive do Rio Grande do Norte, tem esse convênio conosco, no sentido de acompanhar as famílias, de fiscalizar, de fazer com que os conselhos funcionem, e que as famílias de fato atendam os critérios do programa. Temos também os conselhos, em cada município do país, tem uma instância de controle do Bolsa Família, no Portal Transparência da CGU, www.portaltransparencia.gov.br, nós temos lá relação de todas as famílias por estado e por municípios, então, há uma transparência nesse processo, e temos uma equipe no ministério de fiscalização que qualquer denúncia ou qualquer dúvida que se tenha, nós estamos à disposição para chegar até o município, e realizar esses contatos, identificar os problemas. Mas felizmente nós temos a cada dia melhorado muito, esse processo, até porque o Bolsa Família, hoje é um programa conhecido por praticamente todos os brasileiros, e nesse sentido, esse processo de cuidado, de zelo, ele está se aprimorando cada dia mais. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Você está ouvindo o programa “Bom Dia, Ministro”, que tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços. A NBR a TV do Governo Federal está transmitindo ao vivo esse programa e reapresenta a gravação desta entrevista, hoje à tarde em horários alternativos, no sábado pela amanhã e no domingo à tarde. Agora a participação de Mato Grosso, Rádio Clube Rondonópolis 930 AM, com Paulo Jorge, ao vivo. Bom-dia Paulo. REPÓRTER PAULO JORGE (Rádio Clube Rondonópolis 930 AM / Rondonópolis - MT): Muito bom-dia a todos vocês, bom-dia a Ministra Márcia Lopes. Estamos falando de Rondonópolis no estado de Mato Grosso, uma cidade de aproximadamente 180 mil habitantes. A minha pergunta é a seguinte Ministra Márcia Lopes. Nós temos um bom número de pessoas atendidas pelo Bolsa Família na cidade, mas há uma fila de espera muito grande, muitas pessoas estão na fila, preenchem os requisitos, mas não conseguem o benefício. A pergunta é em cima dessa questão. O porquê dessa demora, para estas pessoas também conseguirem esse benefício e como se dá a substituição dessas pessoas porque têm muitas delas que saem deste pré-requisito e continuam as vezes recebendo? MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia Paulo Jorge, bom-dia aos ouvintes da Rádio Clube de Rondonópolis, conheço sua cidade, tenho amigos, é um prazer falar com todos os ouvintes. Bem, Paulo, é o seguinte; o programa como eu estava já falando aqui com outros estados, ele tem uma coordenação local, o prefeito assina um termo de adesão ao programa, se responsabilizando pela gestão, pela boa gestão do programa, é de acordo com a estimativa, do IBGE, nós temos um cálculo para definir quantas famílias ganham até meio salário mínimo, uma coisa que é importante esclarecer, nós temos o cadastro único que estabelece um critério de até meio salário mínimo por pessoa da família, então, as vezes as pessoas confundem o fato delas estarem inscritas no cadastro único não necessariamente indicam que elas receberão o benefício do Bolsa Família, porque o cadastro único ele é um instrumento, é um banco de dados que faz uma fotografia do município, das famílias de cada município do Brasil que ganham até meio salário mínimo por pessoa da família. E ele serve para orientar as ações, os investimentos, o programa Minha Casa, Minha Vida, o programa de tarifa social de energia elétrica, o programa, vários programas na área de educação, eles se orientam pelo cadastro único. Então, hoje nós temos 20 milhões de pessoas no cadastro único do Brasil e podemos incluir tantas quantas estiverem nessa regra, nesse critério de receber, de ter como renda meio salário mínimo por pessoa da família. E desta base de dados é que são extraídos um cadastro de beneficiários do Bolsa Família, que aí o critério é outro, o critério é que cada um da família receba até 140 reais por pessoa da família. Nesse sentido é preciso verificar, eu tenho a informação aqui de que nós temos aí, em Rondonópolis, no Mato Grosso, são 188.234 famílias e em Rondonópolis 7.494 famílias. Nós precisaríamos verificar qual é o número de famílias, isso a Prefeitura tem, nós também temos no Ministério, eu não tenho esse dado aqui, mas eu posso verificar, se há ainda um percentual de famílias descobertas, que embora estejam no critério não estão no programa, nós verificamos isso e passamos depois essa informação. Mas o município sabe porque ele recebe, mensalmente, do Ministério essa informação. Nós temos aí no Mato Grosso 23 mil famílias que devem fazer atualização do cadastro então, aí também é muito importante que você anuncie isso na rádio, para que as famílias que receberam essa informação procurem a prefeitura, procurem a coordenação do programa, ou um CRAs, um Centro de Referência de assistência Social, para fazer a atualização cadastral, apenas 5.800 famílias dessas 23.000, fizeram a atualização do cadastro e nós temos até 31 de outubro para atualizar esse cadastro. Isso também é um forma de substituição das famílias através da atualização do cadastro. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Alguma outra pergunta Paulo? REPÓRTER PAULO JORGE (Rádio Clube Rondonópolis 930 AM / Rondonópolis - MT): Eu gostaria de fazer uma outra pergunta à ministra até em função de uma questão que me parece que não se repete em todo o país, mas aqui é uma particularidade que está acontecendo em todo o estado de Mato Grosso. É a decisão, ministra, do Tribunal Regional Eleitoral que proíbe contratação de profissionais na área de educação, nesse período, e nós estamos passando por um problema sério aqui no estado porque muitas pessoas com problema de saúde, licença prêmio, aposentadoria, caso de óbito, não estão mais podendo desenvolver suas funções e esta lei proíbe a contratação de pessoas. O que está acontecendo, na prática? Muitas crianças estão sendo dispensadas na escola e um dos critérios do Bolsa Família é a frequência na escola. As mães inclusive, hoje vamos ter uma manifestação aqui em Rondonópolis. Tivemos dias atrás uma manifestação grande dos profissionais de educação e não se consegue resolver de vez esse problema em função da lei eleitoral. Isso pode comprometer também o programa? Você tem também essa situação se repetindo em outros estados, ou seja, crianças do Bolsa Família indo para escola e sendo dispensadas por falta da profissionais na área da educação. MINISTRA MÁRCIA LOPES: Olha Paulo, eu não recebi nenhuma informação, é claro que eu vou até verificar com o Ministro Fernando Haddad, que é o Ministro de Educação, mas eu não tenho essa informação de que as crianças estão deixando de ir para a escola por falta de professores, em função até da não autorização da Lei Eleitoral. Na verdade, o que a Lei Eleitoral proíbe e a implantação, a criação de novos programas, mas jamais de manutenção dos programas e das políticas públicas. Isso fere o princípio de qualquer direito do cidadão. Imagina os médicos não trabalharem nas unidades básicas de saúde ou os professores nas escolas ou assistentes sociais no centro de referência, nos CRAS. Então, eu vou verificar, inclusive me comprometo a verificar essa situação, quer dizer nós não podemos conviver com isso, não só as crianças do Bolsa Família, todas as crianças têm o direito de frequentar, de ir a escola, as família têm o dever de mantê-las na escola e o estado, a prefeitura, o Governo estadual e federal o dever de garantir que os professores trabalhem nas condições necessárias para o aprendizado e o bom funcionamento das escolas. Eu de fato desconheço essa questão, aí no Mato Grosso, vou procurar informações até porque nós termos todo o todo interesse nesse processo de acompanhamento, e de permanência das crianças na escola. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Você está ouvindo o programa “Bom Dia, Ministro”, hoje com a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, conversando com âncoras de emissoras de rádio de todo o país. Agora vamos ao Ceará, Rádio Povo CBN, de Fortaleza. De lá fala Moacir Luís. Bom-dia Moacir. REPÓRTER MOACIR LUÍS (Rádio o Povo / CBN / Fortaleza - CE): Bom-dia Luciano, bom-dia Ministra Márcia Lopes. Ministra ainda em cima da atualização cadastral do Bolsa Família. Essa atualização dos dados deve ser feita a cada dois anos. O índice de atualização é muito baixa, além de notificação pelo Ministério, que tipo de ações podem ser realizadas para que incentivem as famílias a fazerem o recadastramento sem que perca o benefício. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Bom-dia Moacir, bom-dia aos ouvintes da Rádio Povo CBN de Fortaleza e de todo o Brasil. Bem, nós estamos investindo muito nessa divulgação, nessa orientação para que as famílias que receberem a informação de que devem fazer a atualização cadastral procurem de fato a prefeitura,a coordenação do programa Bolsa Família, ou quem é o responsável pela atualização do cadastro único no município. Nós temos, no caso este ano, no Brasil nós temos que fazer a atualização cadastral de 1 milhão e 100 mil famílias. Nós estamos a cada ano, nós vamos fazendo essa atualização que o cadastro deve ser atualizado a cada dois anos então, nós vamos ampliando até completar todo o cadastro e novamente reiniciar essa atualização do cadastro. Este ano nós temos que atualizar 1 milhão 100 mil famílias, no caso de Ceará são 71.839 famílias, e até agora temos 19 mil 446. Então, nós fazemos o um apelo, o prazo é até 31 de outubro. Então há uma tendência de que as pessoas acabem indo no último mês, não é? Mas, nós de fato estamos mobilizando, temos uma equipe indo aos estados, estamos conversando com os governadores, com os secretários de estado, com o prefeitos, com os secretários municipais, mobilizando pela imprensa também, para que as famílias, o quanto antes, procurem a prefeitura, procurem a coordenação do cadastro único e façam essa atualização. Ninguém, não deve haver medo, receio nenhum de família. A atualização do cadastro é exatamente para acompanhar a participação da família no programa. As suas condições de vida, a sua renda, atualizar seu endereço, atualizar a questão de escolaridade dos filhos, orientar as famílias, inclusive em relação a sua participação em programas de qualificação, de inclusão produtiva. E nós fazemos não só este apelo, mas solicitamos essa mobilização dos órgãos de imprensa, e de todos os locais. As escolas, as unidades básicas de saúde, as igrejas, os sindicatos, todos aqueles, que puderem contribuir nessa informação. Mas cada família está recebendo essa notificação. Se até 31 de outubro a família não fizer essa atualização do cadastro em seguida ela terá o seu benefício bloqueado e não é isso que nós desejamos, nós queremos que as famílias atualizem o cadastro para que a gente possa de fato continuar acompanhando e aprimorando o programa. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: E do Ceará, vamos à Bahia, participação da Rádio Educadora 107,5 FM de Salvador, com a pergunta de Sueli Diniz. Bom-dia Sueli. REPÓRTER SUELI DINIZ (Rádio Educadora 107,5 FM / Salvador – BA): Bom-dia Sra. Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes. É um prazer para a Rádio Educadora da Bahia FM estar participando desse programa com vocês. E a nossa pergunta inicial é que nós queríamos saber que, como por uma questão cultural nós observamos aqui em nosso estado que uma parcela dos participantes do cadastro do Bolsa Família se acomodam com a garantia da renda e até aumentam pela natalidade o número de integrantes. Como a senhora ministra, nós podemos garantir o acesso à Bolsa Família de forma que as pessoas se conscientizem de que esse programa pode englobar também novos projetos como a capacitação profissional e o desenvolvimento de suas habilidades em vez de apenas se acomodarem com essa renda. MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia Sueli, bom-dia aos ouvintes da Rádio Educadora, Salvador, da Bahia, em todo o Brasil. Sueli, a sua pergunta ela é muito importante, para podermos esclarecer o que de fato tem acontecido no Brasil, através das pesquisas que nós realizamos, e os resultados que nós temos obtido é que 77% das famílias que hoje estão no Bolsa Família, trabalham. Então, a renda que recebem deste benefício ela é uma renda complementar à sua renda familiar, pelo trabalho ou trabalho formal com carteira assinada ou o trabalho informal, a sua própria participação nas atividades de inclusão produtiva, da economia solidária, das cooperativas, das associações, enfim, e o que nós temos observado é que quando uma família, de fato, mostra algum tipo de acomodação porque já recebe, porque está no Bolsa Família, de fato essa família está precisando de acompanhamento, de orientação. Porque nenhuma família, em sã consciência, se acomodaria ao receber 100 reais de um programa de transferência de renda. No máximo, que um percentual pequeno das famílias recebem, é 200 reais, a média de transferência de renda do Bolsa Família é na ordem de 95 a 100 reais, então, nós de fato, não acreditamos, que uma família que receba 100 reais deixe de querer trabalhar ou de querer ter uma renda maior até para garantir, para melhorar a sua condição de vida. E todas as pesquisas indicam que essas famílias querem sim trabalhar, querem mais renda, querem ter participação. O que obviamente as famílias não permitem é a exploração do seu trabalho. Nós sabemos que no Brasil tanto os adultos, as mulheres, as crianças, muitas vezes têm o seu trabalho, a sua mão-de-obra muito explorada então, isso, as famílias não estão permitindo até por consciência. Agora, a implantação do Centro de Referência da Assistência Social, dos CRAS, a organização do SUAS no município, do sistema de segurança alimentar, ele prevê exatamente isso, a motivação das famílias, a informação das famílias para que elas estejam incluídas em atividades de capacitação, de qualificação, cada vez mais. Eu estive, inclusive, visitando vários municípios da Bahia, e vi as famílias do Bolsa Família organizadas em cooperativas, vi as famílias participando do programa da agricultura familiar, participando dos mutirões, da construção das cisternas, mulheres se organizando para cooperativas de microcrédito, então, tem muito boas experiência, isso depende muito de como o município, de como a prefeitura, organiza esse trabalho com a família no sentido de motivá-la a estar inserida em muito outro programas. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: E agora, participando do Programa Bom Dia, Ministro, a Rádio Aliança 1090 AM, de Goiânia, Goiás, com Anacléia Souza. Alô Anacléia, bom-dia. REPÓRTER ANACLÉIA SOUZA (Rádio Aliança 1090 AM / Goiânia - GO): Bom-dia Luciano, bom-dia a todos, eu gostaria de saber se a Ministra Márcia Lopes acredita que é possível acabar com a fome no país. MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia Anacléia, e aos ouvintes da Rádio Aliança de Goiânia. Eu não tenho dúvida disso Anacléia, nós estamos dando passos decisivos nesse sentido. Nós, já mais de 30 milhões de pessoas saíram da condição de extrema pobreza, de pobreza, no Brasil, nós tivemos uma redução da desnutrição infantil de 12,5 para 4.8%, nós, o Brasil já é reconhecido como o país que já está alcançando a primeira meta dos Objetivos do Milênio, que é exatamente o combate à fome. Eu tenho viajado muito pelo Brasil e sempre quando eu chego num município quando vou visitar uma cooperativa, quando falo com os agricultores familiares, quando vou visitar um CRAS, esses dias eu estive em Alagoas, naqueles municípios atingidos pelas enchentes e eu pergunto: “tem ainda alguma família aqui passando fome?” E geralmente a resposta é não. É que as famílias não estão passando fome, porque ou pela renda do Bolsa Família, ou pela renda do Benefício de Prestação Continuada, que é um salário mínimo aos idosos e pessoas com deficiência, ou pela inserção das famílias na agricultura familiar, e nós temos hoje mais de 140 mil pequenos produtores da agricultura familiar, que estão participando do programa Compra Direta da agricultura familiar. Quer dizer, todos esses investimentos no apoio à economia solidária, aos projetos de inclusão produtiva, inúmeros programas de apoio às famílias, nós estamos percebendo que a realidade mudou muito. E o município que ainda tenha famílias que passam fome, eles devem, de fato, se organizar, eles devem ter um planejamento, eles devem identificar essas famílias e devem tomar as devidas providências para isso. É inadmissível que uma família ainda passe fome no Brasil. Nós temos dezenas de programas, de políticas, que estão a cada dia mais chegando aos municípios brasileiros. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Emissoras de rádios de todo o país participam do Programa Bom Dia, Ministro. Nós vamos agora ao Paraná com a Rádio CBN de Curitiba, Márcio Miranda falando conosco. Alô Márcio, bom-dia. REPÓRTER MÁRCIO MIRANDA (Rádio CBN / Curitiba - PR): Bom-dia, Luciano. Bom-dia também à Ministra Márcia Lopes. Gostaria de saber da ministra em relação a essa questão da atualização cadastral do Bolsa Família. Como está a situação já que o índice está baixo em todo o país e a situação aqui no Paraná, qual é nesse momento? E ainda, sobre a realidade do estado, ela que é paranaense, gostaria de saber com relação ainda às principais demandas, principais desafios com relação a essa área de desenvolvimento social e combate à fome aqui no Paraná e os programas no qual o ministério atua no estado. MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia Márcio, bom-dia aos ouvintes da Rádio CBN de Curitiba e de todo o Brasil. Bem, Márcio, nós de fato estamos investindo muito nesse momento na atualização do cadastro de 1 milhão e 100 mil famílias no Brasil. No caso do Paraná nós devemos fazer a atualização de 74 mil e 700 famílias e temos até hoje 21 mil famílias que fizeram essa atualização. Então, é muito importante que a imprensa, que as rádios, nos ajudem a divulgar e fazer com que as famílias procurem a prefeitura, a coordenação do cadastro único para atualizar o seu cadastro. Só assim o programa será cada vez mais aprimorado, nós temos até 31 de outubro para fazer essa atualização, e quem, as famílias que não fizerem terão o seu benefício bloqueado, nós não queremos isso. Então, esse é um apelo que nós fazemos, para que as famílias procurem as prefeituras, as coordenações locais. De modo geral, o estado do Paraná, ele tem tido um investimento importante, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome transfere 1 bilhão e 500 milhões ao Paraná, ele tem praticamente todos os programas da política de assistência social e de segurança alimentar e nutricional, nossas temos em torno de 11 mil agricultores familiares no Paraná que participam do programa chamado Compra Direta aonde nós compramos a produção dos agricultores e essa produção é distribuída na rede socioassistencial. Nós temos bancos de alimentos, nós temos restaurantes populares, nós temos já 396 CRAS, Centro de Referência e Assistência Social implantados, estamos fazendo uma expansão ainda até dezembro todos os municípios brasileiros, todos os 399 municípios do Paraná receberão pelo menos um CRAS, e temos também os centros de referência especializados. Há sim, ainda, desafios no Paraná, no sentido de localizar as crianças que estão no trabalho infantil, crianças que são vítimas de abuso sexual, há um desafio no planejamento permanente dessas ações, da assistência social, da segurança alimentar e nutricional, o Paraná tem buscado essa organização e o nosso apelo é permanente para que a gestão dessas políticas seja cada dia mais aprimorado. Isso beneficia toda a população, isso faz com que o orçamento, os recursos que cheguem sejam de fato bem utilizados, e vá mudando cada dia mais a vida de população. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Você está ouvindo a Ministra Márcia Lopes, Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, hoje, ao vivo no Programa Bom Dia, Ministro. Vamos a Rondônia com a Rádio Caiari de Porto Velho, de lá fala Cristiane Lopes. Alô Cristiane, bom-dia. REPÓRTER CRISTIANE LOPES (Rádio Caiari de Porto Velho - RO): Alô, bom-dia. Ministra, quais são a metas estabelecidas para Rondônia nessa nova política nacional de segurança alimentar e nutricional? Bom-dia. MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia Cristiane, bom-dia aos ouvintes da Rádio Caiari, de Porto Velho. Bem, Cristiane, na verdade nós temos para Rondônia, o nosso Ministério este ano está executando 40 bilhões de orçamento, e de acordo com a população do estado, de acordo com a demanda e as necessidades da população, o próprio estado, através do governo estadual e das prefeituras de cada município devem obviamente ter um bom diagnóstico para planejar, para ter um plano de investimentos e de alocação dos recursos. Nós transferimos para Rondônia, neste ano de 2010, 351 milhões de reais, até aqui, para serem aplicados, investidos, seja na transferência de renda ou nas ações, na rede de segurança alimentar, nos bancos de alimento. Nós temos o Programa de Aquisição de Alimentos da agricultura familiar, o Compra Direta, nós temos 110 agricultores em Rondônia que nós compramos os alimentos e distribuímos os produtos na rede socioassistencial, nós temos também outro programas, os CRAS, os 53 centros de referência da assistência social, que trabalha com as famílias, em todos os municípios, e particularmente, para Porto Velho nós transferimos 106, 8 milhões de reais ao ano. A ampliação desses recursos, e já estamos preparando o orçamento do ano que vem, depende muito, como eu tenho dito, da própria organização do estado. Quanto mais organizado, quanto mais profissionalizado o estado for, quanto melhor for o diagnóstico da realidade, da população que vive em Rondônia, melhores condições o estado terá de receber mais recursos na área de segurança alimentar e nutricional e também na área de assistência social. Então, é preciso que tenha um bom plano estadual de assistência social, de segurança alimentar e nutricional, é preciso que os conselhos funcionem, se reúnam, discutam as realidades vividas, não só na capital, mas em cada município de Rondônia. O que nós esperamos é isso, e aí nós temos todo o início do ano os editais abertos, para que os municípios apresentem seus projetos de implantação de restaurantes populares, implantação dos bancos de alimento, implantação de cooperativas, de associações e nós damos todo o estímulo para que os estados ampliem seus recursos. Agora, tem que profissionalizar, tem que ter um bom plano, tem que ter metas claras, para que também o Governo Federal possa participar e contribuir cada vez mais nestes recursos que chegam ao estado. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Você está ouvindo o Programa Bom Dia, Ministro para todo o Brasil no canal da Voz do Brasil e também pela EBC. Vamos agora a Minas Gerais com a Rádio UFMG Educativa 104,5 FM, Belo Horizonte, de lá fala Gustavo Cunha. Bom-dia Gustavo. REPÓRTER GUSTAVO CUNHA (Rádio UFMG Educativa 104,5 FM / Belo Horizonte - MG): Bom-dia, Luciano. Bom-dia Ministra Márcia Lopes. Ministra, o Brasil tem hoje bolsões de pobreza nos interiores dos estados e também nas grandes cidades. Aqui em Minas Gerais, por exemplo, a população sofre com falta de acesso à saúde, educação, e também alimento, não só nas regiões mais carentes do Vale do Jequitinhonha, do Mucuri, mas também em bolsões de pobreza na região metropolitana. São realidades diferentes. Eu queria saber, a política nacional de segurança alimentar e nutricional também vai contemplar essas realidades diferentes, no interior e também nas grandes cidades e de que forma? MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia Gustavo, bom-dia aos ouvintes do Rádio UFMG Educativa. Na verdade, Gustavo, nós estamos e a nossa tarefa é essa justamente de criar as condições para ampliar cada vez mais, não só a transferência dos recursos que chegam aos estados, mas a capacidade de gestão dos estados, dos governos estaduais e das prefeituras municipais, no sentido de ter um bom plano de trabalho, e de conhecer bem a realidade de cada município. Hoje, para Minas Gerais, nós transferimos 3 bilhões e 400 milhões que chegam a todos municípios. Esse é um recurso muito importante, nós triplicamos ou mais às vezes, são quatro, cinco vezes mais os recursos que estado recebia há oito anos atrás. Saímos de um orçamento de 6 bilhões para 40 bilhões este ano. Belo Horizonte recebe um recurso de 295 milhões do nosso ministério, praticamente, Minas Gerais tem todos os programas do nosso ministério, nós temos mais de 3500 pequenos produtores da agricultura familiar que participam deste programa, aonde nós compramos os produtos e distribuímos na rede socioassistencial, são 3145 cisternas para garantir água às famílias, tem 12 bancos de alimentos, as cozinhas comunitárias, tem 14 restaurantes populares, nós expandimos a rede de centros de referência de assistência social em Minas Gerais, são 778 unidades dos centros de referência de assistência social e 96 centros especializados, temos ainda a chance de ampliar esses centros. Então, nesse sentido temos... Este ano já expandimos também mais de seis milhões de reais para a área de segurança alimentar. Isso depende, como eu disse, muito das prefeituras, da capacidade de planejamento, de articulação e de mobilização para que nós possamos expandir ainda mais os recursos e atender às necessidades de toda a população. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Agora vamos à participação da Rádio Grande Rio AM de Petrolina, com Francisco José. Alô Francisco, bom-dia. REPÓRTER FRANCISCO JOSÉ (Rádio Grande Rio AM / Petrolina - PE): Muito bem Luciano, bom-dia. Um abraço para você, um abraço para a ministra, muito bom-dia ao povo brasileiro. Ministra é um prazer em tê-la aqui no Programa Opinião da Grande Rio AM, de Petrolina. A gente sabe Ministra, que na verdade o Bolsa Família tem contribuído, é verdade, com o combate à fome, principalmente os nossos irmãos nordestinos, mas em contrapartida muitos outros irmãos nossos ainda passam fome e não têm o que comer. Eu gostaria de saber da senhora, a senhora acredita que vai conseguir erradicar a fome do nosso povo ou nós vamos ter irmãos nossos mendigando prato de comida, Ministra? MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia, Francisco. Bom-dia aos ouvintes da Rádio Grande Rio de Petrolina. Eu acredito sim, na verdade nós já estamos enfrentando e vencendo a fome no Brasil, mais de 30 milhões de pessoas saíram da condição de pobreza, nós estamos ampliando cada dia mais os nossos programas, são 2 bilhões e 800 milhões que chegam a Pernambuco, Petrolina, agora em junho, fizemos uma transferência de 411 mil para o Programa de Aquisição de Alimentos da agricultura familiar, para os agricultores familiares e eu não tenho dúvida que este desafio, da melhoria das condições de vida de população dependem das política do Governo Federal, mas fundamentalmente dos governos estaduais e dos governos municipais. Hoje, os recursos estão chegando nos municípios e quanto mais organizados, quanto mais os municípios conseguirem se planejar, conhecer as necessidades da população, realizar as conferências, fortalecer os conselhos, ter um bom plano de trabalho, isso vai fazer com que nós tenhamos a universalização das políticas chegando a toda a população brasileira. Nós já estamos hoje atendendo 70 milhões de pessoas em todo o Brasil. Então, eu acredito nisso e desejo um bom trabalho aí em Petrolina, em todo o Estado de Pernambuco. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Muito obrigado Ministra Márcia Lopes por sua presença hoje aqui Programa Bom Dia, Ministro. MINISTRA MÁRCIA LOPES: Bom-dia Luciano, eu que agradeço e estamos sempre à disposição. Muito obrigada. APRESENTADOR LUCIANO SEIXAS: Até uma próxima. Estamos encerrando nesse momento mais uma edição do programa Bom Dia, Ministro, que tem a coordenação e a produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços. Hoje conversamos com a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes. Com transmissão via satélite para todo o Brasil. Eu sou Luciano Seixas, nós voltamos numa próxima oportunidade, até lá.