Governo federal reforça ações na Terra Indígena Yanomami

Determinação foi dada pelo presidente Lula, após atentado contra indígenas em Roraima, na comunidade de Uxiu, e de ataque a agentes da PRF e do Ibama, em ação de fiscalização em área de garimpo ilegal, em Uiaiacás.

Governo federal reforça ações na Terra Indígena Yanomami

Determinação foi dada pelo presidente Lula, após atentado contra indígenas em Roraima, na comunidade de Uxiu, e de ataque a agentes da PRF e do Ibama, em ação de fiscalização em área de garimpo ilegal, em Uiaiacás.

01-05-2023 - E NOTICIA LANA CRISTINA - AÇÕES GOVERNO RORAIMA.mp3

Duração: 1'51"

Publicado em 01/05/2023 17:47

O Governo Federal determinou o reforço de todas as ações na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, após atentado de garimpeiros contra indígenas que resultou na morte do agente de saúde Ilson Xirixana, de 36 anos, do Distrito Sanitário Indígena Yanomami, no último sábado (29).

No episódio, ocorrido na comunidade de Uxiu, dois outros indígenas ficaram feridos e estão internados.

Além disso, nesse domingo, dia 30, depois do ataque em Uxiu, equipes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal foram recebidas a tiros por garimpeiros quando realizavam uma ação de fiscalização em área de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

No confronto, quatro garimpeiros morreram, entre eles um foragido da Justiça no Estado do Amapá. Os agentes federais apreenderam 11 armas com os criminosos: espingardas calibre 12mm, um fuzil e pistolas calibre .45, de uso restrito. Os corpos chegaram a Boa Vista ainda na noite de domingo.

O ataque ocorreu na região de Uiaiacás e é investigado pela Polícia Federal. Há indícios de que uma facção criminosa controle o garimpo em que houve o confronto.

Este foi o quarto ataque contra equipes do Ibama desde o início da retomada do território Yanomami, em 6 de fevereiro.

Além de Ibama e PRF, a operação para combater o garimpo ilegal tem a participação da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, das Forças Armadas e dos ministérios da Justiça, dos Povos Indígenas e da Defesa.

Em três meses de trabalho, foram destruídos 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, 2 helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores. Foram apreendidas 36 toneladas de cassiterita e 26 mil litros de combustível.

Imagens de satélite apontam uma redução de cerca de 80% de áreas desmatadas para mineração, de fevereiro a abril, em relação ao mesmo período do ano anterior.

 

Da Rede Nacional de Rádio, em Brasília