Radar do Tráfico de Pessoas computa quase 2 mil vítimas em 2022
Radar do Tráfico de Pessoas computa quase 2 mil vítimas em 2022
Os números se referem a relatórios de fiscalização elaborados por auditores-fiscais do Trabalho, que cruzam os dados do trabalho análogo à escravidão aos do tráfico de pessoas.
03-08-23 - E NOTICIA - LANA CRISTINA - TRAFICO DE PESSOAS.mp3
Duração: 1'58"
Publicado em 03/08/2023 21:44
Dados do Radar do Tráfico de Pessoas, elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, dão conta de que 1 mil e 970 pessoas foram vítimas de trabalho análogo à escravidão relacionado ao tráfico de pessoas em 2022.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira (3) em alusão ao Dia Mundial do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, cuja passagem se deu no último dia 30 de julho, e são fruto de uma análise qualitativa dos relatórios de fiscalização elaborados por auditores-fiscais do Trabalho desde a vigência da Lei nº 13.344, de 2016.
O objetivo da legislação é prevenir e reprimir o tráfico interno e internacional de pessoas.
Desde que a lei entrou em vigor no Brasil, a Inspeção do Trabalho resgatou 4.888 trabalhadores vítimas de trabalho análogo à escravidão, que também foram identificados como vítimas de tráfico de pessoas, sendo os estados de Minas Gerais, Maranhão e Bahia os que têm maior número de casos de origem de trabalhadores.
Os principais destinos dos trabalhadores traficados são Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.
Um dado alarmante que o relatório traz é relativo ao tráfico interestadual de pessoas, que representa 58% dos casos identificados nas operações. 93% das vítimas são homens, com baixa escolaridade ou analfabetos.
Em nota, o Ministério do Trabalho registra a importância de mecanismos de denúncia e de políticas públicas efetivas para combater esse crime e proteger as vítimas.
Denúncias podem ser apresentadas no Sistema Ipê, de forma anônima inclusive. O endereço é ipe.sit.trabalho.gov.br.
Da Rede Nacional de Rádio, em Brasília