Força-tarefa encontra em Roraima vestígios de povo indígena isolado

Equipe integrada pelos Ministérios dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente, e ainda pela Funai, Ibama, Força Nacional e Polícia Federal identificou uma comunidade de povos indígenas isolados, sem nenhum contato com a sociedade, vivendo a menos de 15 km de um ponto de garimpo, no território Yanomami, em Roraima.

As imagens foram registradas em um sobrevoo feito na semana passada e comprovam que os indígenas vivem no local e não devem estar longe dali. Os sinais que indicam a presença deles são a conservação das malocas que os abrigam e os alimentos plantados no entorno.

Segundo a Fundação Nacional do Índio, tratam-se de indígenas do povo Moxihatëtëa, isolados e monitorados desde 2010.

A menos de 10 dias para completar um mês da visita do presidente Lula e da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, a Boa Vista, já se contabilizam várias ações na área de saúde e também para a retirada dos garimpos ilegais na área da terra indígena Yanomami.

Com o crescimento da atividade garimpeira, os Yanomami passaram a conviver com a degradação ambiental causada pela exploração de ouro, o que gerou uma grave crise humanitária e de saúde.

Em janeiro, o governo federal decretou emergência em saúde no território indígena e criou um comitê composto por vários ministérios para levar assistência médica e mantimentos.

Na última sexta-feira, dia 10, a Polícia Federal desencadeou a Operação Libertação, para erradicar o garimpo ilegal na região.

O trabalho se concentra na interrupção da logística do crime, com foco na inutilização do maquinário usado para a prática do garimpo ilegal bem como na materialização de provas sobre a atividade criminosa.

Liderada pela Polícia Federal, a força-tarefa para erradicação do garimpo é composta por representantes do Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Defesa.

Da Rede Nacional de Rádio, em Brasília