Fiocruz divulga estudo sobre a Covid-19 em crianças e Adolescentes
Fiocruz divulga estudo sobre a Covid-19 em crianças e Adolescentes
A pesquisa indica que quase metade das crianças e adolescentes brasileiros mortos por Covid-19 em 2020 tinha até 2 anos de idade; um terço dos óbitos até 18 anos ocorreu entre os menores de 1 ano e 9% entre bebês com menos de 28 dias de vida.
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Duração: 2m18s
Publicado em 17/08/2021 09:28
Quase metade das crianças e adolescentes brasileiros mortos por Covid-19 em 2020 tinha até 2 anos de idade; um terço dos óbitos até 18 anos ocorreu entre os menores de 1 ano e 9% entre bebês com menos de 28 dias de vida.
As informações são de um estudo inédito da Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, que analisa dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade Infantil, do Ministério da Saúde, considerado padrão ouro para esse tipo de investigação. O estudo é financiado pelo Programa Fiocruz de Fomento à Inovação - Inova Fiocruz.
No ano passado, foram registrados 1.207 óbitos nessa faixa etária, sendo 110 entre recém-nascidos com menos de 28 dias de vida.
O coordenador da pesquisa, Cristiano Boccolini, do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, informa que em alguns países, como nos Estados Unidos, o avanço da variante Delta aumentou o número de casos novos de Covid-19 e esse aumento expõe cada vez mais crianças ao vírus.
Segundo ele, em muitos locais os leitos infantis estão sobrecarregados e isso pode acontecer no Brasil também. O aumento da cobertura vacinal de adultos tem que avançar mais rapidamente e gestantes e lactantes devem ser prioridade. Contudo, para conter a circulação do vírus e proteger as crianças, o uso de máscaras e o distanciamento social devem continuar mesmo após a vacinação”, alerta o pesquisador.
Outra recomendação do pesquisador é que mães com Covid-19 continuem amamentando seus bebês, se ambos tiverem condições físicas para isso.
Os benefícios do aleitamento materno superam em muito o risco de contaminação. Cuidados sanitários, como higiene das mãos e uso de máscaras tipo PFF2 e N-95, devem ser reforçados nesses casos.
A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso universal de máscaras a partir dos 12 anos de idade. Entre crianças menores o uso deve ser supervisionado e avaliado caso a caso. Crianças com menos de 5 anos não devem ser obrigadas a usar máscaras.
Da Rede Nacional de Rádio em Brasília