Equipe do Ministério das Mulheres acompanha despedida de Mãe Bernadete

O grupo levou mensagem de solidariedade em nome da ministra Cida Gonçalves e também acompanhou o início das investigações do assassinato da líder quilombola.

Equipe do Ministério das Mulheres acompanha despedida de Mãe Bernadete

O grupo levou mensagem de solidariedade em nome da ministra Cida Gonçalves e também acompanhou o início das investigações do assassinato da líder quilombola.

21-08-23 - E NOTICIA - FILIPPIN - CASO MAE BERNADETE.mp3

Duração: 1'50"

Publicado em 21/08/2023 11:12

Uma comitiva do Ministério das Mulheres esteve em Salvador, no último fim de semana, para acompanhar o início das investigações do assassinato da líder quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico.

O grupo também esteve no velório, ocorrido no Quilombo dos Pitangas, e no sepultamento, no Cemitério da Quinta dos Lázaros.

A Ouvidora do Ministério das Mulheres, Thaís dos Santos Lima, levou a mensagem de solidariedade em nome da ministra Cida Gonçalves e, ao conversar com o filho de mãe Bernadete, Jurandir Pacífico, pediu desculpas em nome do Estado brasileiro.

Segundo ela, se o grupo estava ali, no momento da despedida da líder religiosa e ativista, é porque foi ausente antes. Thaís aproveitou para dizer que o governo federal vai acompanhar de perto o andamento das investigações para que a morte de mãe Bernadete não seja mais um crime contra uma liderança feminina impune.

A religiosa vinha sofrendo ameaças em função de sua luta política e estava inserida no Programa Estadual de Proteção de Defensores de Direitos Humanos.

Para o Ministério das Mulheres, sua morte trata-se de um feminicídio, porque é o assassinato de uma mulher e pela força que Mãe Bernadete exercia como mulher na sua luta por justiça e direitos. E também é um crime de ódio, além de figurar como racismo religioso e ambiental.

A líder quilombola foi morta com vários tiros, inclusive no rosto.

Da Rede Nacional de Rádio, em Brasília