Anvisa emite alerta sobre varíola dos macacos e reprodução humana

Como medida de precaução, a agência reguladora orienta que doadores que apresentem sintomas sugestivos da doença não doem gametas e embriões até que todas as lesões estejam totalmente curadas.

Anvisa emite alerta sobre varíola dos macacos e reprodução humana

Como medida de precaução, a agência reguladora orienta que doadores que apresentem sintomas sugestivos da doença não doem gametas e embriões até que todas as lesões estejam totalmente curadas.

22-08-22 - É NOTICIA - MARCIA DIAS - VARIOLA DOS MACACOS.mp3

Duração: 1'41"

Publicado em 22/08/2022 19:46

A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, publicou, nesta segunda-feira (22), nota técnica com recomendações sobre a doação de material genético em caso de contaminação pela varíola dos macacos.

Como medida de precaução, a agência reguladora orienta que doadores que apresentem sintomas sugestivos da doença não doem gametas e embriões até que todas as lesões estejam totalmente resolvidas e por, no mínimo 21 dias, após o início dos sintomas.

Doadores que não apresentem sintomas, mas tenham tido contato com casos confirmados ou suspeitos, pelo período mínimo de 21 dias, também não devem doar material biológico.

A Nota Técnica alerta aos médicos, aos responsáveis pelos Centros de Reprodução Humana Assistida e também aos pacientes que observem sinais ou sintomas sugestivos da doença, para que possam fazer uma criteriosa avaliação de riscos e benefícios, considerando as possíveis complicações relacionadas à infecção pelo vírus da varíola dos macacos durante a gravidez.

Há um mês, a OMS, Organização Mundial da Saúde, alertou para o surto de infecção pelo vírus monkeypox, em diversos países não endêmicos, incluindo o Brasil, e declarou uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional.

A Anvisa reforçou, no entanto, que não houve, até o momento, caso de transmissão do vírus da varíola dos macacos por meio de sangue, tecidos, células germinativas e embriões. Mas lembra que a infecção está associada a risco aumentado de complicações maternas e perinatais, incluindo morte fetal, parto e aborto espontâneos.

 

Da Rede Nacional de Rádio, em Brasília, Márcia Dias