Na Trilha da História conta os detalhes do triângulo amoroso formado por Dom Pedro I, a Imperatriz Leopoldina e a Marquesa de Santos

O programa desta semana detalha o triângulo amoroso formado pela Imperatriz Leopoldina, pelo imperador Dom Pedro I e pela amante dele, Domitila de Castro, que ganhou o título de Marquesa de Santos. O entrevistado é o pesquisador Paulo Rezzutti, biógrafo dos três personagens.

Na Trilha da História conta os detalhes do triângulo amoroso formado por Dom Pedro I, a Imperatriz Leopoldina e a Marquesa de Santos

O programa desta semana detalha o triângulo amoroso formado pela Imperatriz Leopoldina, pelo imperador Dom Pedro I e pela amante dele, Domitila de Castro, que ganhou o título de Marquesa de Santos. O entrevistado é o pesquisador Paulo Rezzutti, biógrafo dos três personagens.

(R) PROGRAMETE - NA TRILHA DA HISTÓRIA - TRIÂNGULO AMOROSO - 28 DE SETEMBRO A 4 DE OUTUBRO.mp3

Duração: 4m32s

Publicado em 07/10/2020 18:57

Olá, eu sou a Isabela Azevedo e o tema do Na Trilha da História de hoje é o triângulo amoroso formado pela Imperatriz Leopoldina, pelo imperador Dom Pedro I e pela amante dele, Domitila de Castro, que ganhou o título de Marquesa de Santos.

Nosso entrevistado é o pesquisador Paulo Rezzutti, autor das biografias de cada um dos nossos personagens. Ele descreve o primeiro encontro do então príncipe português Pedro de Alcântara e a austríaca Leopoldina, em 1817.

Sonora: "Eles se encontraram num navio. O Dom João VI foi com a família inteira receber a Leopoldina na Baía de Guanabara. E a condessa descreve o Dom Pedro e a Leopoldina olhando um para o pé do outro e levantando o olhar de vez em quando escondido, bem tímidos.E aí eles encontram alguns pontos de contato que aproximam os dois. Ele é um amor com ela no começo e depois começa a degringolar."

E a situação começa a degringolar a partir da independência, em 1822. Enquanto Leopoldina trabalhava para ajudar o marido a promover a separação entre Brasil e Portugal, Pedro de Alcântara conhecia a paulista Domitila de Castro.

Sonora: "Tem várias cartas da Leopoldina pra ele, quando ele estava em São Paulo, dizendo 'você não me responde mais', mas ele já estava entretido com outras coisas. Ele conheceu a Domitila em São Paulo em meados de agosto de 1822. Então antes da independência, ele já começa a ter um caso com a futura Marquesa de Santos, ela não tinha título até então."

No início, Dom Pedro e Domitila trocavam cartas de amor bem... apaixonadas.

Sonora: "No começo, ele assina como 'Fogo foguinho', 'Demonão', mas é aquela coisa do fogo, da paixão. Depois ele vai começar a assinar 'O Imperador', 'Seu amo e senhor'".

A partir de 1824, o romance entre o imperador e Domitila deixa de ser escondido. No ano seguinte, o escândalo ganha as ruas do Rio de Janeiro.

Sonora: "Depois, na semana santa de 1825, ela vai tentar assistir a uma missa na capela imperial. Aí quando ela está entrando no local, as damas do Paço se levantam e a deixam sozinha. Aí ele a nomeia dama de companhia da imperatriz. A partir do momento que ele faz isso, o Rio de Janeiro vem a baixo."

E até a dinâmica da família real se adaptou para receber a família de Domitila.

Sonora: "Tem uma carta do Barão de Marechal, o ministro da Áustria na época, que ele descreve uma cena que acontece no Rio em que estava todo mundo numa chácara: Dom Pedro, Leopoldina, os filhos da Leopoldina, os filhos do Dom Pedro com a marquesa, a Marquesa de Santos, os pais da marquesa, os irmãos dela e os filhos do primeiro casamento da Marquesa de Santos. Ele descreve essa cena e termina assim: de tal modo que a bigamia parece ter sido institucionalizada no país."

Esta foi a versão reduzida do Na Trilha da História! O episódio completo traz, além da entrevista na íntergra com o pesquisador Paulo Rezzutti, músicas que tem tudo a ver com o triângulo amoroso formado por Dom Pedro, Imperatriz Leopoldina e Domitila.

Para ouvir, acesse: radios.ebc.com.br. Se você tiver uma sugestão de tema para o Na Trilha da História, envie um e-mail para culturaearte@ebc.com.br. Até semana que vem!